terça-feira, 24 de junho de 2025

PCC se infiltra em 28 países, recruta em presídios no exterior e amplia tráfico internacional de drogas

A informação consta em um mapeamento do Ministério Público de São Paulo

    (Foto: Reuters)

O Primeiro Comando da Capital (PCC) já está presente em pelo menos 28 países, incluindo na Europa, onde membros da facção paulista têm se infiltrado em presídios, recrutado novos integrantes e ampliado o tráfico internacional de drogas, armas e a lavagem de dinheiro. A informação consta em um mapeamento do Ministério Público de São Paulo obtido pelo g1, que vem sendo apresentado a embaixadas e consulados para reforçar a cooperação internacional no combate ao crime organizado.

O relatório revela que, mais do que realizar operações pontuais no exterior, o PCC tem buscado se fixar de forma estruturada em outros países — uma estratégia que representa risco crescente para as autoridades internacionais.

“O maior perigo do PCC é a sua origem prisional, onde eles têm poder de organização e de ideologia, uma disciplina muito rígida e que se dissemina muito fácil no sistema prisional”, explica o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, referência no combate à facção. Segundo ele, a facção tem aprendido com criminosos europeus, especialmente italianos, no que diz respeito à logística de drogas e ao envio de dinheiro sem circular formalmente.

O levantamento do MP-SP aponta que o PCC segue um modelo de expansão bem definido: inicia operações pontuais para negócios, mas, ao decidir estabelecer residência fixa, passa a estruturar o recrutamento, o "batismo" de novos membros e a formação de uma rede de controle, especialmente dentro dos presídios.

A pesquisadora da Universidade Federal do ABC (UFABC) e especialista em criminalidade organizada, Camila Nunes Dias, destaca esse movimento. “Quando há uma fixação, há um interesse de controle, de estabelecimento da estrutura do PCC. E isso implica que vai haver aí a busca ativa, com estratégias de recrutamento, seja de outros brasileiros, seja das pessoas nativas daquele país”, afirma.

◉ Portugal e o risco de consolidação europeia

Portugal ocupa lugar de destaque no mapa de expansão do PCC na Europa. Com forte conexão histórica e cultural com o Brasil e grande número de imigrantes brasileiros, o país tem sido escolhido pela facção como porta de entrada, ponto logístico e residência de importantes líderes do tráfico.

O país já aparece como o quinto com maior número de integrantes da facção fora do Brasil, segundo o relatório. Casos como a apreensão de um semissubmersível com 6,5 toneladas de cocaína na costa portuguesa, em março, reforçam as suspeitas de que o território lusitano esteja sendo usado tanto para o tráfico quanto para o branqueamento de capitais.

Roberto Uchoa, pesquisador da Universidade de Coimbra e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, alerta para o avanço da organização criminosa. “O PCC busca se consolidar como um dos principais players no tráfico internacional de drogas, principalmente porque aí ele consegue se capitalizar em euros e dólares, o que faz com que a sua capacidade de corrupção e de atuação no Brasil seja ainda maior”, afirma.

Outro indício dessa infiltração é o caso do traficante André do Rap, foragido da Justiça brasileira, que viveu por pelo menos um ano em Portugal antes de se mudar para a América Central. A presença de mergulhadores especializados recrutados pelo PCC para esconder drogas em cascos de navios e o suborno de funcionários portuários portugueses são outros exemplos concretos do avanço da facção no país.

◉ Itália e os laços com a máfia

A aliança entre o PCC e a máfia italiana, especialmente a ‘Ndrangheta, da Calábria, também preocupa autoridades brasileiras e europeias. Investigações reveladas por um delator italiano preso no Brasil mostraram como os carregamentos de cocaína saíam em grandes quantidades para abastecer as famílias mafiosas na Europa.

Nesta terça-feira (24), Brasil e Itália formalizam um acordo inédito de cooperação entre o Ministério Público brasileiro e a Procuradoria Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália. O objetivo é criar equipes conjuntas e permanentes de investigação para combater o tráfico e o crime organizado.

◉ Expansão em outros continentes e alerta para o terrorismo

Além da Europa e da América Latina, o PCC já atua em países da Ásia e Oceania. No Japão, por exemplo, a facção se aproveita do alto valor da cocaína na região para lucrar, enquanto a Austrália também aparece como mercado estratégico.

Na Sérvia e no Líbano, o foco das autoridades recai sobre o tráfico de armas e indícios de convergência entre o PCC e grupos especializados em lavagem de dinheiro com possível conexão com o financiamento do terrorismo.

O promotor Lincoln Gakiya explica: “Isso pode indicar que operadores financeiros estejam atuando ali naquela região, facilitando a lavagem, tanto para o PCC quanto para organizações que financiam o terrorismo”.

Relatórios do Coaf e informações de inteligência de Israel apontam movimentações financeiras suspeitas envolvendo fintechs brasileiras e criptomoedas com indícios de ligação a organizações terroristas.

◉ Desafios e necessidade de integração internacional

Para especialistas, a resposta à atuação transnacional do PCC passa por acordos de cooperação, como o recém-assinado entre Brasil e Interpol, e pelo fortalecimento da integração entre os países afetados.

