quinta-feira, 15 de maio de 2025

Efeito Lula: vendas de supermercados crescem e atingem maior patamar histórico

Mulher faz compras em supermercado. Foto: Pedro Serra/Agência O Globo

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta (15) os dados da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) e apontou que as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos cresceram 0,4% em março ante fevereiro. A nova alta representa um novo patamar recorde no segmento.

“Entre agosto de 2024 e março de 2025, o único mês de crescimento mais efetivo de hipermercados e supermercados foi em fevereiro (1,2%). Há quase uma estabilidade nos últimos meses, com variações muito perto de zero”, afirmou Cristiano Santos, o gerente da pesquisa.

Ele aponta que a inflação em alguns meses afetou o volume das vendas. Entre outubro de 2024 e março de 2025, período observado na PMC, a alta dos preços de alimentação e bebidas ficou acima de 1% em quatro dele, pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

“Tem a questão de uma base elevada das vendas de supermercados, que agora bateu novo recorde. Tem meses específicos em que a inflação acaba concentrada em alimentos e impede um crescimento maior de supermercados. E também tem a característica de o consumo das famílias não estar tão concentrada em produtos básicos, tivemos uma expansão do crédito”, prosseguiu.

Corredor de papelaria. Foto: Divulgação
As vendas do comércio varejista cresceram 0,8% em março, na comparação com fevereiro, e alcançaram o maior patamar da série histórica, que teve início em 2000. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria teve uma alta de 28,2%, seguido por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3%).

“A atividade tem influência do dólar, por conta dos produtos eletrônicos importados. Como houve alta variação do dólar no início do ano, as empresas têm esperado momentos oportunos para renovação de estoques, provocando alta volatilidade no indicador de volume, com alta forte em janeiro, queda da mesma magnitude em fevereiro e posterior crescimento em março”, prossegue Santos.

Artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%), artigos farmacêuticos (1,2%) e vestuário (1,2%) também registraram avanços no período. O gerente da pesquisa destacou o crescimento do setor farmacêutico e hiper e supermercados, apontando que eles possuem “mais peso”.

Fonte: DCM

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