sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Número de lares com insegurança alimentar grave cai 19,9% no Brasil

Em um ano, 624 mil famílias deixaram de passar fome, mostra IBGE

     Comida servida em restaurante em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil 
O número de domicílios que enfrentaram insegurança alimentar grave no Brasil diminuiu 19,9% no intervalo de um ano. Em 2023, 3,1 milhões de lares estavam nesta situação, quantidade que caiu a 2,5 milhões em 2024. Esses dados mostram que o percentual de famílias em que houve percepção de insegurança alimentar grave passou de 4,1% para 3,2% dos domicílios.

As informações fazem parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre segurança alimentar, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os pesquisadores visitaram famílias em todas as partes do país e perguntaram sobre a percepção dos moradores em relação à insegurança alimentar nos três meses anteriores à entrevista.

Para classificar os domicílios, o IBGE seguiu a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que determina quatro graus: segurança alimentar: acesso suficiente à comida, sem precisar comprometer outras necessidades; insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos; insegurança alimentar moderada: redução ou falta da quantidade de comida entre adultos; insegurança alimentar grave: redução ou falta também entre crianças. A fome passa a ser uma experiência vivida no lar.

☆ Insegurança alimentar em queda

A pesquisa mostra que o percentual de domicílios brasileiros em situação de segurança alimentar subiu de 72,4% em 2023 para 75,8% em 2024.

No ano passado, 59,4 milhões de lares tinham comida garantida sem necessidade de sacrifícios.

Já a insegurança alimentar como um todo (leve, moderada e grave) caiu de 27,6% para 24,2% no mesmo período, chegando a 18,9 milhões de endereços. Nestes lares, moram 54,7 milhões de pessoas.

No entanto, a pesquisadora do IBGE Maria Lucia França Pontes Vieira faz a ressalva que nem todos os moradores, necessariamente, estão na condição de insegurança alimentar.

“Pode ser que uma pessoa tenha deixado de comer para outra pessoa comer, mas a outra não percebeu isso. Então, a gente está falando sobre a percepção de um morador”, diz.

Em um ano, 2,2 milhões de lares deixaram a condição de insegurança alimentar. Todas as situações apresentaram redução de 2023 para 2024:

leve: de 18,2% para 16,4% dos lares

moderada: de 5,3% para 4,5%

grave: de 4,1% para 3,2%

Em 2023, o país tinha cerca de 76,7 milhões de domicílios. Em 2024, a quantidade se aproximou de 78,3 milhões.

☆ Trabalho e renda

A pesquisadora Maria Lucia Vieira destaca o papel do mercado de trabalho e de ações do governo, como programas sociais, para a queda da insegurança alimentar.

“Para adquirir alimentos, vai ser através de renda. Essa renda ou vem do trabalho ou de programas [assistenciais]”, diz.

Ela observa que a pesquisa não consegue precisar o quanto da melhora se deu pelo mercado de trabalho ou por programas como o Bolsa Família.

“O quanto de impacto que foi de mercado de trabalho ou dos programas sociais, isso não consigo responder, mas, algum impacto [os programas assistenciais] certamente têm”.

☆ Mínima histórica

As pesquisas de 2023 e 2024 fazem parte de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

O IBGE já investigou a segurança alimentar em outras pesquisas, desde 2004.

Observando todos os levantamentos, é possível perceber que o conjunto das duas piores formas de insegurança alimentar atingiu, em 2024, o menor nível já registrado: 7,7%.

Percentual de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave:

2004: 16,8%

2009: 11,5%

2013: 7,8%

2017/2018: 12,7%

2023: 9,4%

2024: 7,7%

Todos os levantamentos são Pnads, à exceção de 2017/2018, feito pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Maria Lucia França Pontes Vieira explica que as pesquisas até 2018 têm metodologias e amostragens diferentes das de 2023 e 2024.

“Não são exatamente diretamente comparáveis, mas a gente consegue, a partir delas, ter uma ideia da evolução da segurança alimentar no país ao longo desse tempo.”

