quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Natália Bonavides: “Tarcísio rasgou todo seu disfarce de mocinho”

Deputada do PT critica governador de São Paulo por articulação em favor da anistia a golpistas

     (Foto: ABR)

Em uma entrevista marcada por fortes críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que ele "rasgou todo seu disfarce de mocinho" ao se aliar a forças que, segundo ela, tentam desestabilizar a democracia no Brasil. No Boa Noite 247, Bonavides apontou que Tarcísio, ao apoiar a articulação para a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 2022, revelou sua verdadeira posição política, distanciando-se da imagem de moderado que havia tentado construir.

A deputada, que tem se mostrado uma das vozes mais críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e aos aliados de extrema-direita, criticou duramente a falta de comprometimento do governador paulista com os princípios democráticos. Para Bonavides, a postura de Tarcísio de Freitas se revela como uma verdadeira "traição à pátria", uma vez que ele se coloca ao lado de pessoas e projetos que buscam enfraquecer as instituições e desrespeitar o Estado de Direito.

"Ao apoiar uma anistia para quem cometeu crimes contra a democracia, Tarcísio não só rasgou seu disfarce de ‘mocinho’, mas também se aliou àqueles que colocaram em risco o futuro do país", afirmou a deputada, referindo-se ao debate atual sobre a possível concessão de anistia aos responsáveis pelos ataques de 2022. Para ela, a tentativa de absolver os golpistas seria um erro estratégico, pois poderia abrir precedentes perigosos para futuras tentativas de desestabilização política.

O tema da anistia foi um dos pontos centrais de sua fala. Bonavides ressaltou que a ideia de "pacificação" através da anistia é uma falácia que pode gerar consequências devastadoras para a estabilidade política do Brasil. “Impunidade não traz pacificação", declarou, citando uma importante observação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em relação à concessão de anistias que favoreçam os responsáveis por crimes antidemocráticos.

A deputada alertou também para o contexto mais amplo da articulação política envolvendo figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do seu círculo, que continuam a trabalhar pela criação de um ambiente favorável à impunidade. Bonavides criticou fortemente a influência externa, fazendo referência à relação dos Bolsonaros com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e como essas conexões internacionais estão sendo utilizadas para pressionar decisões internas. “O que vemos é um movimento para submeter a soberania nacional aos interesses de outros países”, afirmou Bonavides, destacando o envolvimento de Tarcísio nesse processo.

Outro ponto abordado por Bonavides foi a dinâmica no Congresso Nacional, que, segundo ela, está sendo sequestrada por pautas de interesse da direita. Embora o Senado mostre resistência à ideia da anistia, a Câmara dos Deputados tem mostrado um clima mais favorável à discussão, o que preocupa a deputada. Ela fez um alerta: mesmo sendo um tema amplamente rejeitado pela população, a pressão política e o desejo de se alavancar politicamente nas próximas eleições podem ser suficientes para garantir a aprovação de uma anistia em favor dos envolvidos nos atos de 2022.

A parlamentar ainda destacou a importância da mobilização popular para pressionar os legisladores a respeitarem a Constituição e não permitirem que a história se repita. "O engajamento da sociedade é fundamental para que a democracia seja preservada", frisou. Bonavides também enfatizou que a luta não deve ser vista apenas no campo institucional, mas também deve ser travada nas ruas, por meio de protestos e atos públicos que mostrem a força do movimento democrático.

Em relação a sua própria trajetória política, Bonavides afirmou que, apesar de alguns rumores sobre sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte, sua prioridade continua sendo fortalecer sua atuação no Congresso. Ela deixou claro que não pretende disputar o cargo de governadora, já que o Partido dos Trabalhadores (PT) já tem um candidato competitivo no estado, o secretário da Fazenda, Cadu, que, segundo ela, está mais preparado para fazer frente aos desafios do governo estadual.

Por fim, Bonavides reafirmou sua posição de que a democracia no Brasil está em constante ameaça. A deputada afirmou que a eleição de 2026 será crucial e que, mais do que nunca, é necessário garantir que os direitos do povo brasileiro sejam preservados contra as investidas da extrema-direita. "Se não entrarmos no debate sobre a anistia e não denunciarmos suas intenções, corremos o risco de perder nossa democracia", concluiu.

O contexto político brasileiro continua sendo de tensão, com a polarização crescente e o debate sobre a anistia ganhando força. A atuação de figuras como Tarcísio de Freitas e a articulação da direita são vistas como um risco real para a continuidade das conquistas democráticas no país, e a mobilização popular será decisiva para definir os rumos da nação. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

"É hora de tomarmos em nossas mãos o nosso destino", afirma José Dirceu em ato pela soberania

Em discurso no Clube de Engenharia, ex-ministro critica intervenção dos EUA e destaca a luta pela soberania nacional

      (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Em um discurso fervoroso, José Dirceu, ex-ministro e figura central da política brasileira, se posicionou enfaticamente em defesa da soberania nacional e contra a intervenção externa, durante ato promovido pelo Clube de Engenharia no Rio de Janeiro. Dirceu, que tem se destacado como um dos principais defensores do Brasil no cenário político internacional, criticou duramente a tentativa do governo dos Estados Unidos de interferir nos rumos do país, liderada pelo presidente Donald Trump. Ele fez questão de afirmar que o Brasil deve retomar o controle de seu próprio destino. “É hora de tomarmos em nossas mãos o nosso destino”, declarou Dirceu, em uma das falas mais impactantes de seu discurso.

