sábado, 18 de outubro de 2025

Nobel da Paz, Corina volta a defender os planos de guerra de Trump contra a Venezuela

Líder opositora ignora risco de tragédia humanitária e tenta pressionar Lula a adotar discurso intervencionista dos EUA

         María Corina Machado (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

A líder opositora María Corina Machado, recém-premiada com o Nobel da Paz, concedeu entrevista à Folha de S.Paulo em que reforça o alinhamento com a agenda militar de Donald Trump contra a Venezuela, ignorando os riscos de uma nova tragédia regional. A opositora voltou a elogiar as ações militares norte-americanas no mar do Caribe, que já provocaram dezenas de mortes, e afirmou que “o presidente Trump está fazendo muito para que [a queda de Maduro] aconteça”.

Na conversa, Corina — que vive em local secreto, supostamente em território venezuelano — tenta transformar a sua premiação em instrumento político para justificar o uso da força estrangeira. Ao mesmo tempo, pressiona o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar um discurso contrário à tradição diplomática brasileira.
“Seria muito útil que o presidente Lula dissesse a Maduro que chegou a sua hora de ir embora”, afirmou.

◈ Alinhamento com Trump e defesa da intervenção

Corina apoiou publicamente as operações militares dos Estados Unidos no Caribe, iniciadas sob o comando direto de Trump, que resultaram na morte de quase 30 pessoas sob a alegação de combate ao narcotráfico. Ela também minimizou a revelação de que a CIA recebeu autorização presidencial para conduzir ações secretas em solo venezuelano, alegando desconhecimento e insistindo que se trata de uma “operação antinarcóticos”.

A retórica de Corina reflete a narrativa clássica de Washington: rotular governos contrários a seus interesses como “narcoterroristas” para legitimar intervenções militares. Ao ecoar esse discurso, a nova Nobel da Paz se distancia dos princípios que a própria honraria simboliza e reforça a dependência política de parte da oposição venezuelana em relação aos EUA.

◈ O discurso da “libertação” e a negação da soberania

Na entrevista, Corina classificou o governo de Nicolás Maduro como “regime criminoso” e defendeu que “os países da região, com a liderança do presidente Trump, ponham fim a ele”. A formulação, que associa a figura de Trump à de um “libertador” do continente, revela o caráter intervencionista de sua agenda e ignora o histórico de tragédias humanitárias causadas por ações unilaterais dos EUA em outros países.

Ao insistir em que “não há lugar para neutralidade” e que “a história será implacável com o silêncio”, Corina tenta impor ao Brasil e aos países sul-americanos uma política externa de alinhamento automático com Washington — contrária ao princípio de autodeterminação dos povos que orienta a diplomacia brasileira desde o governo Getúlio Vargas.

◈ Lula defende o diálogo e a estabilidade regional

Enquanto Corina defende a escalada militar, o presidente Lula tem reiterado em diferentes fóruns internacionais a necessidade de uma saída diplomática e pacífica para a crise venezuelana, baseada na soberania e no diálogo entre as partes. O governo brasileiro rejeita qualquer solução imposta de fora e considera que o uso da força agravaria o sofrimento do povo venezuelano e ampliaria a instabilidade na América Latina.

Em conversas recentes com Trump, Lula enfatizou que qualquer ataque militar à Venezuela fortaleceria o crime organizado e o tráfico de drogas, além de provocar o colapso político de toda a região. A posição brasileira, compartilhada por governos como o da Colômbia, México e Chile, é a de que somente o diálogo e as eleições soberanas podem conduzir o país vizinho à normalidade democrática.

◈ Contradições e instrumentalização política

Apesar de afirmar que defende a “integração sul-americana”, Corina ignora que o intervencionismo estrangeiro seria justamente o maior obstáculo à reconstrução regional. Sua defesa da política belicista de Trump contrasta com o próprio discurso de defesa dos direitos humanos que a premiação do Nobel da Paz supostamente reconhece.