Em relação à segurança alimentar, o índice de 2024 (75,8%) é o segundo maior. O recorde foi em 2013 (77,4%):

2004: 65,1%

2009: 69,8%

2013: 77,4%

2017/2018: 63,3%

2023: 72,4%

2024: 75,8%

Sobre o recuo entre 2013 e a pesquisa seguinte, Maria Lucia Vieira lembra que o país enfrentou uma crise econômica em 2015, como reflexos negativos no nível de emprego.

☆ Desigualdades

O estudo do IBGE revela que, em 2024, a condição de insegurança alimentar foi mais presente na área rural.

Enquanto nas regiões urbanas 23,2% dos domicílios vivenciaram a situação, no campo esse percentual chegou a 31,4%.

De acordo com Maria Lucia Vieira, o fato de o morador de área rural ter acesso a terra para cultivo de alimento não é sinônimo de segurança alimentar.

“Pelo conceito de segurança alimentar, a gente está falando de variedade, qualidade e quantidade de alimentos. Geralmente, quem vai plantar ou criar um animal para se alimentar não tem essa variedade toda e talvez não tenha também a quantidade toda para domicílios que costumam ter mais crianças e idosos”, avalia.

☆ Estados

Em um recorte da pesquisa pelas regiões do Brasil, os pesquisadores identificaram que a proporção de domicílios com insegurança alimentar moderada e grave fica acima da média nacional (7,7%) no Norte e no Nordeste:

Norte: 14,1%

Nordeste: 12,3%

Centro-Oeste: 6,1%

Sudeste: 5,5%

Sul: 3,8%

Maria Lucia Vieira ressalta que a segurança alimentar aumentou em todas as regiões no intervalo das duas últimas pesquisas.

Já em relação às inseguranças moderada e grave, as maiores quedas foram percebidas no Norte (1,9 ponto percentual) e no Nordeste (2,7 pontos percentuais).

Os estados com maiores proporções de segurança alimentar são Santa Catarina (90,6%), Espírito Santo (86,5%) e Rio Grande do Sul (85,2%). As menores taxas ficam no Pará (55,4%), Roraima (56,4%) e Piauí (60,7%).

Ao observar o conjunto de insegurança alimentar moderada e grave, os estados com os maiores índices são os nortistas Pará (17,1%), Amapá (16,3%), Roraima (15,9%) e Amazonas (14,5%). Santa Catarina tem o menor percentual do país, 2,9%.

☆ Mapa da Fome

Neste ano, o Brasil deixou, novamente, o Mapa da Fome – um indicador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) que identifica países em que mais de 2,5% da população sofrem de subalimentação grave (insegurança alimentar crônica).

O combate à fome é tratado como uma das prioridades do governo, inclusive no plano internacional. No ano passado, o Brasil lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com o objetivo de reunir países no combate à insegurança alimentar.

Na próxima segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, Itália, evento promovido pela FAO.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que Congresso impediu super-ricos de pagarem "merrequinha a mais"

"Praticamente 90% do nosso povo ganha menos que R$ 5 mil. É desse país que estamos falando", destacou o presidente

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao Congresso Nacional durante sua fala no lançamento do novo modelo de financiamento imobiliário nesta sexta-feira (10). Em um discurso marcado pela defesa de políticas de inclusão social, Lula destacou a disparidade econômica do Brasil e a resistência do Legislativo em aprovar medidas que, segundo ele, poderiam reduzir as desigualdades. "Praticamente 90% do nosso povo ganha menos que R$ 5 mil por mês. É desse país que estamos falando", afirmou o presidente, enfatizando a necessidade urgente de políticas que promovam a inclusão e a mobilidade social.

A crítica de Lula faz referência a recente derrota do governo na Câmara dos Deputados, que resultou na perda de validade da Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão do Congresso de retirar da pauta de votação o projeto, foi tomada na noite de quarta-feira (8), representa, segundo o governo, um retrocesso para a população brasileira, já que mantém uma tributação mais favorável para as grandes apostas (bets) e as fintechs. A MP, que foi rejeitada por 251 votos a 193, previa aumentar a tributação de 12% para 18% para as apostas e elevar o imposto sobre as fintechs de 9% para 15%.