Durante o evento, o ex-ministro destacou o potencial geopolítico e econômico do Brasil, apontando que o país possui uma posição privilegiada no mundo, com mais de 200 milhões de habitantes, um território vasto e um PIB superior a 2 trilhões de dólares. Contudo, ele também frisou que, apesar dessas vantagens, o Brasil enfrenta sérios desafios internos. “A grande questão do Brasil é sua elite. Ela não pensa o país, ela não defende o país”, afirmou. Dirceu também criticou a falta de ação de setores da elite brasileira, que, segundo ele, priorizam seus próprios interesses em detrimento da soberania nacional.

Dirceu também reforçou a importância do Brasil no contexto global, destacando sua inserção no grupo dos BRICS e a sua relação com outros países do Sul Global. Para ele, a solução para os problemas do país passa pela criação de um modelo de desenvolvimento soberano, com justiça social e democracia. Em sua análise, o ex-ministro afirmou que o país possui todos os elementos necessários para ser uma nação independente e forte, mas que, para isso, seria fundamental uma revolução política e social, com profundas reformas no sistema tributário e financeiro.

"Não basta eleger presidentes democráticos, progressistas e nacionalistas, é preciso mudar o Congresso Nacional", disse Dirceu, ressaltando que as mudanças políticas devem vir das ruas. Ele convocou a população a se mobilizar, especialmente em datas simbólicas como o 7 de setembro e 15 de setembro, para garantir que a democracia brasileira seja preservada e fortalecida.

Finalizando seu discurso, Dirceu fez um apelo à união popular: “Vamos às ruas para garantir a nossa soberania e democracia em 2026”. Sua fala emocionada foi um chamado à ação, com foco na construção de um Brasil mais justo e soberano, capaz de resistir às pressões externas e internas que buscam enfraquecer a democracia. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

“Ou se é do partido de Tiradentes, ou do de Joaquim Silvério dos Reis”

Alysson Mascaro analisa julgamento de Bolsonaro e afirma que a luta política brasileira é marcada pela escolha entre soberania e entreguismo

     (Foto: Ton Molina/STF | Divulgação )

Em entrevista concedida à TV 247, o professor e jurista Alysson Leandro Mascaro avaliou que o Brasil atravessa um momento decisivo. O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo ele, deve ser entendido como parte de uma longa disputa histórica que opõe dois campos: o da emancipação nacional e o do entreguismo. “Ou se é do Tiradentes, ou do Joaquim Silvério dos Reis”, resumiu.

Mascaro explicou que a família Bolsonaro se vinculou diretamente ao imperialismo estadunidense, sobretudo ao círculo de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. Para ele, a extrema direita brasileira tornou-se não apenas dependente, mas agente ativo desse processo. “Existe uma coordenação imediata a partir dos Estados Unidos, especialmente do Partido Republicano, que é a face mais explícita do imperialismo contemporâneo. A ligação da família Bolsonaro com Trump revela o quanto há uma política entreguista no Brasil.”

O jurista observou que essa subordinação não se limita a lideranças políticas, mas envolve setores da elite econômica, parte dos meios de comunicação e grupos empresariais que se moldam conforme os interesses externos. Em sua análise, a burguesia brasileira atua como sócia menor de potências estrangeiras, alternando o apoio entre republicanos e democratas. “Os democratas não são melhores que os republicanos, são tão imperialistas quanto. Apenas adotam formas mais polidas, enquanto os republicanos beiram o fascismo.”

Ao tratar da substituição de lideranças, Mascaro apontou que o esvaziamento político de Bolsonaro abre espaço para novas figuras, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visto como continuidade do bolsonarismo sob outro formato. “Sempre a burguesia brasileira joga nas duas margens. Se não pode andar pelo caminho fascista, anda pelo neoliberal, que também é fascista. A direita nunca tem candidato próprio; tem qualquer candidato contra a esquerda”, afirmou.

Em sua leitura, essa oscilação é possível porque setores estratégicos do país — como o agronegócio e o mercado financeiro — já internalizaram a lógica da dependência. O campo agrícola, culturalmente vinculado aos Estados Unidos, vive o paradoxo de depender economicamente da China, principal compradora dos produtos brasileiros. Já a “Faria Lima” e o sistema financeiro, segundo Mascaro, transitam com facilidade entre discursos de preservação ambiental e práticas de exploração. “Tanto faz se o vinho é sangue de boi dos republicanos ou cabernet fino dos democratas. Nos dois casos, o dinheiro vem do sangue do povo.”

