sábado, 30 de agosto de 2025

TST condena Volkswagen a pagar R$ 165 milhões por trabalho análogo à escravidão durante a ditadura militar

Decisão do Tribunal Superior do Trabalho responsabiliza a montadora por condições degradantes na região amazônica entre os anos de 1974 e 1986

            Logo da Volkswagen (Foto: REUTERS/Fabian Bimmer/Arquivo)

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que a Volkswagen indenize em R$ 165 milhões por danos morais coletivos devido à exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão. O caso remonta ao período entre 1974 e 1986, quando empregados foram submetidos a trabalho forçado em uma fazenda da montadora na região amazônica. As informações são do Estadão Conteúdo.

De acordo com as investigações, a propriedade, utilizada para atividades de pecuária e extração de madeira, pertencia à empresa por meio de uma subsidiária. A condenação é considerada a maior reparação já aplicada no país em situações de escravidão contemporânea, segundo informações do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em nota oficial, de acordo com a reportagem, a Volkswagen Brasil informou que recorrerá da decisão do TST. A companhia declarou ainda que, ao longo de seus 72 anos de operação no Brasil, "defende a dignidade humana e cumpre rigorosamente todas as leis trabalhistas".

A atuação do MPT teve início em 2019, após a entrega de documentos históricos por um padre que acompanhava o caso havia décadas. A partir das novas diligências, depoimentos e cruzamento de informações, os procuradores formalizaram a denúncia contra a Volkswagen em 2024.

Para os promotores, a decisão representa um marco na reparação de crimes trabalhistas. O valor da indenização deverá ser revertido em prol de políticas públicas de combate ao trabalho escravo e apoio às vítimas resgatadas em todo o país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

Carluxo visita Bolsonaro e alega: “Magro, sem vontade de comer, com crises de soluço e vômito”


      O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução/X

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (29) que visitou o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua residência em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, o ex-mandatário “está magro”, “não tem vontade de se alimentar” e “segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos”.

Em publicação no X, Carlos declarou: “Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco”. O vereador disse ainda que, durante a visita, eles permaneceram “às vezes conversando, às vezes apenas em silêncio”.

Na decisão que determinou a prisão domiciliar, Moraes argumentou que Bolsonaro havia praticado “reiterado descumprimento das medidas cautelares”. O ex-chefe do governo só pode receber a visita de advogados ou pessoas previamente autorizadas pelo STF. Na noite da última terça-feira (26), teve início o monitoramento velado por policiais penais do Distrito Federal em frente à casa do ex-presidente.

A medida foi solicitada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). O despacho de Alexandre de Moraes determinou que a vigilância fosse feita em tempo real, sem exposição midiática e sem interferir na rotina da vizinhança, ficando a critério da polícia o uso de uniformes e armamentos.

Em ofício enviado ao STF, a PF pediu reforço no policiamento e manutenção do monitoramento da tornozeleira eletrônica. O documento citou a existência de “risco concreto” de fuga, com possibilidade de Jair Bolsonaro tentar se abrigar na Embaixada dos Estados Unidos, de onde poderia solicitar asilo político.

O ex-presidente será julgado a partir de terça-feira (2) pela Primeira Turma do STF no processo relacionado ao plano de golpe de Estado. O julgamento será acompanhado por forte esquema de segurança em Brasília.

Fonte: DCM

Rumores sobre morte de Donald Trump se espalham nas redes e são desmentidos

Especulações infundadas surgiram após ausência pública do presidente dos EUA, mas foram esclarecidas por registros oficiais e declarações da Casa Branca

Presidente Donald Trump embarca no Força Aérea Um enquanto parte para o Alasca para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin para negociar o fim da guerra na Ucrânia, da Base Conjunta Andrews, em Maryland, em 15 de agosto de 2025 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Os rumores sobre a morte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dominaram as redes sociais nos últimos dias, mas não têm qualquer fundamento. A notícia foi destacada pelo jornal irlandês The Journal (leia aqui), que desmontou as especulações alimentadas por grupos marginais online.