◈ Crédito habitacional

Durante a cerimônia, Lula detalhou como o novo modelo de crédito habitacional foi desenvolvido, com a participação de grandes bancos, como Itaú, Santander, Bradesco e BTG. A grande reivindicação dos bancos era a liberação de 5% do compulsório para a habitação, mas, conforme revelou o presidente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sugeriu uma alternativa ainda mais eficaz: liberar todo o compulsório. "Foi assim que surgiu a proposta de crédito, que vai beneficiar muitas famílias", afirmou Lula.

O presidente também ressaltou que a política de crédito consignado, que teve início no seu primeiro mandato, também surgiu a partir de uma reunião com a Febraban, a federação dos bancos. Ele contou que, ao questionar os banqueiros sobre a razão de os trabalhadores não terem acesso a crédito mais barato, a resposta foi que faltava uma garantia. "Foi com base nessa garantia que oferecemos a folha de pagamento como garantia para o crédito consignado", explicou.

◈ Desigualdades

Lula foi enfático ao criticar a falta de sensibilidade de muitos setores diante da realidade de uma sociedade profundamente desigual. "Nosso país é muito empobrecido, apesar da impressão contrária", disse o presidente, destacando que a maioria da população brasileira enfrenta dificuldades financeiras. Com a aprovação da reforma do Imposto de Renda, ele disse que o cenário ficou mais claro: "No Nordeste, 91,4% das pessoas ganham até cinco salários mínimos. No Norte, 85,1%. Até no Sudeste, onde se pensa que a vida é mais fácil, 72,3% ganham até cinco salários mínimos."

Em seguida, Lula fez uma crítica direta ao Congresso, que, segundo ele, impediu que uma pequena contribuição adicional fosse cobrada dos super-ricos e das fintechs. "Mandamos um projeto de lei para que as pessoas que ganham acima de R$ 600 mil, R$ 1 milhão, pagassem uma merrequinha a mais. Para que as fintechs pagassem um pouquinho mais, para que as apostas (bets) pagassem um pouquinho mais, e eles votaram contra. Esse dinheiro poderia ser utilizado para ampliar a inclusão social. É disso que estamos falando", afirmou, demonstrando indignação com a resistência da classe política em adotar medidas que pudessem beneficiar as camadas mais pobres da população.

◈ Inclusão social

Lula aproveitou para relembrar que a classe média brasileira, frequentemente associada a um padrão de vida mais elevado, na realidade enfrenta sérias dificuldades. "Não é possível achar que quem ganha R$ 5 mil é classe média. Se essa pessoa paga aluguel e tem um filho na escola, mal e porcamente sobra para ela se alimentar. É esse país que estamos governando", destacou o presidente.

O discurso de Lula reforçou seu compromisso com políticas de inclusão social e com a construção de uma sociedade mais justa, onde as desigualdades econômicas sejam reduzidas e as condições de vida da maioria da população melhorem. Ao criticar os opositores no Congresso, o presidente deixou claro que a luta por uma sociedade mais igualitária continua, mesmo diante das dificuldades políticas e econômicas que o Brasil enfrenta.

Fonte: Brasil 247

Lula chama Bolsonaro de "tranqueira" e diz que Brasil precisa de nova oportunidade

Presidente fala sobre desafios e destaca avanços, pedindo uma chance para o futuro do país após a gestão Bolsonaro

Presidente Lula em cerimônia de lançamento de novo modelo de crédito imobiliário (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante o lançamento de um novo modelo de financiamento imobiliário em São Paulo, nesta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Chamando-o de “tranqueira”, Lula apontou as falhas da gestão anterior, que, segundo ele, deixou o Brasil em condições precárias, sem crédito e sem programas eficazes.

☆ Críticas à gestão Bolsonaro: desafios e destruição

Lula não poupou palavras ao descrever o cenário deixado por Bolsonaro. O presidente enfatizou as dificuldades que sua gestão teve de enfrentar nos primeiros anos de governo, incluindo a necessidade de implementar a PEC da Transição para garantir recursos e a falta de planejamento do governo anterior. “Vocês têm noção da destruição que esse país sofreu? Falta de crédito, de programa, de objetividade. A gente teve que passar dois anos tentando reconstruir”, disse Lula, destacando o esforço necessário para estabilizar a economia.

