sexta-feira, 18 de julho de 2025

VÍDEO – Bolsonaro inventa história sobre pen drive no banheiro: “Vou perguntar pra Michelle”

 

Bolsonaro em entrevista coletiva após ação da PF
Após ser alvo de nova operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não sabia da existência do pen drive encontrado por agentes no banheiro de sua residência. Segundo o líder de extrema-direita, o dispositivo não lhe pertence, e ele pretende perguntar à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre o material apreendido.

Bolsonaro ainda inventou uma história para explicar por que o objeto foi encontrado no local. “Uma pessoa pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive na mão”, alegou, em entrevista coletiva. “Eu nunca abri um pendrive na minha vida, eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pendrive”.


O dispositivo de armazenamento foi recolhido durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão e será submetido à perícia. As declarações de Bolsonaro foram feitas na garagem da sede do PL, em Brasília, horas depois de ele ter colocado uma tornozeleira eletrônica por ordem do Supremo Tribunal Federal.

Visivelmente incomodado com a situação, o ex-presidente se recusou a mostrar a tornozeleira e classificou a medida como “suprema humilhação”. A expressão foi repetida por ele após a saída da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde o equipamento foi instalado.

Bolsonaro também falou sobre os US$ 14 mil (R$ 77,7 mil) encontrados em sua casa. Ele declarou que manter dólares em espécie não é crime e que o valor seria resultado de economias pessoais. Ainda assim, o dinheiro será analisado no inquérito que apura possíveis irregularidades envolvendo o ex-mandatário.

Ao ser questionado sobre a carta recebida de Donald Trump e o tarifaço imposto a produtos brasileiros, evitou se aprofundar. Disse apenas que a sobretaxa vale para outros países e que, caso estivesse na presidência, a situação seria “semelhante à da Argentina”.

Ele afirmou ainda que Eduardo Bolsonaro continuará atuando nos Estados Unidos, questionando a decisão do STF que o proíbe de ter contato com o filho e ironizou: “Qual crime ele está cometendo nos Estados Unidos? Atentado à democracia brasileira no Parlamento americano? Só se ele estivesse no Parlamento do Irã.”

O conteúdo do pen drive e dos dispositivos eletrônicos apreendidos poderá impactar diretamente os rumos do inquérito.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro chama Moraes de “gângster”, “ditador” e diz viver “em exílio”

 

Eduardo Bolsonaro e seu arqui-inimigo, Alexandre de Moraes
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foragido desde março nos EUA, divulgou nesta sexta-feira (18) uma nota oficial em que chama o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de “ditador” e “gângster de toga”. A declaração foi feita após a operação da Polícia Federal que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai, e impôs medidas como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar aos fins de semana.

Na mensagem, Eduardo afirma ter recebido a notícia “com tristeza, mas sem surpresa” e acusa Moraes de transformar o STF em uma “arma pessoal para perseguições políticas”. Ele também se autodenomina “deputado federal em exílio”, já que está nos Estados Unidos e proibido de manter contato com o pai por decisão judicial.

Segundo Eduardo, Jair Bolsonaro “nunca se furtou a cumprir decisões judiciais”, embora o próprio ex-presidente tenha declarado, em 2021, que não obedeceria mais às ordens de Moraes. Na época, Bolsonaro recuou no dia seguinte após um acordo costurado com o ex-presidente Michel Temer. “Ele, para nós, não existe mais”, disse o líder de extrema-direita durante um ato na Avenida Paulista.

Bolsonaro no discurso em que atacou Moraes, em 7 de setembro de 2021

Ainda na nota, Eduardo menciona as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e afirma que a operação da PF tenta criminalizar até ações do governo americano. “A decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas dos EUA”, declarou. Para ele, o objetivo seria tornar seu pai um “refém”, colocando em risco as relações diplomáticas entre os dois países.

O deputado também rebateu a justificativa de que sua atuação em gabinetes norte-americanos seria uma ameaça à democracia brasileira. “Qual crime ele tá cometendo nos Estados Unidos? Atentado à democracia brasileira no Parlamento americano? Só se ele estivesse no Parlamento do Irã”, ironizou.

Na conclusão, Eduardo disse que as ações do ministro não têm mais efeito intimidador. “Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele – cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados”, afirmou.

Leia o comunicado na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando.

Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil — alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal —, a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.

Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos — um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis.

Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele — cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados — até que a nossa voz seja ensurdecedora.