As especulações se basearam em três pontos principais: a ausência do presidente de compromissos públicos desde quarta-feira, uma fotografia anterior em que aparecia com um hematoma na mão e o fato de a bandeira da Casa Branca estar a meio mastro. No entanto, a explicação é simples: a bandeira foi hasteada assim em sinal de luto pelas vítimas de um tiroteio em uma escola em Minneapolis, e não há qualquer indicação de problema relacionado a Trump.

Durante a semana, Trump se encontrou com familiares de militares norte-americanos mortos no atentado suicida em Kabul, no Afeganistão, há quatro anos. Ele foi filmado e fotografado no evento, demonstrando estar em plena atividade. Além disso, continuou publicando normalmente em sua rede social, a Truth Social, o que reforça que segue exercendo suas funções.

Outro fator que intensificou as especulações foi uma declaração do vice-presidente, JD Vance, quando questionado sobre a possibilidade de assumir a presidência em caso de tragédia. Vance afirmou que Trump está em “boa forma”, mas acrescentou que sua experiência nos últimos 200 dias seria uma “excelente preparação para o cargo” caso algo inesperado ocorresse. A resposta, considerada atípica, acabou alimentando ainda mais boatos.

Apesar disso, a situação não é inédita na política norte-americana. O próprio The Journal recorda que Kamala Harris chegou a assumir a presidência por 85 minutos durante um procedimento médico de Joe Biden, quando ele esteve sob anestesia.

A ausência de compromissos públicos em finais de semana também não é incomum para um presidente dos Estados Unidos, e o cronograma oficial de Trump prevê eventos já para a próxima terça-feira. Especialistas avaliam que esse tipo de rumor tende a se repetir em momentos semelhantes, quando o mandatário se afasta temporariamente da agenda pública.

Assim, todas as evidências confirmam: Donald Trump está vivo, ativo e no exercício de suas funções como presidente dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247

Deputada do Psol aciona órgãos federais contra Nikolas Ferreira após acusações contra professores

Luciene Cavalcante pede que AGU e PGR responsabilizem deputado por falas consideradas caluniosas e incitadoras de violência

Nikolas Ferreira (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Luciene Cavalcante (Psol-SP) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que adotem medidas contra o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), após declarações feitas por ele em entrevista à Jovem Pan.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a parlamentar alega que Nikolas teria cometido calúnia, difamação e injúria ao afirmar que professores exibem vídeos pornográficos a estudantes dentro de sala de aula. Para Luciene, as falas não apenas atacam a honra dos educadores, como também estimulam violência contra a comunidade escolar em um momento de crescimento dos episódios de ataques a escolas no país.

Durante o programa, Nikolas Ferreira afirmou: “a gente tem visto um monte de professor colocando vídeo pornográfico dentro de sala de aula, de professor usando da sua posição hierárquica para poder colocar conteúdos eróticos dentro de sala de aula, professor inclusive que fez alunos se beijarem, né? Para poder ter, ponto, para poder ter pontos, dentro da sua matéria. Ou seja, isso é um caso de combate à erotização também dentro das escolas”.

A deputada rebateu dizendo que as falas do parlamentar extrapolam os limites da liberdade de expressão. Para ela, trata-se de um “conjunto de crimes contra a honra, incitação à violência e disseminação de desinformação maliciosa contra educadores e a própria educação pública brasileira”.

No documento enviado à AGU e à PGR, Luciene Cavalcante ressaltou que tais declarações podem influenciar indivíduos extremistas. O texto afirma que, ao deslegitimar o trabalho docente e propagar falsas acusações, Nikolas Ferreira contribui para um ambiente de hostilidade que pode culminar em agressões a profissionais da educação e estudantes.

“Essas declarações, ao deslegitimarem o trabalho dos educadores e ao disseminarem informações falsas sobre o ambiente escolar, podem influenciar indivíduos extremistas e desequilibrados, que podem se sentir motivados a praticar atos de violência contra escolas e seus integrantes”, destaca o ofício, de acordo com a reportagem.