Ao transformar o prêmio em palanque político e justificar ações militares de uma potência estrangeira, Corina compromete o significado humanitário da láurea e enfraquece sua legitimidade como voz de oposição. Para analistas venezuelanos, seu discurso representa a tentativa de reabilitar a velha política de “mudança de regime” patrocinada por Washington, que fracassou sucessivamente em Cuba, Iraque, Líbia e Afeganistão.

Fonte: Brasil 247

Luís Roberto Barroso se despede do Supremo em clima de emoção e agradece equipe por “anos de aprendizado e amizade”

Ministro antecipou aposentadoria e afirmou à ConJur que seguirá contribuindo com o país por meio da educação e da reflexão acadêmica

         O ministro Luís Roberto Barroso em sessão plenária do STF - 09/10/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta sexta-feira (17) um ciclo de 12 anos na mais alta Corte do país com uma despedida emocionada de sua equipe. A informação foi publicada pela revista eletrônica Consultor Jurídico (ConJur), que registrou o momento em que servidores e colaboradores do gabinete se reuniram para prestar homenagem ao magistrado, que se aposentará oficialmente neste sábado (18).

Barroso havia transferido a presidência do STF ao ministro Edson Fachin em 29 de setembro e anunciou, na sessão plenária do dia 8, que anteciparia sua aposentadoria. Aos 66 anos, ele poderia permanecer no cargo até 2033, quando completaria 75 anos — idade da aposentadoria compulsória no serviço público.

⊛ Reflexão sobre o legado e novos caminhos

Em entrevista concedida à ConJur na véspera do anúncio, Barroso explicou os motivos que o levaram a encerrar sua trajetória no Supremo e revelou seus planos para o futuro. “A minha maior motivação na vida pública é pensar o Brasil e tentar contribuir para fazer um país melhor e maior, com menos pobreza e melhor distribuição de renda. São coisas que eu posso fazer a partir do Supremo ou fora do Supremo”, afirmou.

O ministro planeja seguir sua atuação intelectual e acadêmica fora do país. Ele passará um período no Instituto Max Planck, na Alemanha, e ministrará um curso na Universidade de Sorbonne, na França, em 2026. Barroso também continuará lecionando como professor titular de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

⊛ Despedida no STF

Durante a confraternização de despedida, Barroso foi homenageado pelos servidores que o acompanharam ao longo dos anos. Em clima de gratidão e emoção, posou para fotos com os colegas e funcionários do Supremo — entre eles o garçom Deusdivam e a segurança Cristina —, símbolos da convivência diária que marcou sua passagem pelo tribunal.

As imagens da despedida, divulgadas pela ConJur, mostram o ministro celebrando com sua equipe os anos de trabalho dedicados à Corte e à consolidação de uma agenda marcada pela defesa dos direitos fundamentais, da democracia e da justiça social.

Fonte: Brasil 247 com infpormações da revista Consultor Jurídico (Conjur)

Moraes arquiva processo contra Tarcísio por articulação pró-anistia

Mais cedo, a PGR pediu o arquivamento da ação de Rui Falcão contra Tarcísio

Brasília (DF) - 29/11/2024 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma ação, apresentada à Corte pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em razão da articulação do bolsonarista junto a parlamentares de extrema direita pela tramitação de um projeto de anistia em favor de Jair Bolsonaro.

Bolsonaro foi condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão por chefiar a organização criminosa golpista que tentou derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento da ação contra Tarcísio, ex-ministro do governo Bolsonaro. Gonet sustentou que há ilegitimidade no pedido, além de que os relatos do parlamentar não “contêm elementos informativos mínimos que indiquem suficientemente a realidade de ilícito penal, justificadora da deflagração da pretendida investigação”.

Fonte: Brasil 247

Barroso vota para descriminalizar aborto até 12ª semana e julgamento é suspenso

Análise estava parada no STF desde setembro de 2023, quando o próprio ministro havia pedido destaque, suspendendo temporariamente a votação

      Ministro do STF Luís Roberto Barroso (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira (16) a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, em um de seus últimos atos antes de deixar a Corte. A informação foi noticiada pela Folha de S. Paulo.

