O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu, nesta segunda-feira (7), às declarações de Donald Trump sobre o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL). Em publicação no X, o petista defendeu a soberania brasileira e as instituições do país após o presidente estadunidense classificar as ações contra Bolsonaro como “caça às bruxas”.
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, escreveu Lula.
Trump, que também enfrenta processos judiciais nos EUA, manifestou apoio a Bolsonaro em sua rede social Truth Social: “O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão fazendo com seu ex-presidente. Vou acompanhar muito de perto essa CAÇA ÀS BRUXAS contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores”.
O líder de extrema-direita afirmou ainda que Bolsonaro “não é culpado de nada” e criticou o tratamento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao caso. As declarações ocorrem em um momento sensível do processo, que está na fase de alegações finais sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro é réu por golpe de Estado
O ex-presidente responde no STF por tentativa de golpe de Estado, em investigação que apura ações para mantê-lo no poder após a derrota eleitoral em 2022. A denúncia foi aceita por unanimidade em março de 2025 pela Primeira Turma do Supremo. Até o momento, 497 pessoas já foram condenadas por envolvimento nos eventos, enquanto oito foram absolvidas.
Além do processo criminal, Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha de 2022.
Um dos episódios-chave foi a reunião no Palácio da Alvorada onde atacou o sistema eleitoral sem apresentar provas a embaixadores estrangeiros.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado federal licenciado, está nos EUA desde março. De lá, tem feito críticas ao STF e alegado perseguição política. A PGR investiga se ele tentou influenciar o governo americano a impor sanções contra ministros do Supremo.
Fonte: DCM
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