A deputada solicita que a AGU ingresse com uma ação judicial contra o deputado por danos à imagem da educação. Já à PGR, pede a instauração de procedimento para apurar eventuais crimes contra a honra e incitação à violência.

Além disso, Luciene acionou os ministérios da Justiça, da Educação e dos Direitos Humanos, propondo campanhas de valorização dos professores, medidas de reforço à segurança nas escolas, elaboração de nota técnica e abertura de inquérito para investigar possíveis vínculos de discursos como o de Nikolas Ferreira com grupos extremistas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Ex-paraquedista do Exército humilha Eduardo e viraliza: “Covarde vai para a cadeia”


Paraquedista Alves, que humilhou Eduardo nas redes. Foto: reprodução

O militar conhecido como “Paraquedista Alves” viralizou nas redes sociais ao detonar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em março e, desde então, trama ações com o governo de Donald Trump contra o Brasil.

“Homem de bem, de família, que manda o pai tomar no c*”, iniciou Alves em referência ao diálogo divulgado entre Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Que respeito é esse ao pai? Tudo bem, seu pai é um covarde, como diz o pastor Malafaia”.

Na sequência, o militar argumenta que se o entreguista desrespeita o próprio progenitor, certamente fará pior com os brasileiros: “Igual você está fazendo aí [nos EUA], ferrando com a gente, ferrando com a economia brasileira. Quem manda o pai tomar no c*, manda toda a nação para qual lugar? Para o inferno”.

Por fim, Alves diz que Eduardo é uma vergonha para quem se apresenta como militar, pois o parlamentar “nunca vestiu uma farda e uma boina”. “Tu é um merda, tu vai para a cadeia”, encerrou.

Fonte: DCM

Bolsonaro pode ser condenado por lei que ele mesmo sancionou; entenda


                 O ex-presidente Jair Bolsonaro em depoimento no STF. Foto: Ton Molina/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima terça-feira (2) o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de participação na trama golpista de 2022. O grupo é acusado de cinco crimes, dos quais dois estão previstos em uma lei sancionada pelo próprio Bolsonaro em 2021, voltada a punir ataques contra a democracia.

A denúncia contra o ex-presidente foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro e reforçada em julho, quando o Ministério Público voltou a defender sua condenação. Bolsonaro é acusado de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito” e de “golpe de Estado”.

O primeiro delito ocorre quando alguém tenta, “com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. A pena varia de 4 a 8 anos de prisão.

Já o golpe de Estado é configurado quando uma pessoa busca “depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, com punição entre 4 e 12 anos de prisão.

Estes crimes foram incluídos no Código Penal pela Lei nº 14.197/2021, sancionada pelo então presidente. A norma criou um novo capítulo sobre “crimes contra as instituições democráticas”, substituindo a antiga Lei de Segurança Nacional, herdada da ditadura militar. A mudança atendeu a uma demanda do Congresso Nacional após a escalada de ataques às instituições durante o governo Bolsonaro.

Na época, Bolsonaro também assinou a lei junto com ex-ministros que hoje figuram como réus no mesmo processo, como Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Anderson Torres. Damares Alves, também ministra à época, endossou a legislação, mas não é acusada neste caso.

A norma recebeu vetos parciais de Bolsonaro. Ele barrou, por exemplo, o artigo que previa punição para “comunicação enganosa em massa”, conhecido como propagação de fake news, que estipulava penas de 1 a 5 anos de prisão para quem promovesse ou financiasse campanhas de desinformação capazes de comprometer eleições.

O ex-presidente justificou que o trecho não especificava se a punição caberia a quem criasse ou apenas compartilhasse o conteúdo. Durante o período em que tramava o golpe, Bolsonaro e seus aliados reforçavam narrativas como a suposta fraude nas urnas e divulgavam a interpretação do Artigo 142 da Constituição, alegando que as Forças Armadas poderiam interferir nos Três Poderes.