Poucos minutos após a publicação do voto, o ministro Gilmar Mendes apresentou um pedido de destaque, o que interrompe o julgamento virtual e transfere o caso para o plenário físico, ainda sem data definida para retomada.

O julgamento, que trata da descriminalização do aborto em todo o país, foi retomado às 20h, após Barroso solicitar a reabertura do caso. A análise estava parada desde setembro de 2023, quando o próprio ministro havia pedido destaque, suspendendo temporariamente a votação.

Com o voto de Barroso, o placar do julgamento segue com dois votos pela descriminalização — o do próprio ministro e o da ex-presidente do STF Rosa Weber, que em 2023 também se manifestou a favor de liberar o procedimento até a 12ª semana de gravidez.

A ação, apresentada pelo PSOL em 2017, pede que o aborto até esse período deixe de ser considerado crime no Brasil. O partido argumenta que a criminalização fere princípios constitucionais, como o direito à dignidade humana, à saúde e à igualdade de gênero, e que a punição atinge de forma desproporcional mulheres negras e pobres.

A retomada da análise ocorreu no último dia de Barroso como ministro do Supremo, antes de sua aposentadoria antecipada, anunciada no início deste mês.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Janja anuncia envio de ajuda humanitária do Brasil à Faixa de Gaza e denuncia genocídio contra o povo palestino

Primeira-dama afirma em Roma que alimentos, remédios e itens essenciais serão enviados por determinação do presidente Lula

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de entrega de obras retomadas do Ministério da Educação na Ilha de Marajó. Orla de Breves – Pará (PA) (Foto: Ricardo Stuckert)

A primeira-dama Janja Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (17), em Roma, que o governo brasileiro enviará alimentos, remédios e itens de primeira necessidade à Faixa de Gaza, em resposta à grave crise humanitária que atinge o povo palestino. O pronunciamento foi feito durante a cerimônia de encerramento do Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

Segundo Janja, a iniciativa segue orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que “desde o início denunciou o genocídio na Faixa de Gaza”. A decisão reforça o compromisso do Brasil com a solidariedade internacional e com a defesa dos direitos humanos diante da escalada de violência imposta à população civil palestina.

“O governo brasileiro se juntará aos esforços de outros países para enviar ajuda humanitária à região. Um ato urgente de solidariedade e humanidade que representa esperança e recomeço para milhares de famílias”, declarou a primeira-dama.

⊛ Alerta sobre a fome e a omissão internacional

Em seu discurso, Janja fez um apelo enfático sobre o agravamento da crise humanitária no enclave palestino, destacando que a fome e a desnutrição já causaram a morte de centenas de milhares de pessoas, principalmente crianças.
Ela criticou a lentidão das respostas internacionais e advertiu que os países “não estão agindo com a pressa e a agilidade necessárias”.

A primeira-dama também reforçou a necessidade de um cessar-fogo imediato e duradouro, ao afirmar que “a única guerra em que todos sairemos vencedores é a guerra contra a fome”.

⊛ Diplomacia solidária e protagonismo brasileiro

O gesto de Janja foi interpretado como uma demonstração de que o Brasil retoma seu papel de liderança moral e diplomática no cenário internacional, ao priorizar a vida e a paz acima das disputas políticas e militares.
O governo brasileiro tem se posicionado desde o início do conflito contra a violência em Gaza e pela criação de um Estado palestino independente e soberano.

Durante os quatro dias do Fórum, Janja participou de cerca de dez atividades oficiais, em diálogo com autoridades, organizações internacionais, representantes da sociedade civil e do setor privado.
A edição de 2025, que marca os 80 anos de criação da FAO, teve como foco o debate sobre a transformação dos sistemas alimentares globais e o papel dos países em garantir segurança alimentar em tempos de guerra e crise climática.

