domingo, 10 de agosto de 2025

Governo Lula rechaça novo ataque dos Estados Unidos ao Brasil

Itamaraty condena ingerência de Washington e afirma que País não se curvará a pressões externas

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

A nova agressão da embaixada dos Estados Unidos ao Brasil, publicada nas redes sociais na tarde deste sábado, foi repudiada pelo governo brasileiro. Fontes do Itamaraty afirmaram que o governo Lula mantém seu absoluto rechaço às reiteradas ingerências de Washington em assuntos internos do País e que essa postura será mantida sempre que o Brasil for alvo de intimidações como as divulgadas na postagem, baseada em declarações do subsecretário de Estado Christopher Landau.

Segundo diplomatas ouvidos, a manifestação norte-americana constitui um ataque frontal à soberania brasileira e a uma democracia que recentemente derrotou uma tentativa de golpe de Estado. Ressaltam que o País não se curvará a pressões externas, venham de onde vierem, e que qualquer tentativa de intimidação terá resposta firme do governo Lula.

A publicação da embaixada, replicando um texto de Landau — atual número 2 do Departamento de Estado do governo Trump —, acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “usurpar poder ditatorial” ao supostamente ameaçar líderes dos outros poderes e seus familiares com prisão e outras penalidades. O comunicado afirma que Moraes teria destruído a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos ao tentar aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para silenciar pessoas e empresas em solo norte-americano.

Na mensagem, a embaixada argumenta que a separação dos poderes é a “maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade”, mas que não teria efeito se um dos poderes intimida os demais. O texto sustenta que, ao contrário de líderes do Executivo ou do Legislativo, com quem seria possível negociar, não há como dialogar com um juiz, e que a situação brasileira seria inédita no mundo.

Para o governo brasileiro, trata-se de mais uma demonstração de hostilidade de Washington, marcada por ataques diretos a autoridades nacionais e pela tentativa de influenciar a política interna do País. A posição no Itamaraty é de que, apesar das divergências, o Brasil seguirá defendendo sua soberania e sua democracia, mantendo a disposição de dialogar em termos de respeito mútuo — mas rechaçando com veemência qualquer discurso que busque minar a legitimidade de suas instituições.

Fonte: Brasil 247

Michelle Bolsonaro tentou tomar celular de agente da PF e quase foi presa em operação

Ex-primeira-dama se exaltou durante cumprimento de mandados contra Jair Bolsonaro e foi contida por policiais na residência em Brasília

Michelle Bolsonaro, Jair Bolsonaro durante operação da Polícia Federal (Foto: ABr | Reprodução/GloboNews )

Durante a operação da Polícia Federal realizada no mês passado para cumprir mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro protagonizou um episódio que quase resultou em sua prisão. Segundo reportagem de Lauro Jardim, publicada no jornal O Globo, ela se exaltou ao tentar impedir o trabalho dos agentes, no momento em que o marido recebia uma tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relato, Michelle tentou tomar o celular das mãos de um policial federal e, por causa da atitude, correu risco de ser detida em flagrante. Pessoas presentes no local classificaram a reação como um “chilique”. O episódio aconteceu na residência da família em Brasília, enquanto a PF cumpria as ordens judiciais contra o ex-presidente.

Toda a ação policial foi registrada em vídeo. Segundo a apuração, as imagens chegaram a estar próximas de divulgação pela Polícia Federal, especialmente depois que Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro insinuaram que um pen drive encontrado no banheiro da casa teria sido “plantado” por um agente. O material, no entanto, não foi tornado público.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Tarifas de Trump afetam metade das exportações do Brasil para os EUA e atingem com força Norte e Nordeste

Sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros impacta 22 estados, com incidência de até 100% das vendas externas para o mercado americano


As novas tarifas impostas pelo governo Donald Trump sobre produtos importados do Brasil afetam duramente a balança comercial de várias unidades da federação, com impacto desproporcional sobre estados do Norte e Nordeste. Levantamento da Folha de S.Paulo, com base em dados de 2024 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), mostra que 22 estados brasileiros terão ao menos metade de suas exportações para os Estados Unidos sujeitas à sobretaxa. Em oito deles, a incidência chega a mais de 95% das vendas.

O decreto da Casa Branca, em vigor desde a última quarta-feira (6), acrescenta uma tarifa de 40% sobre os produtos brasileiros, elevando a carga total a 50%. Apesar de uma lista com 694 isenções, unidades como Tocantins, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Rondônia, Paraíba e Paraná terão praticamente todas as suas vendas para os EUA tributadas. Apenas cinco estados –Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Sergipe e Maranhão– terão menos da metade de sua pauta exportadora afetada.

Em termos absolutos, o maior peso recai sobre o Sudeste, principal polo exportador do país. No entanto, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o efeito econômico tende a ser mais severo no Nordeste e no Sul, devido à concentração da produção em bens de baixo valor agregado e de mão de obra intensiva, justamente os mais atingidos pelo tarifaço.

O estudo do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) aponta que Sudeste e Centro-Oeste conseguem amortecer parte dos impactos graças à inclusão de produtos estratégicos na lista de isenções, como aviões, petróleo e suco de laranja no caso de São Paulo. Ainda assim, o estado terá 56% das exportações aos EUA taxadas, o equivalente a US$ 7,5 bilhões.

Minas Gerais, por sua vez, terá 63% de seu comércio com os americanos sobretaxado, com destaque para o café, produto no qual o Brasil é líder no fornecimento ao mercado dos EUA. Já no Norte e Nordeste, há casos de impacto total, como Tocantins, que exporta carne bovina, peptona, sebo animal, ossos, gelatina e derivados –todos sujeitos à nova tarifa.

O Ceará enfrenta um desafio maior: 98,6% dos produtos vendidos aos americanos serão sobretaxados, e quase metade de toda a exportação do estado vai para aquele país. “No Nordeste, grande parte dos produtos –frutas, pescados, calçados, vestuário– será taxada. No geral, são itens de baixo valor agregado, com mão de obra pouco qualificada, grande parte é perecível”, explica o economista Flávio Barreto, do FGV Ibre, destacando a vulnerabilidade de cooperativas e pequenos produtores.

No Sul, a média de incidência é de 88% sobre as exportações para os EUA, com destaque para madeira, móveis, calçados e têxteis. O Paraná lidera a lista regional, com 96% do valor exportado (US$ 1,5 bilhão) atingido. Marcos Lélis, professor da Unisinos, alerta que o impacto pode parecer baixo no PIB total, mas será intenso para polos específicos, como o de armas e calçados em São Leopoldo (RS), que exportam quase exclusivamente para os EUA. No Centro-Oeste, a pressão é menor. Em Mato Grosso do Sul, metade das exportações aos americanos será atingida, sobretudo carnes e couro, mas a China continua como principal mercado.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Embaixada dos Estados Unidos pede a cabeça de Alexandre de Moraes e propõe parceria com o Brasil

Governo Trump abre negociação para ‘restaurar amizade histórica’ com o País

Donald Trump, STF e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação I STF)

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, na tarde deste sábado, uma mensagem dura contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao mesmo tempo acenou para uma reaproximação com o País. O comunicado, divulgado nas redes sociais oficiais da representação diplomática, reproduziu integralmente um texto de Christopher Landau, atual número 2 do Departamento de Estado do governo Trump.

Segundo o post, a crise entre os dois países estaria ligada à atuação de Moraes, acusado de “usurpar poder ditatorial” ao ameaçar líderes dos outros poderes ou seus familiares com prisão e outras penalidades. A embaixada afirma que tais ações teriam rompido a relação histórica de proximidade entre Brasil e Estados Unidos, citando como exemplo a tentativa de aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para “silenciar indivíduos e empresas em solo americano”.

“Um único ministro do STF usurpou poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades. Essa pessoa destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos, ao tentar, entre outras coisas, aplicar extraterritorialmente a lei brasileira para silenciar indivíduos e empresas em solo americano”, diz o comunicado da embaixada, reproduzindo Landau.

O texto sustenta que a separação de poderes é “a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade”, mas que, no caso brasileiro, esse princípio estaria sendo anulado pela suposta intimidação dos demais poderes por parte de um ministro do Judiciário. Landau afirma que, ao contrário de líderes dos poderes Executivo e Legislativo, com quem é possível negociar, um juiz deve agir apenas com base na lei, mas no caso atual isso não estaria ocorrendo.

“Sempre é possível negociar com líderes dos poderes Executivos ou Legislativos de um país, mas não com um juiz, que deve manter a aparência de que todas as suas ações são ditadas pela lei. Assim, nos encontramos em um beco sem saída”, afirma o número 2 do Departamento de Estado.

O comunicado encerra com um apelo para a retomada das boas relações bilaterais:

“Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil”.

A postagem, de forte tom político, marca mais um capítulo da tensão entre setores do governo Trump e o Supremo brasileiro, ao mesmo tempo em que abre espaço para uma agenda de diálogo com o Executivo e o Legislativo brasileiros. O gesto sugere que Washington busca reposicionar sua diplomacia em relação ao Brasil, ainda que mantenha críticas diretas à atuação de Moraes no cenário interno.

Fonte: Brasil 247

Processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe entra na fase decisiva nesta semana

Réus do núcleo principal têm até 13 de agosto para apresentar alegações finais, e julgamento pode ocorrer em setembro sob relatoria de Alexandre de Moraes

Jair Bolsonaro presta depoimento durante julgamento de tentativa de golpe de estado. 10.06.25 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O processo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado entra na próxima quarta-feira (13) em sua fase final no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da CNN Brasil. Sete réus que compõem o núcleo central do suposto esquema terão até essa data para apresentar suas alegações finais ao STF, última oportunidade para expor suas versões dos fatos antes do julgamento.

Segundo o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, após a entrega dessas defesas, ele poderá preparar seu voto e encaminhar o processo para julgamento, que deve ocorrer em setembro, com data a ser marcada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Entre os réus desse núcleo estão, além de Bolsonaro, ex-ministros, oficiais militares e assessores que teriam participado do planejamento da tentativa de ruptura institucional.

Dentre os réus, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator no processo, já apresentou suas alegações finais, negando envolvimento no plano golpista. No documento, Cid afirmou que “não compactuou com qualquer plano de golpe” e que atuava alinhado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. A defesa apresentou diálogos como prova de que o militar se opunha à tentativa de ruptura institucional.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes solicitou a prisão domiciliar de Bolsonaro, que enfrenta também investigação paralela por supostas tentativas de obstrução das investigações e conspiração contra o Estado brasileiro nos Estados Unidos. A medida provocou reação intensa em Brasília, com manifestações em apoio ao ex-presidente em frente à sua residência e ações de protesto em diferentes regiões da capital.

No âmbito político, a oposição articula respostas contundentes no Congresso Nacional. Líderes da direita têm apresentado propostas contrárias ao Supremo e pressionam pela abertura de um processo de impeachment contra Moraes. Em uma demonstração clara do clima tenso, senadores e deputados protagonizaram atos de protesto nos plenários, utilizando adesivos para silenciar suas falas e ocupando mesas diretoras. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), declarou que pautará projeto de anistia para condenados nos atos de 8 de janeiro na primeira oportunidade de presidir a Casa.

Além disso, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e a embaixada americana em Brasília manifestaram críticas ao ministro Moraes, acusando-o de “flagrantes violações de direitos humanos” e emitindo ameaças contra seus aliados, embora o Supremo tenha reforçado que não cederá a pressões externas.

Enquanto isso, o núcleo 2 da ação golpista segue avançando nas investigações, com diligências complementares em andamento. A expectativa é que, ainda nesta semana, o relator Alexandre de Moraes defina o prazo para a apresentação das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) nesse segundo grupo de réus, mantendo a apuração mesmo diante do cenário político conturbado.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Impeachment de Augusto Melo é aprovado com 69% dos votos no Corinthians


O ex-presidente do Corinthians Augusto melo. Foto: José Manoel/Agência CorinthianS

Neste sábado (9), o Corinthians oficializou a saída de Augusto Melo da presidência do clube, em São Paulo (SP). A decisão foi tomada em assembleia geral no Parque São Jorge, com a participação dos sócios que votaram pelo impeachment do dirigente.

A votação ocorreu ao longo de todo o dia e resultou em 1.413 votos favoráveis à destituição, o equivalente a 69,59% dos participantes, contra 620 contrários (30,41%). No total, 2.033 associados registraram seus votos. Melo deixou o local antes do encerramento da contagem, saindo após a apuração da quinta das 16 urnas.

Osmar Stabile, primeiro vice-presidente da diretoria, assume interinamente o comando do clube. Nos próximos dias, novas eleições indiretas serão convocadas, restritas a membros do Conselho Deliberativo, para definir quem liderará o Corinthians até o fim de 2026.

O principal motivo para a saída de Augusto Melo foi o envolvimento no chamado “Caso VaideBet”. Ele é acusado de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. O processo também inclui Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé.

Ex-superintendente de marketing Sérgio Moura. Foto: Reprodução/Instagram

As investigações apontam que Melo teria contraído dívidas ligadas à campanha eleitoral para a presidência do clube. As quantias teriam origem em doações de empresários ligados a atletas, influenciadores e até de um agiota.

O “Caso VaideBet” ganhou repercussão nacional e provocou forte desgaste político interno, acelerando a convocação da assembleia. Desde 26 de maio, Melo já estava afastado da presidência enquanto respondia às acusações.

A eleição para o novo presidente será indireta e contará apenas com conselheiros que já tenham cumprido pelo menos dois mandatos. O processo será conduzido por Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, que tem cinco dias para convocar o pleito.

O cronograma exato da eleição ainda não foi divulgado. O dirigente eleito ficará no cargo por um período de transição de pouco menos de um ano e meio, até o término do atual mandato, em dezembro de 2026.

Fonte: DCM

sábado, 9 de agosto de 2025

11 de Setembro: EUA identificam 3 novas vítimas após 24 anos do atentado


Explosão após impacto do avião na Torre Sul, no dia 11 de setembro de 2001. Foto: Wikimedia Commons

Quase 24 anos após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Escritório do Legista-Chefe de Nova York identificou os restos mortais de mais três vítimas. Entre elas estão Barbara Keating, de 72 anos, Ryan Fitzgerald, de 26, além de outra mulher que teve a identidade não revelada a pedido da família. A confirmação foi possível graças a avançadas técnicas de análise genética, consideradas o maior desafio forense da história dos EUA.

Barbara Keating era passageira do voo 11 da American Airlines, que atingiu a Torre Norte do World Trade Center. Sua identidade foi confirmada após a análise de uma escova de cabelo encontrada nos escombros, cujo DNA foi comparado com amostras de seus filhos. Paul Keating, um de seus filhos, elogiou o trabalho dos cientistas, destacando a dedicação na busca por respostas mesmo após tantos anos.

Ryan Fitzgerald trabalhava como corretor na Torre Sul e havia ligado para familiares após o primeiro impacto, afirmando que deixaria o prédio. Seus restos, encontrados em 2002, só agora foram identificados com precisão. A terceira vítima, uma mulher não identificada, teve seu nome preservado a pedido dos familiares.

O processo de identificação continua sendo um esforço contínuo, com equipes forenses analisando fragmentos ósseos minúsculos. Até hoje, 1.649 das 2.753 vítimas do World Trade Center foram identificadas.

Fonte: DCM

Zambelli pede ataques de bolsonaristas a ministro da Itália

Carla Zambelli, deputada bolsonarista que fugiu após ser condenada. Foto: Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, pediu que influenciadores bolsonaristas mobilizem uma campanha de ataques nas redes sociais do ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, para pressionar por uma decisão favorável no processo de extradição. O pedido foi feito em mensagem enviada a familiares no último dia 2, conforme informações da Folha de S.Paulo.

No recado, Zambelli citou diretamente o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo e o bolsonarista Allan dos Santos. “Tenta fazer uma campanha para as pessoas comentarem no perfil dele e pedirem por mim, fala com Allan dos Santos e Paulo Figueiredo para ajudarem o público dele”, escreveu a parlamentar.

Zambelli destacou que Nordio terá a palavra final sobre sua extradição para o Brasil. Caberá ao ministro avaliar se o pedido brasileiro está formalmente correto e se existe acordo de cooperação entre os dois países. Ela disse esperar uma decisão antes de sua próxima audiência de custódia, marcada para 13 de agosto, quando sua prisão poderá ser reconsiderada.

O advogado da bolsonarista no Brasil, Fabio Pagnozzi, afirmou estar confiante de que Nordio possa negar a extradição, conceder liberdade ou medidas cautelares. Ele não quis comentar o pedido para que influenciadores mobilizassem ataques virtuais ao ministro italiano.

Outra carta


A mensagem foi publicada nos perfis no Instagram de seu filho, João Zambelli, de sua mãe, Rita Zambelli, e do advogado Fabio Pagnozzi. Cerca de uma hora depois, o conteúdo foi removido das redes.

“Aos brasileiros de todo o mundo: a vida é um grande milagre, mas o maior presente é a liberdade de viver para nossa família, seja a de sangue ou aquela que elegemos”, escreveu a parlamentar.
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A carta de Zambelli. Foto: Reprodução

Zambelli afirmou ainda que mantém “a fé, a cabeça erguida e a consciência tranquila de alguém inocente”. E concluiu: “Tenham força, fé e coragem. O Brasil é um país abençoado e nenhum ditador nos colocará de joelhos”.

A deputada está presa no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, onde dividem espaço 369 detentas — quase cem acima da capacidade. Ela foi capturada em um apartamento no bairro Aurélio, após quase dois meses foragida da Justiça brasileira.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Gleisi exalta volta da Petrobras à distribuição e diz que privatizações foram crimes da era Bolsonaro

Presidenta do PT celebra retomada do gás de cozinha pela estatal, critica venda da Liquigás e da BR Distribuidora e reforça papel estratégico da empresa

            Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, celebrou neste sábado (9) o anúncio de que a Petrobras voltará ao setor de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha. Em publicação nas redes sociais, Gleisi classificou as privatizações da Liquigás e da BR Distribuidora, ocorridas no governo Jair Bolsonaro, como “crimes contra a economia popular” e destacou que, sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estatal retoma seu papel estratégico e segue registrando lucros expressivos.

A manifestação ocorreu após a Petrobras informar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a aprovação, por seu conselho de administração, da volta à distribuição de GLP. A decisão marca a reversão de uma política adotada há cinco anos, quando a estatal vendeu a Liquigás a grupos privados como parte do programa de desinvestimentos e privatizações.

◆ Reversão de política e retomada estratégica

No comunicado à CVM, a Petrobras afirmou que a retomada da atividade será incluída no seu plano estratégico, com a meta de “atuar na distribuição de GLP, integrar com demais negócios no Brasil e no mundo e oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes”. A decisão atende a um pedido reiterado do presidente Lula, que defende a reconexão da estatal com sua função social e estratégica no abastecimento nacional, especialmente de produtos essenciais para a população mais vulnerável.