Mascaro também fez um paralelo histórico para situar o presente. Em sua visão, cada sociedade capitalista repete a divisão entre os que lutam pela soberania e os que se submetem ao poder estrangeiro. “Na Argentina, há o peronismo e o antiperonismo; no Chile, Salvador Allende e Pinochet; em Angola, o MPLA e a UNITA. No Brasil, é Tiradentes contra Joaquim Silvério dos Reis. Essa é a escolha de fundo.”

Para Mascaro, compreender o momento atual exige não apenas olhar os fatos imediatos, mas enxergar a continuidade histórica da luta pela independência. “Sempre haverá Tiradentes e sempre haverá Silvérios. A questão é de que lado estamos nessa disputa que define o destino do Brasil.” Assista:

Fonte: Brasil 247

Marco Rubio diz que "não se importa" com reação da ONU a ataques dos EUA à Venezuela




ONU disse que continua "muito preocupada" com as tensões aumentadas entre Washington e Caracas

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington, D.C. - 17/07/2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse nesta quinta-feira (4) que "não se importa" com o que as Nações Unidas têm a dizer sobre o ataque realizado a uma suposta embarcação de narcotráfico na costa da Venezuela.

"Eu não me importo com o que a ONU diz. A ONU não sabe do que está falando", afirmou Rubio durante uma coletiva de imprensa conjunta com sua contraparte equatoriana, Gabriela Sommerfeld, de acordo com a agência Sputnik.

Na quarta-feira, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que a organização continua "muito preocupada" com as tensões aumentadas entre Washington e Caracas.

O oficial da ONU acrescentou que não podia comentar sobre a legalidade do ataque à suposta embarcação de narcotráfico.

Em 7 de agosto, a procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, anunciou uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem os EUA acusam de liderar o Cartel de los Soles. A medida foi seguida pouco depois pelo envio de vários ativos navais dos EUA ao Caribe, sob o pretexto de combater a atividade dos cartéis na região.

Em resposta, Maduro ordenou a mobilização das Milícias Bolivarianas para garantir a defesa do país. Caracas tem argumentado repetidamente que os deslocamentos navais dos EUA no Caribe não têm relação com esforços de combate ao narcotráfico e, em vez disso, servem para pressionar a Venezuela.

Fonte: Brasil 247

Apesar do tarifaço dos EUA, Brasil registra superávit de US$ 6,1 bilhões na balança comercial em agosto

Exportações ao mercado norte-americano caíram quase 20% após sobretaxa, mas vendas para a China dispararam e garantiram o saldo positivo

       Contêineres no Porto de Santos (SP) (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

 A balança comercial brasileira fechou agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, informou nesta quinta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado representa um salto de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo havia sido de US$ 4,5 bilhões, segundo noticiouj a Reuters.

O desempenho positivo ocorreu mesmo após o início da cobrança de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, em vigor desde 6 de agosto. As vendas ao mercado norte-americano encolheram 18,5% na comparação com agosto do ano passado, reduzindo a participação dos EUA no total das exportações brasileiras para 9,3% — bem abaixo dos 11,8% registrados em 2024.

China compensa retração dos EUA

Na direção contrária, a China reforçou ainda mais sua posição como principal destino das exportações brasileiras. As vendas para o país asiático — em cálculo que inclui Hong Kong e Macau — cresceram 29,9% no mês, ampliando sua fatia no comércio exterior do Brasil para 32,1%, contra 25,7% em agosto do ano passado.

No total, as exportações brasileiras somaram US$ 29,861 bilhões em agosto, alta de 3,9% na comparação anual. Já as importações caíram 2%, para US$ 23,728 bilhões.

Apesar do bom desempenho em agosto, o acumulado de 2025 ainda mostra retração. Entre janeiro e agosto, o superávit comercial soma US$ 42,812 bilhões, queda de 20,2% frente ao mesmo período de 2024. No acumulado do ano, as exportações ficaram praticamente estáveis, em US$ 227,583 bilhões (+0,5%), enquanto as importações avançaram para US$ 184,771 bilhões (+6,9%).

Fonte: Brasil 247

Ave extinta há 125 anos reaparece misteriosamente e volta a se reproduzir


      Tacaé-do-sul foi reintroduzido na natureza – Foto: Reprodução/ND

O tacaé-do-sul, ave nativa da Nova Zelândia dada como extinta por mais de um século, voltou à natureza após décadas de esforços de conservação. Em agosto, 18 indivíduos foram soltos no Vale de Greenstone, na Ilha Sul, elevando a população total a cerca de 500 exemplares. A espécie é considerada sagrada pelo povo indígena Ngāi Tahu, que atua junto a cientistas no processo de recuperação.

A ave havia sido redescoberta em 1948, nas montanhas de Murchison, após 125 anos sem registros. Desde então, o programa Takahē Recovery, em parceria com comunidades locais, investiu em reprodução em cativeiro, criação de santuários e controle rigoroso de predadores, como furões e gatos selvagens. Essa estratégia garantiu as condições para que o repovoamento fosse possível.

