segunda-feira, 16 de junho de 2025

Trama golpista: defesas de Bolsonaro e aliados têm até hoje para pedir novas diligências

Defesas podem perícias, acareações e imagens de segurança

         Paulo Gonet, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

Os advogados de Jair Bolsonaro e dos outros sete réus na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 têm até esta segunda-feira (17) para apresentar pedidos de diligências complementares ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a rádio CBN,entre as medidas que devem ser solicitadas pelas defesas estão acareações entre investigados, perícias em documentos e provas colhidas, além do acesso a novas imagens de segurança dos locais apontados pelo tenente-coronel Mauro Cid — delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — como cenário de reuniões entre os envolvidos na trama. Caberá ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decidir se autoriza ou não as diligências. Caso acolha os pedidos, o andamento do julgamento poderá ser adiado.

A movimentação ganhou força após revelação publicada pela Veja, segundo a qual Cid teria usado um perfil no Instagram em nome de sua esposa para trocar mensagens com um aliado de Bolsonaro e vazar informações sobre o conteúdo de sua delação premiada. O militar, no entanto, nega que tenha feito uso do perfil. Moraes já determinou a apuração da autenticidade das mensagens.

Caso seja comprovada a veracidade das postagens, Cid pode perder os benefícios garantidos pelo acordo de colaboração, uma vez que se comprometeu a manter sob sigilo o teor dos depoimentos prestados. Apesar disso, os dados e elementos colhidos por meio da delação continuam válidos para o processo.

Ainda de acordo com a reportagem, a defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, avalia solicitar diligências para reforçar a tese de que a minuta do golpe encontrada em sua posse não corresponde à versão mencionada por comandantes militares. Outras defesas também planejam pedir acesso às imagens do circuito interno do Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro teria se reunido com membros das Forças Armadas.

Caso o ministro Alexandre de Moraes rejeite as diligências, será aberto prazo para a apresentação das alegações finais, em três etapas: primeiro, o Ministério Público Federal; em seguida, a defesa do delator Mauro Cid; e por fim, os advogados dos demais réus. A expectativa é de que o julgamento na Primeira Turma do STF aconteça entre os meses de setembro e outubro.

Fonte: Brasil 247 com informações da rádio CBN

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