O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar neste fim de semana a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atribuindo a ele uma série de medidas que, segundo o ministro, comprometeram as contas públicas e a democracia brasileira. As declarações foram feitas no sábado (14), em publicação no X (antigo Twitter), e reforçadas durante audiência pública na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (11).
Na rede social, Haddad acusou Bolsonaro de promover “calote em governadores”, não pagar precatórios, vender empresas públicas “a preço de banana” e de tentar um “golpe na democracia” enquanto “rifava o Brasil”.
O ministro ainda defendeu que o atual governo está promovendo justiça fiscal: “Quem está isentando o trabalhador do Imposto de Renda somos nós. Quem cobra imposto de bets e bilionários somos nós”, escreveu.
As afirmações refletem o tom da audiência na qual Haddad discutiu com os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ). Na ocasião, o ministro rebateu críticas sobre o déficit primário da gestão Lula e lembrou que o superavit de 2022 só foi possível graças ao não pagamento de dívidas e à venda de ativos estratégicos.
Segundo Haddad, o governo Bolsonaro deixou de pagar cerca de R$ 92 bilhões em precatórios e repassou ao atual governo uma dívida de R$ 30 bilhões com estados, relativa à compensação do ICMS sobre combustíveis.
O ministro também criticou a privatização da Eletrobras, que classificou como uma venda “na bacia das almas”, e a distribuição de mais de R$ 200 bilhões em dividendos da Petrobras.
“O Bolsonaro depenou a Petrobras e vendeu a Eletrobras, deixando o Brasil fragilizado. Assim, qualquer um faz superavit primário: dando calote, vendendo patrimônio público e tirando dinheiro dos governadores”, declarou Haddad.
Os deputados oposicionistas não pouparam críticas. Nikolas Ferreira chamou o ministro de “incompetente” e questionou a alta dos alimentos. Carlos Jordy ironizou os dados econômicos apresentados por Haddad e o acusou de tentar mascarar os resultados da atual gestão.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário