sábado, 30 de agosto de 2025

Moraes vê risco de fuga autoriza polícia a ficar dentro do terreno de Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou neste sábado (30) a adoção de novas medidas de vigilância contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. Entre as determinações estão a presença de policiais no terreno da residência do ex-presidente e a realização de vistorias em todos os veículos que saírem do imóvel. O objetivo é impedir qualquer tentativa de fuga.

Na decisão de seis páginas, Moraes destacou que Bolsonaro, embora esteja em prisão domiciliar, ainda tem direito parcial à privacidade, motivo pelo qual rejeitou o pedido da Polícia Federal (PF) para que o monitoramento fosse feito dentro da casa.

“Importante ressaltar, portanto, que, embora a prisão domiciliar seja uma medida intermediária entre as diversas cautelares previstas na legislação e a prisão preventiva, continua sendo uma espécie de restrição à liberdade individual, não perdendo as características de restrição parcial da privacidade e intimidade do custodiado, sob pena de sua total inutilidade”, escreveu o ministro.

Ainda assim, o magistrado entendeu que a existência de imóveis vizinhos pertencentes a Bolsonaro representa risco real de fuga. “A efetividade do monitoramento integral do réu Jair Bolsonaro, determinado em decisão anterior, exige a adoção de novas medidas, que conciliem a privacidade dos demais residentes do local e a necessária garantia da lei penal, impedindo qualquer possibilidade de fuga”, afirmou Moraes.

Bolsonaro no banco dos réus no STF diante de Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/STF

Entre as novas medidas, Moraes autorizou que policiais façam inspeções em todos os carros que deixarem a residência. As vistorias deverão abranger habitáculos e porta-malas, sendo registradas com identificação dos veículos, motoristas e passageiros, além de envio de relatórios diários ao juízo.

O pedido havia sido feito pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que alertou para a necessidade de “redundância de meios de fiscalização visando efetividade da medida”.

Outra medida aprovada é a instalação de vigilância presencial na área externa da residência, especialmente nos pontos de divisa com os imóveis vizinhos. Segundo a PGR, a proximidade de casas contíguas cria “pontos cegos” que poderiam facilitar uma eventual fuga. O monitoramento será feito no terreno, mas em área descoberta e fora da estrutura da casa, garantindo a vigilância sem violar a intimidade da família.

A Polícia Federal já havia solicitado reforço no monitoramento, argumentando que apenas a presença de agentes no terreno seria suficiente para assegurar o cumprimento da decisão judicial. Na terça-feira (26), Moraes já havia autorizado vigilância permanente no entorno da residência, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão deste sábado amplia o controle sobre os deslocamentos do ex-presidente.

O julgamento de Bolsonaro na trama golpista de 2022 está previsto para começar em 2 de setembro na Primeira Turma do STF. O ex-presidente nega ter participado de tentativa de golpe, mas pode enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 40 anos de prisão.

Fonte: DCM

Agentes públicos ligados a fraude no INSS atuaram no governo bolsonaro, diz Paulo Pimenta

Deputado afirma que esquema só foi descoberto após medidas adotadas pelo governo Lula

Ministro Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | REUTERS/Joe Skipper)

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou, em entrevista ao InfoMoney, que todos os agentes públicos envolvidos nas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm ligação direta com a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar gaúcho, que atualmente coordena a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, destacou que o esquema só veio à tona após determinação da atual administração em investigar irregularidades.

Segundo Pimenta, o governo Bolsonaro promoveu mudanças nas regras de desconto do INSS, entre elas a dispensa da renovação anual e da autorização individual para determinadas operações. Essas alterações, segundo ele, fragilizaram os mecanismos de controle. “As principais mudanças foram tornando mais permissíveis e mais vulneráveis os órgãos de fiscalização e controle, e o pior efeito para o país se deu em 2023”, declarou.