⊛ Um gesto de esperança

A presença da primeira-dama brasileira em Roma reforça a mensagem que o presidente Lula vem sustentando desde o início do conflito: não há paz sem justiça e sem alimento na mesa de cada família.
Ao levar a voz do Brasil à FAO, Janja uniu diplomacia e compaixão — reafirmando que, enquanto potências ainda discutem o direito à vida, o Brasil age com solidariedade e humanidade.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula amplia Farmácia Popular e inclui novos remédios gratuitos; saiba quais



    Farmácia Popular. Foto: Reprodução
O governo Lula ampliou a lista de medicamentos e itens disponíveis gratuitamente na Farmácia Popular, bastando apresentar a receita médica. Agora, pacientes com hipertensão, diabetes, asma, dislipidemia, osteoporose, rinite, glaucoma e doença de Parkinson podem retirar uma série de remédios sem custo. Além disso, anticoncepcionais, absorventes higiênicos e fraldas geriátricas também passam a ser distribuídos gratuitamente.

Confira a lista:

Hipertensão arterial

  • Atenolol 25 mg
  • Bensilato de Anlodipino 5 mg
  • Captopril 25 mg
  • Cloridrato de Propranolol 40 mg
  • Espironolactona 25 mg
  • Furosemida 40 mg
  • Hidroclorotiazida 25 mg
  • Losartana Potássica 50 mg
  • Maleato Enalapril 10 mg
  • Succinato de Metoprolol 25 mg

Diabetes

  • Cloridrato de Metformina 500 mg
  • Cloridrato de Metformina 500 mg – Ação Prolongada
  • Cloridrato de Metformina 850 mg
  • Glibenclamida 5 mg
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 10 ml
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 5 ml
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 1,5 ml (carpule)
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 3 ml (carpule)
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, frasco-ampola 10 ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, frasco-ampola 5 ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, refil 1,5 ml (carpule)
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, refil 3 ml (carpule)
Tem diabetes? Parar de tomar metformina pode prejudicar seu cérebro; entenda
Cloridrato de Metformina 500 mg. Foto: Reprodução

Asma

  • Brometo de Ipratrópio 0,02 mg 1 (uma) dose
  • Brometo de Ipratrópio 0,25 mg 1 (um) mililitro
  • Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/cápsula – Administração pulmonar, cápsulas inalantes 1 (uma) cápsula
  • Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/dose – Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose
  • Diproprionato de Beclometasona 250 mcg 1 (uma) dose
  • Diproprionato de Beclometasona 50 mcg 1 (uma) dose
  • Sulfato de Salbutamol 100 mcg 1 (uma) dose
  • Sulfato de Salbutamol 5 mg 1 (um) mililitro

Anticoncepcionais

  • Enantato de noretisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg, ampola 1 (uma) ampola
  • Noretisterona 0,35 mg, comprimido – cartela com 35 comprimidos 1 (uma) cartela
  • Etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg, comprimido – cartela com 21 comprimidos 1 (uma) cartela
  • Acetato de medroxiprogesterona 150 mg, ampola 1 (uma) ampola

Osteoporose

  • Alendronato de Sódio 70 mg

Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos altos)

  • Sinvastatina 10 mg comprimido 1 (um) comprimido
  • Sinvastatina 20 mg comprimido 1 (um) comprimido
  • Sinvastatina 40 mg comprimido

Rinite

  • Budesonida 32 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada 1 (uma) dose
  • Budesonida 50 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada 1 (uma) dose
  • Dipropionato de Beclometasona 50 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada

Doença de Parkinson

  • Carbidopa 25 mg + Levodopa 250 mg 1 (um) comprimido
  • Cloridrato de Benserazida 25 mg + Levodopa 100 mg

Glaucoma

  • Maleato de Timolol 0,25% – Solução Oftalmológica 1 (um) mililitro
  • Maleato de Timolol 0,50% – Solução Oftalmológica

Dignidade menstrual

  • Absorvente higiênico

Recebimento de Fraldas geriátricas

Para a obtenção de fraldas geriátricas para incontinência, o paciente deverá ter idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou ser pessoa com deficiência, e deverá apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que indique a necessidade do uso de fralda geriátrica, no qual conste, na hipótese de paciente com deficiência, a respectiva Classificação Internacional de Doenças (CID).

