segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Brasil articula diplomacia para conter risco de ataque dos EUA à Venezuela

Planalto tenta evitar bombardeios, busca diálogo direto com Trump e avalia impactos regionais da escalada militar

  Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Manaure Quintero/Reuters I Piroschka Van De Wouw/Reuters)

O governo do presidente Lula transformou a crise envolvendo Venezuela e Estados Unidos em sua prioridade número um na frente internacional. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, Brasília enxerga como iminente a possibilidade de bombardeios norte-americanos ao território venezuelano, o que acendeu um alerta diplomático, militar e humanitário no Palácio do Planalto.

Nas conversas internas, assessores informam que Lula trabalha em duas frentes: tentar evitar o ataque e, caso ele ocorra, atuar para impedir uma escalada que desestabilize toda a região. O presidente considera que o Brasil ainda pode ajudar a construir um entendimento entre Caracas e Washington, apesar do endurecimento das ações dos EUA.

Missão inicial: evitar o primeiro bombardeio

A avaliação do Planalto é que os Estados Unidos intensificaram os movimentos militares na direção de uma ofensiva. Navios norte-americanos já circulam no Caribe, entre eles o porta-aviões USS Gerald Ford, a maior embarcação da Marinha dos EUA. A frota opera em águas internacionais, mas muito próxima da Venezuela.

A escalada inclui ataques a embarcações que Washington afirma serem usadas por traficantes venezuelanos, deixando dezenas de mortos. Além disso, Donald Trump — atual presidente dos Estados Unidos — fez dois alertas públicos: determinou que todos considerem o espaço aéreo venezuelano “fechado” e orientou cidadãos dos EUA a deixarem o país.

Fonte: Brasil 247

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