terça-feira, 25 de novembro de 2025

Polícia do Paraná apura crimes após briga de rua envolvendo Renato Freitas

Polícia apura ameaças, injúria e lesão corporal. Caso provoca disputa política e mobiliza aliados do PT

        Renato Freitas se envolve em briga de rua (Foto: Reprodução)

A troca de agressões envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) em uma rua central de Curitiba desencadeou uma crise política no Paraná e abriu uma apuração criminal contra os envolvidos. O episódio, registrado em vídeo na última quarta-feira (19), mostra o parlamentar discutindo e trocando socos com Wesley de Souza Silva, que também prestou queixa.

Segundo o jornal O Globo, a Polícia Civil do Paraná investiga possíveis crimes de ameaça, injúria e lesão corporal. A briga rapidamente se transformou em tema de disputa política, motivando representações por quebra de decoro na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Lideranças do PT e de outras siglas de esquerda saíram em defesa de Freitas, que sustenta ter reagido a ofensas racistas e provocações ideológicas. O presidente nacional do PT, Edinho Silva, declarou “total apoio” ao deputado, chamando-o de “liderança reconhecida na luta antirracista, por igualdade, democracia e direitos”, e classificou a situação como “inadmissível e criminosa”.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), também manifestou solidariedade. Ela afirmou que Freitas foi “alvo de uma evidente provocação que terminou em agressão, às vésperas do Dia da Consciência Negra”, e reforçou: “Não podemos normalizar a violência política nem permitir retrocessos no enfrentamento ao racismo”.

Em nota, o PT do Paraná repudiou o ataque e destacou “o caráter racista que atravessa o episódio”, afirmando que “não aceitaremos que agressões motivadas pelo ódio, pela intolerância e pelo preconceito sejam normalizadas ou tratadas como meras ‘confusões’”.

☉ Pressão por cassação e disputa política

O caso provocou reação imediata de adversários de Freitas, que passaram a defender sua cassação por quebra de decoro. O Conselho de Ética da Alep já recebeu oito representações que devem tramitar conjuntamente, conforme o novo código de conduta aprovado em setembro. O relator deve ser escolhido nesta terça-feira (25), dando início a um processo que pode durar de 60 a 90 dias úteis.

Entre os que pediram a perda do mandato estão os vereadores Bruno Secco (PMB) e Guilherme Kilter (Novo), além dos deputados estaduais Ricardo Arruda (PL) e Tito Barichello (União).

☉ Vídeos mostram sequência da discussão

A confusão ocorreu pela manhã, na rua Vicente Machado, área movimentada do Centro de Curitiba. As imagens revelam Freitas, de camisa amarela, discutindo com um homem de preto, enquanto um assessor acompanha a cena. O deputado aparece pedindo distância, mas logo a discussão evolui para empurrões, chutes e socos. O registro termina com Freitas imobilizando o adversário, até que outras pessoas separam os dois.

Segundo a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o parlamentar sofreu fratura no nariz e precisou de atendimento médico.

☉ Código de Ética reforça punições

O novo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Alep, em vigor desde setembro, ampliou de cinco para sete o número de membros do conselho responsável por analisar casos do tipo e incluiu 20 condutas consideradas incompatíveis com o exercício do mandato. Entre elas está “praticar ofensas físicas ou vias de fato”, tanto dentro quanto fora da Assembleia, desde que no exercício do mandato.

☉ Depoimento de Renato Freitas

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Freitas explicou como percebeu o início da confusão. Ele relatou que a briga aconteceu pelo mesmo motivo que o fazia reagir na infância: “humilhação, racismo, injúria, violência, agressão”. O parlamentar declarou: “Eu não aprendi a baixar a cabeça. Não me orgulho de estar brigando na rua, jamais. Você que está me assistindo, não inveje o homem violento, e nem siga nenhum dos seus caminhos”.

Segundo o deputado, ele caminhava com uma amiga, também negra, quando o motorista lançou o carro sobre os dois. Em seguida, o homem teria baixado o vidro e questionado: “Tá olhando o quê?”. Freitas acrescentou que, após as ofensas, o agressor desceu do carro e deu início às provocações. O parlamentar afirmou ter sido perseguido enquanto o homem filmava tudo “para criar views”. Ele concluiu: “É Curitiba, fio (sic). Para sobreviver, só sendo sobrevivente”.