O retorno ao setor de gás de cozinha não enfrenta barreiras legais, diferentemente do que ocorre com a distribuição de combustíveis líquidos — gasolina e diesel —, cuja privatização da BR Distribuidora (atual Vibra) impôs impedimento contratual até 2029.

◆ Impactos para o consumidor e papel social da estatal

Especialistas apontam que o controle sobre parte da cadeia de distribuição de GLP poderá ajudar a estabilizar preços e melhorar a logística do setor. Além de ampliar a presença da Petrobras em áreas estratégicas, a medida reforça a diretriz do atual governo de reposicionar a estatal como empresa de energia integrada, capaz de equilibrar geração de lucros com responsabilidade social e ambiental.

A presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, já havia indicado que a companhia retomaria áreas estratégicas perdidas em gestões anteriores. A declaração de Gleisi vai na mesma linha, reforçando a mensagem de que a estatal está novamente alinhada ao interesse público e ao desenvolvimento nacional, revertendo medidas da era Bolsonaro que, segundo o PT, prejudicaram a economia popular e a soberania energética do país.

Fonte: Brasil 247

Presidente do PL, Valdemar diz que ocupação da Câmara foi 'legítima'

Líder partidário afirma que manifestações no plenário tiveram caráter pacífico e buscaram retomar a pauta da anistia e reforçar a autonomia entre Poderes

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou neste sábado (9) que considera “pacífica e legítima” a ocupação do plenário da Câmara dos Deputados por parlamentares de sua legenda. Em publicação na rede social X, ele defendeu os deputados citados em representações enviadas à Corregedoria da Casa e afirmou confiar no “devido processo legal” e nas “instâncias competentes” para julgar o caso. As informações são da CNN Brasil.

Valdemar ressaltou que as manifestações tinham como objetivo “resgatar a discussão e a votação da pauta da anistia” e “reforçar a defesa da autonomia entre os Poderes”. Segundo ele, o PL “reafirma seu compromisso com a democracia, com a harmonia entre os Poderes e com o exercício pleno das prerrogativas parlamentares”.

A decisão de encaminhar as denúncias foi tomada pela Mesa Diretora da Câmara na última sexta-feira (8). Os casos, que envolvem 14 deputados de partidos como PL, PP e Novo, foram enviados à Corregedoria Parlamentar, sob responsabilidade de Diego Coronel (PSD-BA), que deverá indicar eventuais punições. Em seguida, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar poderá analisar os processos.

Entre os nomes citados estão Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marco Feliciano (PL-SP). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se manifestou no X, afirmando que “milhões de brasileiros podem ter sua voz calada” e criticando o que chamou de tentativa de impedir uma “oposição séria” no país.

Na nota divulgada, Valdemar reafirmou o apoio do partido aos parlamentares envolvidos, dizendo que “agiram movidos pela responsabilidade de representar milhões de brasileiros que esperam que suas vozes sejam ouvidas”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Governo quer aumentar número de setores fora do tarifaço

"Prioridade não é retaliar, é resolver", disse Alckmin neste sábado

                Vice-presidente Geraldo Alckmin 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Agência Brasil - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse neste sábado (9) que a prioridade do governo federal é ampliar os setores que ficarão fora do tarifaço de Donald Trump, e não retaliar os Estados Unidos.

Durante evento em Guaratinguetá, no estado de São Paulo, Alckmin disse que o governo defende o diálogo nas negociações entre os dois países. “A prioridade não é retaliar, é resolver. Procurar ampliar o número de setores que sejam excluídos, fiquem fora dessas tarifas, que entendemos extremamente injusta”, afirmou.

Alckmin voltou a confirmar que o anúncio das medidas de ajuda aos setores afetados pelo tarifaço será feito na próxima semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Lula deve anunciar um pacote de medidas mitigatórias, ou seja, apoiar as empresas. Quais empresas? Aquelas que exportam mais para os Estados Unidos e que foram afetadas", informou.

IPI

O vice-presidente também comemorou o aumento nas vendas de veículos após o governo federal anunciar no mês passado a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos sustentáveis.

Segundo Alckmin, as vendas aumentaram 15,7% após o anúncio das medidas.

"isso significa a indústria produzindo mais, crescendo a indústria automotiva, que tem uma cadeira produtiva longa, as concessionarias vendendo mais, um ciclo positivo. O IPI zero ajuda a população a comprar um carro com desconto, mais barato”, completou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Ministros do STF buscaram contato com EUA para entender possíveis retaliações da Lei Magnitsky

Tentativas ocorreram após Donald Trump condicionar fim de tarifas contra o Brasil à suspensão do que chamou de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro

                  Donald Trump, STF e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação I STF)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tentaram, nas últimas semanas, estabelecer contatos extraoficiais com autoridades e figuras influentes dos Estados Unidos para avaliar se podem estar na mira de uma eventual segunda rodada de retaliações do governo norte-americano. A informação foi publicada pela Revista Veja, que revelou os bastidores da movimentação em Brasília após a ofensiva diplomática fracassar.