Também foram vetados dispositivos que aumentariam a pena caso os crimes fossem cometidos por militares ou servidores públicos, além de um capítulo sobre “crimes contra a cidadania”, que abrangia atentados ao direito de manifestação.

Na denúncia oficial da Polícia Federal, foram incluídos 35 nomes entre militares, ex-membros do governo Bolsonaro, jornalistas e influenciadores que ajudaram a divulgar as fake news. A PGR, no entanto, dividiu o grupo com núcleos, como o crucial, que será o primeiro a ser julgado e é composto por:

        Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
       ● Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
        Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
       ● Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
       ● Jair Bolsonaro, ex-presidente;
       ● Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
       ● Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
       ● Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.


Alexandre Ramagem, Mauro Cid, Jair Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier. Foto: reprodução


Além dos crimes contra a democracia, a PGR também atribuiu a Bolsonaro outros três delitos: liderança de organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Este último está relacionado aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram depredados em Brasília.

De acordo com a denúncia, o ex-presidente teria atuado na liderança de uma estrutura organizada que buscava impedir a posse do presdiente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Também teria incentivado atos que resultaram na destruição de patrimônio da União e de bens tombados, como o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Na fase de interrogatório, realizada em junho, Bolsonaro e os demais réus negaram qualquer articulação golpista. Afirmaram que não houve movimentação concreta para depor o governo eleito e classificaram a denúncia da PGR como injusta.

O julgamento da Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, deve se estender até 12 de setembro. Caso condenado a mais de dois anos de prisão, Bolsonaro poderá perder benefícios como o de réu primário e enfrentar regime fechado, além da possibilidade de perda de patentes militares, já discutida por integrantes das Forças Armadas.

Fonte: DCM

R$ 2,6 bilhões: a dívida sem fim do Corinthians


       Neo Química Arena, estádio do Corinthians. Foto: reprodução

A dívida do Corinthians subiu para R$ 2,6 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2025. A informação consta em um relatório da Laspro Consultores, administradora judicial do Regime Centralizado de Execuções (RCE) do clube, com base em dados fornecidos pelo próprio Timão. Estes são os números oficiais mais recentes, já que a diretoria não divulga balancetes desde fevereiro.

O relatório aponta a gravidade da situação ao revelar um Índice de Endividamento Geral de 120%. O documento explica: “Nota-se que a totalidade das obrigações constituídas é superior aos seus bens e direitos, registrando situação insatisfatória”. O clube fechou o trimestre com um déficit total de R$ 16,4 milhões.

Apesar do panorama geral negativo, o departamento de futebol apresentou superávit de R$ 15,5 milhões. No entanto, os prejuízos do clube social e dos esportes amadores, que somaram R$ 31,9 milhões, levaram o resultado final para o vermelho.

O Corinthians pretende divulgar nas próximas semanas o balancete do primeiro semestre, que trará um retrato mais atualizado das finanças do clube perante a sua torcida e o mercado.

Fonte: DCM

Bolsonaro foi líder, articulador e quem mais se beneficiaria do golpe, diz PGR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o líder, articulador e maior beneficiário da tentativa de golpe que buscou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com informações do G1.

A acusação está no documento de 517 páginas enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará Bolsonaro e outros sete réus a partir da próxima terça-feira (2).

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que Bolsonaro “figura como líder” da organização criminosa. “Principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado democrático de Direito”, escreveu Gonet.

Segundo ele, Bolsonaro usou a Presidência para instrumentalizar o Estado e atacar instituições públicas. “Mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, afirmou.

◈ Ataques coordenados às urnas eletrônicas

De acordo com a PGR, documentos apreendidos mostram que o grupo criminoso planejou a “propagação coordenada” de ataques ao sistema eletrônico de votação. A diretriz era repetir continuamente que as urnas eram vulneráveis, para estimular movimentos de rebeldia.

A PGR frisou que, por ocupar o cargo de presidente, Bolsonaro tinha “capacidade singular” de influenciar a opinião pública. Suas falas, segundo o órgão, “transcendem o campo da crítica legítima” e se transformaram em incitação contra a democracia.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: Reprodução

◈ Uso da máquina pública

A acusação também destaca que Bolsonaro usou a máquina pública para reforçar desinformações. Um dos exemplos foi a live de 2021 no Palácio do Planalto, quando, ao lado de servidores, apresentou informações falsas sobre o sistema eleitoral.