☆ Avanços e conquistas no governo Lula

Em seu discurso, o presidente também destacou as conquistas do Brasil nos últimos anos, incluindo a saída do país do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), após um período de retrocesso. Lula lembrou que, em 2014, o Brasil havia superado a fome, mas a crise econômica e a pandemia de Covid-19 pioraram a situação. "O Brasil está precisando de uma chance. Ele não pode crescer e cair", afirmou. A referência ao retorno da fome no Brasil em menos de uma década reforçou o pedido por uma nova oportunidade para o país.

☆ Pedido por uma nova chance

Lula finalizou seu discurso ressaltando que o Brasil está agora em um processo de recuperação, e que o país não pode se permitir retroceder. "A gente tinha acabado com a fome em 2014 e tivemos que acabar outra vez em dois anos e meio", lamentou, referindo-se ao impacto da gestão anterior sobre a economia e a segurança alimentar da população. Para o presidente, a reconstrução do Brasil ainda é um trabalho em andamento, mas o país precisa de uma chance para avançar de forma mais sólida.

Fonte: Brasil 247

Davi Alcolumbre alimenta expectativa por indicação de Rodrigo Pacheco ao STF

Enquanto Davi Alcolumbre aposta no apoio ao amigo Rodrigo Pacheco, o senador enfrenta uma decisão difícil envolvendo a política em Minas Gerais

       Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), demonstrou entusiasmo sobre a possível indicação de seu aliado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, Pacheco se encontra em uma situação delicada, em que precisa balancear suas aspirações políticas, informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Embora aliados próximos revelem que o senador mineiro não esconda o desejo de ocupar uma vaga na Corte Suprema, há um grande dilema envolvendo suas ambições e a política de Minas Gerais. O cenário político em seu estado natal, um dos mais estratégicos para as eleições nacionais, coloca Pacheco diante de uma escolha importante: aceitar a indicação ao STF ou assumir um papel crucial na política estadual.

A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso abriu a possibilidade de uma vaga no STF, e o apoio de Pacheco por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fortalece a candidatura. No entanto, Pacheco ainda não tomou uma decisão sobre sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026. A questão não se resume ao seu desejo pessoal de ascender ao STF, mas também ao fato de que Lula precisaria de um forte palanque no estado, especialmente em um momento eleitoral importante como o de sua reeleição. Pacheco tem se mostrado receptivo ao que Lula decidir, conforme relatado por interlocutores próximos. "Eu farei o que o presidente Lula decidir", afirmou recentemente o senador, que já foi informado de que, se desejar, será o candidato do PT para o governo de Minas.

A disputa pelo governo de Minas está recheada de opções que, de acordo com analistas, poderiam prejudicar os planos de Pacheco. Apontados como possíveis candidatos, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), são considerados fracos no confronto contra figuras bolsonaristas, como Cleitinho (Republicanos) e Matheus Simões (Novo), vice-governador de Romeu Zema (Novo). No entanto, Lula tem demonstrado confiança em Pacheco. "Eu tenho certeza de que vamos ganhar o estado de Minas Gerais com o Pacheco. Ele sabe disso. Se ele for candidato, será o futuro governador de Minas Gerais", declarou o presidente à rádio Itatiaia, reforçando a importância da decisão de Pacheco.

Se a situação em Minas parece complexa, no Senado Davi Alcolumbre se mostra otimista quanto ao futuro de Pacheco no STF. Poucos dias antes do anúncio da aposentadoria de Barroso, Alcolumbre garantiu a seus colegas que se empenharia para garantir que Pacheco tenha o maior número de votos na história do Senado, caso sua indicação se concretize. "Vamos trabalhar para que ele tenha o maior número de votos possíveis", declarou o presidente do Senado. Em tom mais leve, Alcolumbre brincou que Pacheco perderia apenas o voto do senador Eduardo Girão (Novo-CE), notório crítico do governo e defensor do impeachment de ministros da Suprema Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo buscará alternativas para recompor receitas, diz Gleisi Hoffmann

Ministra de Relações Institucionais garante que medidas serão adotadas para manter equilíbrio fiscal

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira (9) que o governo enfrentará desafios para recompor o Orçamento após o revés na Câmara dos Deputados, quando a oposição e partidos como União Brasil, PP e Republicanos conseguiram aprovar um requerimento de retirada de pauta de uma Medida Provisória que propunha recomposição de receitas.