Segundo a reportagem, os contatos envolveram congressistas republicanos e integrantes da academia, mas não obtiveram sucesso. A avaliação de interlocutores próximos é que poucas pessoas têm acesso real aos planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que condicionou a flexibilização das tarifas impostas ao Brasil ao fim do que classificou como “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

◉ A ameaça da Lei Magnitsky

O temor dos magistrados é o enquadramento na Lei Magnitsky, criada no governo de Barack Obama para punir graves violações de direitos humanos e atos de corrupção no exterior. Originalmente voltada contra o regime russo, a legislação foi expandida ao longo dos anos e prevê sanções como bloqueio de ativos, proibição de entrada nos EUA e restrição de acesso a serviços e produtos de empresas norte-americanas.

No centro da disputa está o ministro Alexandre de Moraes, acusado por apoiadores de Bolsonaro de promover prisões arbitrárias e de bloquear bens de cidadãos brasileiros naturalizados americanos. Com base nessas alegações, ele foi incluído no escopo da legislação. As possíveis consequências vão desde o bloqueio de cartões de crédito internacionais até a proibição de receber “qualquer bem, serviço ou benefício” de pessoas ou empresas dos EUA.

◉ Incerteza e apoio interno

Nenhum dos 11 ministros do STF foi oficialmente informado sobre eventual suspensão de vistos ou outras medidas, o que mantém a situação no campo da especulação. Ainda assim, a ordem interna é de apoio irrestrito a Moraes, apesar de divergências nos bastidores, especialmente após as condenações severas de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A preocupação é evitar constrangimentos, como viajar para os Estados Unidos e ser barrado por determinação da Casa Branca. Nos bastidores, cresce a percepção de que a tensão entre Judiciário brasileiro e governo Trump pode ganhar novos capítulos caso não haja recuo nas sanções econômicas e políticas impostas ao Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informação publicada na Revista Veja

Câmara distorce projeto da Lava Jato sobre foro para blindar parlamentares

Proposta que visava combater impunidade no STF é redesenhada por centrão e bolsonaristas para limitar investigações contra deputados e senadores

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado / Reuters)

A Câmara dos Deputados articula mudanças profundas no projeto que acaba com o foro privilegiado para parlamentares, distorcendo a proposta original criada na esteira da Operação Lava Jato. O texto, que nasceu para combater a impunidade e impedir que processos contra deputados e senadores fossem diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), agora é redesenhado para blindar congressistas de investigações.

Segundo reportagem do UOL, a reviravolta no destino do projeto foi selada num acordo que encerrou o motim bolsonarista na Câmara. No mesmo dia em que a direita desmobilizou o protesto que travava o Legislativo, líderes do centrão e do PL apresentaram pedido para pautar a proposta. Cada grupo tem seu próprio interesse: para bolsonaristas, livrar-se de inquéritos sobre tentativa de golpe e disseminação de fake news, conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes; para o centrão, escapar do alcance do STF em processos de diversas naturezas.

A principal modificação discutida prevê que apenas sejam abertas investigações contra parlamentares com autorização da própria Câmara ou do Senado. Nesse modelo, a polícia enviaria indícios de crime ao Legislativo, e os próprios congressistas votariam se aceitam ou não o prosseguimento do inquérito — uma medida que, na prática, cria um filtro político para barrar apurações judiciais.

O acordo, apoiado por PL, Novo, PP, União Brasil e PSD, pretende acelerar a votação. Porém, qualquer alteração no texto aprovado pelo Senado obrigaria seu retorno à Casa de origem, o que atrasaria o processo. Por isso, líderes buscam uma solução regimental para evitar o reinício da tramitação.

Autor do projeto, o ex-senador Alvaro Dias (Podemos-PR) afirma que sua proposta foi concebida para colocar parlamentares e cidadãos no mesmo patamar jurídico. “Vai eliminar uma excrescência do Brasil”, disse, negando que o texto original beneficie investigados retroativamente. Para ele, o foro privilegiado é sinônimo de impunidade e a primeira instância poderia ser mais rigorosa, já que juízes não teriam vínculos políticos como ministros do STF ou do STJ.

