O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), rebateu a declaração de Hugo Motta (Republicanos-PB) sobre o rompimento da relação entre eles nesta segunda (24). Para o petista, a atitude do presidente da Casa foi uma “reação imatura”.
O movimento amplia a tensão política em um momento em que o governo Lula enfrenta atritos simultâneos com a Câmara e o Senado. Segundo líderes próximos a Motta, a convivência entre os dois será apenas institucional daqui para frente.
O próprio presidente da Câmara afirmou à Folha: “Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias”. O petista respondeu dizendo que “política não se faz como clube de amigos” e que suas posições sempre foram públicas e previsíveis.
Ele acusou Motta de agir “na surdina” em temas sensíveis, como a derrubada do decreto do IOF, a PEC da Blindagem e a escolha de Guilherme Derrite como relator de um projeto do Executivo. “Considero imatura a posição do presidente Hugo Mota. Sempre atuei de forma clara e com posições coerentes, nunca na surdina e erraticamente como agiu o presidente da Câmara”, disse o líder do PT.
O petista também afirmou que, se existe hoje uma crise de confiança entre o Executivo e a Câmara, ela decorre das opções de Motta. “Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder do PT”, declarou.
Nos bastidores, aliados de Motta vinham se queixando do estilo de Lindbergh, acusando-o de se exaltar em debates e de tentar desgastar institucionalmente a imagem da Câmara. Também criticavam o fato de o petista agir como porta-voz do governo, e não apenas da bancada.
Após a votação do Projeto de Lei Antifacção, Lindbergh havia dito a jornalistas que o Executivo vivia uma “crise de confiança” com Motta, avaliação que contribuiu para o estopim do rompimento anunciado pelo presidente da Câmara.
Fonte: DCM
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