De acordo com Gleisi, o governo ainda está aguardando a proposta do Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, mas garantiu que será necessário buscar alternativas para equilibrar as contas. "Mas vamos ter de recompor. Tem de fechar o orçamento. Vai dar certo", afirmou a ministra, demonstrando confiança de que uma solução será encontrada.

Com o cenário atual, a Fazenda trabalha em soluções para compensar a perda de arrecadação e reduzir despesas obrigatórias para 2026. Haddad já declarou que apresentará alternativas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar um impacto negativo nas finanças públicas. Em paralelo, o presidente Lula se posicionou nesta quinta-feira, defendendo que as fintechs "paguem os impostos devidos", em um aceno para aumentar a arrecadação sem onerar ainda mais a população.

A derrota da medida provisória representa um novo obstáculo para o governo, que precisa encontrar formas de garantir recursos para o próximo ano.

Fonte: Brasil 247

Gilmar Mendes diz que 'não sente mágoas' de Luís Roberto Barroso

Os dois magistrados tiveram uma discussão em 2018

     Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso (Foto: Divulgação)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta quinta-feira (9) que "não guarda mágoas" do colega Luís Roberto Barroso.

Os dois magistrados tiveram uma discussão em 2018. Nesta quinta-feira (9), Barroso, 67 anos, anunciou que vai se aposentar. Ele poderia ficar na Corte até os 75 anos.

"Sua Excelência sabe do apoio que emprestei — e não foi nenhum favor, mas um dever cívico durante esses dois anos, certamente os mais difíceis da minha vivência no tribunal”, afirmou Gilmar.

“Não guardo mágoas. O compromisso tem que ser com a instituição. Tenho certeza, ministro Barroso, de que a história vai reconhecer o seu papel, não só pela judicatura marcante, mas também pelos anos de gestão, desafiadores e relevantes. Vossa Excelência trilhou o melhor caminho. Um grande abraço. Seja feliz."

O bate-boca

Em 2018, ano em que os dois tiveram o bate-boca, os magistrados estavam em um julgamento sobre doações eleitorais e a revogação da prisão de médicos de uma clínica de aborto. A TV Justiça transmitia a sessão. Na época, Barroso disse a Gilmar:

"Me deixa de fora desse seu mau sentimento, você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. Vossa Excelência não consegue articular um argumento, fica procurando ofender as pessoas. A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Não tem nenhuma ideia, nenhuma".

Barroso foi nomeado para o STF em 2013, e Gilmar em 2002.

Fonte: Brasil 247

Lula quer sabatina conjunta de Gonet e novo indicado ao STF

Objetivo é acelerar a aprovação. Estratégia é a mesma de 2023, quando da sabatina de Flávio Dino

      Paulo Gonet - 02/09/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está articulando uma estratégia para otimizar a aprovação de seu próximo indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma manobra política, Lula pretende vincular a sabatina do procurador-geral da República, Paulo Gonet, à de seu novo escolhido para a Corte. A iniciativa visa acelerar o processo de aprovação e garantir um esforço concentrado de sua base aliada no Senado. A informação foi revelada pela CNN Brasil.

Gonet, nomeado por Lula para ser reconduzido ao cargo por mais dois anos, precisará passar por todo o rito de sabatina, que inclui uma votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, antes de ser analisado pelo plenário da Casa. Considerando o respaldo consolidado que a recondução de Gonet tem no Senado, o presidente quer realizar as duas sabatinas na mesma semana, ou até no mesmo dia, facilitando a mobilização de sua base aliada para um trâmite mais célere. A sabatina de Gonet, inclusive, já foi agendada para o dia 12 de novembro.

A estratégia de sabatina simultânea não é inédita. Em 2023, ela foi aplicada com as sabatinas de Gonet e do ministro Flávio Dino. E, no passado, em 1989, também foi utilizada para as sabatinas de Celso de Mello e Aristides Junqueira. O objetivo dessa abordagem é agilizar a análise dos candidatos, já que os senadores da CCJ tendem a fazer menos questionamentos devido à falta de tempo.