A denúncia também cita o uso da “Abin Paralela” e de recursos técnicos para dar uma falsa aparência de veracidade ao discurso. “Tratou de ataque hacker, código-fonte, vulnerabilidade das urnas, voto auditável (…) sempre colocadas fora de contexto, com o intuito de induzir o público a erro”, escreveu a PGR.

◈ Discursos de 7 de setembro e ameaças

Os discursos de Bolsonaro em 7 de setembro de 2021, em Brasília e em São Paulo, também foram lembrados. Para a PGR, não se tratavam de “arroubos isolados”, mas de ameaças e ultimatos contra o Judiciário.

“As declarações de Bolsonaro entre julho e setembro de 2021 ultrapassaram os limites do dissenso democrático: não eram discordâncias políticas, mas inverdades, intimidações e ultimatos, voltados a corroer a credibilidade das instituições republicanas”, apontou o órgão.

◈ Contradição: eleito pelas urnas

A PGR ainda destacou que Bolsonaro sempre se beneficiou do sistema que atacava. “Após cumprir sete mandatos consecutivos como Deputado Federal, valendo-se do sistema eletrônico de votação, Jair Messias Bolsonaro foi eleito presidente da República em outubro de 2018, obtendo 55,13% dos votos válidos no segundo turno”, lembrou o documento.

Fonte: DCM com informações do G1

Hospital divulga causa da morte do escritor Luís Fernando Veríssimo

Escritor e cronista faleceu na madrugada deste sábado, em Porto Alegre (RS)

      Luis Fernando Veríssimo (Foto: Unesp/Divulgação)

O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado (30), em Porto Alegre (RS), aos 88 anos. Em nota, o Hospital Moinhos de Vento, onde ele estava internado desde 11 de agosto, informou que a morte ocorreu à 00h40 em decorrência de complicações de uma pneumonia, segundo a CNN Brasil.

Filho do consagrado romancista Érico Verissimo, Luis Fernando construiu uma trajetória literária marcada pelo humor refinado, ironia sofisticada e uma leitura crítica do cotidiano. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, tornou-se um dos autores mais lidos do país, conquistando milhões de leitores com crônicas, contos e romances.

Verissimo iniciou sua trajetória no jornalismo em 1966, como revisor do Zero Hora, em Porto Alegre. Posteriormente, consolidou-se como colunista do mesmo veículo e também de O Estado de S. Paulo, tornando-se referência no gênero da crônica.

Com uma produção prolífica, publicou mais de 70 livros, que juntos venderam cerca de 5,6 milhões de exemplares. Entre suas obras mais conhecidas estão coletâneas de crônicas que capturam os dilemas, absurdos e contradições do cotidiano brasileiro, sempre com leveza e perspicácia.

Casado desde 1964 com Lucia Helena Massa, Luis Fernando Verissimo deixa três filhos: Pedro, Fernanda e Mariana.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula lamenta morte de Luis Fernando Veríssimo: "soube usar a ironia para denunciar a ditadura e o autoritarismo"

Escritor faleceu aos 88 anos e deixa legado de humor, crítica social e defesa da democracia

Lula - 22 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Escritor faleceu aos 88 anos; autor de “Analista de Bagé” e “Comédias da Vida Privada” deixa legado de humor, crítica social e defesa da democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste sábado (30) a morte do escritor e cronista Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos. “Luis Fernando Veríssimo, um dos maiores nomes de nossa literatura e nosso jornalismo, nos deixou hoje aos 88 anos de idade. Dono de múltiplos talentos, cultivou inúmeros leitores em todo o Brasil com suas crônicas, contos, quadrinhos e romances. Criou personagens inesquecíveis, a exemplo do Analista de Bagé, As Cobras e Ed Mort”, escreveu o presidente, ao lado da primeira-dama Janja, manifestando solidariedade à viúva, Lúcia Veríssimo, e familiares.

