quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Haddad detona Derrrite: não entende de inteligência nem de investigação

Ministro critica relator do PL Antifacção e alerta para retrocessos no combate ao crime organizado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala durante reunião em Brasília-DF - 03/06/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez duras críticas ao deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do PL Antifacção, ao afirmar que o parlamentar não compreende os mecanismos de inteligência e investigação necessários para enfrentar o crime organizado. As declarações foram dadas em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico, que revelou a insatisfação do governo com as alterações propostas por Derrite no projeto.

Segundo Haddad, o relator não reúne a experiência necessária para conduzir uma proposta dessa complexidade. “Nada contra, o deputado não precisa ser especialista em tudo, mas quanto menos você sabe, mais você busca apoio de quem sabe”, afirmou. Para o ministro, a condução apressada da matéria representa ameaça direta aos avanços recentes no enfrentamento às facções criminosas.

● “Não é uma pessoa versada em investigação e inteligência”, diz ministro

O ministro reforçou que o texto de Derrite desconsidera o modelo de integração entre órgãos federais e polícias estaduais que, nos últimos meses, tem permitido o avanço das ações de asfixia financeira contra o crime organizado. Haddad foi contundente ao questionar a capacidade técnica do relator:
“Você vai colocar isso a perder em função do açodamento de um relator que, com todo respeito, não é propriamente uma pessoa que entenda de inteligência, de investigação, não é uma pessoa versada em investigação e inteligência contra o crime organizado.”

O parlamentar é secretário de Segurança Pública de São Paulo na gestão de Tarcísio de Freitas, mas está licenciado do cargo para relatar o projeto. Integrante da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Derrite é pré-candidato ao Senado em 2026.

● Governo vê risco à soberania e ameaça à autonomia de órgãos de Estado

O projeto original foi elaborado pelo governo federal, mas as mudanças propostas por Derrite geraram forte reação do Executivo e de diversos setores técnicos. Entre os pontos mais criticados está a iniciativa de equiparar organização criminosa a terrorismo, algo que, segundo autoridades e especialistas, poderia colocar em risco a soberania nacional e abrir brechas jurídicas indesejadas.

A primeira versão do relatório provocou reações negativas dentro da própria Polícia Federal, de especialistas em segurança pública, do Ministério Público e da Receita Federal — órgão que também temia perda de autonomia em operações de combate a crimes fiscais.

Na terça-feira, Haddad já havia alertado que o texto defendido por Derrite “abriria as portas para o crime organizado” no país. Nesta quarta, ele voltou a criticar a pressa na tramitação:
“O açodamento para votar a lei sem uma discussão com o governo é algo que não faz o menor sentido.”

● Haddad diz que relatório enfraquece PF e Receita Federal

Para o ministro, as alterações propostas pelo deputado representariam um retrocesso institucional, na medida em que fragilizam órgãos de Estado, como a Polícia Federal e a Receita Federal — fundamentais nas operações de inteligência e repressão financeira contra facções criminosas.

“A Polícia Federal é do país. A Receita Federal, tampouco é de governo. São órgãos de Estado. É você enfraquecer esses órgãos de Estado, e quem vai acabar se aproveitando é o crime organizado. Isso não faz o menor sentido”, concluiu Haddad.

A disputa em torno do PL Antifacção deve seguir no centro do debate político, em meio à pressão do governo para preservar a autonomia dos órgãos de investigação e garantir uma legislação capaz de fortalecer, e não comprometer, o enfrentamento ao crime organizado.

Fonte: Brasil 247

Tarifaço de Trump gera inflação nos EUA, enquanto Brasil diversifica mercados

Impacto das sobretaxas provoca inflação interna e pressiona Washington, enquanto abre novas oportunidades ao Brasil

   Lula e Trump (Foto: Ricardo Stuckert)

A guinada protecionista adotada por Washington começa a cobrar seu preço. O tarifaço imposto pelo governo norte-americano já se reflete na alta dos preços de itens essenciais, como café e carne bovina, e provoca distorções que abrem brechas comerciais para o Brasil. As movimentações recentes, vistas como sinais de flexibilização por parte da Casa Branca, podem reacender negociações bilaterais.