Lula, que se prepara para uma viagem à Itália, quer anunciar seu indicado ao STF com a maior brevidade possível. Entre os cotados para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou sua aposentadoria antecipada, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, é atualmente o nome favorito do presidente. Nos bastidores, Messias já é considerado o escolhido para a Suprema Corte, com especulações sobre a indicação ganhando força desde que Lula nomeou Flávio Dino ao Ministério da Justiça, quando também indicou que o AGU seria sua opção para o STF, caso surgisse a oportunidade.

Além de Messias, outros nomes também são mencionados para a vaga, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha. Contudo, as expectativas nos bastidores do STF apontam para a escolha de Messias, uma vez que o governo já havia sinalizado a favor dessa nomeação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Emoção, abraços e reunião: os bastidores da aposentadoria de Barroso do STF


        O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso surpreendeu colegas e servidores ao anunciar sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a sessão plenária da última quinta-feira (9). Mesmo com rumores de que a saída ocorreria em breve, ninguém esperava que o anúncio fosse feito naquele momento, às 17h35, quando Barroso começou a ler uma carta em tom de despedida. Com informações do Globo.

O plenário estava tranquilo após o fim do julgamento de uma ação relatada por Barroso, quando o ministro, com a voz embargada, interrompeu a rotina da Corte para anunciar sua saída. Ele tomou um gole d’água antes de continuar o discurso, que mudou completamente o clima da sessão.

À medida que lia a carta, membros de sua equipe começaram a entrar no plenário, muitos visivelmente emocionados. Alguns choravam enquanto acompanhavam o ministro.



☆ Apenas dois ministros sabiam da decisão

A decisão de Barroso foi mantida em sigilo absoluto. Apenas Edson Fachin e Alexandre de Moraes, presidente e vice do STF, haviam sido avisados com antecedência, ainda na quarta-feira.

Na manhã do anúncio, Barroso fez exames médicos, almoçou e seguiu para o Supremo, sem mencionar a decisão a outros colegas. Fachin chegou a preparar um breve discurso de agradecimento pela amizade e pela atuação do colega em defesa da Constituição. Os demais ministros, pegos de surpresa, precisaram improvisar suas falas.


☆ Homenagens e abraços fora do protocolo

Após a leitura da carta, o decano Gilmar Mendes pediu a palavra emocionado e quebrou o protocolo ao se levantar para abraçar o colega. Em 2018, os dois protagonizaram um dos embates mais tensos da história recente do STF.



O ministro Luiz Fux, que participava remotamente, apareceu no telão com olhos vermelhos e voz embargada, enquanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também discursou de improviso.

O advogado Ricardo Quintas Carneiro, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi convidado a falar em nome da advocacia e homenageou o ministro com uma citação de Che Guevara: “Hay que endurecer, pero sin perder la ternura.”

☆ Despedida e últimos dias na Corte

Encerrada a sessão, os ministros formaram uma fila para abraçar Barroso, que retribuiu com visível emoção. Servidores acompanharam o ministro até o salão branco, em um gesto simbólico de despedida.

Após a cerimônia, Barroso reuniu sua equipe em gabinete e informou que permanecerá mais uma semana no STF, tempo em que pretende proferir votos pendentes em processos sob sua relatoria.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

A cidade com maior renda do Brasil não fica em SP; veja o local


     Nova Lima, Minas Gerais – Foto: Reprodução

Nova Lima, em Minas Gerais, é a cidade com maior renda per capita do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Com forte presença do setor de mineração e endereço de profissionais que trabalham em Belo Horizonte, o município registrou renda média de R$ 6.929 por trabalhador e R$ 4.300 por pessoa no rendimento domiciliar. Na outra ponta, Uiramutã, em Roraima, teve o menor rendimento do país, com R$ 288,65 por habitante, revelando a distância entre os extremos econômicos.

O levantamento mostra que, em 520 cidades brasileiras, o rendimento médio do trabalho não alcançou um salário mínimo, enquanto apenas 19 municípios superaram quatro pisos. Em Nova Lima, 84,5% da renda vem do trabalho, percentual que reflete o peso da mineração e da proximidade com a capital mineira. O pesquisador Bruno Mandeli, do IBGE, explicou que as cidades mais ricas “são de porte médio e abrigam moradores de maior renda”, como São Caetano do Sul, Niterói e Santana de Parnaíba.