Luis Fernando Veríssimo consolidou-se como um dos escritores mais populares do país, conquistando leitores de diferentes gerações. Filho do também escritor Érico Veríssimo, estreou na imprensa nos anos 1960 e rapidamente se destacou pelo humor refinado e pela crítica social presente em suas crônicas e contos.

Entre suas criações mais conhecidas estão o irreverente Analista de Bagé, a série de tirinhas As Cobras e o detetive atrapalhado Ed Mort, personagens que marcaram a literatura e os quadrinhos nacionais. Sua capacidade de rir das contradições brasileiras também ganhou espaço na televisão, com a adaptação de Comédias da Vida Privada, sucesso exibido na TV Globo nos anos 1990.

Fonte: Brasil 247

Beto Preto é homenageado como patrono de nova turma de engenheiros da UTFPR

Fotos: Divulgação

Em solenidade realizada na noite desta sexta-feira (29), no Cine Teatro Fênix, foi oficializada a colocação de grau de mais 66 alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Apucarana. O secretário de Estado da Saúde e deputado federal licenciado, Carlos Alberto Gebrim Preto, o “Beto Preto”, foi homenageado como “Patrono” dos novos formandos.

Foram diplomados 15 engenheiros civis; 7 engenheiros de computação; 5 engenheiros eletricistas; 14 engenheiros químicos; um engenheiro têxtil; 5 em licenciatura química; e 19 em tecnologia em design de moda. No mês de maio, com vagas já garantidas no mercado de trabalho, foram diplomados com antecedência mais 19 profissionais.



Ao receber o título de “Patrono” das novas turmas de formandos do Campus Apucarana da UTFPR, Beto Preto agradeceu aos dirigentes da instituição e aos novos engenheiros e tecnólogos que chegam ao mercado de trabalho.
“Neste momento solene, passa um filme na minha cabeça, lembrando das doações de terrenos que fizemos para o crescimento da UTFPR e outras conquistas que garantimos para o nosso campus. Precisamos cada vez mais de profissionais de qualidade no mercado. Esperamos que a maioria fique por aqui formando família e trabalhando para o desenvolvimento de Apucarana e região”, comentou o secretário Beto Preto. Ele lembrou ainda que a UTFPR já formou 1.500 profissionais desde a sua implantação.

O diretor geral da UTFPR, Campus Apucarana, Professor Doutor, Thiago Gentil Ramires, saudou os 66 novos formandos dos sete cursos da universidade. “Temos convicção de que são profissionais de qualidade e que terão um bom futuro no mercado, com empregos garantidos”, destacou Ramires.

O diretor do Campus Apucarana lembrou que, com o apoio do deputado federal e secretário de saúde Beto Preto, “vamos inaugurar no próximo ano o nosso Centro de Inovação Têxtil, o único do Paraná e que irá concentrar seu foco no pólo têxtil de Apucarana e região”.

A mesa de honra da solenidade de colação de grau foi composta pelo Diretor Geral do Campus Apucarana da UTFPR e Presidente da sessão, Professor e Dr. Thiago Gentil Ramires; o “Patrono” da nova turma, Deputado Federal e Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto; o Diretor de Graduação e Educação Profissional, Professor e Doutor Bruno de Nadai Nascimento; além dos coordenadores de cursos do Campus Apucarana.

O Campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, iniciou suas atividades no município em janeiro de 2007. E, atualmente, está com 18 anos de atividades, oferecendo 7 cursos de graduação: Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Engenharia Têxtil, Design de Moda (Tecnologia) e Licenciatura em Química. O também oferta sete opções de cursos de pós-graduação e de mestrado. A instituição mantém 66 técnicos administrativos, 172 docentes e aproximadamente 1.600 alunos.