Reportagem do jornal O Globo destaca como os efeitos colaterais das tarifas — aplicadas por decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — vêm alterando o ritmo do comércio internacional. Especialistas afirmam que o Brasil, ao contrário das previsões iniciais, tem sofrido impactos menores do que o esperado.

O embaixador José Alfredo Graça Lima, vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), avalia que o conflito comercial poderia ter sido evitado. "As economias são perfeitamente complementares. Não tinham que passar por nenhuma crise, como esta, que foi engendrada mais por razões políticas do que comerciais", afirmou o diplomata, que já comandou os consulados brasileiros em Nova York e Los Angeles.

Mesmo mantendo apoio público às tarifas, Donald Trump enfrenta um cenário de pressão crescente. Dados do Bureau of Labor Statistics mostram que o preço médio do café ao consumidor registrou queda de 0,1% em setembro, mas apenas após altas expressivas de 3,6% em agosto e 2,3% em julho. A inflação do setor como um todo atingiu 0,3% no mês. A carne bovina seguiu a mesma tendência, com avanço de 1,2% em setembro, após aumentos de 2,7% em agosto e 1,5% em julho.

⊛ Café expõe a interdependência entre as duas economias

O mercado de café é o exemplo mais visível dessa dependência mútua: os Estados Unidos são o maior consumidor global, enquanto o Brasil lidera a produção e exportação. Antes da sobretaxa de 40%, que passou a valer em agosto, cerca de um terço do café consumido pelos americanos vinha dos produtores brasileiros.

Graça Lima afirma que a medida não deveria ter atingido o setor. “Nunca entendi porque não teve exceção para o café”, disse, lembrando que a lista de produtos isentos anunciada pela Casa Branca excluiu o grão brasileiro, crucial para o abastecimento americano.

O fluxo comercial interrompido provocou um efeito dominó. Segundo o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), blends sem café brasileiro já começam a aparecer no mercado dos EUA, gerando preocupação entre produtores. Mas os números do índice de preços ao consumidor americano indicam que substituir o produto nacional não será tarefa simples para as torrefadoras.

⊛ Diversificação reduz impacto sobre o Brasil

A posição de destaque global do Brasil no mercado de commodities possibilita readequação relativamente rápida. Um levantamento do Valor Econômico revela que exportadores brasileiros têm encontrado novos destinos para os produtos atingidos pela sobretaxa. Entre agosto e outubro, as vendas de 1.503 itens não isentos somaram US$ 3,8 bilhões aos EUA, queda de 29% na comparação anual. Por outro lado, os embarques dos mesmos produtos para outros países cresceram 20% e alcançaram US$ 18,2 bilhões.

O Indicador de Comércio Exterior (Icomex), elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), confirma esse movimento. Em outubro, o volume exportado para os Estados Unidos caiu 35,9%, enquanto as vendas para a China avançaram 32,8%. O apetite chinês por matérias-primas, reforça a FGV, tem amparado o comércio internacional como um todo.

Para Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), a leitura dos dados reforça a impressão de que o tarifaço não provocou o estrago temido. Alguns setores específicos, como o de mel e o de madeira, enfrentam perdas relevantes. No geral, porém, a capacidade brasileira de redirecionar produtos tem amenizado o choque.

⊛ Cenário fortalece Brasil em negociações futuras

No fim de outubro, Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram na Malásia para discutir a escalada tarifária. Com o impacto interno dos EUA cada vez mais evidente e o Brasil mostrando resiliência, analistas acreditam que o país chega às conversas em posição mais favorável.