A pesquisa também evidencia o contraste regional: o economista Bruno Imaizumi, da 4intelligence, afirmou que “o mercado de trabalho é consequência das desigualdades regionais”. Marcelo Neri, da FGV Social, destacou que os dados do Censo ainda refletem um período de estagnação, mas que “as boas notícias em termos de desigualdade só vão chegar mais recentemente”.

Fonte: DCM

PT destaca "lealdade" e defende Messias para o STF

Após antecipação de aposentadoria de Barroso, Jorge Messias surge como favorito para a vaga, com histórico de longa relação com o PT

    Jorge Messias (Foto: Victor Piemonte/STF)

A indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF) está ganhando força nos bastidores do PT, que cita os termos “lealdade” e “confiança” como fundamentos para sua escolha. Segundo o Metrópoles, a nomeação de Messias para a vaga que será deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria, é uma das mais cotadas. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido aconselhado a dar prioridade à lealdade e à trajetória do advogado, que construiu uma relação sólida com o partido, especialmente desde o governo de Dilma Rousseff.

Além de Messias, outros nomes também estão sendo mencionados nos bastidores, como o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No entanto, uma alternativa que ganha força é a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira, com a indicação de uma mulher para a vaga sendo defendida, inclusive, por Barroso, que teria sugerido essa opção ao presidente Lula.

A candidatura de Messias se destaca por sua longa história com o PT, tendo sido figura chave durante o governo Dilma Rousseff. Ao longo do tempo, Messias se manteve leal ao partido, mantendo proximidade com a legenda. Sua atuação como advogado-geral da União tem sido marcada por decisões críticas e importantes, como a defesa de ações no STF em momentos decisivos para o governo. Recentemente, a AGU, sob sua liderança, foi responsável por acionar o STF contra a derrubada do reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma ação que resultou em um ganho significativo para o governo, com a manutenção de uma arrecadação estimada em R$ 11,5 bilhões.

Essa postura de Messias, aliada ao seu histórico de lealdade e confiança junto ao PT, reforça seu nome como o favorito para a vaga no STF, com o apoio de petistas influentes e o respaldo do próprio presidente Lula. A indicação é vista como uma continuidade da estratégia de fortalecer o alinhamento entre o Executivo e o Judiciário, buscando consolidar a estabilidade política e jurídica do governo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Marco Rubio indicou golpista Maria Corina Machado ao Nobel da Paz em 2024


A venezuelana ultraliberal María Corina Machado e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Foto: Reprodução

O atual secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, foi quem indicou a ultraliberal venezuelana María Corina Machado ao Prêmio Nobel da Paz, ainda em 2024, quando era senador pela Flórida. À época, Rubio liderou uma carta enviada ao comitê organizador em Oslo, defendendo que a golpista fosse reconhecida por sua atuação contra o governo de Nicolás Maduro. Com informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

A líder opositora venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2025, anunciado nesta sexta-feira (10) pelo Comitê Norueguês do Nobel, em Oslo. A cerimônia de entrega ocorrerá em 10 de dezembro, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, criador da premiação.

“Escrevemos a vocês em apoio à indicação de María Corina Machado para o Prêmio Nobel da Paz”, dizia o documento datado de 26 de agosto de 2024. O texto elogiava a atuação da ex-deputada e afirmava que ela demonstrava “coragem, altruísmo e firme convicção moral”.

“Ela arriscou tudo para animar o povo venezuelano, antes abatido. Eles sofreram 25 anos de opressão, tortura, assassinato e privação econômica nas mãos do regime Chávez-Maduro, que sistematicamente minou as instituições democráticas e perpetuou uma crise regional de proporções monumentais. Machado se destaca como um farol de esperança e resiliência”, afirmava o texto.

A carta também exaltava a “liderança fundamental” de Machado na mobilização de apoio interno e internacional: “Apesar de sofrer severas ameaças pessoais, incluindo atentados contra sua vida, Machado permaneceu firme em seu compromisso de restaurar a governança democrática na Venezuela”.
Assinatura de Marco Rubio na indicação de María Corina Machado ao Nobel da Paz
Assinatura de Marco Rubio na indicação de María Corina Machado ao Nobel da Paz. Foto: Reprodução/UOL

De defensor de Machado a chefe da diplomacia de Trump

O mesmo Rubio que defendeu Machado é hoje o chefe da diplomacia de Donald Trump, presidente que fez campanha explícita para receber o próprio Nobel da Paz. A Casa Branca chegou a acionar a diplomacia americana para apoiar essa iniciativa, sem sucesso.

