sábado, 14 de junho de 2025

Lewandowski: “Esperamos que o governo italiano extradite Zambelli o mais breve possível"

Ministro da Justiça diz que confia na cooperação com a Itália e lembrou de casos semelhantes de extradição

         (Foto: Agência Brasil \ Agência Câmara)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira (13) esperar que o governo italiano extradite "o mais breve possível" a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa no seminário “Desafios da Segurança Pública”, promovido pela Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo.

Zambelli fugiu do Brasil pela fronteira com a Argentina, viajou aos Estados Unidos e seguiu para a Itália, onde tem cidadania.

Lewandowski lembrou que a Constituição italiana permite a extradição de seus cidadãos, ao contrário da brasileira, e que há precedentes, citando o caso de Cesare Battisti.

“Já existe alguma ideia de onde ela esteja, e imaginamos que ela em breve será extraditada. A dupla nacionalidade não impede a extradição, porque a Constituição italiana não impede que cidadãos italianos sejam extraditados. Como impera o princípio da reciprocidade, esperamos que o governo italiano extradite essa senhora o mais brevemente possível”, declarou o ministro.

O ativista italiano Cesare Battisti foi extraditado em 2019, após ser capturado na Bolívia.

Pesquisa Datafolha

O ministro também comentou os resultados da pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta, que apontam piora na avaliação do presidente Lula em temas como inflação e segurança pública, em comparação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados consideram que Lula tem desempenho pior ou muito pior no combate à violência.

Lewandowski disse ter sido surpreendido pelos números, prinicpalmente porque a responsabilidade direta pela segurança pública no Brasil é dos estados. A União só poderá agir de forma mais coordenada caso seja aprovada a PEC da Segurança, atualmente em análise no Congresso Nacional.

“Infelizmente, há um sentimento subjetivo de insatisfação da população com relação à criminalidade, mas, pelos nossos índices oficiais, houve uma melhora substantiva em todos os setores sob responsabilidade federal”, argumentou. Ele citou quedas nos homicídios, furtos e apreensões de drogas registradas por órgãos como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

A PEC da Segurança Pública, relatada por Lewandowski, pretende reforçar a atuação do governo federal no combate ao crime organizado e ampliar o papel das forças nacionais. O texto foi ajustado após críticas de governadores, que temiam perda de autonomia. A nova proposta preserva a organização das polícias estaduais, mas dá à União a tarefa de coordenar planos de segurança, cobrar metas e ampliar o escopo de atuação de órgãos federais.

Fonte: Brasil 247

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