“Temos uma margem a mais. Vamos para a mesa de negociações sem estar com a corda no pescoço”, avaliou Lia Valls, ao destacar que o fortalecimento das vendas para a China e outros mercados reduz a dependência brasileira das decisões tomadas em Washington.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Vieira e Rubio devem se reunir para discutir tarifaço hoje nos EUA


    Mauro Vieira e Marco Rubio. Foto: reprodução

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, têm encontro marcado nesta quinta-feira (13), às 17h, em Washington, para discutir a redução do tarifaço de 50% imposto pelo governo estadunidense a produtos brasileiros.

A reunião, segundo o G1, foi acertada após uma conversa informal entre os dois, nesta quarta (12), à margem da reunião do G7, no Canadá. Segundo interlocutores, o objetivo é consolidar os próximos passos da retomada das negociações comerciais.

A aproximação ocorre após o presidente Donald Trump sinalizar que pretende reduzir “algumas tarifas” aplicadas a produtos brasileiros, em especial o café. O Brasil é o principal fornecedor do grão aos Estados Unidos e foi diretamente afetado pela medida.

Vieira afirmou que o Itamaraty ainda não recebeu confirmação oficial sobre a decisão, mas avaliou a possibilidade como positiva. “Todas as notícias relativas à redução de tarifas e à volta ao ambiente anterior são auspiciosas e muito bem-vindas”, declarou.

Para ele, a sinalização pode ter impacto imediato no setor produtivo. “Espero que isso esteja em andamento — vai passar pela nossa embaixada em Washington e pela nossa em Brasília. É uma notícia muito importante para a economia brasileira”.

Trump e Lula durante encontro na Malásia. Foto: Ricardo Stuckert

A sobretaxa foi implementada durante a escalada protecionista do governo Trump e elevou significativamente o custo do café no mercado estadunidense. O movimento provocou reação de importadores, torrefadoras e redes varejistas, pressionando a Casa Branca a revisar a política tarifária.

Em outubro, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Malásia, Trump admitiu que os EUA estavam “sentindo falta” de produtos brasileiros afetados pelas tarifas. A declaração, considerada um recuo político, abriu caminho para a retomada formal das tratativas.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliam que a movimentação da Casa Branca também responde ao aumento dos preços internos nos Estados Unidos, que tende a ganhar peso político à medida que o ciclo eleitoral avança.

Lula, por sua vez, tem reforçado publicamente a expectativa de avanço nas negociações. Ele afirmou que, se não houver progresso até o fim da COP30, marcada para ocorrer em Belém, voltará a telefonar para Trump para tratar do tema.

Fonte: DCM com informações do G1

Clã Bolsonaro tem maior rejeição entre todos os candidatos para 2026

Jair, Michelle e Eduardo Bolsonaro têm os maiores índices de rejeição entre potenciais candidatos a presidente

Michelle e Eduardo Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest revela que o clã Bolsonaro enfrenta os maiores índices de rejeição entre todos os nomes avaliados para a eleição presidencial de 2026. Os dados mostram que Jair Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lideram, com folga, o percentual de eleitores que afirmam não votar neles de jeito nenhum.

As informações constam no relatório da Genial/Quaest divulgado nesta quinta-feira (13), que avaliou o nível de conhecimento, intenção e rejeição de diversas lideranças políticas. Segundo a pesquisa, os três integrantes da família registram índices de rejeição superiores aos dos demais potenciais candidatos analisados.

Jair Bolsonaro aparece com 60% de rejeição, mantendo o patamar elevado que vem sendo registrado ao longo do ano. Mesmo sendo amplamente conhecido pelo eleitorado, apenas 36% dizem que votariam nele, enquanto 4% afirmam não conhecê-lo o suficiente.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresenta taxa de rejeição de 61%, segundo o mesmo painel. Ainda que tenha ganho notoriedade nos últimos anos, apenas 28% dos entrevistados afirmam que poderiam votar nela, enquanto 11% dizem não conhecê-la.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro segue o mesmo padrão: sua rejeição chega a 67%, com apenas 21% dos entrevistados afirmando que votariam nele.