A disputa em torno do fim do foro revela um contraste gritante: o que começou como promessa de igualdade na Justiça pode se transformar em um mecanismo de autoproteção para quem faz as leis — invertendo completamente o espírito que inspirou a proposta na Lava Jato.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Conselho de Ética da Câmara vai analisar punições a deputados envolvidos em motim no plenário

Centrão tem maioria no colegiado que decidirá punições, entre advertências e suspensão de mandato por até seis meses

           Plenário da Câmara dos Deputados - 6/8/25 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados será o responsável por avaliar as sanções aos parlamentares que participaram do motim promovido pela oposição, que paralisou os trabalhos do plenário da Casa. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo, que detalhou também as decisões da Mesa Diretora sobre possíveis punições aos envolvidos.

Segundo a apuração do Estadão, após reunião da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), definiu que poderá propor a suspensão do mandato por até seis meses para cinco deputados: Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS), Júlia Zanatta (PL-SC), Zé Trovão (PL-SC) e Camila Jara. No entanto, o caso de Camila Jara será analisado separadamente, já que seu envolvimento está relacionado a um desdobramento do motim e não diretamente à obstrução do plenário. Ela foi acusada de agressão pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), acusação esta que nega.

A Secretaria-Geral da Mesa encaminhou todas as representações contra os deputados envolvidos para a Corregedoria da Câmara, cujo corregedor é o deputado Diego Coronel (PSD-BA). Coronel deverá analisar os documentos e posteriormente encaminhá-los ao Conselho de Ética, que fará um sorteio para escolher o relator responsável pelo caso. Conforme o regimento, o relator não pode ser do mesmo Estado nem do mesmo partido ou federação do parlamentar investigado.

O Conselho de Ética da Câmara conta com 21 membros, sendo que os principais partidos do Centrão (MDB, União, PP, PSD, Republicanos e Podemos) detêm a maioria, com 11 cadeiras. O colegiado é presidido pelo deputado Fábio Schiochet (União-SC). O PL é o partido com o maior número de representantes no conselho, com quatro deputados, seguido pela federação PT-PCdoB-PV, que tem três integrantes.

Outros partidos, como PSOL, PSDB, Cidadania e PDT, possuem um representante cada no colegiado. Enquanto alguns parlamentares devem ser punidos com advertência, a expectativa é de que o Conselho de Ética conduza com rigor a análise das infrações cometidas durante o tumulto no plenário da Câmara.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Ciro Gomes confirma retorno ao PSDB e é cotado para disputar o governo do Ceará

Ciro tem sido apontado por integrantes da oposição como o nome mais forte para liderar um bloco que reúne o União Brasil de Capitão Wagner e o PL

                          Ciro Gomes (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes confirmou seu retorno ao PSDB, movimento que reacendeu especulações sobre uma possível candidatura ao governo do Ceará em 2026. A informação foi divulgada pelo jornal O Povo, que apurou junto a aliados que a negociação contou com articulação direta do ex-senador Tasso Jereissati e teve aval do presidente nacional tucano, Marconi Perillo, que conversou por telefone com Ciro nesta sexta-feira (8).

Embora publicamente negue qualquer intenção de voltar a disputar cargos, Ciro tem sido apontado por integrantes da oposição como o nome mais forte para liderar um bloco que reúne o União Brasil de Capitão Wagner e o PL, partido ligado ao grupo bolsonarista no estado. O político afirma apoiar o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que deixou o PDT e deve ingressar no União Brasil, mas ainda sem oficialização.

O ex-governador encerra, assim, uma trajetória de 10 anos no PDT, legenda pela qual concorreu à Presidência da República em 2018 e 2022. Internamente, porém, parte do grupo oposicionista vê Ciro com mais chances eleitorais que Roberto Cláudio, considerado bem aceito pela direita, mas com menor potencial de vitória frente à base governista.

As tratativas para formação do bloco de oposição avançaram ao longo do primeiro semestre. Ciro chegou a receber elogios de figuras do PL, como o deputado federal André Fernandes, após sinalizar apoio à candidatura de Alcides Fernandes ao Senado. No entanto, o clima azedou há três semanas, quando o ex-ministro divulgou um vídeo criticando a família Bolsonaro, o que levou André a anunciar que o partido teria candidato próprio ao governo. Desde então, lideranças como Alcides e o deputado federal Dr. Jaziel (PL) tentam reaproximar o grupo.

A volta ao PSDB acontece em um momento de reconstrução da legenda, que recentemente descartou fusões ou incorporações a outros partidos. Ciro já havia sido filiado ao PSDB entre 1990 e 1997, período em que foi eleito governador do Ceará e, posteriormente, rompeu com a sigla durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de sua carreira, passou por sete partidos diferentes — o retorno ao PSDB marca a oitava legenda em sua trajetória, considerando as duas passagens.