A investigação segue em andamento, enquanto o caso continua a mobilizar lideranças políticas e gerar repercussão dentro e fora da Assembleia Legislativa do Paraná.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Defesa não apresenta embargos e abre caminho para Moraes executar pena de Bolsonaro


Celso Vilardi, advogado do ex-presidente, e Bolsonaro diante de Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) decidiu não apresentar os segundos embargos de declaração no processo em que o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O prazo para esse tipo de recurso terminou na segunda-feira (24), e a ausência da manifestação abre caminho para que o relator, ministro Alexandre de Moraes, declare o trânsito em julgado nos próximos dias.

Os embargos de declaração servem apenas para pedir esclarecimentos sobre pontos considerados obscuros ou contraditórios na decisão e raramente modificam sentenças. Com o fim do prazo e sem nova contestação, o processo avança para a etapa em que a condenação poderá começar a ser executada em regime fechado.

Ainda existe, em tese, a possibilidade de apresentação dos embargos infringentes até o fim da semana, recurso com maior potencial de alterar a pena. No entanto, esse instrumento só é admitido quando há ao menos dois votos pela absolvição, algo que não ocorreu no julgamento da trama golpista. Por isso, Moraes pode entender que eles são incabíveis e declarar o trânsito em julgado já nas próximas horas.

A partir desse momento, os condenados deverão ser levados à prisão para início do cumprimento da pena. Além de Bolsonaro, o processo também condenou Almir Garnier, Augusto Heleno, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid, este último já cumpre pena domiciliar, após acordo de delação.

Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Foto: reprodução

Bolsonaro na cadeia

Bolsonaro, porém, já está preso por outra razão. Desde sábado (22), o ex-presidente encontra-se na Superintendência da Polícia Federal em Brasília por ordem de Moraes, que decretou sua prisão preventiva após a PF identificar tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga associado à convocação de uma vigília religiosa feita por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo o ministro, a combinação desses fatores poderia facilitar uma “estratégia de evasão”.

A defesa afirma que Bolsonaro não tentou fugir e atribui seu comportamento a um quadro de confusão mental e alucinações provocadas por medicamentos. Laudos médicos foram juntados aos autos, e os advogados pedem o retorno à prisão domiciliar humanitária.

As contradições, no entanto, têm dificultado a estratégia jurídica. Investigadores apontam que Bolsonaro apresentou ao menos três versões diferentes sobre a violação da tornozeleira. A primeira, registrada por policiais penais acionados após o alarme disparar às 0h07, dizia que ele havia batido o equipamento na escada.

Pouco depois, entre 0h40 e 0h50, Bolsonaro mudou a explicação e admitiu ter queimado o case com um ferro de solda “por curiosidade”. Esse diálogo foi registrado pela diretora do CIME, Rita Gaio, e é compatível com as queimaduras observadas ao redor do fecho.

Já na audiência de custódia, no domingo (23), Bolsonaro apresentou uma terceira versão, dizendo que lidava com “certa paranoia” e “alucinação” provocadas pelos remédios pregabalina e sertralina.

Ele afirmou que o sono picado e a confusão mental o levaram a manipular o equipamento, acreditando em vigilância indevida. Ao mesmo tempo, admitiu possuir conhecimento técnico para operar ferramentas de solda.

Diante das versões contraditórias e da proximidade do trânsito em julgado, a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva. Moraes ressaltou que Bolsonaro “violou dolosa e conscientemente” o monitoramento eletrônico e que o avanço do processo exige medidas para garantir a ordem pública e a execução da pena.

Fonte: DCM

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Vorcaro é transferido de cela da PF para presídio em Guarulhos

Transferência do ex-controlador do liquidado Banco Master ocorre após uma semana de detenção; defesa tenta novo habeas corpus no STJ

     Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master (Foto: Divulgação)

Daniel Vorcaro, empresário que controlava o liquidado Banco Master, deixou nesta segunda-feira a cela da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde permanecia desde sua prisão ao tentar embarcar para o exterior na última segunda-feira.

De acordo com a coluna de Lauro Jardim, de O Globo, a transferência ocorreu na manhã desta segunda-feira (24), quando o banqueiro foi levado para uma unidade prisional em Guarulhos. A remoção ocorreu após uma semana de detenção na PF, período no qual sua defesa buscou sem sucesso reverter a prisão preventiva.

◎ Outros investigados também foram transferidos

Além de Vorcaro, os outros sete alvos da operação que apura fraudes ligadas ao Banco Master também foram removidos de suas celas. Parte do grupo foi encaminhada ao presídio da Papuda, em Brasília, enquanto os demais seguiram para a mesma unidade prisional que agora abriga o empresário.

A operação investiga um conjunto de movimentações financeiras suspeitas que teriam envolvido integrantes do banco e outros participantes do esquema.

◎ Defesa tenta novo habeas corpus no STJ

Os advogados de Vorcaro ingressaram novamente com pedido de habeas corpus, desta vez no Superior Tribunal de Justiça. A solicitação, de acordo com a reportagem, foi protocolada nesta segunda-feira, após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região ter negado requerimento semelhante na semana anterior.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF aponta uso de 'fonte de calor' em tentativa de Bolsonaro para abrir tornozeleira

Laudo da PF detecta ferro e queimaduras no equipamento e reforça relatório da Seape-DF sobre violação

        Tornozeleira de Jair Bolsonaro (Foto: SEAP/Divulgação)

A perícia da Polícia Federal concluiu que a tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro (PL) sofreu danos provocados por uma fonte intensa de calor. Os resultados, segundo o jornal O Globo, apontaram queimaduras e vestígios de ferro no equipamento e foram detalhados em um laudo finalizado nesta segunda-feira (24).

O exame confirma a avaliação anterior da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), cujo relatório indicava sinais evidentes de violação no dispositivo. Esse documento foi um dos fundamentos citados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao decretar a prisão preventiva do ex-mandatário no sábado (22).

◉ O que diz o laudo técnico

Os peritos afirmam que a tornozeleira sofreu “danos significativos” compatíveis com o uso de uma fonte de calor direcionada para abrir o compartimento do equipamento. A análise concluiu que o aquecimento ultrapassou o ponto de resistência do material plástico e provocou queimaduras ao longo de toda a circunferência do case. O laudo também registra a presença de partículas de ferro na área danificada, reforçando que o aparelho entrou em contato com um objeto metálico submetido a alta temperatura.

◉ Técnicas empregadas pela perícia

Para chegar à conclusão, a equipe utilizou registros fotográficos, análise microscópica, microfluorescência de raios X e testes de comparação com uma tornozeleira em perfeito estado. A combinação dos métodos permitiu mapear o padrão térmico e identificar os elementos químicos aderidos ao plástico queimado.
Danos compatíveis com aquecimento direcionado

Segundo o relatório, o equipamento foi submetido a calor concentrado na região de fechamento da caixa, o que sugere uma tentativa deliberada de abertura. As marcas circulares de queimadura reforçam o padrão identificado pelos técnicos da PF.

O conteúdo da perícia se alinha ao relato prestado por Bolsonaro à Seape-DF. No documento da secretaria, ele afirmou ter usado um “ferro de solda” para tentar abrir o dispositivo. O equipamento, segundo o relatório inicial, apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, com queimaduras por toda a extensão.

◉ Exame complementar em andamento

Um segundo laudo ainda está sendo preparado pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. A nova análise deve avaliar possíveis danos no circuito eletrônico da tornozeleira e identificar qual sensor foi acionado durante o superaquecimento. Bolsonaro permanece detido na Superintendência da PF, que fica ao lado dos laboratórios onde os exames estão sendo conduzidos, enquanto as investigações seguem em curso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

16ª RS recebe profissionais para Residência Técnica em Saúde Pública


Foto: Divulgação

A 16ª Regional de Saúde de Apucarana, recepcionou na tarde desta segunda-feira (24) os 18 profissionais da 3ª Turma da Residência Técnica e do Curso de Especialização em Gestão em Saúde Pública, com acolhimento e aula inaugural.

O evento foi realizado online, com a participação de autoridades da SESA, SETI e UEM na mesa de abertura. Participaram diretores, supervisores, chefes de seções, além dos aprovados para o Curso de Especialização.

Durante o encontro, presidido pelo Dr. César Neves, diretor geral da Secretaria de Estado da Saúde, foram apresentadas orientações sobre o funcionamento da Residência Técnica e do Curso de Especialização, incluindo informações sobre regulamentos, procedimentos e demais aspectos fundamentais ao desenvolvimento das atividades formativas.

No Auditório Araucárias, o diretor da 16ª Regional de Saúde, Paulo Vital, deu boas vindas aos profissionais que ingressam agora na Residência Técnica em Saúde Pública. “Recebemos com muita satisfação profissionais de psicologia, assistência social, odontologia, fisioterapia, administração, enfermagem, farmácia biologia e veterinária. Todos estarão integrados com nossa equipe de trabalho por um período de dois anos”, citou Vital.