Designado para liderar a articulação da base governista na CPMI, Pimenta explicou que sua função é coordenar informações, organizar a atuação dos parlamentares e garantir que os debates sejam pautados por dados técnicos. Ele ressaltou que, embora a oposição tenha conquistado a relatoria e a presidência da comissão, o governo conseguiu indicar o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) para a vice-presidência e mantém maioria nos votos.

“O foco é identificar os responsáveis e rastrear o dinheiro para saber onde o dinheiro desviado foi parar”, disse o petista, destacando que qualquer tentativa de desviar a investigação do núcleo central da fraude enfrentará resistência da base. Pimenta reiterou que o salto nos desvios registrado já no governo Lula foi consequência direta das alterações feitas pela gestão anterior. Ele lembrou que a medida que extinguiu a obrigatoriedade da renovação anual da autorização para descontos foi editada em dezembro de 2022, “no apagar das luzes” do mandato de Bolsonaro.

“Essas mudanças tornaram mais vulneráveis os órgãos de fiscalização e controle. A partir dessa situação é que surge a determinação do governo Lula de investigar, o que levou à operação e ao fim do esquema criminoso”, afirmou.

Sobre a possibilidade de convocar Jair Bolsonaro para depor na CPMI, Pimenta afirmou que a decisão dependerá do avanço das investigações. “Se, no decorrer das investigações, chegarmos à conclusão de que de alguma maneira teve participação dele, ele pode ser chamado”, disse.

Questionado sobre tentativas da oposição de convocar nomes como o de Frei Chico, irmão do presidente Lula, o deputado ressaltou que não há objeção a convites ou convocações, desde que fundamentados em critérios técnicos e não em disputas políticas.

Na avaliação do parlamentar, a CPMI tende a ser positiva para o governo, pois ajudará a expor a origem do esquema. Ele citou depoimentos já realizados, como o da defensora pública Patrícia Bettin, sugerida pela oposição, que indicaram que as irregularidades se intensificaram a partir de 2019, ainda durante o governo Bolsonaro.

“Acredito que a CPMI vai ser extremamente positiva para o governo. Até agora a oposição estava vendendo uma narrativa. A partir dos primeiros depoimentos as coisas vão ficando claras”, disse Pimenta.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

PF indicia Marcos do Val, Allan dos Santos e Eustáquio por ameaças a delegado da PF


Marcos do Val, Allan dos Santos, e Oswaldo Eustáqio. Fotomontagem

A Polícia Federal (PF) indiciou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e os influenciadores bolsonaristas Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e Ednardo Raposo em inquérito sobre ameaças ao delegado Fabio Shor. Os quatro foram acusados de crimes relacionados à intimidação do policial.

Shor apurava casos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quando passou a sofrer ataques. Seus dados, assim como os da esposa e do filho, foram expostos na internet. Postagens falsas o acusavam de apontar armas contra crianças, aumentando os riscos à família.

As ameaças começaram logo após o indiciamento de Bolsonaro no caso das joias, em julho de 2024. Uma pelúcia foi deixada no limpador traseiro de seu carro, em Brasília, e documentos pessoais do delegado foram divulgados nas redes da filha de Eustáquio.

O delegado Fábio Shor. Foto: Reprodução

Do Val também coletou informações sobre operações policiais em planilhas e publicou postagens detalhando a atuação de agentes. Em uma delas, compartilhou vídeo de uma criança de seis anos relatando medo durante uma ação, pedindo que seus seguidores criticassem o delegado.

Do Val foi indiciado por embaraço a investigação de organização criminosa e corrupção de menor, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Allan dos Santos responde por embaraço e incitação ao crime. Eustáquio é acusado de embaraço, divulgação de dados sigilosos e corrupção de menor. Já Ednardo Raposo foi indiciado por embaraço de investigação.

De acordo com a PF, os ataques eram articulados por Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos desde 2021. Eustáquio está na Espanha desde 2023. O grupo divulgava informações privadas e estimulava ataques a delegados federais para atrapalhar apurações.

