Impasse com o presidente do Senado leva Planalto a adiar o envio da documentação da indicação de Jorge Messias ao STF
A decisão do governo federal de adiar o envio da documentação oficial que formaliza Jorge Messias como indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um novo capítulo na relação entre o Palácio do Planalto e o Senado. Segundo o Metrópoles, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), confirmou nesta quinta-feira (27) que o envio só ocorrerá após uma conversa direta entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A indicação contrariou Alcolumbre, que vinha trabalhando nos bastidores para levar o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),à vaga aberta na Corte com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
⊛ Tensão após a escolha de Messias
Embora a indicação tenha sido anunciada na semana passada, o governo ainda não formalizou a documentação necessária para iniciar a tramitação. A demora, segundo interlocutores, decorre da irritação de Alcolumbre com a decisão do presidente. O clima de resistência se tornou mais evidente após a confirmação da data da sabatina. Mesmo sem o envio dos papéis, Alcolumbre marcou a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para 10 de dezembro, impondo um prazo curto para articulação política.
⊛ Messias corre para dialogar, mas enfrenta resistência
Para tentar reduzir a rejeição no Senado, Messias iniciou a tradicional rodada de conversas com parlamentares. Contudo, o esforço não tem sido suficiente para abrir diálogo, uma vez que Alcolumbre, responsável por conduzir a sabatina e a votação na CCJ, não tem recebido o indicado.
Nesta quinta-feira, Messias visitou o gabinete do relator da indicação, senador Weverton Rocha (PDT-MA). O parlamentar descreveu o desafio como uma “missão difícil” e afirmou que buscará contato com Alcolumbre para tentar destravar o processo.
⊛ Randolfe minimiza crise e prevê diálogo
Apesar da tensão, Randolfe Rodrigues buscou reduzir o peso do impasse político. O senador declarou que Lula e Alcolumbre “não precisam de interlocutores” e que a conversa ocorrerá “em breve”, antes da sabatina.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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