O tacaé-do-sul não voa, por causa das asas curtas, e constrói ninhos no solo, o que o torna vulnerável a ataques. Por isso, além da reprodução assistida, o governo da Nova Zelândia adotou a translocação entre ilhas e programas de monitoramento. Hoje, especialistas consideram a reintrodução uma das mais bem-sucedidas já realizadas no país.

Além da importância ecológica, o retorno da espécie tem valor cultural profundo. Para os maoris, suas penas azul-esverdeadas são um “taonga”, termo que significa tesouro. O repovoamento simboliza também a restauração de vínculos ancestrais entre o povo Ngāi Tahu e seu território, devolvendo uma espécie que habita a região desde o período Pleistoceno.

Fonte: DCM

Governo do Estado aumentou repasses constitucionais para os municípios em 84% em 7 anos

Esses recursos são provenientes de transferências constitucionais e correspondem à parcela dos municípios de impostos como o ICMS e o IPVA, além do fundo de exportação e dos royalties do petróleo. Boa parte dos municípios viu o valor repassado todos os meses mais do que dobrar durante esse período.

Governo do Estado aumentou repasses constitucionais para os municípios em 84% em 7 anos
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Paraná transferiu mais de R$ 10,2 bilhões aos municípios entre janeiro e agosto de 2025, o que representa um crescimento nominal de 84% ao longo dos últimos sete anos. Nos primeiros oito meses de 2018, por exemplo, o total repassado às prefeituras foi de R$ 5,5 bilhões. Além do crescimento nominal, houve aumento real de 27% ao longo dos últimos sete anos, período em que as transferências constitucionais cresceram de forma contínua, com velocidade expressiva após a pandemia, até chegar à marca histórica registrada neste ano.

Esses recursos são provenientes de transferências constitucionais e correspondem à parcela dos municípios de impostos como o ICMS e o IPVA, além do fundo de exportação e dos royalties do petróleo. Assim, eles fazem parte das receitas públicas correntes das prefeituras e podem ser aplicados pelos municípios em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), boa parte dos municípios viu o valor repassado todos os meses mais do que dobrar durante esse período. Das 399 cidades paranaenses, 144 (36%) tiveram um crescimento nas transferências superior a 100%. Outras 128 tiveram um aumento nas transferências entre 80% e 99%.

Alguns exemplos são Ponta Grossa, com salto de 92% (de R$ 144 milhões para R$ 278 milhões), Maringá, com 84% (de R$ 178 milhões para R$ 330 milhões) e Pato Branco, com 86% (de R$ 41 milhões para R$ 77 milhões).

Outro exemplo que ilustra bem essa expansão é o município de Porto Barreiro, na região Centro-Sul do Estado, cujas transferências totais nos dois primeiros quadrimestres saltaram 179,8% entre 2018 e 2025, já considerando a inflação do período. A cidade recebeu R$ 2,36 milhões nos oito primeiros meses de 2018 e, em 2025, viu o valor subir para R$ 9,6 milhões. E o ICMS foi quem puxou esses números para cima, saindo de R$ 2 milhões para R$ 8,8 milhões.

De acordo com o secretário Norberto Ortigara, essa evolução tão positiva é reflexo do bom momento do Paraná. “São números que comprovam o quanto o Estado se tornou uma economia forte e estável, agora a quarta maior do País. No primeiro semestre desse ano já alcançamos o maior crescimento da atividade econômica. O crescimento do repasse aos municípios deixa claro o quanto esse fortalecimento do Paraná, do campo às indústrias, beneficia toda a população de forma direta”, diz.

FORÇA NA ECONOMIA – O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é reflexo das atividades econômicas, foi o grande responsável pelo recorde histórico de 2025. Somente nos primeiros oito meses do ano, o total do tributo repassado aos municípios chegou à marca de R$ 6,83 bilhões – ou seja, cerca de 66,7% dos R$ 10,2 bilhões totais. De acordo com a Constituição, 25% do total arrecadado pelo Estado neste imposto é encaminhado aos municípios.

Esse é um dos principais motivos para a redução na alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos atuais 3,5% para 1,9% a partir de 2026 – o que coloca o Paraná como a menor tributação do País. Com a diminuição de mais de 45% do imposto, o cidadão terá mais dinheiro no bolso para consumir em sua própria cidade com bens e serviços – o que acaba se revertendo tanto em ICMS quanto em Imposto Sobre Serviços (ISS).

Além disso, a expectativa da Secretaria da Fazenda é recuperar mais recursos de IPVA com a queda da inadimplência e novos emplacamentos no Paraná, inclusive com a compra de carros novos e usados no Estado, garantindo fluxo de repasses aos municípios.

Fonte: AEN

Com aporte do Estado, duplicação da rodovia de acesso a Ivaiporã está quase concluída

O convênio atende ao todo uma extensão de 4.750,70 m, um investimento de R$ 16.244.781,48, sendo R$ 13,7 milhões de recursos da SEIL e contrapartida de R$ 2,5 milhões da prefeitura de Ivaiporã. Os serviços devem ser concluídos até o final do ano.