As ameaças a Shor resultaram na suspensão da rede social X no Brasil, em 30 de agosto de 2024. A plataforma descumpriu decisões judiciais que ordenavam a remoção de conteúdos ligados aos investigados, incluindo postagens de Marcos do Val.

A antecessora de Shor, delegada Denisse Ribeiro Dias, também foi alvo de intimidações. Ela recebeu e-mails ameaçadores e ofertas de até US$ 5 milhões em troca de informações de operações que poderiam influenciar decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: DCM

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Moraes pede parecer da PGR sobre pedido para soltar Braga Netto

Militar está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado

      Walter Braga Netto (Foto: José Dias/PR)

André Richter, repórter da Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta sexta-feira (29) prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o novo pedido de soltura feito pela defesa do general Braga Netto.

General da reserva e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, o militar está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também é um dos réus do núcleo crucial que será julgado a partir da próxima terça-feira (2).

No dia 6 deste mês, Moraes decidiu manter a prisão de Braga Netto e afirmou que há indícios da participação do general na tentativa de golpe de Estado durante o governo Bolsonaro.

“Ressalto que estão presentes os requisitos do art. 312 [CPP] em relação a Walter Souza Braga Netto, o que justifica a manutenção da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública, em face do de perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado e dos fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados”, decidiu Moraes.

Durante as investigações sobre a trama golpista, a Polícia Federal identificou que o general, réu por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Lula propõe salário mínimo de R$ 1.631 em 2026 com aumento de 7,44%


Exemplar de carteira de trabalho com algumas notas e moedas. Foto: Foto: Divulgação/N1N

Nesta sexta-feira (29), o Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que prevê o salário mínimo de R$ 1.631 em 2026. Se confirmada, a medida representará um aumento de 7,44% em relação ao piso vigente, atualmente de R$ 1.518.

A proposta é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi apresentada em meio a um evento do setor da construção civil em São Paulo. Na ocasião, Lula falou ao microfone diante de bandeiras do Brasil e do estado, reforçando a relevância do tema para o orçamento público e a economia.

O valor projetado é R$ 1 superior à estimativa anterior, de R$ 1.630, divulgada em abril pelo Executivo junto ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026. A definição segue a fórmula de correção do salário mínimo, que considera a inflação acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, o aumento real do piso será limitado a 2,5% devido a uma regra aprovada pelo Legislativo no ano passado. A medida integra o pacote de contenção de gastos proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O salário mínimo serve como referência para diversas despesas obrigatórias do governo, como aposentadorias do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ajustes nesse valor afetam diretamente o Orçamento Federal, impactando tanto gastos obrigatórios quanto despesas livres.

Para equilibrar as contas, o governo decidiu vincular o ganho real do salário mínimo ao ritmo de expansão do arcabouço fiscal, que varia entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. O objetivo é evitar que o crescimento acelerado das despesas obrigatórias comprometa investimentos e custeio do Executivo.

Para 2026, o ganho real do salário mínimo será limitado ao teto de 2,5%, considerando o desempenho da arrecadação acumulada até junho de 2025. Essa medida busca manter a sustentabilidade das contas públicas sem desvalorizar o piso salarial.

O valor final do salário mínimo para 2026 ainda poderá sofrer ajustes ao longo do ano, dependendo das variações na inflação. O PLOA é o instrumento que detalha essas projeções e serve de base para o planejamento financeiro do governo.

Fonte: DCM

PF diz que Bolsonaro poderia pular muro e fugir para embaixada dos EUA


     O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em casa – Reprodução/Folhapress

A Polícia Federal elaborou um estudo sobre o condomínio onde mora Jair Bolsonaro (PL) e concluiu que o ex-presidente teria condições de escapar para a embaixada dos Estados Unidos em Brasília. Segundo croquis feitos a partir de imagens aéreas por drones, ele poderia pular o muro de vizinhos e sair escondido em um carro, já que os veículos não são revistados na portaria. Com informações da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

A sede diplomática norte-americana fica a cerca de dez minutos da residência. Os policiais destacaram que os muros laterais da casa são vigiados, mas a parte dos fundos, onde fica o jardim, permitiria uma fuga sem ser notada.