Fonte: Assessoria

Secretário Beto Preto prepara visita do governador Ratinho Junior a Apucarana


    Foto: Divulgação

O secretário de estado da saúde e deputado federal licenciado, Beto Preto, anunciou à imprensa, neste início de semana, que está articulando uma visita do governador Carlos Massa Ratinho Junior a Apucarana. O objetivo é vistoriar algumas obras em andamento, inaugurar outras e ainda anunciar novos projetos para o Município.

Beto Preto diz que já está tratando desta agenda com o governador Ratinho Junior, e que a vinda dele a Apucarana pode acontecer agora em dezembro. “A visita talvez possa acontecer em janeiro, durante a programação do aniversário do município, dependendo de um diálogo que iremos manter com o prefeito Rodolfo Mota”, assinala o secretário.

Com relação a obras em andamento e outras já liberadas, o secretário Beto Preto cita a nova subestação da Copel, com investimento de R$76 milhões. “Trata-se de uma grande conquista para Apucarana, visando superar problemas e passar atender com eficiência a demanda de Apucarana, principalmente no seu setor produtivo industrial e comercial”, destaca.

Entre outros programas destinados a Apucarana, Beto Preto inclui a liberação de R$10 milhões para ampliar a iluminação pública da cidade, com padrão LED. “Também está sendo liberado o programa Asfalto Novo, Vida Nova, com recursos de R$ 15 milhões; e ainda recursos para recape asfáltico.

Com relação a ampliação da captação de água, Beto Preto cita os novos poços artesianos do Pirapó, Barreiro e Jaboti, que aumentaram em 30% a capacidade de abastecimento. “Com relação aos reservatórios de água saímos de 8 mil metros cúbicos para 20 mil metros cúbicos; e quanto a coleta e tratamento de esgoto sanitário já alcançamos o percentual de 83% da cidade atendida”, lembra, assinalando que um novo projeto de captação regional – a partir de Londrina - está sendo formatado para garantir uma maior capacidade de abastecimento de água.

AVANÇOS NA SAÚDE - Outra obra que pode ser resgatada e viabilizada em breve é uma segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com investimento de mais R$7 milhões. “O prefeito Rodolfo Mota está buscando um novo local para implantação da nova UPA”, revela o secretário.

Ainda na área de saúde, Beto Preto destaca as obras da nova maternidade do Hospital da Providência, com dotação de R$ 35 milhões, além de mais R$2,5 milhões em equipamentos e mais R$6,3 milhões de Itaipu Binacional, para os apartamentos do primeiro andar do hospital.

O secretário de saúde faz questão de destacar o trabalho e os resultados positivos que vem sendo consolidados com o funcionamento do Hospital Torao Tokuda (hospital da ACEA). “Trata-se de uma verdadeira fábrica de cirurgias em Apucarana, atendendo os pacientes de toda a região com muita agilidade, considerando que já foram realizadas mais de 25 mil consultas médicas especializadas, bancadas exclusivamente com recursos do Governo do Estado”, informa Beto Preto, acrescentando que “Apucarana precisa se organizar melhor para garantir o atendimento de mais apucaranenses”.

Outro anúncio feito pelo secretário é com relação às obras de duplicação da rodovia, na saída de Apucarana para Curitiba. “A duplicação e outras melhorias neste trecho se arrastam por cerca de três anos e, nas próximas semanas, teremos boas notícias com relação à retomada e conclusão das obras”, pontua ele.

Beto Preto informa ainda que, na semana passada, reassumiu o mandato de deputado federal para tratar do encaminhamento de diversas emendas parlamentares, visando atender, principalmente, Apucarana e região.

Ele adiantou que está sendo reservado um total de R$3 milhões para contemplar entidades sociais. “Estamos trabalhando para a liberação de importantes recursos, principalmente para Apucarana e Vale do Ivaí”, anuncia.

Fonte: Assessoria


Como a tornozeleira de Bolsonaro disparou alertas e quem foi avisado


       O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua tornozeleira eletrônica. Foto: Reprodução

O monitoramento eletrônico de Jair Bolsonaro é realizado pelo Cime (Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico), órgão do Distrito Federal responsável por acompanhar em tempo real quem cumpre medidas cautelares com tornozeleira. Qualquer tentativa de violar o equipamento dispara um alerta automático no painel eletrônico do centro.

Foi exatamente o que ocorreu na madrugada de 22 de novembro, o último sábado, quando o sistema registrou uma “violação” e acionou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo mandado que impôs a medida.