A confirmação oficial da filiação deve ocorrer nas próximas semanas e poderá redefinir o tabuleiro político cearense, com a possibilidade de uma aliança ampla entre forças que historicamente estiveram em campos opostos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Povo

Bia Lula: “Resolvi dar a cara a tapa. A esquerda precisava sair da bolha”

Neta do presidente Lula, a comunicadora Bia Lula revela por que decidiu criar vídeos nas redes para dialogar com quem está fora da bolha progressista

      (Foto: Reprodução)

Com apenas 30 anos, formada em Comunicação Social e Gestão Pública, Bia Lula vem ganhando destaque nas redes sociais por sua forma simples, direta e acessível de falar de política. Neta do presidente Lula (PT), ela explica que seu vídeos nas redes sociais não foi planejado, mas surgiu de uma necessidade latente: furar a bolha da esquerda e alcançar quem ainda se informa exclusivamente por fake news.

“A gente, do campo democrático, precisava de uma voz que saísse do tradicional. Eu resolvi dar a cara a tapa porque não estávamos conseguindo construir esse quadro até então”, afirmou ela em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247.

Bia conta que o primeiro vídeo viralizou por acaso e, com a boa repercussão, decidiu seguir em frente. Desde então, tem produzido sozinha os conteúdos, sem apoio de terceiros. “É tudo por minha conta. Já disseram que faço com a mesada do meu avô. Quem dera!”, ironiza.

Sua estratégia de comunicação busca justamente romper com o discurso elitizado: vídeos curtos, falas claras, linguagem do cotidiano e até um cenário com café na mesa, tudo pensado para se aproximar da população.

“A extrema direita se comunicou muito bem com o povo. A gente precisa aprender a falar a linguagem das pessoas, e não só para a nossa galera”, defende.

Sobre os ataques, principalmente ligados à prisão do avô, ela diz que ainda há muito preconceito e desinformação, mas que hoje sente-se tranquila. “A Justiça cumpriu seu papel e mostrou que foi um processo completamente ilegal”, disse.

◉ Candidatura

Apesar da crescente popularidade e dos inúmeros pedidos para que se candidate, Bia diz que, por ora, ainda não é o momento. Mas admite que uma eventual candidatura no futuro está no radar.

“Eu sinto uma cobrança muito grande. As pessoas querem renovação. Hoje, não conseguiria concorrer, mas tudo é construção. Quem sabe mais pra frente?”, afirma.

◉ Sobrenome

Mesmo com o peso do sobrenome, ela garante que o apoio do avô é discreto e respeitoso.

“Ele me deixa muito à vontade. Só pediu que eu tome cuidado com os comentários, com a imprensa, e que, se um dia eu atrapalhar, é só me avisar que recalculo a rota”, revela.

Fonte: Brasil 247

‘Ô cara de pau, se defenda! Mostre que você é inocente’, diz Lula sobre Bolsonaro

Em evento em Rondônia, presidente Lula ironiza campanha por anistia, critica postura de Bolsonaro e compara caso com sua prisão na Lava Jato

                      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR )

Em visita a Porto Velho (RO) nesta sexta-feira, 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado. Segundo reportagem de O Estado de S.Paulo, Lula ironizou a campanha pela anistia a Bolsonaro antes do fim do julgamento e o instou a enfrentar o processo judicial. “Ô cara de pau, se defenda! Mostre que você é inocente”, disse Lula diante do público.

O discurso ocorreu durante cerimônia de anúncios de investimentos do governo federal no Estado, incluindo uma nova etapa do programa Luz para Todos, a construção da ponte binacional entre Guajará-Mirim e a Bolívia e a entrega de títulos fundiários e assentamentos de reforma agrária. O presidente da Bolívia, Luis Arce, esteve presente na solenidade, que marcou a ampliação de parcerias e obras estruturantes na região.

Lula afirmou que Bolsonaro goza de presunção de inocência, algo que ele próprio diz não ter tido em seus processos da Lava Jato. “O cidadão que está sendo julgado e aqueles que estão fazendo o impeachment de um ministro da Suprema Corte pois está julgando ele, deveriam aprender o seguinte: ele está tendo o que eu não tive”, declarou. O presidente também criticou o que considera vitimismo do antecessor. “Ao invés de ficar choramingando pelos cantos: ‘Ah, eu tô doente’ (...) Aí vai os filhos: ‘Ele está chorando, ele está nervoso’. Seja homem. Crie vergonha. E responda pelo que você fez”.

O petista voltou a mencionar críticas ao ex-presidente americano Donald Trump, defendendo a soberania nacional e afirmando que “a gente não se mete na Corte deles”. Também fez uma analogia com a independência feminina para falar da autonomia do país: “Uma mulher não deve morar com uma pessoa atrás de um prato de comida”, disse.

Por fim, Lula atacou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), prevendo sua cassação e comparando a postura dele com a de seus próprios filhos durante sua prisão. “Veja se vocês viram algum filho meu chorando pelos cantos quando eu fui preso? (...) Porque eu ensinei meus filhos a ter vergonha na cara, a ter caráter e a respeitar o País”, afirmou.

Fonte: Brasil 247