       Fraldas geriátricas. Foto: Reprodução

Fonte: DCM

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

IGP-10 desacelera mais do que o esperado em outubro

Índice geral subiu apenas 0,08% no mês, bem abaixo da projeção de analistas; preços agrícolas puxaram a queda

            IGP-10 desacelera mais do que o esperado em outubro (Foto: Agência Brasil )

A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou forte desaceleração em outubro, com alta de apenas 0,08%, após ter avançado 0,21% em setembro. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), veio abaixo da expectativa do mercado, que projetava crescimento de 0,18%. A reportagem é da agência Reuters.

Com o desempenho mais fraco, o IGP-10 acumula alta de 1,60% no período de 12 meses. O indicador é considerado um dos principais termômetros da inflação no país, por refletir a variação dos preços ao produtor, ao consumidor e também na construção civil.

☉ Queda nos preços agrícolas influencia resultado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), responsável por 60% da composição do IGP-10, apresentou queda de 0,04% em outubro, após ter subido 0,27% no mês anterior. O economista do FGV IBRE, Matheus Dias, destacou que os preços agropecuários foram determinantes para o recuo.

“Os preços ao produtor, principalmente os agropecuários, registraram quedas expressivas em arroz (em casca), soja (em grão) e bovinos”, afirmou Dias.

O levantamento mostra que o arroz recuou 7,63%, a soja caiu 1,22% e os bovinos tiveram retração de 1,40%. Os produtos de origem agropecuária subiram apenas 0,24% em outubro, contra alta de 3,07% em setembro. Já os produtos industriais tiveram queda de 0,14%, após recuo de 0,67% no mês anterior.

☉ Consumidor sente impacto em serviços e energia

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, avançou 0,48% em outubro, revertendo a queda de 0,13% no mês anterior. Segundo a FGV, o destaque foi a alta em serviços como passagens aéreas, seguro facultativo e condomínio residencial, além do reajuste nas tarifas de energia elétrica.

Entre os oito grupos de despesa que compõem o IPC, sete apresentaram aceleração, com destaque para Habitação, que saltou de 0,07% para 1,41%, e Educação, Leitura e Recreação, que passou de -0,70% para 1,27%. Apenas o setor de Vestuário registrou avanço mais fraco, de 0,21% para 0,19%.

☉ Construção civil também mostra desaceleração

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,21% em outubro, abaixo do aumento de 0,42% registrado em setembro. O indicador considera os preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, abrangendo produtores, consumidores e setor da construção civil.

Fonte: Brasil 247

Frei Chico denuncia julgamento antecipado e reafirma confiança na Justiça e nas instituições

Irmão do presidente Lula afirma que é alvo de ataques falsos e diz que não teme investigação, mas repudia uso político da CPMI do INSS

Frei Chico denuncia julgamento antecipado e reafirma confiança na Justiça e nas instituições (Foto: Brasil247)

O sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, divulgou nesta quinta-feira (16) uma nota pública à imprensa em que reafirma seu compromisso com a verdade, a legalidade e o respeito às instituições.

A manifestação ocorre após o Tribunal de Justiça de São Paulo acatar, por decisão da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian, seu pedido de tutela de urgência contra o que classificou como acusações falsas e ofensivas disseminadas nas redes sociais.

☆ “Não temo investigação, mas há julgamento antecipado”

Na nota, Frei Chico destaca que não se opõe a eventuais apurações, mas condena o que considera um pré-julgamento público, sem provas ou contraditório. “Reafirmo meu compromisso com a verdade, a justiça e o devido processo legal. Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados”, declarou.

O dirigente sindical lamentou a postura de parte dos parlamentares que integram a CPMI do INSS, afirmando que o colegiado tem sido usado como “palco político”, em vez de instrumento de busca pela verdade. “É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade”, escreveu.

Aos 83 anos, Frei Chico recordou episódios de perseguição sofridos durante a ditadura militar e reafirmou sua confiança nas instituições democráticas. “Já enfrentei perseguições, prisão e tortura, mas sigo com respeito, serenidade e fé na justiça.”

☆ “Julgar sem provas é negar a democracia”

Em tom firme, o sindicalista ressaltou que o Brasil vive em um Estado de Direito, em que a Presidência da República não interfere — e não deve interferir — nas investigações, garantindo a autonomia dos órgãos de controle.