Nesse cenário, Bolsonaro poderia acessar a casa de vizinhos, entrar em um automóvel, se abaixar e seguir em direção à embaixada. O uso da tornozeleira eletrônica, na avaliação da PF, não impediria o deslocamento rápido.

Diante do risco, a corporação defendeu a permanência de policiais federais dentro da residência do ex-mandatário, em tempo integral. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, encaminhou a solicitação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em ofício enviado na terça-feira (26).

entrada do condomínio de Jair Bolsonaro
Entrada do condomínio onde vive Jair Bolsonaro – Reprodução
A Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, discordou do pedido. Em manifestação enviada nesta sexta-feira (29), o procurador-geral Paulo Gonet reconheceu que há risco de fuga, mas avaliou que a prisão domiciliar e a vigilância externa já são suficientes para impedir qualquer tentativa. Ele argumentou que não há registro de problemas de segurança dentro da residência de Jair Bolsonaro.

A medida de reforço foi sugerida após o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), enviar um ofício à PF relatando ter recebido informações sobre um possível plano de fuga. A comunicação levou os investigadores a revisar a situação do monitoramento no condomínio.

Bolsonaro está em prisão domiciliar preventiva e é acusado de envolvimento em uma trama golpista após a derrota nas eleições de 2022. Seu julgamento pelo STF está marcado para setembro, e a vigilância sobre sua residência permanece em debate entre os órgãos de investigação e controle.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Justiça americana considera ilegais tarifaços de Trump contra países


O presidente dos EUA, Donald Trump, segurando um gráfico das tarifas aplicadas aos países Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Nesta sexta-feira (29), um tribunal federal de Washington, D.C., considerou ilegais a maior parte das tarifas impostas por Donald Trump. A decisão enfraquece um dos principais instrumentos da política econômica externa do presidente. Com informações do G1.

Apesar da decisão, as tarifas seguem em vigor até 14 de outubro, prazo que permite ao governo recorrer à Suprema Corte. A suspensão temporária impede a interrupção imediata das medidas comerciais enquanto os processos continuam.

No segundo mandato, Trump transformou a política tarifária em eixo central de sua estratégia externa, utilizando-a para pressionar parceiros comerciais e renegociar acordos internacionais.

O Tribunal de Apelações do Circuito Federal afirmou que a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), usada como base por Trump, não autoriza a criação de tarifas. “O estatuto não menciona tarifas e não define salvaguardas que limitem o poder presidencial nesse sentido”, destacou a corte.

Tribunal Federal de Washington D.C.. Foto: Reprodução/iStock

A decisão foi tomada por 7 votos a 4, com maioria de juízes indicados por presidentes democratas. A análise envolveu tarifas “recíprocas” aplicadas em abril e medidas de fevereiro contra China, Canadá e México.

A corte ressaltou que tarifas aplicadas com base em outras legislações, como as sobre aço e alumínio, seguem válidas. Trump justificou o uso da IEEPA alegando emergência nacional por causa de déficits comerciais, perda da indústria e tráfico de drogas.

As ações foram movidas por cinco pequenas empresas e 12 estados governados por democratas, que argumentaram que apenas o Congresso pode criar impostos e tarifas, e que qualquer delegação de poder ao presidente deve ser clara e restrita.

Outros tribunais também contestaram o uso da IEEPA. Em maio, a Corte de Comércio Internacional, em Nova York, concluiu que Trump extrapolou sua autoridade. Atualmente, ao menos oito processos seguem em andamento, incluindo um da Califórnia, que questiona a política tarifária do presidente.

