O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução
Nicolás Maduro afirmou, nesta quarta-feira (3), que conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há cerca de dez dias e classificou o diálogo como “respeitoso e cordial”. Trump já havia confirmado o contato, revelado pelo jornal “The New York Times” no domingo (30), mas, assim como Maduro, não detalhou o teor da conversa.
Ao ser questionado por repórteres no Air Force One, Trump confirmou a ligação, disse que não comentaria o conteúdo e classificou o telefonema como “uma ligação telefônica”, sem qualificações. Segundo o “NYT”, o contato ocorreu no fim de semana anterior e incluiu discussões sobre a possibilidade de um encontro nos Estados Unidos, embora não haja reunião marcada.
De acordo com o jornal, o secretário de Estado, Marco Rubio, participou da chamada. Ele é um dos principais críticos de Maduro dentro do governo norte-americano. A publicação relatou que não foram divulgadas informações adicionais sobre o que foi discutido durante o telefonema.
O “NYT” informou ainda que a ligação ocorreu dias antes da entrada em vigor da decisão do Departamento de Estado que classificou o Cartel de Los Soles como organização terrorista estrangeira. O governo dos Estados Unidos acusa Maduro de liderar a estrutura criminosa, o que o presidente venezuelano nega.
Desde agosto, os Estados Unidos mobilizam navios de guerra, aeronaves e outras unidades militares no Caribe em ações voltadas ao combate ao narcotráfico. Segundo dados oficiais, mais de 20 embarcações suspeitas foram bombardeadas, resultando em ao menos 83 mortes. Autoridades norte-americanas afirmaram, sob anonimato, que o esforço militar também envolve discussões internas sobre o futuro político da Venezuela.
Trump declarou que a recente classificação do Cartel de Los Soles dá base legal para ataques a alvos ligados ao grupo, embora tenha afirmado que essa não é a intenção imediata. O governo venezuelano acusou Washington de buscar uma mudança de regime e chamou de “ridícula” a decisão dos Estados Unidos sobre o cartel.
Fonte: DCM
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