Com aporte do Estado, duplicação da rodovia de acesso a Ivaiporã está quase concluída
Foto: DER-PR

A duplicação da rodovia de acesso secundário (PR-846) para Ivaiporã, nos Vale do Ivaí, passou dos 80% de execução. A obra está sendo executada pela Prefeitura Municipal de Ivaiporã, por meio de convênio com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL). O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) é responsável pela fiscalização do andamento dos serviços no trecho tem 4.289,00 metros.

Além de implantar novas faixas de tráfego, também está sendo executado a reperfilagem da pista existente e implantada barreira de concreto New Jersey para separar os dois sentidos de tráfego. O trecho já conta com novo sistema de drenagem de águas, e, assim que concluída a execução da última camada de pavimento asfáltico, será realizada a sinalização horizontal e vertical.

“A duplicação deste acesso para Ivaiporã está beneficiando empresas, indústrias e moradores vizinhos da obra, que vão ter um trânsito muito mais seguro no acesso para o município e também para acessar a PRC-466, que em breve receberá um pavimento totalmente novo, de concreto”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.

O convênio também contemplou a implantação de uma rotatória no entroncamento da rodovia com a Rua das Flores, além de pavimentação e recape desta via municipal, em uma extensão de 298,10 m. A Rua Brasil, que também acessa a PR-846, recebeu serviços de recape em trecho de 163,60 m por meio dessa parceria entre o estado e o município.

O convênio atende ao todo uma extensão de 4.750,70 m, um investimento de R$ 16.244.781,48, sendo R$ 13,7 milhões de recursos da SEIL e contrapartida de R$ 2,5 milhões da prefeitura de Ivaiporã. Os serviços devem ser concluídos até o final do ano.

Fonte: AEN

Homem sai de casa de pijama para buscar carregador e morre esfaqueado no Paraná


      Danilo Roger Bido Ferreira

A Polícia Civil investiga a morte de Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, encontrado com marcas de facadas em uma estrada rural de Iporã, no noroeste do Paraná. O corpo foi localizado a cerca de 100 metros do carro da vítima, na manhã de domingo (31), por um casal que passava pela região. O caso é tratado como homicídio.

Segundo o delegado Luã Mota, Danilo havia voltado de um evento por volta da meia-noite e, minutos depois, já de pijama, avisou à mãe que iria até a casa de um amigo buscar um carregador. Ele não retornou e o celular perdeu sinal pouco depois. O veículo apresentava manchas de sangue e o corpo foi levado para perícia da Polícia Científica.

De acordo com a investigação, Danilo não tinha antecedentes criminais nem histórico de desavenças. Ele trabalhava como multiplicador em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento científico em Toledo, no oeste do Paraná. O delegado informou que câmeras de segurança estão sendo analisadas para ajudar a identificar suspeitos.

O corpo foi sepultado na segunda-feira (1º) no cemitério municipal de Iporã. A Polícia Civil aguarda laudos para definir o número de facadas e a causa oficial da morte. Até o momento, ninguém foi preso.

Fonte: DCM

8 de janeiro: Alcolumbre consegue apoio no STF para redução de penas, mas sem anistia para Bolsonaro


Centrão e extrema-direita querem anistia ampla que proteja Bolsonaro, mas encontram resistência no Senado, no governo e no STF

    Davi Alcolumbre (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A articulação para uma possível anistia aos envolvidos no 8 de janeiro ganhou força nos bastidores de Brasília, com pressão de diversos setores da política. De acordo com a Folha de S.Paulo, a movimentação ocorreu simultaneamente ao julgamento de sete réus acusados de envolvimento nos atos golpistas. Ao longo dos dois primeiros dias de julgamento, surgiram especulações sobre uma possível anistia a Jair Bolsonaro (PL), uma ação que não só refletiria nos três Poderes, mas também nas eleições de 2026. Embora Davi Alcolumbre, presidente do Senado, tenha declarado que apoia um projeto que reduz as penas dos condenados pelo 8 de Janeiro, sem incluir Bolsonaro no perdão, figuras proeminentes do centrão e da oposição manifestam discordância, defendendo uma anistia ampla que livraria o ex-presidente da prisão.

No Senado, líderes políticos estão divididos sobre a forma da proposta. Alguns defendem um perdão geral para todos os envolvidos nos ataques, mantendo, no entanto, a inelegibilidade de Bolsonaro, um ponto estratégico que beneficia o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em sua candidatura à presidência em 2026. Tarcísio se envolveu ativamente na articulação política em busca do perdão amplo, com o apoio do centrão. De acordo com fontes do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa é que essa movimentação tenha impacto nas eleições, além de garantir uma resposta à ala bolsonarista que questiona a viabilidade de Tarcísio.

Embora o projeto de anistia precise da aprovação do Congresso, a sanção do presidente Lula será crucial para determinar o futuro da proposta. A palavra final, porém, caberá ao próprio Congresso, que pode derrubar vetos presidenciais. Para um perdão amplo, são necessários cerca de 300 votos na Câmara, o que indicaria apoio suficiente para garantir a aprovação do projeto. A disputa está em um impasse, com o julgamento de Bolsonaro e outros réus previsto para ser concluído na próxima semana. As penas máximas para os acusados podem ultrapassar 40 anos de prisão, aumentando ainda mais a pressão sobre os parlamentares.