Segundo a Seape (Secretaria de Administração Penitenciária), assim que o aviso aparece, os agentes comunicam imediatamente o “juízo competente”, isto é, o magistrado que determinou o monitoramento. Moraes confirmou oficialmente que o STF foi avisado às 0h08.

O controle é contínuo: são 1.673 monitorados no DF, todos acompanhados 24 horas por dia. O órgão também alerta que a Justiça define caso a caso áreas restritas, horários de permanência na residência e demais exigências vinculadas ao uso da tornozeleira.

A rotina de fiscalização mostra que, de janeiro até o domingo passado, houve 60 casos de pessoas que conseguiram romper o equipamento e não foram recapturadas. Nessas situações, o aparelho costuma ser encontrado, mas o monitorado, não.

A consequência é imediata: o usuário passa a ser considerado foragido e pode perder o benefício da monitoração, voltando ao regime fechado. A manutenção preventiva das tornozeleiras é feita por empresa contratada, enquanto o monitoramento é obrigação da Polícia Penal.

Tornozeleira de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
No caso de Bolsonaro, o alerta do sistema abriu espaço para uma sequência de versões conflitantes. Em conversa gravada com uma servidora, ele afirmou inicialmente que violou a tornozeleira por “curiosidade”, dizendo ter usado um “ferro de solda”. Questionado se se tratava de ferro de passar, respondeu: “Ferro de soldar, solda”. A declaração consta em relatório oficial e vídeo registrado pela Seape.

Já na audiência de custódia, realizada no domingo, Bolsonaro apresentou uma justificativa diferente. Ele afirmou ter tido uma “alucinação”, acreditando que havia uma escuta instalada no equipamento e que tentou abrir a tampa por esse motivo.

Disse também que vinha tomando novos medicamentos havia poucos dias e não lembrava de ter tido outro episódio semelhante. A juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino manteve a prisão preventiva.

Bolsonaro declarou ainda que agiu sozinho, enquanto familiares dormiam na casa. Segundo ele, interrompeu a tentativa de romper o equipamento quando “caiu na razão” e comunicou os agentes de custódia. O centro registrou que o alerta de violação ocorreu às 0h07. Após o episódio, Moraes determinou que a defesa apresente esclarecimentos sobre as contradições entre as duas versões.

O ex-presidente começou a usar a tornozeleira em 18 de julho, após determinação de Moraes em uma operação da Polícia Federal, que também estabeleceu recolhimento noturno e outras restrições. Naquele dia, ao sair da Seape com o equipamento no tornozelo, Bolsonaro disse que a medida representava “a suprema humilhação”. A violação registrada agora levou à conversão imediata da medida cautelar em prisão preventiva.

Fonte: DCM

Como a bancada evangélica reagiu à prisão de Bolsonaro


Jair Bolsonaro marcou presença em evento da bancada evangélica no Congresso em 2022. Foto: Divulgação

A Frente Parlamentar Evangélica divulgou neste domingo uma nota em que classifica como “desproporcional” a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. O grupo afirma que a decisão do ministro Alexandre de Moraes representa “um fato de relevante impacto político e institucional para o segmento cristão”.

A bancada, uma das mais influentes do Congresso e historicamente alinhada ao bolsonarismo, avalia que o episódio acirra tensões no país. No comunicado, os parlamentares afirmam que a medida agrava o ambiente político.

Segundo o texto, decisões tomadas “sem absoluta observância do princípio da proporcionalidade” podem “comprometer a confiança da população nas instituições” e dificultar “o caminho da pacificação social”. Para os integrantes da bancada, há risco de insegurança jurídica diante do contexto que envolve o ex-presidente.

A Frente Evangélica é hoje um dos blocos mais organizados e coesos do Legislativo. Em fevereiro, o deputado Gilberto Nascimento assumiu a presidência da frente após derrotar Otoni de Paula, disputa marcada pela ressonância da polarização entre lulistas e bolsonaristas. Nascimento tem buscado reforçar o alinhamento histórico do grupo com pautas conservadoras.

O deputado Gilberto Nascimento. Foto: Divulgação
Na nota deste domingo, os parlamentares dizem prestar solidariedade a Bolsonaro e sua família. Afirmam ainda que “todo cidadão tem direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório”, destacando que o ex-presidente é idoso, tem saúde fragilizada e, segundo eles, não apresentaria “qualquer risco de fuga”.

Bolsonaro foi preso no sábado por ordem de Moraes, que atendeu a pedido da Polícia Federal com aval da Procuradoria-Geral da República. O ministro baseou sua decisão na vigilância organizada por apoiadores do ex-presidente no condomínio onde ele vive, na fuga de outros investigados e na violação da tornozeleira eletrônica, admitida pelo próprio Bolsonaro.

Em audiência de custódia realizada no domingo, Bolsonaro afirmou que danificou o equipamento devido a efeitos de medicamentos que teriam provocado “paranoia”. Ele repetiu que não tentou fugir e atribuiu o ato a um momento de confusão mental.

A audiência durou cerca de meia hora. Ao final, uma juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal validou a prisão preventiva. A defesa do ex-presidente ainda tenta reverter a decisão, mas a Primeira Turma do STF já formou maioria preliminar pela manutenção da medida.

Fonte: DCM

Palestra do Procon orienta comunidade sobre empréstimos, golpes digitais e direitos do consumidor

Ação no CRAS Geraldo de Souza levou informações essenciais para fortalecer a proteção dos consumidores


A comunidade da região do Jardim América recebeu orientações sobre cuidados com empréstimos, golpes digitais e práticas que ferem os direitos do consumidor. A mensagem foi levada em uma palestra realizada no CRAS Geraldo César de Souza, onde o Procon de Apucarana reforçou orientações essenciais para evitar prejuízos e garantir proteção no dia a dia.

O prefeito Rodolfo Mota destacou o esforço do órgão em ampliar seu alcance. “Além de prestar atendimento no espaço físico e por meio dos canais digitais, o Procon está buscando ir ao encontro da população, levando informações e orientações diretamente às comunidades”, afirmou.

De acordo com o prefeito, essa abordagem proativa reforça o compromisso da gestão com a aplicação efetiva das leis que proíbem práticas comerciais desleais, fraudulentas e enganosas, especialmente diante do crescimento de golpes digitais que afetam sobretudo os públicos mais vulneráveis.

A diretora do Procon de Apucarana, Silvana Verona, conduziu a palestra e fez orientações sobre empréstimos consignados, como funcionam os principais golpes virtuais da atualidade e apresentou noções jurídicas baseadas no Código de Defesa do Consumidor (CDC), reforçando direitos e caminhos para buscar ajuda.

Silvana reforçou ainda a importância do conhecimento como ferramenta de defesa. “Informação e orientação são as melhores formas de proteger nossos direitos e evitar prejuízos. É sempre gratificante poder contribuir com o conhecimento e fortalecer a cidadania”, disse a diretora do Procon de Apucarana.

O Procon de Apucarana atende no prédio do Fórum Trabalhista, na Avenida Central do Paraná, 1380, no Jardim Diamantina. A população também pode enviar dúvidas e denúncias pelo WhatsApp 43 99654-7662, pelo telefone 43 3308-1434 ou pelo Instagram @proconapucaranaoficial.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

“Reação imatura”, diz Lindbergh após Motta anunciar rompimento


O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), rebateu a declaração de Hugo Motta (Republicanos-PB) sobre o rompimento da relação entre eles nesta segunda (24). Para o petista, a atitude do presidente da Casa foi uma “reação imatura”.

O movimento amplia a tensão política em um momento em que o governo Lula enfrenta atritos simultâneos com a Câmara e o Senado. Segundo líderes próximos a Motta, a convivência entre os dois será apenas institucional daqui para frente.

O próprio presidente da Câmara afirmou à Folha: “Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias”. O petista respondeu dizendo que “política não se faz como clube de amigos” e que suas posições sempre foram públicas e previsíveis.

Ele acusou Motta de agir “na surdina” em temas sensíveis, como a derrubada do decreto do IOF, a PEC da Blindagem e a escolha de Guilherme Derrite como relator de um projeto do Executivo. “Considero imatura a posição do presidente Hugo Mota. Sempre atuei de forma clara e com posições coerentes, nunca na surdina e erraticamente como agiu o presidente da Câmara”, disse o líder do PT.

O petista também afirmou que, se existe hoje uma crise de confiança entre o Executivo e a Câmara, ela decorre das opções de Motta. “Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder do PT”, declarou.


Nos bastidores, aliados de Motta vinham se queixando do estilo de Lindbergh, acusando-o de se exaltar em debates e de tentar desgastar institucionalmente a imagem da Câmara. Também criticavam o fato de o petista agir como porta-voz do governo, e não apenas da bancada.

Após a votação do Projeto de Lei Antifacção, Lindbergh havia dito a jornalistas que o Executivo vivia uma “crise de confiança” com Motta, avaliação que contribuiu para o estopim do rompimento anunciado pelo presidente da Câmara.