Eduardo Bolsonaro,
Deputado Federal em Exílio
Filho do Presidente Jair Bolsonaro

Fonte: DCM

VÍDEO – Trompetista toca marcha fúnebre durante coletiva de Bolsonaro sobre ação da PF


Bolsonaro concede entrevista após começar a usar tornozeleira eletrônica. Foto: Divulgação

Durante a entrevista concedida por Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (18), após o cumprimento de ordem judicial para uso de tornozeleira eletrônica, o ‘trompetista do PT’ roubou a cena ao surgir tocando a “Marcha Fúnebre”, de Chopin. O episódio ocorreu na saída do ex-presidente, enquanto agentes da Polícia Federal realizavam buscas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O músico foi identificado como Fabiano Duarte e é mais conhecido nas redes sociais como o trompetista do PT. Ele já havia aparecido em outras ocasiões, inclusive durante uma entrevista anterior do ex-presidente no Senado. Além da marcha, também costuma tocar “Tá na hora do Jair já ir embora”, que virou bordão entre críticos de Bolsonaro.

A operação da PF teve como alvos a casa de Jair Bolsonaro e a sede nacional do PL, partido ao qual ele é filiado, em Brasília. Entre as medidas autorizadas por Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso a redes sociais e o veto a qualquer contato com diplomatas, embaixadores e outros investigados no processo. A Procuradoria-Geral da República deu parecer favorável às ações.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Bolsonaro será preso se descumprir qualquer cautelar, diz Moraes em decisão; veja a íntegra

 

Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi categórico ao determinar que Jair Bolsonaro (PL) será preso caso descumpra qualquer uma das medidas cautelares impostas nesta sexta-feira (18).

A decisão, que autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente, prevê prisão preventiva com base no artigo 312 do Código de Processo Penal. “O descumprimento de qualquer uma das medidas cautelares implicará na revogação e decretação da prisão”, escreveu Moraes.

As medidas incluem o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de uso das redes sociais e impedimento de contato com diplomatas, embaixadores e outros investigados, incluindo o próprio filho, Eduardo – a PF apontou que Bolsonaro agiu de forma coordenada com o deputado para influenciar autoridades estrangeiras e sabotar o julgamento do processo que apura tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Moraes destacou que Bolsonaro e o filho atuaram para submeter o STF ao controle de outro país, com negociações que classificou como “espúrias e criminosas”.

Ele também acusou o ex-presidente de financiar as ações do filho nos Estados Unidos, onde ele tem buscado apoio político, especialmente junto a aliados de Donald Trump.

Na decisão, Moraes afirma que pai e filho comemoraram sanções impostas pelo presidente americano contra o Brasil, e que utilizaram as redes sociais para incentivar novos ataques ao sistema judicial brasileiro.

Leia o texto na íntegra:

Fonte: DCM

Apoio de Trump a Bolsonaro é “sequestro da economia de uma Nação”, diz Flávio Dino

Ministro do STF critica tentativa de interferência estrangeira no Judiciário brasileiro e vota por manter restrições ao ex-presidente

      Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como um “sequestro da economia de uma Nação” o apoio recente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada em seu voto no julgamento que analisou as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro, no inquérito que apura coação e tentativa de desestabilização da Justiça brasileira. As informações são do g1.

Na avaliação de Dino, a ofensiva internacional liderada por Trump com o objetivo de pressionar o STF representa uma forma inédita de ataque ao sistema judicial brasileiro. “Esta coação assume uma forma inédita: o ‘sequestro’ da economia de uma Nação, ameaçando empresas e empregos, visando exigir que o Supremo Tribunal Federal pague o ‘resgate’, arquivando um processo judicial instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República, sob a regência exclusiva das leis brasileiras”, escreveu o ministro em seu voto.

“O Direito Constitucional Comparado registra intervenções armadas contra Tribunais, cassações de magistrados, court packing plan, dissolução política de Cortes. Mas esse 'sequestro' certamente merecerá muitos estudos acadêmicos, inclusive nas Universidades dos Estados Unidos, por seu caráter absolutamente esdrúxulo.”

A declaração ocorre no contexto de uma crescente pressão internacional sobre o Brasil, após Trump anunciar, em 9 de julho, uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O republicano justificou a medida afirmando que Bolsonaro está sendo vítima de uma “caça às bruxas” e atacou diretamente o STF. Desde então, Bolsonaro tem vinculado publicamente a suspensão das sanções econômicas à possibilidade de anistia no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.

Na última quinta-feira (17), Moraes determinou novas restrições ao ex-presidente, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com autoridades estrangeiras e impedimento de uso de redes sociais. Jair Bolsonaro instalou o dispositivo na sexta-feira (18).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

1ª Turma do STF forma maioria e mantém medidas cautelares impostas por Moraes a Bolsonaro

Decisão reconhece risco de fuga e valida uso de tornozeleira eletrônica

    Primeira Turma do STF - 06/05/2025 (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (18) para manter as medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.

A decisão confirma os termos da medida tomada inicialmente por Moraes. Segundo o voto do relator, a imposição das cautelares se justifica em razão do risco concreto de fuga de Bolsonaro, como apontado pela Polícia Federal.

A votação ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. Até o momento, três já votaram a favor da manutenção das medidas, o que representa a maioria necessária. Os votos foram dados por Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

Com a decisão, ficam mantidas as determinações do ministro Alexandre de Moraes, que incluem:

 • uso de tornozeleira eletrônica;
 • recolhimento domiciliar entre 19h e 6h de segunda a sexta-feira e em tempo integral nos fins de semana e feriados
 • proibição de contato com embaixadores e autoridades estrangeiras
 • proibição de se aproximar de sedes de embaixadas e consulados.

Fonte: Brasil 247

Zanin convoca sessão para analisar decisão de Moraes que terminou uso de tornozeleira por Bolsonaro

Decisão de Alexandre de Moraes, que impõe tornozeleira e recolhimento domiciliar ao ex-presidente, será avaliada até segunda-feira

     Cristiano Zanin (Foto: Fellipe Sampaio /STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta sexta-feira (18) à sessão virtual que analisará as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A votação ocorre na Primeira Turma da Corte e foi convocada pelo ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, com prazo para conclusão até a meia-noite da próxima segunda-feira (22). As informações são do jornal O Globo.

A decisão a ser analisada foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou uma série de restrições a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno nos dias úteis (das 19h às 6h) e integralmente nos fins de semana e feriados, além da proibição de contato com autoridades estrangeiras e de se aproximar de sedes diplomáticas.

A medida foi solicitada pela Polícia Federal e teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com Moraes, Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teriam praticado “claros e expressos atos executórios” de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania nacional.

Na decisão, o ministro afirma: “CLAROS e EXPRESSOS ATOS EXECUTÓRIOS e FLAGRANTES CONFISSÕES DA PRÁTICA DOS ATOS CRIMINOSOS, em especial dos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania e permanecem, sempre no sentido de induzirem, instigarem e auxiliarem governo estrangeiro a prática de atos hostis ao Brasil e à ostensiva tentativa submissão do funcionamento do Supremo Tribunal Federal aos Estados Unidos da América, com a finalidade de 'arquivamento/extinção' da AP 2668”.

A Polícia Federal sustenta que Jair e Eduardo Bolsonaro têm buscado apoio de autoridades do governo dos Estados Unidos para pressionar o Estado brasileiro. Segundo a PF, os dois “vêm atuando, ao longo dos últimos meses, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos da América, com o intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado Brasileiro”, sob a alegação de perseguição no processo da Ação Penal 2668, que apura a tentativa de golpe de Estado.

A Primeira Turma do STF é composta, além de Zanin e Moraes, pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. A decisão de Moraes só passará a ter validade plena após o referendo dos demais integrantes do colegiado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsonaro nega fuga, reconhece risco de prisão de Eduardo e diz que tornozeleira é "suprema humilhação"

Jair Bolsonaro afirmou que se Eduardo voltar ao Brasil, "vai ter problemas”: "são 12 anos de cadeia por atentar contra o Estado Democrático de Direito"

       Bolsonaro no STF - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)

Ao deixar o departamento policial onde foi instalado o equipamento de monitoramento eletrônico, Jair Bolsonaro (PL) falou com jornalistas nesta sexta-feira (18) e voltou a negar qualquer intenção de deixar o país. O ex-presidente também afirmou que está sendo vítima de “perseguição” e classificou a imposição da tornozeleira como “suprema humilhação”.

“Meus advogados tomaram conhecimento do inquérito. É aquele que meu filho está respondendo por estar nos Estados Unidos. É um novo inquérito. Estou também dentro dele”, declarou. Ele se referia à investigação que envolve seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA articulando medidas contra o Brasil e autoridades brasileiras e pode, segundo o pai, ser alvo de medidas semelhantes: “se ele vier para cá, vai ter problemas”.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs uma série de restrições a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de comunicação com outros investigados, além da vedação de acesso a redes sociais e de aproximação com embaixadas.

“É um golpe de festim”, diz Bolsonaro sobre acusações - O ex-presidente voltou a desqualificar o inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. “O inquérito do golpe é político. Nada de concreto existe ali. A própria PF não me botou no 8 de janeiro. O PGR foi além. Não tem prova de nada. Um golpe no domingo, sem Forças Armadas, sem armas. Um golpe de festim”, ironizou. E completou: “espero que o julgamento seja técnico, não político”.

Bolsonaro disse que nunca pretendeu deixar o Brasil: “a suspeita [de fuga] é um exagero. Poxa, sou um ex-presidente da República, tenho 70 anos de idade. Suprema humilhação. Já é a quarta busca e apreensão em cima de mim”. Ainda ironizou: “Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem”.

Sobre o material apreendido pela PF em sua casa nesta sexta, Bolsonaro minimizou: “[Sobre o pen drive] Não tenho a menor ideia. O dólar está com recibo do Banco do Brasil”.

Eduardo Bolsonaro e os Estados Unidos - Bolsonaro admitiu preocupação com o filho Eduardo e reconheceu que há risco de prisão caso ele retorne ao país: “se ele vier para cá, vai ter problemas”. Em sua defesa, afirmou: “meu filho está nos EUA para lutar por democracia e liberdade” e garantiu que ele não tem qualquer ligação com pressões econômicas: “ele não articulou pró-tarifaço”.

Questionado sobre a possibilidade de buscar apoio no exterior, Bolsonaro negou ter cogitado refúgio: “nunca pensei em sair do Brasil, em ir para embaixada, mas as cautelares são em função disso”.

Fonte: Brasil 247

Depois de ação da PF contra Bolsonaro, Flávio recua e pede que Trump suspenda o tarifaço

Medida articulada por Eduardo Bolsonaro fortaleceu o governo, enfraqueceu o bolsonarismo e culminou em tornozeleira eletrônica para Jair Bolsonaro

      Eduardo e Flávio Bolsonaro (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Horas depois de seu pai, Jair Bolsonaro, ser alvo de operação da Polícia Federal, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou publicamente nesta sexta-feira (18) em tom de crítica à política comercial dos Estados Unidos. Na postagem, o parlamentar fez um apelo direto ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump, pedindo a suspensão das tarifas impostas ao Brasil. De acordo com Flávio, seria mais apropriado que Trump revogasse a tarifa de 50% imposta às importações brasileiras e, em vez disso, direcionasse sanções contra pessoas específicas.

“O justo seria Donald Trump suspender a taxa de 50% sobre importações brasileiras e meter sanção individual em quem persegue cidadãos e empresas americanas, viola liberdades, usa o cargo público para violar direitos humanos e implodir a democracia de um país para satisfazer seu próprio ego”, escreveu Flávio em seu perfil no X, antigo Twitter, segundo o UOL.

A postagem foi feita poucas horas após Jair Bolsonaro ser alvo de mandados de busca e apreensão, além de ter medidas restritivas impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar redes sociais. As determinações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , no contexto das investigações que envolvem o ex-presidente.

Durante a operação desta sexta-feira, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na residência do ex-mandatário. A suspeita é de que a quantia em dólares pudesse ser utilizada em uma eventual tentativa de fuga. A PF também localizou um pen drive escondido no banheiro da casa de Bolsonaro e uma cópia da petição inicial da rede social Rumble contra Moraes.

Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, deve cumprir recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 7h e está impedido de manter contato com outros investigados ou réus no STF, dentre eles seu próprio filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A Polícia Federal sustenta que Jair Bolsonaro teria financiado uma operação internacional contra a soberania nacional e a independência dos Poderes, segundo apurou o jornalista Valdo Cruz, do g1. Conforme a investigação, tal ofensiva teria surtido efeitos concretos com o tarifaço recentemente anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A articulação teria sido conduzida por Eduardo Bolsonaro, com repasses de recursos feitos diretamente por seu pai.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Moraes retira sigilo de decisão que determinou o uso de tornozeleira eletrônica a Jair Bolsonaro

Ministro detalha envolvimento do ex-presidente e de Eduardo Bolsonaro em articulações com governo estrangeiro contra o Judiciário brasileiro

Paulo Gonet, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou o sigilo da decisão do ministro Alexandre de Moraes que impôs uma série de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno A PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra Bolsonaro nesta sexta-feira (18). As informações são do g1.

