quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Para 55%, fake news são ‘ameaça à democracia’ e redes sociais devem ser reguladas

Maioria dos brasileiros apoiam uma regulação mais rígida das plataformas

     (Foto: Freepik)

A crescente disseminação de fake news (notícias falsas) nas redes sociais tem gerado preocupações quanto à sua influência sobre a democracia brasileira. Pesquisa do Latam Pulse Brasil, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg e divulgada nesta quinta-feira (28), apontou que 55% da população considera a desinformação uma ameaça grave à democracia no país. Este dado revela a crescente inquietação dos brasileiros diante do poder das redes sociais em moldar a opinião pública e influenciar os processos eleitorais e políticos.

A pesquisa, que contou com a participação de 6.238 pessoas entre 20 e 25 de agosto de 2025, também mostrou que 55% dos entrevistados são favoráveis à criação de uma legislação específica para regular as redes sociais, destacando um movimento crescente de apoio à supervisão mais rígida dessas plataformas. Além disso, 53,9% dos brasileiros acreditam ser necessária uma regulação mais severa para controlar o conteúdo disseminado, incluindo fake news.

◈ A regulação das redes sociais ganha apoio popular

O debate sobre a regulação das redes sociais tem se intensificado, com muitos brasileiros acreditando que as plataformas digitais devem ser mais responsabilizadas. De acordo com a pesquisa, 78% da população defende que as redes sociais devem ser obrigadas a verificar a identidade dos usuários para evitar a disseminação de notícias falsas, um movimento que visa aumentar a transparência e a responsabilidade no ambiente digital.

A pesquisa também destaca o apoio a propostas específicas de regulação, como a criação de leis para impedir a monetização de conteúdos que exploram a imagem de menores e a obrigatoriedade das plataformas de criar ferramentas para a supervisão do conteúdo compartilhado pelos pais, especialmente no que tange ao conteúdo destinado a crianças.

◈ Desafios à liberdade de expressão

Embora muitos defendam uma regulação mais rígida, a pesquisa também revela preocupações quanto ao impacto que uma intervenção governamental excessiva poderia ter sobre a liberdade de expressão. Para 37,7% dos entrevistados, os riscos de censura e de limitação das liberdades individuais são uma preocupação central no debate sobre a regulação das redes sociais. A necessidade de um equilíbrio entre controle de conteúdo e preservação das liberdades fundamentais é um dos principais desafios identificados pela população.

Fonte: Brasil 247

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