Davi Alcolumbre, por sua vez, defende uma alternativa à anistia ampla. Segundo ele, não há apoio majoritário para a proposta, que inclui o perdão a Bolsonaro. Em entrevista, o presidente do Senado afirmou à Folha que rejeita a ideia de uma anistia geral e que trabalhará em um projeto alternativo. Este projeto, já discutido pelo ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conta com o apoio de ministros do STF, uma vez que não envolveria o perdão a quem planejou ou financiou os atos golpistas. No entanto, a resistência do bolsonarismo, que exige a inclusão de Bolsonaro no perdão, tem sido um obstáculo para avançar com essa proposta.

Apesar das divisões, parlamentares de centro-direita e direita cogitam a possibilidade de um meio-termo, que incluiria uma solução negociada para garantir a aprovação da proposta. Nos bastidores, acredita-se que essa estratégia poderia envolver um compromisso informal com ministros do STF para evitar que a corte derrubasse a proposta. No entanto, há quem considere que a movimentação do centrão e de Tarcísio seja apenas uma estratégia de imagem, servindo para garantir a candidatura do governador de São Paulo sem comprometer a base bolsonarista.

No STF, a pressão sobre a proposta de anistia também segue em alta. Alguns ministros consideram mais favorável o projeto de Alcolumbre, embora, após a movimentação política, haja maior disposição para o perdão amplo. A expectativa é que o STF se pronuncie sobre a constitucionalidade da medida, caso ela seja aprovada pelo Congresso. Em declarações recentes, o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, afirmou que a anistia antes do julgamento seria "impossível", mas após ele, poderia se tornar uma questão política.

A articulação para a anistia também ganhou força no Congresso, com o apoio de partidos como PP, União Brasil e Republicanos, que defendem a proposta com urgência. Já o PT, por meio de seu líder Lindbergh Farias (RJ), manifestou oposição, considerando o avanço da anistia um erro. Farias atribuiu a articulação de Tarcísio como um movimento estratégico para consolidar sua candidatura presidencial, ao mesmo tempo em que procurava evitar uma oposição interna entre os bolsonaristas.

Em uma reunião com líderes do União Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou sua oposição ao avanço da anistia, buscando fortalecer a resistência do governo ao projeto. O presidente destacou, em seu encontro no Palácio da Alvorada, que a aprovação da anistia representaria uma rendição ao presidente dos EUA, Donald Trump, que, por sua vez, tem sido uma figura-chave na mobilização de aliados políticos em apoio a Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Zeca Dirceu convoca militância para o 7 de Setembro e destaca papel do PT nas próximas eleições

Zeca Dirceu destacou que o engajamento da militância será decisivo

    Zeca Dirceu (Foto: Assessoria)

Na noite desta terça-feira (2), o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) reuniu filiados do partido em um encontro online para discutir os próximos passos da militância paranaense. A reunião teve como principal foco a convocação para as mobilizações do 7 de Setembro, um pedido especial do presidente Lula, e que este ano ganham contornos especiais diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal.

Zeca Dirceu reforçou que o momento exige unidade e mobilização. “O Brasil não pode ser chantageado. O povo brasileiro é soberano e precisa estar nas ruas para mostrar que defende a democracia e a independência do país”, afirmou o parlamentar, ao destacar o caráter simbólico da data.

Além da convocação para o 7 de Setembro, o deputado também abordou questões internas do PT. Ele lembrou que, após o Processo de Eleições Diretas (PED), sua chapa garantiu 40% da composição do novo diretório estadual. Nos próximos dias, o partido irá se reunir para definir a nova direção no Paraná, e Zeca destacou sua atenção às eleições setoriais que acontecerão até o fim do ano, envolvendo a juventude, as mulheres, a diversidade e outros coletivos.

Nesse ponto, a juventude petista teve voz no encontro. Marlon Alessandro, da Juventude, chamou atenção para a importância de ampliar a participação dos jovens no processo. “Nós temos que fortalecer a eleição da Juventude do PT no Paraná. É essencial fazer um levantamento e mobilizar o maior número possível de jovens, especialmente do interior do estado, para que possamos chegar organizados nesse processo. Essa é uma forma de aproximar novas gerações do partido e consolidar uma militância viva e presente”, disse.

A preocupação com a organização de base também esteve no centro da fala de Maiara Oliveira, que destacou a necessidade de retomar a nucleação em regiões do interior. “Precisamos garantir que o PT esteja mais presente nas microrregiões, fortalecendo núcleos e espaços de atuação que deem voz à militância local. Isso vai muito além do número de jovens mobilizados, trata-se da qualidade política que queremos construir. Também é fundamental ampliar o protagonismo das mulheres, que já têm uma presença significativa nas bases do partido e precisam ocupar cada vez mais espaços de decisão”, afirmou.

Segundo Zeca, esse processo é fundamental para fortalecer a militância e preparar o partido para os desafios eleitorais de 2026. “Não se trata apenas de uma formalidade interna. É uma oportunidade de organizar melhor nossa atuação, dar espaço para as novas gerações e mostrar que o PT segue vivo e pronto para liderar as transformações que o Brasil precisa”, disse.