De acordo com a decisão, Bolsonaro está proibido de se aproximar de embaixadas e consulados, além de não poder manter contato com outros investigados, réus ou autoridades estrangeiras — nem mesmo por meio de terceiros. A medida foi adotada no contexto das investigações que apuram tentativas de interferência no funcionamento do Judiciário brasileiro.

"Manifestando-se [Eduardo e Jair] favoravelmente às 'sanções/taxações' e instigando o governo norte-americano a tomar novas medidas e atos hostis contra o Brasil, inclusive para 'submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional', como se verifica em várias manifestações nas redes sociais e na imprensa", diz o ministro.

Segundo Moraes, as investigações da Polícia Federal apontam que o ex-presidente atuou de forma consciente e deliberada, em conjunto com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em ações que visavam submeter o STF a interesses de outro Estado.

No despacho, Moraes afirma que Bolsonaro está "alinhado" com Eduardo Bolsonaro na prática de atos ilícitos que podem configurar coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ministro também menciona que a PF identificou aportes financeiros de Jair Bolsonaro ao filho como parte das ações investigadas. No mês passado, o ex-presidente admitiu ter enviado R$ 2 milhões a Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, com a justificativa de evitar que ele passasse por dificuldades financeiras.

Ainda segundo a decisão, o ponto mais grave das condutas atribuídas a pai e filho teria ocorrido após manifestações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, consideradas hostis à soberania brasileira e à independência do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

AO VIVO: Bolsonaro concede coletiva de imprensa após virar alvo da PF

 



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concede entrevista à jornalistas na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, após ser alvo da corporação.

A ação da PF foi motivada por suspeitas de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional. Os investigadores também apontaram risco de fuga do ex-capitão.

Agentes da PF realizaram buscas na residência de Bolsonaro, no bairro Jardim Botânico, e no escritório político do ex-presidente, localizado na sede do Partido Liberal (PL). Segundo aliados, ele estava em casa no momento da chegada dos policiais.

Bolsonaro foi alvo de medidas restritivas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de acessar redes sociais. Segundo a defesa, após a instalação do equipamento, o ex-presidente retornará para casa.

Fonte: DCM

PF encontra pen drive escondido no banheiro de Bolsonaro e petição da Rumble contra Moraes

Agentes encontraram cópia da petição inicial do processo movido pela plataforma estadunidense Rumble contra o ministro do STF Alexandre de Moraes

       Jair Bolsonaro, de costas, e Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

Durante uma operação realizada nesta sexta-feira (18), a Polícia Federal apreendeu um pen drive escondido no banheiro da residência de Jair Bolsonaro (PL), além de US$ 14 mil e R$ 8 mil em dinheiro vivo. A ação, que teve como alvos a casa de Bolsonaro em Brasília e a sede do PL, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal O Globo.

Segundo investigadores ouvidos pela reportagem, também foi localizada uma cópia da petição inicial do processo movido pela plataforma Rumble contra Moraes. A rede social, com sede nos Estados Unidos, trava atualmente uma disputa judicial com o ministro do STF.

A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão e incluiu medidas cautelares diversas da prisão, conforme nota divulgada pela corporação. Entre as restrições impostas a Bolsonaro estão a proibição de manter contato com diplomatas e embaixadores, de frequentar sedes diplomáticas e de utilizar redes sociais, além de manter contatos com outros investigados.

Ainda de acordo com a reportagem, a motivação da ação da PF está relacionada a suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional. A corporação também identificou o risco de fuga do país por parte do ex-presidente.

Bolsonaro responde atualmente a uma ação penal no STF que apura sua responsabilidade em uma tentativa de golpe de Estado. Na última segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou as alegações finais e solicitou sua condenação por cinco crimes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Após operação da PF, aliados falam em “perseguição” a Bolsonaro: ‘tratado como criminoso’

Deputados do PL criticam STF e PF por operação contra o ex-mandatário, investigado em ação sobre tentativa de golpe

      Jair Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL ) reagiram com indignação à nova operação da Polícia Federal contra o ex-mandatário, deflagrada nesta sexta-feira (18). A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu mandados de busca e apreensão em sua residência e na sede do PL, além da determinação do uso de tornozeleira eletrônica e afastamento de redes sociais. Bolsonaro é réu na ação que apura a tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito. As informações são do jornal O Globo.

A resposta do bolsonarismo foi imediata. O 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), classificou a medida como excessiva. “Considero desnecessário essas medidas restritivas. Calar o presidente Bolsonaro é um absurdo, antidemocrático. Totalmente desnecessária, disse Côrtes.