Fonte: DCM com informações do G1

Julgamento de Bolsonaro no STF terá drones, cães farejadores e revistas


      O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para terça-feira (2), terá esquema especial de segurança. Entre as medidas estão o uso de drones com imagem térmica para monitoramento constante da Praça dos Três Poderes, além de revistas em mochilas e abordagens policiais nas proximidades. Com informações do jornal O Globo.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que o policiamento no entorno do STF será intensificado. O foco será nas vias de acesso S1 e S2, que levam diretamente ao tribunal. Também haverá utilização de cães farejadores e aumento do controle de entrada no prédio. As medidas seguem decisão da Corte que proíbe acampamentos e bloqueios na área.

Segundo a secretaria, a partir de segunda-feira (1º), será ativada a Célula Presencial Integrada de Inteligência. O grupo reunirá órgãos de segurança locais e federais para monitorar redes sociais, compartilhar dados em tempo real e identificar possíveis movimentações suspeitas.

Supremo Tribunal Federal (STF)
Supremo Tribunal Federal (STF) – Divulgação

O plano de segurança também contempla o 7 de Setembro, data em que manifestações de grande porte costumam ocorrer em Brasília. A Esplanada dos Ministérios será interditada às 17h do dia 6, véspera do desfile cívico, e o acesso do público ao evento ficará condicionado à revista individual.

Itens como armas, objetos cortantes, mochilas grandes, fogos de artifício e drones não autorizados estarão proibidos. A fiscalização será realizada em todos os pontos de acesso, com apoio de detectores de metal e barreiras policiais.

O reforço no policiamento será feito em parceria com a Polícia Federal, Polícia Militar e órgãos de inteligência. O objetivo é garantir o funcionamento regular do STF durante o julgamento e a segurança da população que participará dos eventos oficiais do 7 de Setembro na capital federal.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Inauguração da academia de Neymar atrai 20 mil pessoas e tem confusão


Mais de 20 mil pessoas foram à inauguração da Ironberg, academia de Neymar, em Fortaleza. Foto: reprodução

A nova unidade da Ironberg em Fortaleza, rede de academias da qual Neymar é sócio, atraiu mais de 20 mil pessoas durante seu evento de pré-inauguração na última quarta-feira (27). O espaço no Salinas Shopping recebeu o fisiculturista Eduardo Correa, oito vezes finalista do Mr. Olympia, que realizou treino assistido para o público. A academia adotou “catraca livre” entre 20h e 22h, permitindo entrada gratuita para quem desejasse treinar na nova unidade.

Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram a confusão do lado de fora em meio a filas enormes e o “congestionamento” de aparelhos no interior da academia. Parte do público foi ao local atrás de uma foto com o fisiculturista Ganley, que se destaca pela modalidade de atletas naturais, sem uso de anabolizantes.

O investimento de R$ 40 milhões marca a oitava unidade da rede no Brasil e reforça a expansão da marca no Nordeste. Em publicação nas redes sociais, a Iron Berg afirmou: “Foram mais de 20 mil pessoas que transformaram nosso sonho em algo muito maior do que imaginávamos. A energia que sentimos superou todas as expectativas”.

A estratégia de inauguração incluiu presença de influenciadores fitness como Renato Cariani, Júlio Balestrin e Paulo Muzy. Neymar tornou-se sócio da Iron Berg em 2024 como parte de sua incursão no mercado fitness, que inclui também a marca de suplementos Next 10.

Fonte: DCM

Barroso critica sistema tributário do país: “Patrão paga menos imposto que empregado”


      Luis Roberto Barroso, presidente do STF. Foto: reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), voltou a criticar distorções do sistema tributário brasileiro e defendeu maior equilíbrio na cobrança de impostos. Durante o II Congresso Nacional da Dívida Ativa, promovido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nesta quarta-feira (27), Barroso afirmou que a falta de tributação sobre lucros e dividendos gera uma injustiça estrutural no país. Com informações do Valor Econômico.

