O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, enviou ao ministro Alexandre de Moraes uma representação em que pede a ampliação das investigações envolvendo Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio e Eduardo.
O pedido está ligado ao episódio em que o ex-presidente tentou danificar a tornozeleira eletrônica que usava por ordem do Supremo.
O documento afirma que Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar comprometer o equipamento dentro de sua casa, nos dias 21 e 22 de novembro. O texto destaca que o instrumento não seria algo comum na residência e requer a apuração sobre quem o teria fornecido.
O ex-presidente admitiu o uso da ferramenta, e o derretimento da carcaça da tornozeleira aparece em vídeo. Na audiência de custódia, Bolsonaro mencionou um surto causado por medicamentos e alegou não querer fugir. A representação contesta a versão, defendendo que o ato foi intencional.

O pedido também menciona a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro para a porta do condomínio onde o pai estava em prisão domiciliar. A presença de apoiadores teria provocado confusão e hostilidades, entre elas a agressão a um pastor que foi ao local para orar. O texto sustenta que a movimentação poderia ter ajudado a criar dificuldades para a fiscalização de agentes públicos.
Outro ponto citado é uma declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, feita após o episódio, em que defendeu que investigados do 8 de janeiro deveriam fugir de penas que considerasse injustas. Para o PT, a manifestação reforça a necessidade de investigar possível incentivo à desobediência de decisões judiciais.
A representação solicita apreensão imediata do ferro de solda, análise de imagens do condomínio, identificação de visitantes e aprofundamento das diligências pela Polícia Federal. O deputado pede que a investigação seja tratada de forma conectada ao Inquérito 4.995, que trata da articulação golpista investigada pelo STF.
Fonte: DCM
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