Fonte: DCM

O que a perícia já revelou sobre tornozeleira danificada por Bolsonaro


       Jair Bolsonaro e sua tornozeleira eletrônica. Foto: Divulgação

A perícia feita na tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro foi concluída pela Polícia Federal e confirmou que o equipamento sofreu tentativa de rompimento. O laudo, produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística, aponta “danos significativos” e marcas compatíveis com violação intencional.

Os peritos concluíram que a tornozeleira foi exposta a uma fonte intensa de calor, reforçando o relato do ex-presidente de que usou “um ferro quente” para danificar o aparelho. Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da PF no sábado, após admitir ter aplicado calor no dispositivo.

A equipe técnica identificou que a área afetada apresenta alterações típicas de contato com objeto metálico aquecido. O Instituto Nacional de Criminalística, referência na América Latina, mobilizou especialistas em microvestígios e eletrônica para analisar cada componente e verificar interferências no funcionamento.

O laboratório onde a análise foi realizada fica em Brasília e possui equipamentos dedicados a vestígios microscópicos e micrométricos. Nessa sala, os peritos examinaram fusões na carcaça, deformações internas e eventuais sinais de tentativa de interrupção do monitoramento, cruzando os achados com padrões técnicos de violação.

Com o dano comprovado, o governo do Distrito Federal terá de pagar R$ 737,52 pela reposição do equipamento, valor correspondente a três vezes o preço unitário da tornozeleira, estipulado em contrato com a empresa UE Brasil Tecnologia.


A regra determina que, quando há dano, a multa recai inicialmente sobre o GDF. Depois, o governo pode cobrar o responsável, no caso, Bolsonaro. A Seape afirma que ainda não decidiu se fará a cobrança.

A violação pesou na decisão que manteve a prisão preventiva. No voto, o ministro Alexandre de Moraes classificou a ação como “dolosa e consciente” e relembrou episódios de descumprimento de medidas cautelares desde 2025. Para ele, o comportamento do ex-presidente revela “reiterado desrespeito à Justiça”, justificando a continuidade da medida.

Enquanto aguarda o julgamento definitivo, Bolsonaro permanece em sala especial na sede da PF, em Brasília. Ele tem recebido familiares e advogados, conforme permitido pelos agentes. A Primeira Turma do STF já formou maioria preliminar para manter a prisão preventiva.

Fonte: DCM

Motta rompe com líder do PT e desgasta relação com o governo Lula


       Paulo Pimenta, Hugo Motta e Lindbergh Farias. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que rompeu relações políticas com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). A decisão, comunicada à Folha de S.Paulo, ocorreu após meses de tensão, com críticas de aliados ao comportamento do petista nas negociações e reuniões internas.

Parlamentares próximos ao presidente da Câmara afirmam que, daqui em diante, a relação será estritamente institucional. Segundo integrantes da cúpula da Casa, o grupo de Motta reclamava de exaltações de Lindbergh em debates e do que consideravam tentativas de desgastar a imagem da Câmara diante da opinião pública.

Também havia incômodo com o estilo do deputado, visto como alguém que se comportava como líder do governo, e não apenas da bancada do PT. Lindbergh respondeu chamando a reação de Motta de “imatura” e afirmou que “política não é um clube de amigos”.

A crise se aprofundou durante a tramitação do Projeto de Lei Antifacção, aprovado pela Câmara na última semana. Motta escolheu como relator Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, decisão mal recebida pelo Planalto. O relator alterou pontos centrais do texto enviado pelo governo, e a orientação do Executivo foi derrotada em plenário. O projeto segue agora para análise no Senado.

Lula e Hugo Motta. Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo
A discussão agravou o desgaste entre a Câmara e o governo, que acusam mutuamente o outro lado de criar narrativas e incentivar ataques. Motta, por sua vez, tem feito declarações públicas de insatisfação com a postura do Planalto. Nos bastidores, deputados do Centrão dizem que o ambiente é “muito ruim” e que há frustração com acordos não cumpridos sobre cargos e execução orçamentária.

Aliados do presidente da Câmara negam ruptura com a ministra Gleisi Hoffmann, responsável pelas Relações Institucionais, mas reconhecem que a relação esfriou. A avaliação é que a articulação tem funcionado de forma irregular, aumentando a instabilidade política entre Executivo e Legislativo. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, tem sido citado como o responsável por tentar conter o avanço da crise.