Com o julgamento de Bolsonaro em andamento e a proximidade das mobilizações do 7 de Setembro, Zeca Dirceu destacou que o engajamento da militância será decisivo. “Este é o momento de reafirmar nossa luta pela democracia, pela soberania nacional e por um Brasil independente”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

Nikolas tenta atacar Lula, mas é desmoralizado por Lenir de Assis

A deputada petista chamou o bolsonarista de “aloprado” e questionou sua postura no Congresso

Lenir de Assis (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete réus, entre militares e um civil, no dia 2 de setembro, foi marcado por declarações polêmicas e provocações no plenário da Câmara dos Deputados. Entre os discursos em defesa do ex-presidente, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma provocação direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo um debate. A atitude gerou imediata reação da deputada federal Lenir de Assis (PT-PR), que usou suas redes sociais para criticar o colega de Congresso.

Em um post, Lenir de Assis rebateu a provocação de Nikolas. A deputada petista chamou-o de “aloprado” e questionou sua postura no Congresso, associando-o a um comportamento de extrema-direita.

“O tal do Nikolas é um aloprado de primeira linha. É cada absurdo que precisamos ouvir dele na Câmara. Cria da juventude fascista (MBL), se transformou num deputado que envergonha nossos irmãos mineiros. Não basta o vídeo sobre o Pix que ajudou o PCC, agora ele inventou de 'intimar' o presidente Lula para um debate (risos). Calma, garoto! Contenha-se na sua humilde insignificância”, escreveu Lenir.

 

Fonte: Brasil 247

Brasil foi a economia emergente que mais recebeu investimentos chineses em 2024




Com foco em indústria e energia, investimentos no Brasil quase dobraram em 2024, atingindo US$ 4,18 bilhões, revela estudo do Conselho Brasil-China

     Bandeiras do Brasil e da China (Foto: REUTERS/Tingshu Wang)

O Brasil foi a economia emergente que mais atraiu investimentos chineses em 2024 e o terceiro país que mais absorveu capital produtivo da China no mundo. No ano passado, empresas do gigante asiático investiram em 39 projetos em território nacional – um recorde histórico –, com aportes que somaram US$ 4,18 bilhões, praticamente o dobro do valor registrado em 2023. Esses são alguns dos destaques do estudo “Investimentos Chineses no Brasil – 2024: Reindustrialização e Transição Energética”, que será lançado nesta quinta-feira (4), às 10 horas, em transmissão ao vivo pelo Zoom, pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com patrocínio do Bradesco Corporate.

O setor de eletricidade liderou, com participação de 34%, a atração de investimentos chineses no Brasil em 2024, com aportes de US$ 1,43 bilhão, incluindo projetos de geração de energia solar e eólica. Em seguida, o setor de petróleo concentrou 25% dos investimentos, com cerca de US$ 1 bilhão, o que mostra que, mesmo com a crescente presença chinesa na área de renováveis no Brasil, ainda há grande interesse em iniciativas ligadas a combustíveis fósseis.

Ao mesmo tempo, o número de projetos chineses na indústria manufatureira no Brasil aumentou de forma praticamente ininterrupta desde 2021, chegando ao recorde de oito empreendimentos em 2024. Esse movimento está alinhado às políticas do governo brasileiro para incentivar a reindustrialização, como a “Nova Indústria Brasil”, que foca em setores que já contam com investimentos chineses consolidados no país, incluindo infraestrutura, saneamento, mobilidade sustentável, transformação digital, segurança energética e descarbonização.

O estudo também mostra que empresas chinesas investiram ou anunciaram novos projetos no Brasil na área de mineração, sobretudo em minerais estratégicos, como estanho e cobre – fundamentais para a indústria de alta tecnologia –, abrindo espaço para maior integração entre os países em diferentes etapas da cadeia de valor voltada à descarbonização.

É nesse contexto que o estudo do Conselho Empresarial Brasil-China aponta que áreas como transição energética, manufaturas de alto padrão e minerais críticos despontam entre as mais promissoras para a atração de investimentos chineses no Brasil nos próximos anos. A tendência, segundo o levantamento, é que esse movimento seja impulsionado pela agenda de reindustrialização do país e pelo compromisso compartilhado entre Brasil e China com a descarbonização de suas economias.

O evento de lançamento contará com a participação de Danilo Goulart, Representante-Chefe do Bradesco em Hong Kong, e João Ricardo Tiusso, Head de Estratégia de Projetos da GWM Brasil. O autor do estudo, Tulio Cariello, Diretor de Pesquisa e Conteúdo do CEBC, apresentará as principais conclusões. A moderação ficará a cargo de Cláudia Trevisan, Diretora Executiva do CEBC. A abertura será feita por Luiz Augusto de Castro Neves, Presidente do CEBC e Ex-Embaixador do Brasil na China, e por Fabiana D’Atri, Superintendente de Economia da Bradesco Asset.