Rejeição elevada contrasta com outros nomes

Os números do clã Bolsonaro contrastam fortemente com o desempenho de outras figuras políticas avaliadas. O presidente Lula (PT), por exemplo, registra menor rejeição que Jair, Michelle e Eduardo. Ele tem 53% de rejeição e 45% dizem que votariam nele.

Fonte: Brasil 247

Governo não espera resistência para aprovação de Jorge Messias ao STF

Presidente Lula ainda não bateu o martelo oficialmente sobre o nome a ser indicado para a vaga de Luís Roberto Barroso

Brasília (DF) - 08/05/2025 - O ministro Jorge Messias (AGU) (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A votação apertada que garantiu a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República reacendeu alertas no Senado, mas o Palácio do Planalto avalia que esse ambiente não deverá se repetir caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) opte por indicar Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o jornal O Globo, o governo considera que a resistência enfrentada por Gonet — reconduzido por 45 votos a 26, o placar mais estreito desde a redemocratização — não se aplica ao atual advogado-geral da União. A leitura interna é de que Messias não carrega o desgaste acumulado pelo procurador-geral entre parlamentares ligados ao bolsonarismo.

Aliados do governo interpretaram o desempenho de Gonet como uma resposta direta à atuação dele na denúncia de Jair Bolsonaro (PL) no processo sobre a trama golpista. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que registrou 17 votos favoráveis e 10 contrários, refletiu essa tensão — o índice de rejeição mais alto já registrado pelo colegiado.

Messias, por sua vez, enfrenta obstáculos de outra natureza. Parte expressiva do Senado tem como preferência alternativa o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa por dois mandatos. Outro nome ainda em disputa é o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que também se animou após o resultado apertado da votação de Gonet.

Integrantes do Planalto ponderam que, uma vez oficializada a indicação, a concorrência entre Messias, Pacheco e Dantas deixa de existir, cabendo ao escolhido articular sua própria aprovação. Assim como ocorre com o cargo de PGR, o indicado ao STF precisa ser sabatinado na CCJ e receber ao menos 41 votos no plenário.

Na segunda-feira (10), em Belém, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que Lula deve conversar com Pacheco ainda esta semana e reforçou que não acredita em mudança de rota na escolha presidencial. “Eu sinceramente creio que o nome está lançado. Não vejo reversão”, disse Wagner.

A fala, porém, foi interpretada entre aliados de Pacheco e Dantas como um movimento calculado para testar a receptividade ao nome de Messias dentro do Senado, e não como um sinal definitivo da posição de Lula. A avaliação é de que o presidente utiliza Wagner para medir a temperatura antes de anunciar sua decisão final.

Há três semanas, Lula já havia conversado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e decidiu adiar a indicação do substituto do ministro Luís Roberto Barroso, em busca de consolidar um ambiente político mais favorável ao escolhido.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula vence todos os adversários e lidera cenários para 2026, diz Quaest


      O presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckerts

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua liderando as intenções de voto para 2026 em todos os cenários de 1º e 2º turnos, mas a distância para seus adversários diminuiu, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13). Nos dez cenários testados para o 1º turno, Lula varia entre 31% e 39%, enquanto seus principais concorrentes são Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Junior (PSD-PR) e Michelle Bolsonaro (PL).

O levantamento também testou pela primeira vez o nome de Renan Santos, fundador do MBL e recém-registrado presidente do partido Missão.

O cenário mais apertado do 1º turno ocorre entre Lula e Jair Bolsonaro, com diferença de cinco pontos: 32% a 27%. O ex-presidente, porém, está inelegível até 2030 e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.