Motta chegou ao comando da Casa com apoio que ia do PT ao PL, costurado com ajuda de Lindbergh e Gleisi. Desde então, episódios como a derrubada do decreto do IOF, a resistência à MP que aumentava impostos e as disputas recentes sobre a pauta de segurança pública marcaram uma relação de altos e baixos e de desconfiança mútua.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

A reunião de Michelle com filhos de Bolsonaro após prisão


      Familia Bolsonaro. Foto: Divulgação

Parlamentares do PL se reuniram nesta segunda-feira em Brasília para definir a estratégia da oposição após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu na sede da sigla e contou com a presença de Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente, Jair Renan e Carlos Bolsonaro.

O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, também participou da articulação. A sigla prepara uma fala coletiva para divulgar os primeiros passos da reação política diante do agravamento da situação jurídica de Bolsonaro.

Deputados como Nikolas Ferreira, Paulo Bilynskyj e Bia Kicis, além dos senadores Izalci Lucas, Marcos Pontes e Rogério Marinho, integraram a reunião. O tema central foi a anistia. Parte do PL pressiona por uma proposta “ampla, geral e irrestrita”, enquanto outra ala defende o PL da Dosimetria, considerado mais brando.

Esse texto não livraria Bolsonaro da prisão, mas poderia reduzir as penas impostas no processo da trama golpista, no qual ele foi condenado a 27 anos e 3 meses. A prisão preventiva do ex-presidente, decretada no sábado, acelerou os movimentos internos da oposição no Congresso.

Fonte: DCM

Centrão isola filhos de Bolsonaro e quer chapa própria em 2026


      Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro

A prisão preventiva de Bolsonaro e a revelação de que ele tentou violar a tornozeleira eletrônica abriram uma nova frente de articulação no centrão. Líderes do bloco avaliam que o caso enfraquece o ex-presidente e cria espaço para reaquecer a pressão por uma chapa presidencial em 2026 liderada por Tarcísio, com um vice oriundo do próprio grupo, isolando os filhos do líder de extrema-direita.

O apoio formal do ex-capitão é considerado indispensável para viabilidade eleitoral, mas seus filhos resistem a ceder esse capital político. A confissão de Bolsonaro de que usou “ferro quente” para danificar o equipamento e a fala de que agiu por “paranoia” causada por medicamentos reforçaram a percepção de desgaste.

A situação do filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, também se complicou. O senador, que vinha ensaiando candidatura própria com aval de Eduardo Bolsonaro, foi citado na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que apontou que a vigília convocada por Flávio poderia servir para facilitar uma eventual fuga do pai.

Com isso, nomes do centrão afirmam que o projeto presidencial de Flávio perdeu fôlego. O trio de irmãos, Flávio, Eduardo e Carlos, tenta preservar o espólio eleitoral do pai, fazendo ataques públicos a governadores do campo da direita, como Tarcísio, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Jr., acusando-os de agir como “ratos” e “oportunistas” ao buscar apoio de Bolsonaro, mas não ajudá-lo em seus impasses judiciais.

O impasse também envolve o posto de vice. Para o centrão, a chapa ideal seria Tarcísio com um nome do próprio bloco, como Ciro Nogueira ou Tereza Cristina. Ciro chegou a afirmar que informou Bolsonaro que não está mais disponível para disputar o cargo.

Tereza Cristina e Ciro Nogueira. Foto: Divulgação

O ex-presidente, por sua vez, já indicou que apoiaria Tarcísio se Michelle Bolsonaro fosse a vice, mas as conversas seguem marcadas por mudanças constantes. Apesar das críticas reservadas, líderes do centrão adotam cautela pública. Ruptura aberta com Bolsonaro é vista como caminho certo para derrota.

Por isso, aliados foram às redes e concederam entrevistas criticando a decisão de Moraes e prestando solidariedade ao ex-presidente, enquanto, em paralelo, sinalizam à família Bolsonaro que não dificultariam articulações para aliviar penas ou construir uma saída jurídica mais branda.

A discussão ganhou força após a retomada de pressões no Congresso para votar o projeto que reduz as penas de condenados pelos atos golpistas. Caso fosse aprovado, o tempo de regime fechado de Bolsonaro poderia cair de 6 anos e 10 meses para algo entre 2 e 3 anos.

Mas líderes do centrão reconhecem que o vídeo no qual o ex-presidente admite tentar violar a tornozeleira dificultou o ambiente político para avançar a medida. Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe.

Outros sete réus foram sentenciados a penas entre 2 e 26 anos, além das centenas de envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Com o novo desgaste, parlamentares avaliam ser improvável votar o projeto de anistia no curto prazo.

Fonte: DCM