Valor médio do repasse é de R$ 666, a partir de um investimento de R$ 13,6 bilhões
O pagamento do Bolsa Família referente ao mês de junho de 2025 tem início nesta segunda-feira (16), alcançando 20,49 milhões de famílias em todo o país. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o valor médio do benefício neste mês é de R$ 666. O investimento total do governo federal no programa chega a R$ 13,64 bilhões.
O repasse segue o calendário tradicional, conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), e se estende até o dia 30 de junho. Em situações emergenciais, 30 municípios de seis estados — São Paulo, Paraná, Sergipe, Amazonas, Roraima e Alagoas — recebem o valor integral logo no primeiro dia. Nesses locais, afetados por enchentes, secas e outros desastres, 175 mil famílias serão beneficiadas com a antecipação do pagamento.
◆ Auxílio Gás e complementos - O governo federal também garante o pagamento do Auxílio Gás a 5,3 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. O valor de R$ 108, correspondente a um botijão de 13 quilos de gás GLP, será repassado seguindo o mesmo cronograma do Bolsa Família, com investimento total de R$ 579 milhões.
Além do benefício principal, o programa inclui complementos voltados para públicos prioritários. Neste mês, mais de 8,7 milhões de crianças de zero a seis anos recebem o adicional de R$ 150 por meio do Benefício Primeira Infância, totalizando R$ 1,23 bilhão em recursos. Outros adicionais de R$ 50 são destinados a 678 mil gestantes, 260 mil nutrizes (mães que amamentam) e 15,3 milhões de crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. O valor reservado para essas três faixas é de R$ 738 milhões.
◆ Atenção a grupos específicos - O Bolsa Família também foca em grupos sociais específicos e historicamente vulneráveis. Em junho, o programa contempla:
● 242 mil famílias indígenas
● 283 mil famílias quilombolas
● 380 mil famílias de catadores de materiais recicláveis
● 238 mil famílias com pessoas em situação de rua
●61 mil famílias com integrantes resgatados de trabalho análogo à escravidão
Esses grupos estão entre os prioritários na nova estrutura do programa.
◆ Perfil dos beneficiários - Os dados mostram que a maioria dos responsáveis familiares é composta por mulheres: 17,1 milhões de titulares, o equivalente a 83,7%. Ao todo, 31,3 milhões de mulheres são atendidas em junho, o que representa 58,3% dos beneficiários. A população preta e parda é predominante, somando 39,2 milhões de pessoas, ou 73% do total.
Outro destaque é a chamada Regra de Proteção, que garante a permanência de famílias no programa por até dois anos mesmo após o ingresso no mercado formal de trabalho. Nesse caso, o valor do benefício é reduzido à metade. Em junho, essa regra atende 3 milhões de famílias.
◆ Distribuição regional e por estado - O Nordeste concentra a maior parcela de beneficiários em junho: 9,4 milhões de famílias e um investimento de R$ 6,24 bilhões. Em seguida aparecem o Sudeste (5,92 milhões de famílias; R$ 3,86 bilhões), o Norte (2,62 milhões; R$ 1,83 bilhão), o Sul (1,44 milhão; R$ 947,4 milhões) e o Centro-Oeste (1,10 milhão; R$ 738,33 milhões).
Entre os estados, a Bahia lidera com 2,46 milhões de famílias contempladas, seguida por São Paulo com número equivalente. Outros estados com mais de um milhão de beneficiários são Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Maranhão.
◆ Maiores valores médios - Roraima apresenta o maior valor médio por família em junho: R$ 732. Amazonas (R$ 722) e Acre (R$ 714) aparecem na sequência. Já no recorte por município, Uiramutã (RR) lidera com R$ 1.016 de valor médio para suas 2.218 famílias atendidas. Em seguida vêm Campinápolis (MT), Santo Antônio do Içá (AM) e Santa Rosa do Purus (AC), com valores que superam os R$ 880.
Fonte: Brasil 247
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