A narrativa adotada por Côrtes foi ecoada nas redes sociais por aliados. O ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten sustentou que não houve novidade que justificasse a operação. “Ele sempre cumpriu tudo que lhe era injustamente imposto”, escreveu.

O deputado federal Sanderson (PL-RS) foi ainda mais direto ao afirmar que “a perseguição nojenta e covarde não para”, escreveu em seu perfil. Já Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que Bolsonaro “está sendo tratado como um criminoso”.

A determinação do STF de obrigar o uso de tornozeleira e restringir a comunicação digital do ex-presidente gerou reações duras inclusive do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que sugeriu que a ofensiva terá efeito contrário.

“Isso não é justiça. É censura. É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões. Enquanto corruptos são soltos, um ex-presidente é vigiado como bandido. Mas quem tem a verdade como escudo, não teme a mentira de toga. A história está anotando tudo. E o povo também”.

Aliados também ligaram a operação à carta divulgada na véspera pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou o “cerco judicial” ao aliado brasileiro. O senador Jorge Seif (PL-SC), próximo da família Bolsonaro, afirmou que “quando Trump afirma que o Regime instalado no BR persegue Bolsonaro, não exagera. A operação da PF hoje contra JB, motivada por uma ação do PT, sob relatoria de Alexandre de Moraes, com parecer favorável da PGR, visa proibi-lo de usar redes sociais, acessar embaixadas, usar tornozeleira e outros absurdos. Que país é esse?”.

A deputada Caroline de Toni (PL-SC) também mencionou o presidente norte-americano e associou a repressão a possíveis retaliações comerciais. “Inacreditável. Após Trump ser claro quanto às causas das sanções aplicadas ao Brasil, a perseguição fica ainda mais implacável contra Bolsonaro e sua família. Isso só confirma o estado de exceção que estamos vivendo”.

Entre os mais próximos do ex-presidente, o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) foi direto ao apelar à fé dos eleitores: “VAMOS ORAR PELO MEU IRMÃO BOLSONARO E SEUS FAMILIARES! Ele está sofrendo uma perseguição sem fim! PERSEGUIÇÃO SEM FIM”, publicou em caixa alta, de acordo com a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Sem espetáculo: Moraes e PF dão aula de responsabilidade jurídica. Por Kakay

 

Alexandre de Moraes, ministro do STF – Foto: Reprodução
Uma nota em homenagem ao ministro Alexandre de Moraes e à Polícia Federal: toda a operação de hoje foi cuidadosa e sem nenhuma espetacularização. Fosse na época da Lava Jato, com Moro e seus procuradores adestrados, as televisões estariam na frente da casa. Aquela palhaçada das entrevistas logo após as operações policiais, onde havia uma extrema exposição dos investigados, seria a regra.

Fazer o óbvio e cumprir a legislação para não expor a pessoa investigada não deveria ser motivo de elogio. Mas, logo depois da operação Lava Jato, que instrumentalizou o Judiciário para fins políticos, humilhando o Poder Judiciário, penso ser importante o registro.

Quando o processo criminal contra a cúpula da República de Curitiba tiver início, estes que fizeram da operação um instrumento de poder darão valor ao direito à intimidade, à presunção de inocência.

Fonte: DCM

Bolsonaro financiou ataques que resultaram no tarifaço de Trump, dizem investigadores da PF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal (PF), sob a acusação de financiar uma ofensiva contra a soberania do Brasil e a independência dos Poderes, conforme informações do blog do Valdo Cruz, do G1.

De acordo com investigadores da PF, as ações coordenadas por Bolsonaro tiveram impacto direto no agravamento da crise comercial com os Estados Unidos, culminando no tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.

A operação

Agentes da PF realizaram buscas na residência de Bolsonaro, no bairro Jardim Botânico, e no escritório político do ex-presidente, localizado na sede do Partido Liberal (PL). Segundo aliados, ele estava em casa no momento da chegada dos policiais.

As medidas restritivas contra Bolsonaro foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente já está com tornozeleira eletrônica instalada e está proibido de acessar redes sociais.

Entre as determinações, o ex-capitão também deve cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, e está impedido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros. Ele também não poderá se aproximar de sedes diplomáticas no Brasil.

A proibição também se estende a qualquer tipo de comunicação com outros réus ou investigados pelo STF, e com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos Estados Unidos.

 

Fonte: DCM com informações do G1