Fonte: Assessoria

Morre Luis Fernando Verissimo aos 88 anos

Escritor, cronista e amante do jazz marcou gerações com humor, personagens memoráveis e paixão pelo Internacional

Luis Fernando Verissimo (Foto: Reprodução/Frame de vídeo do Sesc)

Luis Fernando Verissimo, um dos maiores escritores brasileiros, morreu neste sábado (30) aos 88 anos em Porto Alegre. A informação foi divulgada pelo portal G1. Autor de mais de 70 livros e referência no humor literário, Verissimo deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos.

Nascido em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936, Verissimo cresceu em uma casa cercada de livros e cultura. Filho de Erico Verissimo, autor da célebre obra O Tempo e o Vento, herdou o gosto pela escrita informal: “O pai foi um dos primeiros escritores brasileiros a escrever de uma maneira mais informal. E eu acho que herdei um pouco isso”, declarou em uma de suas entrevistas.

Além da literatura, cultivava grande paixão pelo jazz e pelo futebol, em especial pelo Internacional, clube ao qual dedicou crônicas e o livro Internacional, Autobiografia de uma Paixão. Sobre sua primeira vez em um estádio, descreveu: “Dava para ver as feições, sentir a respiração deles. Eu estava vendo as cores do jogo, uma sensação completamente diferente. Nunca vou me esquecer também do cheiro de grama”.

◉ Do jornalismo à consagração literária

Verissimo iniciou sua carreira como revisor no jornal Zero Hora, em 1966. Anos mais tarde, publicou o primeiro livro, O Popular (1973). Ao longo da trajetória, vendeu mais de 5,6 milhões de exemplares, com títulos que marcaram gerações, como Comédias da vida privada, As mentiras que os homens contam e Comédias para se ler na escola.

Também foi roteirista da icônica TV Pirata e teve suas crônicas adaptadas para a televisão, entre elas a série Comédias da vida privada, exibida pela Rede Globo nos anos 1990. Seus personagens, como o detetive Ed Mort, o irreverente Analista de Bagé e a crítica Velhinha de Taubaté, se tornaram parte do imaginário popular brasileiro.

◉ O escritor tímido e o cronista universal

Apesar do sucesso, Verissimo mantinha vida discreta e avessa aos holofotes. Em uma entrevista à RBS TV, confessou: “Tenho horror de fazer isso que estou fazendo agora: dar entrevista, falar em público e tal. Eu sempre digo que não dominei a arte de falar e escrever ao mesmo tempo”. Mas a timidez não o impediu de marcar presença semanal nos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora.

Sobre o prazer de escrever, chegou a afirmar: “Essa é uma das vantagens da crônica. A gente pode ser o que quiser escrevendo uma crônica”.

◉ Legado de humor e crítica social

A irreverência sempre foi um traço forte em sua obra. Sobre completar 80 anos, ironizou: “Têm sido tão agradáveis as homenagens, inclusive da família, que eu tô pensando em fazer 80 anos mais vezes”.

No futebol, viveu intensamente o tricampeonato invicto do Inter em 1979 e o título mundial de 2006, quando escreveu a crônica Não me acordem para celebrar a vitória. “Vejo como o triunfo do Gabiru, o grande herói que era criticado. Foi um momento de sonho”, registrou.

◉ Um gigante da literatura brasileira

Com um estilo que misturava humor, crítica social e lirismo, Luis Fernando Verissimo se consolidou como um dos autores mais lidos e admirados do país. Sua obra seguirá inspirando gerações, seja nas salas de aula, nas crônicas de jornais ou nas adaptações para televisão.

Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do escritor.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

STF terá esquema de segurança reforçado com drones para julgamento de Bolsonaro

Medidas incluem reforço policial, cães farejadores, uso de drones, monitoramento em tempo real, barreiras e restrições para o 7 de Setembro

Jair Bolsonaro presta depoimento durante julgamento de tentativa de golpe de estado. 10.06.25 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) adotará um esquema especial de segurança para o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), marcado para terça-feira (2). Segundo o jornal O Globo, a operação contará com drones equipados com câmeras térmicas, revista de mochilas e reforço do policiamento no entorno da Praça dos Três Poderes. O ex-mandatário será julgado sob a acusação de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e permanecer no poder.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), as ações terão foco nas vias de acesso ao tribunal, como as avenidas S1 e S2, e incluirão ainda o uso de cães farejadores e controle rigoroso de entrada nas dependências do STF. A medida segue determinação da Corte, que já havia proibido acampamentos e bloqueios nas imediações do prédio.