“Um país em que o patrão paga menos imposto que o empregado tem alguma coisa muito errada, se não perversa, no sistema”, declarou o ministro.

Para ele, há um “ponto ótimo” na tributação, que deve considerar não apenas a arrecadação, mas também a função de desincentivar práticas nocivas, como o consumo excessivo de cigarro.

“O produto merece uma alíquota que não seja só arrecadatória, mas que desincentive o consumo. Contudo, a desmedida nessa tributação faz com que 50% do mercado brasileiro de cigarro seja ocupado por cigarro contrabandeado”, explicou.

Barroso destacou que a carga tributária brasileira é mal distribuída, recaindo sobretudo sobre o consumo e a folha de salários, o que, segundo ele, desestimula a formalização de empregos. “Acho que a gente tributa propriedade menos do que devia e renda certamente menos do que devia”, afirmou.

Hoje, segundo dados citados pelo ministro, apenas 5% da arrecadação vem da tributação sobre a propriedade, enquanto 20% recaem sobre a renda e 75% estão concentrados no consumo. “É o tributo que eu e a funcionária que me atende na minha casa pagamos igual”, exemplificou.

Barroso presidindo sessão no STF. Foto: reprodução

O ministro também ressaltou a importância de buscar consensos em matéria tributária, lembrando que o aumento da judicialização sobre questões fiscais pressiona tanto o Judiciário quanto os cofres públicos. Para Barroso, o futuro passa pela “consensualidade”, com negociações entre Estado e contribuintes que evitem longas batalhas judiciais.

O debate sobre justiça tributária também se conecta a discussões internacionais. Em 2024, um estudo encomendado pelo G20, sob a liderança do Brasil, propôs a criação de um imposto global de 2% sobre o patrimônio de aproximadamente 3.000 bilionários. A medida poderia arrecadar US$ 250 bilhões por ano, o equivalente a R$ 1,35 trilhão.

O relatório foi elaborado pelo economista francês Gabriel Zucman e será analisado novamente durante a próxima reunião do grupo, marcada para julho.

Segundo o levantamento, os 3.000 bilionários do mundo concentram US\$ 14,2 trilhões de patrimônio e representam apenas 0,0001% da população mundial. No Brasil, cerca de 50 pessoas estariam enquadradas nesse perfil. A proposta prevê que a taxação funcione como um “complemento tributário”, sem alterar diretamente a cobrança do imposto de renda, mas incidindo sobre fortunas que ainda não pagam o equivalente a 2% em tributos.

O relatório sugere ainda que a inclusão de 65 mil indivíduos com mais de US$ 100 milhões em patrimônio elevaria a arrecadação anual para US$ 390 bilhões. Com uma alíquota de 3%, esse valor poderia chegar a até US$ 690 bilhões, o equivalente a R$ 3,7 trilhões. Países como Espanha, França e Bélgica já declararam apoio à iniciativa, considerada um passo no enfrentamento da desigualdade global.

Fonte: DCM com informações do jornal Valor Econômico

Polícia captura dois envolvidos em assalto à família Bolsonaro

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a casa onde foram encontrados os objetos ligados ao assalto. Fotomontagem: Andressa Anholete/G1


Dois homens foram presos na noite desta sexta-feira (29) no bairro Paraíso, em Resende (RJ), suspeitos de envolvimento no assalto à família de Flávio Bolsonaro. O crime ocorreu no último domingo (24), quando a mãe e os avós do político foram feitos reféns na própria residência. Com informações do G1.

O delegado Michel Floroschk informou que a ação da polícia envolveu rastreamento do veículo, sobrevoos com drones e campanas na região. Objetos usados no crime, como armas e balaclavas, foram apreendidos no local da prisão, e os suspeitos se disseram arrependidos.

O caso teve grande repercussão devido à violência do assalto. Segundo a Polícia Militar, Rogéria Bolsonaro foi surpreendida por dois homens encapuzados, que mantiveram a família refém enquanto reviravam a casa em busca de joias e dinheiro. Ninguém ficou ferido durante a ação.

