Operação mira fraudes em licitações com o uso de emendas parlamentares. Decisão também inclui o bloqueio de até R$ 54 milhões pertencentes aos investigados
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (8) a liberação dos dados obtidos nos celulares apreendidos com o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) e outros cinco alvos de uma operação da Polícia Federal. A decisão também inclui o bloqueio de até R$ 54 milhões pertencentes às pessoas físicas e jurídicas investigadas. As informações são do jornal O Globo.
O caso, que tramita sob sigilo no STF, investiga um suposto esquema de fraude em licitações em municípios do Ceará, associado ao desvio de verbas oriundas de emendas parlamentares. Além de autorizar o acesso aos dados dos aparelhos, Gilmar Mendes ordenou a abertura de uma apuração específica sobre os desvios dessas emendas.
Os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado, incluindo seu gabinete na Câmara dos Deputados, o apartamento funcional em Brasília e sua residência particular no Ceará.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o grupo sob investigação é acusado de manipular o direcionamento de recursos públicos a municípios cearenses, exigindo em troca pagamentos ilícitos. Além disso, as empresas envolvidas estariam participando de processos licitatórios fraudados para favorecer o esquema.
Embora os recursos de emendas parlamentares estejam no centro das apurações, a operação tem como foco principal a suspeita de financiamento ilegal de campanhas eleitorais no pleito municipal de 2024. De acordo com os investigadores, os contratos públicos firmados pelo grupo teriam sido utilizados como forma de caixa 2 para campanhas no estado.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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