“Aqui é tudo muito novo, eles [europeus] não têm experiência com esse tipo de atuação, de começar no presídio para depois se expandir”, afirma o pesquisador Roberto Uchoa.

A coordenadora do Observatório de Segurança Pública e Cidadania na América Latina, Marcelle Figueira, reforça a necessidade de uma estratégia nacional robusta. “É absolutamente necessária a criação do Ministério da Segurança Pública. A segurança pública é uma questão do Brasil, além das disputas partidárias. Sem prioridade nesse tema, nossa democracia e cidadania seguem ameaçadas”, alerta.

Diante do avanço do PCC pelo mundo, o desafio brasileiro se torna global, exigindo resposta coordenada, integração de inteligência e enfrentamento firme ao crime organizado, que já não conhece fronteiras.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Meta confirma ao STF perfil criado com e-mail de Mauro Cid

Manifestação da plataforma atende pedido do ministro Moraes

       Mauro Cid (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Agência Brasil - A plataforma Meta informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o perfil @gabrielar702, no Instagram, foi criado a partir de uma conta de e-mail identificada com o nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

A manifestação da empresa foi motivada por um pedido de informações feito pelo ministro Alexandre de Moraes para investigar a suspeita de que Cid vazou informações sobre a delação premiada assinada com a Polícia Federal (PF) na investigação sobre a trama golpista.

De acordo com a Meta, a conta foi aberta a partir do e-mail maurocid@gmail.com. A plataforma também confirmou que a conta @gabrielar702 não está mais no ar.

O Google também enviou informações sobre contas em nome de Cid e confirmou o mesmo endereço de e-mail em nome dele. Além disso, consta nos registros a data de nascimento do militar, 17 de maio de 1979.

A abertura de investigação feita após a revista Veja publicar que ele teria mentindo no depoimento prestado na segunda-feira (9) ao Supremo.

Na ocasião, Cid foi perguntado pela defesa de Bolsonaro se tinha conhecimento sobre o perfil, que é identificado com o mesmo nome da esposa do militar, Gabriela Cid. Ele respondeu que não sabia se o perfil era de sua esposa e afirmou que não usou redes sociais para se comunicar com outros investigados.

Os advogados do ex-presidente levantaram a suspeita de que Cid usou o perfil para vazar informações de seus depoimentos de delação.

Pelas cláusulas do acordo, os depoimentos são sigilosos, e o descumprimento pode levar a penalidades, como a anulação dos benefícios, entre eles, a possibilidade de responder ao processo em liberdade.

Com base na declaração de Cid, Bolsonaro defendeu a anulação da delação de seu ex-ajudante de ordens.

Foto

Na semana passada, o advogado de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, disse que conversou com Cid por meio do perfil investigado e também defendeu a anulação da delação.

Em uma das conversas, Cid disse a Eduardo Kuntz que os investigadores da PF queriam "colocar palavras" em sua boca. Segundo o militar, os delegados buscavam que ele falasse a palavra golpe.

Para confirmar que se tratava do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o defensor pediu que Cid enviasse uma foto.

Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Câmara.

A prisão foi determinada após o ministro entender que o ex-assessor de Bolsonaro descumpriu uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais, mesmo com a intermediação de advogados.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Trama golpista: defesas veem acareações como decisivas para fragilizar delação do Mauro Cid

Advogados querem explorar confrontos entre Mauro Cid, Braga Netto, Anderson Torres e Freire Gomes para enfraquecer delação e depoimentos

       Mauro Cid no STF - 09/06/2025 (Foto: Gustavo Moreno/STF)

As acareações marcadas para esta terça-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), são vistas como momentos decisivos pelas defesas dos réus na ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado no país. A etapa do processo é considerada estratégica para expor contradições em depoimentos e fragilizar acusações baseadas na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da CNN Brasil.

Um dos principais confrontos ocorre entre Cid e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. Ambos são réus e devem prestar esclarecimentos sobre episódios considerados centrais na investigação. Entre os temas em disputa estão o plano denominado "Punhal Verde e Amarelo" e a entrega de uma caixa de vinho com dinheiro em espécie, que Cid afirma ter repassado a Braga Netto para financiar acampamentos de manifestantes em frente ao Quartel-General do Exército.

Outro embate será entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, que participa como testemunha. A defesa de Torres alega que Freire Gomes é o único a sustentar que houve uma reunião entre o então presidente Bolsonaro, Torres e comandantes militares. Segundo os advogados, a testemunha não apresentou detalhes sobre data, local, participantes ou conteúdo da suposta reunião.

Os defensores de Torres também protocolaram no processo um laudo técnico que analisa a minuta de decreto de estado de defesa encontrada na casa do ex-ministro. O objetivo é afastar a vinculação do documento com uma suposta “minuta do golpe” que teria sido discutida por militares.

A acareação entre Cid e Braga Netto é considerada mais ampla e com maior potencial de repercussão entre os demais réus. Por isso, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que outras defesas acompanhem o depoimento. Já o confronto entre Torres e Freire Gomes é visto com menos impacto para os outros envolvidos.

Conforme as regras estabelecidas, apenas os advogados participantes da acareação, a Procuradoria-Geral da República e o ministro Alexandre de Moraes poderão fazer perguntas. Não há previsão de interação direta entre os réus. Diferente dos interrogatórios, esta etapa não será transmitida e ocorrerá de forma restrita.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Mauro Cid e Freire Gomes encaram Braga Netto e Anderson Torres em acareação sobre trama golpista

A partir das 10h, réus e testemunha se reúnem no STF para explicar divergências e versões distintas sobre a tentativa de golpe
Interrogatórios dos réus da tentativa de golpe de Estado (Foto: Ton Molina/STF)

A ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado no final do governo de Jair Bolsonaro (PL) avança para uma nova e delicada fase nesta terça-feira (25), com a realização de duas acareações envolvendo personagens centrais da trama. Segundo o jornal O Globo, o Supremo Tribunal Federal (STF) será palco dos confrontos entre os ex-ministros Walter Braga Netto e Anderson Torres com, respectivamente, o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.

As sessões foram solicitadas pelas defesas de Braga Netto e Torres e serão conduzidas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, com a presença do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O Código de Processo Penal prevê o procedimento sempre que houver divergências sobre “fatos ou circunstâncias relevantes” entre versões de investigados e testemunhas.

⊛ Disputa entre versões - A primeira acareação, marcada para as 10h, colocará frente a frente Braga Netto e Mauro Cid. O tenente-coronel citou o general da reserva em sua delação premiada, mencionando supostas tratativas para o financiamento de ações golpistas. A defesa do ex-ministro contesta dois pontos centrais: uma reunião ocorrida na casa de Braga Netto, em novembro de 2022, e a alegada entrega de dinheiro por parte dele a Cid.

Cid afirmou às autoridades que participou de uma reunião na residência de Braga Netto com outros dois militares, onde os presentes teriam manifestado insatisfação com o resultado das eleições e com a atuação das Forças Armadas. Disse ainda que precisou sair antes do fim do encontro. Já Braga Netto classificou a ocasião como uma “visita de cortesia” e sustentou que Cid permaneceu até o encerramento.

Outro trecho polêmico do depoimento de Cid se refere à entrega de recursos para a execução de um plano golpista. O militar relatou que, após não conseguir o valor com o PL, procurou Braga Netto, que teria lhe entregue o dinheiro no Palácio da Alvorada — ora em uma sacola de vinho, ora em uma caixa do mesmo produto, segundo versões distintas. Braga Netto nega veementemente qualquer participação na entrega de valores.

⊛ Torres e as reuniões no Alvorada - Às 11h será a vez do ex-ministro da Justiça Anderson Torres ser confrontado com o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. O foco será esclarecer a presença de Torres em reuniões realizadas no Palácio da Alvorada, onde, conforme relatos, Jair Bolsonaro teria apresentado propostas para contestar o resultado da eleição de 2022.

Freire Gomes, ouvido como testemunha de acusação, afirmou que Torres esteve em pelo menos uma dessas reuniões, destinadas à discussão de medidas de exceção. “O papel dele foi no sentido de explicar juridicamente algum ponto ali”, disse o general. Torres nega ter participado dos encontros e cita registros oficiais que indicam que ele e o general não estiveram no local no mesmo momento.

Outro ponto sensível é o documento encontrado na casa de Torres, que previa a decretação de um estado de defesa. Em um primeiro momento, Freire Gomes disse à Polícia Federal que o conteúdo do documento foi debatido nas reuniões; posteriormente, em depoimento ao STF, ajustou a declaração e afirmou que o teor era apenas “semelhante”.

⊛ Presenças, logística e condução - As acareações ocorrem em uma das salas de audiência do STF, em anexo à sede da Corte, com acesso restrito. Braga Netto, que está preso preventivamente em uma unidade militar no Rio de Janeiro desde dezembro de 2024, foi autorizado a se deslocar a Brasília para comparecer presencialmente — sendo esta sua primeira saída desde o início da detenção. Em seus depoimentos anteriores, ele havia participado por videoconferência.

Já Freire Gomes, que reside em Fortaleza, solicitou participar de forma remota, mas acabou abrindo mão do pedido. Jair Bolsonaro, também réu na ação, tem direito a acompanhar a sessão, mas sua presença ainda é incerta devido ao tratamento de uma pneumonia.

⊛ Confrontos decisivos para o processo - As acareações desta terça-feira podem ter papel decisivo na condução dos processos contra os envolvidos na tentativa de golpe. O objetivo das defesas é descredibilizar os relatos que embasam parte significativa da acusação do Ministério Público, enquanto Moraes e a PGR buscarão esclarecer os elementos contraditórios que persistem após os depoimentos já realizados.

Ao final das sessões, o STF deverá avaliar se os novos elementos confirmam ou desmontam as versões já apresentadas em juízo e, a partir disso, determinar os próximos passos do processo judicial.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Paraná Pesquisas mostra Michelle e Tarcísio como candidatos competitivos contra Lula

Levantamento nacional mostra o presidente atrás ou empatado tecnicamente com diversos adversários bolsonaristas

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

Um novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (24), apresenta um cenário eleitoral desafiador para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pela reeleição em 2026. A pesquisa de opinião pública nacional foi realizada entre os dias 18 e 22 de junho com 2.020 eleitores distribuídos em 162 municípios de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para o total da amostra, com grau de confiança de 95%.

Nas simulações de segundo turno contra possíveis adversários ligados ao campo bolsonarista, Lula aparece em desvantagem numérica ou em empate técnico. Michelle Bolsonaro (PL), por exemplo, registra 44,4% contra 40,6% do presidente — um empate técnico, mas com leve vantagem numérica para a ex-primeira-dama. Situação semelhante ocorre na disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que aparece com 43,6%, frente aos 40,1% de Lula.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado, empata tecnicamente com Lula. O parlamentar aparece com 39,1% e o presidente com 41,6%. Contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula tem 42,1% e o senador 38,4%

Dois governadores cotados para a disputa presidencial, Ratinho Junior (PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado, de Goiás, perdem numericamente para Lula. Lula tem 41,2% contra 37% de Ratinho e 41,4% contra 33,5% de Caiado. Contra o senador Rogério Marinho (PL-RN), a vantagem é ampla: Lula tem 41,8% contra 31,2% do bolsonarista.

Ainda que esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 e que esteja prestes a ser preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) também teve o nome testado na pesquisa. Bolsonaro aparece com 46,5% das intenções de voto, contra 39,7% do presidente Lula.

Retrato preocupante também no primeiro turno - Os dados estimulados de primeiro turno revelam que, mesmo sem Jair Bolsonaro no páreo, Lula oscila em torno de 33% a 34% nas intenções de voto, ficando tecnicamente empatado com diversos candidatos bolsonaristas, como Michelle, Eduardo, Flávio e Tarcísio de Freitas. Quando Bolsonaro é incluído, ele lidera com 37,2%, contra 32,8% de Lula.

O desempenho de Lula é mais robusto entre mulheres, pessoas com ensino fundamental e eleitores do Nordeste. Em contrapartida, apresenta desempenho inferior entre homens, jovens entre 25 e 44 anos, e eleitores do Sul e Sudeste, onde o bolsonarismo ainda exibe musculatura eleitoral.

Fonte: Brasil 247

Governo apresenta ao STF proposta de calendário para ressarcir aposentados prejudicados por descontos indevidos no INSS

Audiência de conciliação nesta terça deve definir o cronograma e detalhes do pagamento; valores serão corrigidos e reembolsados ainda este ano

Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF))

O governo federal deve apresentar nesta terça-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma proposta oficial de calendário para o pagamento dos aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A informação é do portal G1.

A audiência de conciliação foi determinada pelo ministro Dias Toffoli, relator das ações que tratam do tema no STF. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), Toffoli busca, segundo ele próprio destacou, evitar "a pulverização de soluções jurídicas diversas para situações de fato idênticas, obtendo-se, assim, celeridade, homogeneidade e eficácia na proteção de direitos e garantias de vulneráveis".

Além do ministro e representantes da AGU, também participam da reunião integrantes do INSS, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público Federal. O objetivo do encontro é não apenas discutir o calendário, mas também detalhar a forma de correção dos valores a serem devolvidos e os mecanismos para assegurar os recursos necessários para o reembolso.A AGU defendeu no pedido de abertura da negociação que "é fundamental refletir sobre a adoção de instrumentos de solução alternativa de conflitos, visando tanto à reparação das lesões já consumadas, quanto à prevenção de novas infrações prejudiciais aos segurados afetados".

Pagamentos em parcela única e corrigidos

Na semana passada, o governo federal anunciou que os ressarcimentos serão feitos em parcela única, com previsão de conclusão até o fim deste ano. Durante a audiência, será apresentada ao STF a proposta formal de acordo, que deve detalhar o cronograma de pagamentos.Segundo a AGU, a expectativa é de que o reembolso ocorra de forma simplificada e escalonada, com lotes liberados a cada 15 dias, sem distinção entre os grupos de beneficiários. Todos os valores serão corrigidos monetariamente.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Juiz diz que errou ao soltar homem que quebrou relógio histórico

Mecânico foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão

Mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira destruiu um relógio histórico instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto durante a invasão do prédio por extremistas bolsonaristas nos atos de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Agência Brasil - O juiz que mandou soltar o acusado de destruir um relógio histórico do século 17 durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 prestou depoimento nesta segunda-feira (23) à Polícia Federal (PF).

Na oitiva, Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) de Uberlândia, declarou que, devido a um erro de cadastramento, cometeu um "equívoco" ao mandar soltar, na última terça-feira (17), o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela participação na invasão ao Palácio do Planalto.

Após tomar conhecimento da decisão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, mandou o mecânico voltar para a prisão e determinou a abertura de uma investigação contra o magistrado. Moraes disse que o juiz não tinha competência legal para determinar a soltura.

Lourenço Migliorini afirmou à PF que o sistema eletrônico cadastrou o processo de Antônio Cláudio como se fosse de origem da própria vara. Dessa forma, segundo ele, não estava identificado que o processo era oriundo do STF.

"O magistrado classificou tal equívoco como lamentável e afirmou que o erro cadastral o levou a crer que estaria atuando em um processo de sua competência, caso contrário, jamais teria decidido", diz trecho do depoimento.

O juiz também disse que não quis afrontar o STF. "O magistrado reforça que nunca teve intenção de afrontar de usurpar a competência de quem quer que seja, de tribunal de justiça ou de tribunal superior. Reiterou, por fim, que respeita todas as instituições e que jamais teria decidido se soubesse que a competência não era sua", diz o documento.
Revogação

Ao revogar a liberdade concedida ao mecânico, Moraes disse que o magistrado não tinha competência legal para conceder o benefício. Segundo o ministro, somente o STF pode decidir questões processuais relacionadas aos apenados pelos atos golpistas. Além disso, o ministro disse que o mecânico ainda não tem direito a progressão de regime.

No ano passado, Antônio foi condenado pela Corte a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, dano do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Relógio

Produzido pelo francês Balthazar Martinot, o relógio danificado pelo condenado foi dado de presente ao imperador Dom João VI pela corte francesa em 1808 e fazia parte do acervo da Presidência da República.

No início deste ano, o Palácio do Planalto anunciou que o relógio foi recuperado. O processo de reparação contou com auxílio de uma relojoaria suíça.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Réus no inquérito da trama golpista, Mauro Cid e Braga Netto ficam cara a cara no STF

A defesa do ex-ministro acusa o tenente de mentir em seus depoimentos

Braga Netto (ex-ministro da Defesa), Mauro Cid (tenente-coronel) e o STF (Foto: Ton Molina / Reuters I Fernando Frazão / Agência Brasil I Agência Brasil)


Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para realizar nesta terça-feira (24), a partir das 10h, a acareação entre réus e testemunhas da ação penal sobre um golpe de Estado fracassado, cujo objetivo seria manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder mesmo após derrota nas eleições de 2022.

Os primeiros a serem colocados frente a frente serão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do plano de golpe, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

A defesa de Braga Netto, que pediu a acareação, acusa Cid de mentir em seus depoimentos. Na delação, o tenente-coronel relatou que o general lhe teria entregue R$ 100 mil numa sacola de vinho. O dinheiro seria para financiar a operação do golpe.

Em outro momento, Cid disse que um plano para monitorar e assassinar autoridades foi discutido na casa de Braga Netto. O general nega ambas as acusações.

Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.

A acareação serve para que cada um sustente sua versão dos fatos perante o juiz responsável, respondendo a perguntas iguais ou parecidas sobre aparentes contradições entre os depoimentos. A meta é fornecer mais elementos para que o julgador possa tomar uma decisão final.

O procedimento, em regra, é fechado, e contará com a presença apenas do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal do golpe, dos réus, dos respectivos advogados e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Também devem ser acareados nesta terça (24) o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também réu na ação penal, e o ex-comandante do Exército Freire Gomes, que figura no processo como testemunha.

Nesse caso, o procedimento foi pedido pela defesa de Torres, que disse haver pontos “nevrálgicos” do depoimento de Gomes que precisam ser esclarecidos.

As acareações fazem parte das medidas adicionais que podem ser pedidas por acusação e defesa durante a tramitação de uma ação penal. Ainda é possível que outras - como perícias e novos depoimentos, por exemplo - sejam pedidas.

Somente após encerrada essa fase de instrução do processo é que os cinco ministros da Primeira Turma do Supremo - além de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia - deverão julgar se condenam ou absolvem os réus na primeira ação penal do golpe.

Essa ação tem como alvo o chamado “núcleo crucial”, composto por aqueles que seriam as principais cabeças por trás do complô, incluindo o próprio Bolsonaro, apontado na denúncia da PGR como líder e principal beneficiário do esquema.

Os réus na ação penal são:

• Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
• Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
• Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
• Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
• Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
• Walter Braga Netto (general), ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022.

Fonte: Brasil 247

Apucarana lança 1º Festival de Inverno com atrações para todas as idades


A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Apucarana lançou nesta segunda-feira (23/06) a programação oficial do 1º Festival de Inverno 2025, iniciativa que celebra a diversidade artística e cultural da cidade. O anúncio foi realizado no gabinete municipal, pelo prefeito Rodolfo Mota e pelo secretário de Cultura e Turismo, Rodrigo "Recife" Liévore.

Com atrações gratuitas e abertas ao público, o festival terá início nesta quinta-feira (26/06) e seguirá até o dia 9 de agosto, reunindo apresentações musicais, cinema ao ar livre, teatro, festas temáticas e encontros culturais em diversos espaços públicos da cidade.

A atração de abertura acontece às 19h30 desta quinta-feira, no Cine Teatro Fênix, com um concerto da Banda Municipal de Apucarana Maestro João Florindo da Silva.

Segundo o prefeito Rodolfo Mota, a promoção do festival reforça o compromisso da gestão com a valorização da cultura e o acesso democrático à arte. “Apucarana vive um novo tempo e a cultura é parte fundamental desse movimento. Queremos que as famílias aproveitem cada momento”, afirmou Mota. Ele relata que, ao convidar "Recife" para assumir a Secretaria de Cultura e Turismo, uma das missões atribuídas foi a de pensar formas de movimentar a cidade e proporcionar mais alegria à população. “Também pedi para descentralizar as atividades, levando projetos culturais para as escolas, para os bairros e isso tem acontecido gradativamente. O Festival de Inverno está dentro dessa proposta de levar cultura a todos os apucaranenses. Há atrações para todas as idades e gostos, em diversos locais e horários. Há eventos no teatro, ao ar livre, para crianças, jovens, adultos e idosos. Para todo mundo”, reforçou o prefeito.

Mota também destacou que a iniciativa preenche uma lacuna deixada pela Festa da Cerejeira, que não vem sendo realizada pela Acea nos últimos anos. “Estamos inaugurando uma nova proposta, que passa a integrar o calendário de eventos de inverno da cidade. Além disso, retomamos as festas juninas e julinas nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que estão movimentando as comunidades com a tradicional festividade caipira”, disse.

O secretário Rodrigo "Recife" Liévore também ressaltou o caráter inclusivo e descentralizado da programação. “Levaremos arte a vários espaços da cidade, valorizando nossos artistas locais e promovendo grandes atrações”, disse.

Após o evento de abertura, a programação segue no sábado (28/06), com o Cinema na Praça, às 19 horas, na Praça do 28 de Janeiro, com a exibição da animação “Viva – A Vida é uma Festa!”, sucesso da Disney Pixar. “Com muita alegria, estamos lançando este festival. Por ser a primeira edição e devido ao pouco tempo para organização, foi um grande desafio. Usamos a criatividade para oferecer ações culturais que atendam ao maior número de pessoas, nos mais diversos lugares possíveis. Como bem disse o prefeito Rodolfo Mota, esse é o objetivo do festival: movimentar a cidade, levar alegria e aproximar a cultura da população. Esperamos contar com a participação dos apucaranenses”, afirmou Recife.

Em julho, a programação continua no dia 7, às 16 horas, com o retorno do projeto “Música na Praça”, na Praça do 28 de Janeiro, com apresentações ao ar livre.

No dia 10, às 19h30, o Cine Teatro Fênix recebe o espetáculo Star Light Concert, que promete uma noite de grandes emoções. Este será o único evento do festival com cobrança de ingresso. “É uma realização de um parceiro da iniciativa privada, por isso terá ingresso por adesão, com valor acessível”, explicou o secretário Recife.

O Dia do Rock será celebrado no dia 13 de julho, a partir das 14 horas, na Rua Gastronômica Osvaldo Cruz, com diversas atrações musicais voltadas ao gênero, valorizando bandas locais.

No dia 15 de julho, às 19h30, o palco do Cine Teatro Fênix recebe o prestigiado projeto Teatro SESI Cultura, com o espetáculo “Yentl em Concerto”, protagonizado pela atriz e cantora Alessandra Maestrini (conhecida pela personagem Bozena, do programa televisivo “Toma Lá, Dá Cá”).

As atrações seguem no dia 19, a partir das 16 horas, com o Arraiá Julino – Sabadão da Família, no Espaço das Feiras, com comidas típicas, danças e brincadeiras tradicionais.

No dia 20 de julho, às 16 horas, o público poderá aproveitar novamente o projeto “Música na Praça”, na Praça do 28 de Janeiro. “O Encontro de Carros Antigos será realizado dia 27, no Complexo Esportivo Lagoão, reunindo colecionadores e entusiastas de veículos clássicos. Já no dia 02 de agosto, às 15 horas, o Parque Jaboti será o cenário do divertido Capivara Fest, evento cultural e recreativo ao ar livre. Vamos fazer uma grande festa, com ações para crianças, famílias, jovens, enfim, para toda a cidade”, reforça Recife, secretário de Cultura e Turismo.

A última edição do “Música na Praça” ocorre no dia 3 de agosto, às 16 horas, encerrando a sequência de apresentações na Praça do 28. Já o encerramento oficial do Festival de Inverno de Apucarana 2025 será no dia 09 de agosto, às 19h30, com a apresentação da renomada Orquestra Sinfônica de Londrina, no Cine Teatro Fênix.

O ato de lançamento da programação também foi prestigiado pelo vice-prefeito Marcos da Vila Reis e pelo vereador Moisés Tavares.

Programação do Festival de Inverno de Apucarana

• 26/06 (quinta) – 19h30: Concerto de abertura com a Banda Municipal (Cine Teatro)
• 28/06 (sábado) – 19h: Cinema na Praça – “Viva – A Vida é uma Festa!” (Praça do 28) 
• 06/07 (domingo) – 16h: Música na Praça (Praça do 28)
• 10/07 (quinta) – 19h30: Star Light Concert (Cine Teatro)
• 13/07 (domingo) – A partir das 14h: Dia do Rock (Rua Gastronômica)
• 15/07 (terça) – 19h30: “Yentl em Concerto” – Alessandra Maestrini (Cine Teatro)
• 19/07 (sábado) – A partir das 16h: Arraiá Julino Sabadão da Família (Espaço das Feiras)
• 20/07 (domingo) – 16h: Música na Praça (Praça do 28)
• 27/07 (domingo): Encontro de Carros Antigos (Lagoão)
• 02/08 (sábado) – 15h: Capivara Fest (Parque Jaboti)
• 03/08 (domingo) – 16h: Música na Praça (Praça do 28)
• 09/08 (sábado) – 19h30: Orquestra Sinfônica de Londrina – Encerramento (Cine Teatro)

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Dois CMEIs mantêm plantão no recesso de julho para atender crianças de Apucarana


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Educação (AME), informa que, durante o recesso escolar de julho, dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) continuarão em funcionamento para garantir atendimento às crianças cujas mães estão trabalhando e não têm com quem deixá-las.

De acordo com o calendário letivo de 2025, os 24 CMEIs e 36 Escolas Municipais estarão em recesso entre os dias 10 e 25 de julho. No entanto, os CMEIs Josa Ribeiro, localizado na Vila São Carlos, e Professora Marisa Beltoni, na Vila Nova, manterão suas atividades de plantão entre os dias 10 e 23 de julho.

A secretária Ana Paula do Carmo Donato afirma que a AME tem como objetivo prestar um atendimento de excelência às crianças apucaranenses. “Com o plantão, garantimos que as mães que estão em atividade profissional possam contar com um local seguro e adequado para deixar seus filhos durante o recesso escolar”, afirmou.

O superintendente pedagógico da AME, professor Pablo Costa, complementou que os professores estão realizando um levantamento da demanda para o plantão. “Estamos enviando bilhetes às famílias para saber quantas crianças precisarão de atendimento durante esse período e, assim, garantir o planejamento adequado”, destacou.

O retorno das aulas para o segundo semestre letivo está previsto para o dia 28 de julho. No entanto, os professores retornarão antes, no dia 24 de julho, para participar de uma formação continuada.

Para mais informações sobre o calendário escolar da rede municipal de educação de Apucarana, acesse: https://www.apucarana.pr.gov.br/ame/calendarios/

Fonte: Prefeitura de Apucarana

16ª Regional de Saúde distribuiu R$13,8 milhões em medicamentos e vacinas nos meses de abril e maio

Foto: Divulgação

A Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da 16ª Regional de Saúde distribuiu um total de R$ 13.860.644,52 em medicamentos e vacinas para os 17 municípios da sua área de abrangência, durante os meses de abril e maio.

Com a liberação de vários lotes de vacinas aos 17 municípios da região, a regional de Saúde investiu um montante de R$3,7 milhões nos dois meses. “A compra regular de vacinas é essencial para a proteção da população, principalmente no período que antecede o inverno”, assinala Lucas Leugi, diretor da RS.

Com relação a medicamentos do Componente Especializado, a maior parte do investimento de R$6,5 milhões neste período, foi destinado à compra de remédios de alta complexidade, que geralmente tratam doenças crônicas ou raras.

Quanto aos medicamentos do Componente Básico, via Consórcio Paraná Saúde, foram utilizados R$509 mil. O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) garante que a população tenha acesso a remédios essenciais para o dia a dia, tais como os utilizados para controle de pressão alta ou diabetes, sendo financiado e gerenciado pelos municípios.

Nos gastos com medicamentos do Componente Estratégico, foram investidos um total de R$1,1 milhões. “São valores aplicados em medicamentos de importância para a saúde pública, como aqueles usados em programas de controle de doenças específicas”, relata a farmacêutica da RS, Patrícia Ferman.

Conforme revela Lucas Leugi, a Regional de Saúde de Apucarana também investiu cerca de R$1,7 milhão, para o cumprimento de ordens judiciais, visando a compra de medicamentos de alto custo, para atender diversos cidadãos de Apucarana, Arapongas e região. “Tratam-se de medicamentos caros, que os pacientes não conseguem pagar com recursos próprios e recorrem à justiça”, explica o diretor da RS.

A 16ª RS também investiu mais R$308 mil, para atender terceiros, ou seja, para hospitais e outros e outros fins. O secretário de estado da saúde, Beto Preto, destaca que os recursos são assegurados pelo Governo do Estado – via Secretaria de Estado da Saúde (SESA) - e também pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde.

“O diretor da Regional de Saúde, Lucas Leugi reitera que a região de Apucarana, Arapongas e parte do Vale do Ivaí, vem tendo apoio total da União, do Governador Carlos Massa Ratinho Junior e também do secretário de saúde, Beto Preto”, destaca Lucas Leugi.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Embaixada brasileira em Teerã enfrenta blackout de internet, enquanto bombardeios israelenses se aproximam

Representação diplomática ficou três dias sem conexão enquanto explosões se aproximam do bairro onde está localizada

       Prédio bombardeado em Teerã, Irã (Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via Reuters)

A representação diplomática brasileira na capital iraniana passou por três dias consecutivos de interrupção total de internet, enfrentando sérias dificuldades para estabelecer comunicação tanto com o território nacional quanto com os cidadãos brasileiros residentes no Irã, segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

O restabelecimento da conexão ocorreu apenas entre sábado (20) e domingo (21), ainda apresentando problemas de instabilidade no serviço. A situação se agravou significativamente quando os bombardeios israelenses contra Teerã, anteriormente concentrados em áreas mais afastadas, passaram a atingir locais próximos ao bairro de Zafaranieh na manhã desta segunda-feira (23), exatamente onde se encontra instalada a sede diplomática brasileira.

Durante a semana anterior, as explosões já haviam sido registradas quando Israel direcionou seus ataques contra as instalações da emissora oficial de televisão iraniana. Apesar de uma aparente diminuição nas hostilidades, a situação voltou a se intensificar rapidamente.

Nesta segunda, novos bombardeios foram registrados nas proximidades da embaixada, destacando-se particularmente aqueles que atingiram a prisão de Evin, localizada no bairro homônimo, que faz divisa com Zafaranieh. A sequência e a proximidade geográfica desses ataques têm elevado consideravelmente o nível de tensão entre os membros do corpo diplomático.

Além da prisão de Evin, os alvos dos bombardeios incluíram a sede do Basij, organização miliciana de caráter ideológico e religioso vinculada à Guarda Revolucionária, bem como as instalações do serviço de segurança interna do país.

O corte no acesso à internet em toda Teerã foi implementado pelas próprias autoridades iranianas, como resposta direta à invasão dos sistemas do Bank Sepah, instituição bancária estatal do país, executada pelo coletivo de hackers denominado Pardal Predador. Este grupo, que possui um histórico de operações cibernéticas sofisticadas contra o Irã que ultrapassam as capacidades típicas de hackers ativistas, é apontado pela própria imprensa israelense como tendo vínculos com Israel.

De acordo com informações divulgadas pela agência Reuters, o coletivo Pardal Predador (Gonjeshke Darande) reivindicou a responsabilidade pelo ataque cibernético, justificando a ação com a alegação de que o banco estatal iraniano forneceria suporte financeiro às forças armadas do Irã. O ataque resultou em dificuldades significativas para os clientes acessarem suas contas bancárias, conforme reportado pela mídia israelense.

As consequências do ataque cibernético podem desencadear uma crise de confiança no sistema bancário iraniano, com repercussões ainda não totalmente dimensionadas. Em 2022, o mesmo grupo Gonjeshke Darande assumiu a autoria de um ataque cibernético contra uma siderúrgica iraniana e foi associado a uma operação de 2021 que provocou interrupções generalizadas em postos de combustível em todo o território iraniano.

Até o momento, Israel não reconheceu oficialmente qualquer ligação com o grupo de hackers.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Gleisi diz que Bolsonaro "apela a uma intervenção estrangeira" após publicação com Trump e Netanyahu

Para a ministra, ao apoiar o ataque dos EUA ao Irã, Bolsonaro reforça ser "um sujeito servil a interesses externos"

   Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

Em publicação nas redes sociais neste fim de semana, Jair Bolsonaro (PL) posou ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, gesto que provocou forte reação da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). “Bolsonaro não entende que o Brasil e os brasileiros são a favor da paz e da soberania dos países. Seu apoio à dupla de extrema-direita Trump-Netanyahu, nas redes sociais, só confirma que é um sujeito servil a interesses externos”, escreveu Gleisi no X, antigo Twitter. Ela ainda apontou que o ex-mandatário “apela a uma intervenção estrangeira” no momento em que avança o julgamento de seus crimes no Supremo Tribunal Federal (STF). “Soberania, democracia e Justiça não existem em seu dicionário”, afirmou.

A postagem de Bolsonaro, segundo o jornal O Globo, foi feita logo após o anúncio de que os Estados Unidos realizaram três ataques a instalações nucleares do Irã, país em conflito com Israel há cerca de duas semanas. Em sua conta, o ex-mandatário brasileiro publicou uma montagem de seus encontros com os líderes estrangeiros e escreveu: “dê-me 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil”.

Ele também compartilhou o pronunciamento de Trump sobre os bombardeios, no qual o republicano declarou que as Forças Armadas dos EUA realizaram um “ataque muito bem-sucedido” contra alvos iranianos. Segundo Trump, os bombardeios atingiram as cidades de Natanz, Isfahã e a instalação subterrânea de Fordow, conhecida como o “coração” do programa nuclear iraniano.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou o apoio ao ataque com uma citação ao Império Romano. “Paz não se conquista com ingenuidade, pacifismo acima de todas as consequências ou desarmamento. Melhor modelo é o do secular império romano: ‘si vis pacem, para bellum’ (se quer paz, prepare-se para a guerra)”, afirmou.

O posicionamento dos Bolsonaro contrasta com a posição oficial do governo brasileiro. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou “com veemência” a ação militar, classificando-a como uma violação da soberania do Irã e do direito internacional. “Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”, alertou o Itamaraty no comunicado.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Crise: queda na arrecadação retira evangélicos das principais emissoras de TV

 

Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus – Foto: Reprodução
As igrejas evangélicas reduziram consideravelmente seu tempo de exposição na TV aberta em 2025, reflexo da queda na arrecadação de dízimos desde a pandemia. Em 2019, elas somavam 48 horas semanais nas principais emissoras da Grande São Paulo. Hoje, esse número caiu para 32 horas e 15 minutos, das quais 21 horas são ocupadas apenas pela Igreja Universal do Reino de Deus, que investe cerca de R$ 1 bilhão por ano em espaços na TV, principalmente na Record. Com informações do F5, da Folha.

Outras igrejas seguiram na mesma direção. A Igreja Internacional da Graça, liderada por R.R. Soares, reduziu suas horas na programação e hoje paga cerca de R$ 4,5 milhões mensais, quase a metade do que pagava em 2022. Já Silas Malafaia e Valdemiro Santiago diminuíram ou abandonaram totalmente as grandes redes, priorizando alternativas mais baratas ou com maior alcance digital.

Com a mudança no perfil de consumo e a dificuldade de manter altos custos de exibição, muitos pastores passaram a investir em plataformas online. O canal de Valdemiro no YouTube, por exemplo, já conta com 1,2 milhão de inscritos.

Fonte: DCM