“Julgar sem provas é negar a democracia. Sigo de cabeça erguida e consciência tranquila, confiante na verdade e na força das instituições”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Deputado tenta cantar parabéns a Magno Malta e leva bronca em CPMI

 

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), impedido de cantar “Parabéns a você” a Magno Malta pelo Senador Carlos Viana (PODEMOS-MG). Reprodução
Durante a sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (16), o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) interrompeu os trabalhos para pedir que todos cantassem parabéns ao senador Magno Malta (PL-ES), que completou 68 anos. O pedido inusitado ocorreu enquanto o colegiado ouvia o depoimento de Cícero Marcelino, apontado como um dos operadores ligados à Conafer, entidade investigada por descontos irregulares em benefícios previdenciários.

O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), impediu a homenagem e afirmou que o momento não era apropriado. “Por gentileza, excelência. Nós temos mais três horas e meia de trabalho. No intervalo cantaremos e alguém pode providenciar um bolo”, respondeu Viana, mantendo a ordem na reunião.

A cena, registrada em vídeo, viralizou nas redes sociais e gerou comentários sobre o comportamento do parlamentar. Mesmo após ser interrompido, Chrisóstomo insistiu no pedido e disse que “isso engrandece o ser humano”, encerrando o episódio com risos e constrangimento entre os presentes.

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Fonte: DCM

Taxa sobre gorjetas, piada sobre metanol e tarifaço fazem popularidade de Tarcísio despencar na web


     Tarcísio de Freitas, governador de SP. Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), continua sendo alvo de críticas nas redes sociais, mesmo após reduzir sua exposição pública e adotar um tom mais administrativo. Um levantamento da consultoria Bites, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que, apesar da tentativa de moderação, Tarcísio se mantém como um dos principais alvos do campo lulista e é tratado como o nome favorito de Jair Bolsonaro (PL) para disputar a Presidência em 2026.

Desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou o “tarifaço” contra o Brasil, foram registrados 6,8 milhões de conteúdos sobre o governador nas redes, um aumento de quase três vezes em relação ao período anterior.

A análise mostra que o crescimento das menções se deve à combinação entre temas locais e nacionais. Entre os assuntos que mais impactaram a popularidade digital de Tarcísio estão as sanções estadunidenses ao Brasil, o projeto de anistia ao bolsonarismo, os pedágios do sistema “free flow”, a crise do metanol, o caso Ultrafarma e a polêmica sobre a cobrança de ICMS sobre gorjetas em bares e restaurantes.

Ao comentar a crise do metanol, no início do mês, veio as críticas mais severas até de setores que o apoiam. Na ocasião, ao tentar fazer piada em uma coletiva de imprensa, ele disse que só se preocuparia com a contaminação de bebidas, que causaram mortes no estado, quando o refrigerante Coca-Cola fosse atingido. A intenção dele seria fazer um aceno aos evangélicos e atacar o presidente Lula (PT), chamado de “pinguço” pela direita.



“Em todos os casos, os principais críticos ao governador foram perfis alinhados ao governo Lula, mostrando que ele é considerado o provável adversário em 2026”, afirmou André Eler, diretor técnico da Bites, sobre o bolsonarista que recebe apelidos como “Pedágio de Freitas”.

Apesar da ofensiva virtual, Tarcísio ampliou seu alcance nas redes. Nos últimos três meses, ele conquistou quase 400 mil novos seguidores, enquanto a taxa de engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) subiu 43%. A equipe do governador, porém, modera comentários e exclui postagens consideradas ofensivas, o que pode ter reduzido os números de interação medidos.

Segundo Letícia Capone, pesquisadora da PUC-Rio e diretora do Instituto Democracia em Xeque, a postura mais contida do governador busca evitar atritos com o próprio campo bolsonarista. “Os perfis mais ligados a Jair Bolsonaro esperam um aceno para 2026, e Tarcísio tenta evitar o fogo amigo dentro da direita”, avaliou em entrevista ao Globo.