Fonte: Brasil 247

Três tipos de plantas podem atrair escorpiões e exigem cuidados no jardim

A presença de determinadas plantas no jardim pode favorecer o aparecimento de escorpiões em áreas residenciais

     Escorpião gigante (Foto: Reprodução)

A presença de determinadas plantas no jardim pode favorecer o aparecimento de escorpiões em áreas residenciais. Segundo reportagem do UOL, espécies como bromélias, palmeiras com acúmulo de folhas secas e massa verde densa com frestas criam ambientes úmidos e sombreados que funcionam como abrigo para esses animais peçonhentos.

O tecnologista Paulo Goldoni, do Instituto Butantan, reforça que não existem plantas capazes de afastar escorpiões. “Não há nenhuma comprovação científica”, afirmou. Ele alerta que o problema não é o vegetal em si, mas as condições que podem ser criadas ao redor: “O maior risco é servir de esconderijo. A vegetação pode ser usada como abrigo e até como caminho para que o animal chegue a locais onde normalmente não estaria”.

◈ Plantas que oferecem risco

  •  Bromélias-tanque: estudos mostram que o escorpião Tityus neglectus utiliza essas plantas como abrigo e área de caça. A roseta da bromélia acumula água, fornecendo um microambiente favorável para os aracnídeos. Embora a toxina dessa espécie não seja grave para humanos, a pesquisa evidencia o risco de se manter bromélias próximas a áreas de circulação.
  •  Palmeiras com “saia” de folhas secas: a palmeira-leque mexicana (Washingtonia robusta) é apontada em estudos internacionais como abrigo para ratos, cobras e escorpiões. As folhas mortas, quando não retiradas, formam frestas ideais para animais peçonhentos. O manejo periódico é recomendado até que a planta atinja a fase “autolimpante”.
  •  Vegetação densa e com frestas: touceiras muito fechadas, trepadeiras compactas e pilhas de folhas secas criam locais úmidos e pouco iluminados, atraindo escorpiões urbanos, que também buscam alimento (principalmente baratas) e água.

◈ Como reduzir os riscos

O Instituto Butantan orienta que o foco deve estar na prevenção ambiental, e não em plantas supostamente repelentes. Entre as medidas indicadas estão:

  •  Manter quintais limpos, sem acúmulo de entulho ou folhas secas;
  •  Retirar folhas mortas de palmeiras e podar regularmente touceiras;
  •  Manter vasos e canteiros afastados das paredes;
  •  Vedar ralos, portas e frestas e instalar telas em janelas;
  •  Controlar a população de baratas e outros insetos.

◈ O que fazer em caso de picada

Em situações de acidente, os especialistas recomendam lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna para aliviar a dor e procurar atendimento médico imediato. Apenas profissionais de saúde podem avaliar a gravidade do caso e indicar a necessidade de aplicação de soro antiescorpiônico.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Acordo UE-Mercosul avança enquanto tarifas de Trump pressionam comércio global


Acordo entre blocos pode expandir exportações e mitigar impactos das tarifas norte-americanas

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e Ursula von der Leyen (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul deu um passo importante para sua concretização, após a validação do texto final pelo Conselho da União Europeia, na quarta-feira (3). A formalização do acordo ocorre em meio à crescente guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impacta diretamente as relações comerciais internacionais, relata o Metrópoles.

O pacto, que visa eliminar progressivamente tarifas sobre até 92% das exportações entre os dois blocos, entrou em negociação em 1999 e teve seu fechamento definitivo em 2024, durante a cúpula do Mercosul no Uruguai. O acordo, agora, aguarda a aprovação do Parlamento Europeu para entrar em vigor. Para que isso aconteça, 15 dos 27 países da União Europeia precisam aprovar a medida. O passo recente no processo é visto como uma oportunidade de consolidar as relações comerciais entre a UE e os países do Mercosul, mas ainda existem desafios pela frente.

● Tarifas e impactos econômicos

O avanço do acordo ocorre em um momento de forte pressão tarifária imposta pelos Estados Unidos. A atual escalada de tarifas de Trump afetou países ao redor do mundo, com destaque para o Brasil, que enfrenta uma alíquota de 50% sobre suas exportações para o mercado norte-americano. Em contraste, produtos europeus tiveram um aumento de 15% nos impostos aplicados. Essa situação tem levado economistas a ver o acordo entre a UE e o Mercosul como uma forma de contornar as dificuldades impostas pelo protecionismo americano.

● Perspectivas para o Brasil e a UE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou a expectativa de que o acordo seja finalizado até o final de 2025, quando o Brasil terminará a presidência rotativa do Mercosul. A movimentação em torno do pacto é uma estratégia do governo brasileiro para lidar com os impactos das tarifas norte-americanas, que têm dificultado as negociações com os Estados Unidos. Caso o acordo seja ratificado, as projeções indicam um aumento superior a US$ 7 bilhões nas exportações brasileiras para a União Europeia no curto prazo, além de um impacto positivo de R$ 37 bilhões sobre o Produto Interno Bruto (PIB) até 2044.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles