Ministro do STF determinou a execução da sentença do caso da trama golpista e aplicou Lei da Ficha Limpa ao ex-mandatário
Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)
Jair Bolsonaro (PL) teve sua inelegibilidade estendida até 2060, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretar a execução de sua pena nesta terça-feira (25). A medida, segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, marca a terceira vez que o político fica impedido de concorrer a cargos eletivos.
Segundo a publicação, a nova restrição decorre da condenação no processo relacionado à trama golpista, julgada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Com a decisão colegiada, Bolsonaro permanecerá afastado das urnas por mais oito anos, período que se soma às inelegibilidades anteriormente determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, que inicialmente permitiriam sua candidatura em 2030.
☉ Aplicação da Lei da Ficha Limpa
Na decisão que executou a sentença dos réus considerados integrantes do núcleo central da suposta conspiração, Moraes aplicou a Lei da Ficha Limpa para tornar todos os condenados inelegíveis pelo prazo de oito anos, contados a partir da publicação do acórdão coletivo. A medida atinge diretamente os planos políticos do ex-presidente, que já estava impedido de participar do pleito de 2026.
Apesar da impossibilidade de candidatura própria, Bolsonaro tem tentado manter sua relevância no cenário eleitoral como articulador político. Essa postura, no entanto, tem gerado desconforto entre aliados do Centrão, que criticam a indefinição do ex-presidente quanto ao nome que receberá seu apoio nas próximas eleições.
☉ Pressão do Centrão e apoio a Tarcísio
Lideranças centristas avaliam que Bolsonaro precisa reconhecer suas limitações no processo eleitoral de 2026 e concentrar esforços em garantir a vitória de candidatos alinhados ao campo da direita. O favorito desse grupo é o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que deve solicitar nos próximos dias autorização para visitar o ex-presidente na Polícia Federal, onde cumprirá pena de 27 anos e três meses de prisão.
☉ Defesa surpreendida prepara recursos
A execução da sentença surpreendeu a defesa de Bolsonaro, embora seus advogados já temessem esse desdobramento. A expectativa da equipe jurídica era de que Moraes aguardasse a apresentação dos embargos infringentes antes de determinar o cumprimento da pena. Apesar do contratempo, os defensores não desistiram dos recursos cabíveis e, de acordo com a reportagem,devem protocolá-los até a próxima sexta-feira (28).
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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