O tema mais recente a colocar o governador sob críticas foi a tributação das gorjetas em São Paulo. O debate começou após a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado (Fhoresp) pedir que o governo deixasse de autuar estabelecimentos que não recolhem ICMS sobre caixinhas superiores a 10%.

Tarcísio com boné da campanha de Donald Trump nos EUA. Foto: reprodução
A Secretaria da Fazenda respondeu que as regras vigentes foram criadas ainda na gestão de Geraldo Alckmin, em 2012, e que não houve mudança recente. “Eles ficaram satisfeitos com a reunião. Nada mudou desde o decreto de 2012”, explicou Rogério Campos, secretário-executivo da pasta.

Mesmo assim, o caso virou munição política. “Tarcísio taxou até a gorjeta dos garçons. Taxísio odeia o povo”, publicou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Tribunal de Contas do Estado cobrando providências. “A Fazenda paulista vem aplicando autuações retroativas e multas expressivas, criando insegurança jurídica e queda de remuneração para trabalhadores que dependem das gorjetas”, escreveu.

Um secretário próximo de Tarcísio rebateu as críticas: “O governador está sendo atacado porque é visto como o principal adversário do presidente. Ninguém tem limite para usar informação falsa contra ele”.

Fonte: DCM

Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro foram barrados ao tentar sabotar reunião com Rubio


Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo em frente à sede do Departamento de Estado dos EUA. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o golpista Paulo Figueiredo tentaram sabotar o encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao irem ao Departamento de Estado na última quarta-feira (15), mas acabaram “chutados” de lá. A informação é da jornalista Maria Cristina Fernandes.

“O relato que se tem é que os dois chegaram lá e foi uma passagem fugidia, porque disseram para eles: ‘Olha, mudou a agenda, mudaram as prioridades. Por causa da China, a gente está precisando do Brasil’. E puseram os dois para correr”, disse Maria Cristina durante o Central GloboNews.

E acrescentou: “Eles rasparam pelo Departamento de Estado. Não se demoraram lá. Não conseguiram ser recebidos pelo Rubio.”

Mais tarde, pelas redes sociais, o “Bananinha” atacou novamente o governo Lula e publicou um vídeo menosprezando o conteúdo do encontro. A gravação foi divulgada horas depois de o governo brasileiro e os Estados Unidos anunciarem o interesse em ampliar a cooperação bilateral.

No vídeo, Eduardo afirmou que “tudo que o Brasil pediu, não conseguiu nada” e acusou o Itamaraty de fracassar nas negociações. Ele citou temas como vistos, tarifas e mediação na crise da Venezuela, sem apresentar dados que sustentem suas alegações.

O comunicado oficial, no entanto, classificou como “positiva” a conversa entre Mauro Vieira e Marco Rubio, em Washington.

O encontro entre os dois, que durou pouco mais de uma hora, serviu para reabrir o diálogo de alto nível entre os dois países. As equipes concordaram em iniciar tratativas para um futuro encontro entre o presidente Lula (PT) e Donald Trump, ainda sem data definida.

Confira a íntegra da nota:

Hoje, o Secretário de Estado Marco Rubio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos Jamieson Greer se reuniram com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e mantiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento. O Secretário Rubio, o Embaixador Greer e o Ministro Mauro Vieira concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto. Ambas as partes também concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de reunião entre o Presidente Trump e o Presidente Lula na primeira oportunidade possível.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

Planalto não vê risco de Senado barrar Messias no STF apesar de pressão por Pacheco

Apesar da pressão por Rodrigo Pacheco, aliados do presidente avaliam que Jorge Messias terá apoio suficiente na sabatina

       Jorge Messias (Foto: Victor Piemonte/STF)

Apesar das pressões de setores políticos para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto avalia que a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, dificilmente será barrada no Senado. A informação foi publicada pela Coluna do Estadão.

Em entrevista à publicação, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, minimizou a possibilidade de resistência parlamentar. “A indicação é uma prerrogativa exclusiva do presidente. Não acho que o Senado vai interferir nisso”, afirmou. A petista destacou ainda que Messias é considerado um homem “de confiança” de Lula, embora tenha garantido que não participará da decisão final.

Fonte: Brasil 247