Após a fuga, os criminosos levaram o carro da família, que foi recuperado horas depois a cerca de 20 km da residência, na Estrada do Ipiranga. As investigações continuam para localizar outros envolvidos, e os suspeitos permanecem à disposição da Justiça.

Fonte: DCM com informações do G1

Tornozeleira, salário, redes sociais: Moraes revoga medidas cautelares contra Marcos do Val


         O senador Marcos do Val e o ministro Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução/ YouTube e STF

Nesta sexta-feira (29) em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu parte das medidas cautelares impostas ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes após o parlamentar solicitar licença de 119 dias do mandato por questões de saúde.

Com a decisão, o senador teve desbloqueado o salário e as verbas de gabinete, revogada a tornozeleira eletrônica e suspenso o recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos fins de semana e feriados. Também foi liberado o uso das redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.

O ministro determinou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e as instituições financeiras responsáveis confirmem em até 24 horas a efetivação do desbloqueio das verbas parlamentares de Do Val.

Apesar das revogações, permanecem válidas a proibição de deixar o país e a retenção dos passaportes do senador. Essas medidas visam garantir a presença do parlamentar durante o andamento das investigações no STF.

Marcos do Val de tornozeleira eletrônica no Senado. Foto: Brenno Carvalho / O Globo

Marcos do Val havia descumprido anteriormente ordens do STF ao viajar para os Estados Unidos sem autorização. Durante a viagem, que durou cerca de dez dias, publicou vídeos em parques de Orlando, atitude que motivou a aplicação das medidas cautelares iniciais.

O senador é alvo de dois inquéritos no STF. Um apura a tentativa de criar um plano para anular a eleição presidencial de 2022, e o outro investiga ofensas e ataques a investigadores da Polícia Federal.

As restrições originais foram impostas pelo ministro Moraes diante do histórico de descumprimento de ordens judiciais. O comportamento do parlamentar foi considerado demonstração de “completo desprezo pelas decisões da Corte”, justificando a adoção de medidas cautelares.

A suspensão parcial das restrições ocorre agora com o argumento de saúde do senador, mas o acompanhamento judicial permanece, garantindo que as medidas essenciais, como a retenção de passaportes e a proibição de deixar o país, continuem em vigor.

Fonte: DCM

Bancada do PT aciona STF e PGR contra Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer: 'fake news ameaça a estabilidade do sistema financeiro'

O pedido inclui medidas cautelares como bloqueio de perfis digitais, suspensão de passaporte e suspensão dos mandatos parlamentares

Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer e a Câmara dos Deputados (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados I Jessica Koscielniak/Reuters I Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A bancada do PT na Câmara enviou uma representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) por disseminação de informações falsas com potencial de provocar pânico financeiro e corrida bancária. O pedido inclui medidas cautelares como bloqueio de perfis digitais, suspensão de passaporte e suspensão dos mandatos parlamentares.

De acordo com o PT, “o Banco do Brasil é símbolo da soberania nacional e peça-chave para o desenvolvimento do país”. “Atacá-lo com fake news ameaça a estabilidade do sistema financeiro e coloca em risco a economia de milhões de brasileiros. Defendê-lo é defender o interesse público e a ordem econômica”.

Entre as declarações a serem investigadas está uma de Eduardo. “O Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência.” A bancada petista quer também apuração sobre outra investida feita pelo deputado do PL-GO. “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil.”

A representação apontou uma possível violação à Lei do Sistema Financeiro Nacional, à Lei de Crimes contra a Economia Popular e à Lei de Organização Criminosa. A bancada alertou para uma eventual conexão dos parlamentares com a rede de desinformação já investigada no Inquérito 4995, que apura o uso de tarifas internacionais para intimidar a Justiça brasileira.

Fonte: Brasil 247