A partir da próxima segunda-feira (º), será ativada a Célula Presencial Integrada de Inteligência, que reunirá órgãos de segurança locais e nacionais. O grupo ficará responsável por monitorar redes sociais, compartilhar dados e identificar movimentações suspeitas em tempo real. A iniciativa busca prevenir atos de violência ou mobilizações irregulares durante o julgamento.

Em nota, a secretaria afirmou que o trabalho de inteligência será fundamental para garantir a tranquilidade dos eventos. O reforço também se estenderá ao feriado de 7 de Setembro, quando manifestações costumam levar milhares de pessoas à Esplanada dos Ministérios.

Ainda de acordo com a reportagem, as medidas de segurança previstas para o feriado incluem a interdição da Esplanada a partir das 17h do dia 6 de setembro. O acesso ao desfile oficial só será autorizado mediante revista pessoal, e alguns itens estarão proibidos, como armas, objetos cortantes, mochilas grandes, fogos de artifício e drones não credenciados.

A SSP-DF ressalta que o objetivo é evitar riscos à segurança pública e preservar o livre funcionamento das instituições. As autoridades reforçam que a integração entre forças locais e nacionais será determinante para garantir a normalidade tanto no julgamento do STF quanto nas celebrações da Independência.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo prevê Selic de 13,11% no fim de 2026 no Orçamento

PLOA 2026 enviado ao Congresso aponta trajetória de queda da taxa básica e projeta 13,11% ao ano em dezembro de 2026

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante coletiva de imprensa, em Brasília - 27/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governo federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 com previsão de Selic em 13,11% ao ano no encerramento de 2026. A proposta foi protocolada nesta sexta-feira e traz também projeções para os anos seguintes, indicando ritmo de queda dos juros até 2029. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.

De acordo com a reportagem, o PLOA 2026 prevê Selic de 13,11% ao ano no fim de 2026; 10,09% em 2027; 8,27% em 2028; e 7,27% em 2029. O texto lembra que a taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Hoje, a Selic está em 15% ao ano, e ainda não há sinalização clara de início de um ciclo de cortes.

⊛ Orçamento de 2026

Segundo o Metrópoles, o orçamento total projetado para 2026 é de R$ 6,5 trilhões. A receita primária estimada é de R$ 3,1 trilhões (23,04% do PIB) e as despesas primárias do governo federal somam R$ 2,6 trilhões (18,81% do PIB). A proposta mantém o limite de crescimento real das despesas em 2,5%, conforme o regime fiscal, e detalha a alocação de recursos entre políticas públicas e custeio.

Enquanto o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado em abril, consolidava parâmetros médios para orientar a elaboração do Orçamento, o PLOA apresenta uma fotografia mais próxima do cenário no momento do envio. Por isso, o PLDO projetava Selic média de 12,56% em 2026, enquanto o PLOA indica 13,11% ao final do ano. Essa distinção ajuda a explicar a divergência aparente entre os dois documentos, embora ambos apontem trajetória de queda da taxa até 2029.

⊛ Contexto atual

A taxa básica de juros permanece em 15% ao ano desde a decisão de julho de 2025 do Copom. O comportamento da inflação e das expectativas será determinante para calibrar o ciclo de política monetária e avaliar se haverá espaço para cortes ainda em 2025 ou apenas a partir de 2026.

O PLOA precisa ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento e votado pelo plenário do Congresso até o fim de agosto. Durante a tramitação, parâmetros macroeconômicos e metas fiscais podem ser ajustados, mas a proposta já orienta o planejamento dos órgãos federais e a execução orçamentária a partir de janeiro de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas pelo portal  Metrópoles