segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Governadores bolsonaristas atacam decisão do STF: “Democracia do medo”, diz Zema

Aliados de Bolsonaro reagem à prisão domiciliar imposta por Moraes; Zema, Ratinho Jr. e Wilson Lima acusam STF de “perseguição política”

     Bolsonaro ao lado de Romeu Zema em Belo Horizonte 7/10/23 (Foto: Reprodução/Twitter Romeu)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) provocou reação imediata entre seus aliados mais próximos. Três governadores bolsonaristas se manifestaram com críticas ao Judiciário, classificando a medida como "autoritária" e "politicamente motivada".

O ministro fundamentou sua decisão no descumprimento reiterado de medidas cautelares impostas a Bolsonaro no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Entre as proibições violadas estão o uso direto ou indireto das redes sociais e o contato com aliados e autoridades estrangeiras. A gota d’água para Moraes foi uma aparição remota de Bolsonaro durante um ato no Rio de Janeiro, em julho, transmitida por uma chamada de vídeo organizada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

Zema: “Democracia do silêncio”

Entre os primeiros a reagir esteve o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que não poupou críticas ao STF. “Mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF”, escreveu em suas redes. Em tom incisivo, acrescentou: “Alexandre de Moraes agora colocou Bolsonaro em prisão domiciliar por ter sua voz ouvida nas redes. É a democracia do silêncio. A democracia do medo. Toda minha solidariedade ao presidente e sua família.”

Ratinho Jr.: “Não será com ativismo que construiremos um novo país”

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), também demonstrou incômodo com a decisão da Corte. “O povo brasileiro acorda diariamente buscando prosperidade. E tem visto, infelizmente, cenas tristes, até mesmo com prisão domiciliar”, disse. Para ele, a judicialização da política compromete o avanço nacional: “Não será com ativismo, seja de qualquer parte, que iremos construir um novo País.”

Wilson Lima: “Liberdade de expressão é um direito sagrado”

Outro a se posicionar foi o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), que defendeu o direito de Bolsonaro à manifestação política, apesar das investigações em curso. “Em uma democracia, a liberdade de expressão é um direito sagrado que deve ser garantido a todos os cidadãos. Jair Bolsonaro não tem sentença condenatória e não deveria ser punido antecipadamente por se manifestar politicamente. Registro minha solidariedade a ele e à sua família.”

Prisão domiciliar e o cerco judicial

A medida imposta por Moraes restringe severamente os movimentos de Bolsonaro, que já havia sido proibido de interagir com seguidores em redes sociais e de manter contato com investigados no mesmo inquérito, além de autoridades estrangeiras. A avaliação do ministro é de que o ex-presidente tem desafiado reiteradamente as ordens judiciais, como ao participar virtualmente de manifestações públicas com conotação política.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN da Brasil

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