Rubio foi nomeado secretário de Estado por Trump no segundo mandato do republicano. Antes disso, sua campanha pela venezuelana foi vista como uma estratégia política para aumentar a pressão internacional sobre Maduro, então alvo de sanções dos Estados Unidos.

O histórico de María Corina Machado

María Corina Machado, inabilitada de exercer cargos públicos por 15 anos pela Justiça venezuelana, foi acusada de “inconsistência e ocultação” de ativos na declaração de bens apresentada à Controladoria-Geral da República. A pena foi divulgada em junho de 2023, após um processo iniciado em 2015.

Apesar de protagonizar a campanha opositora das eleições de 2024, a história política de María Corina Machado não começou nos últimos meses. A ex-deputada atua politicamente no país há décadas e já se envolveu em golpes de Estado, pedidos de sanções e apoios à intervenção armada estrangeira.

O prêmio que Trump sonhou, mas não ganhou

Enquanto Rubio articulava pela venezuelana, Trump mobilizava aliados em busca do mesmo reconhecimento internacional.

O republicano manifestou diversas vezes seu desejo de receber o Nobel, prêmio que já foi concedido a quatro ex-presidentes americanos — Barack Obama (2009), Jimmy Carter (2002), Woodrow Wilson (1919) e Theodore Roosevelt (1906).

A escolha do comitê de Oslo, porém, foi em outra direção, frustrando a expectativa da Casa Branca e tornando irônico o fato de que o novo secretário de Estado de Trump tenha sido, até pouco tempo antes, um dos principais promotores da campanha de uma líder estrangeira para o prêmio que o chefe tanto desejava.

Fonte: DCM com informações do UOL

À espera de Bolsonaro, Tarcísio diz a aliados que Lula “dificilmente será derrotado” em 2026

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente Lula (PT). Foto: Reprodução



O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem dito a interlocutores próximos que o presidente Lula (PT) está com a eleição de 2026 “na mão” e que dificilmente será derrotado. As declarações foram feitas em conversas reservadas após a divulgação da pesquisa Quaest, na quarta-feira (8), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O levantamento mostrou que a diferença entre aprovação e reprovação de Lula caiu 16 pontos em cinco meses, mas o petista ainda lidera com 39% das intenções de voto no primeiro turno, contra 18% de Tarcísio. Em um eventual segundo turno, Lula mantém vantagem de 12 pontos sobre o governador paulista.

Segundo relatos de aliados, Tarcísio tem afirmado que Lula caminha para a reeleição em 2026 e que, dependendo do nome escolhido pela direita, o presidente poderia até vencer no primeiro turno.

O governador, no entanto, avalia que o petista herdará um grande passivo fiscal nos próximos anos, resultado do aumento de gastos públicos e das dificuldades para equilibrar as contas.

Nos bastidores, a análise de Tarcísio ocorre logo após sua articulação contra a Medida Provisória que substituía o aumento do IOF e previa elevação de tributos. A movimentação, que levou à derrubada da MP, dificultou o plano do governo Lula de ampliar a arrecadação.

Parlamentares de oposição comemoram a retirada de votação da (MP 1.303/2025). Foto: Lula Marques/Agência Brasil.

Ceticismo no Centrão sobre o discurso do governador

Apesar das declarações, líderes do Centrão interpretam o discurso de Tarcísio com cautela. Para eles, o governador tenta sair do radar político nacional e reforçar sua imagem de gestor focado em São Paulo, enquanto nega interesse em disputar o Planalto.

A avaliação entre parlamentares é que o posicionamento faz parte de uma estratégia política calculada, já que ninguém acredita totalmente na desistência de Tarcísio.

Segundo aliados e dirigentes partidários, a forma como Tarcísio atuou contra a MP foi vista como um sinal claro de que ele continua mirando a Presidência.

Fonte: DCM com informações dojornal O Globo