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Eduardo Bolsonaro oscila entre 15% e 27% dependendo da composição da disputa, enquanto Michelle Bolsonaro alcança 18% quando é testada diretamente contra Lula, que marca 31%. Tarcísio de Freitas aparece com 16% a 21%, registrando 20% em um cenário em que Lula tem 38% e Eduardo Bolsonaro, 18%.

No 2º turno, a pesquisa mostra Lula numericamente à frente, mas com vantagem reduzida. Contra Jair Bolsonaro, há empate técnico: 42% a 39%. A diferença, que era de 13 pontos em setembro e dez em outubro, caiu para três.

Lula também recuou em cenários contra Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior e Ciro Gomes, vencendo por cinco pontos nessas simulações.

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A vantagem sobe para sete pontos diante de Romeu Zema e Ronaldo Caiado; para nove contra Michelle Bolsonaro; para dez contra Eduardo Bolsonaro; para 13 diante de Eduardo Leite; e chega a 17 pontos contra Renan Santos.

A modalidade espontânea também indica perda de fôlego do presidente: Lula caiu de 19% para 14% como nome citado sem estímulo, mas segue numericamente à frente. Bolsonaro mantém 6% e Tarcísio oscilou de 1% para 2%.

Entre os entrevistados, 72% ainda não sabem em quem votar. A rejeição de Eduardo Bolsonaro alcança 67%, seguida por Michelle Bolsonaro (61%), Jair Bolsonaro (60%) e Ciro Gomes (57%). Lula tem 53% de rejeição e Tarcísio, 40%.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 6 e 9 de novembro, com margem de erro de dois pontos percentuais.
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Fonte: DCM


CPMI ouve Eric Fidelis, filho de ex-diretor do INSS, nesta quinta Fonte: Agência Senado


Presidente da CPMI, o senador Carlos Viana é um dos autores de requerimento para ouvir o advogado (Carlos Moura/Agência Senado)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS ouve nesta quinta-feira (13) o depoimento do advogado Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis. O depoimento será realizado após a votação de requerimentos de convocação e de quebras de sigilo bancário pela comissão, em reunião a ter início às 9h.

Por meio de seu escritório de advocacia, Eric Fidelis manteve relações diretas com entidades ligadas ao INSS, tendo recebido cerca de R$ 5,1 milhões de intermediários do esquema que lesou aposentados e pensionistas. Além disso, entre 2023 e 2024, o advogado movimentou valores superiores a R$ 10,4 milhões.

Esse montante é considerado incompatível com a atividade advocatícia comum e pode configurar ocultação ou dissimulação da origem ilícita dos recursos. A avaliação é do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), autor de um dos requerimentos de convocação de Fidelis (REQ 416/2025 - CPMI-INSS).

Carlos Viana espera que o depoente esclareça a relação dele e do pai com o chamado Careca do INSS e as associações que promoviam descontos de aposentados e pensionistas.

A convocação de Eric Fidelis atende ainda a requerimentos do senador Izalci Lucas (PL-DF) e dos deputados Duarte Jr. (PSB-MA), Rogério Correia (PT-MG), Sidney Leite (PSD-AM), Paulo Pimenta (PT-RS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Coronel Fernanda (PL-MT).

A reunião será realizada na sala 2 da ala Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

Ação discreta: PF já montou operação silenciosa para prender Bolsonaro

Polícia Federal define logística sigilosa para eventual detenção do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília-DF, onde cumpre prisão domiciliar, enquanto aguarda a execução penal pela condenação por golpe de Estado - 29/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)


A Polícia Federal estruturou um plano minucioso para a eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão. A informação foi publicada pelo InfoMoney, que detalhou que a corporação prepara uma operação considerada “rápida e discreta”, pronta para ser executada assim que houver decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Segundo a reportagem, integrantes da PF afirmam que o planejamento “já está pronto” e contempla todos os cenários possíveis, incluindo medidas para evitar tumultos e garantir a integridade da operação. A corporação avalia o uso de aeronaves, a composição do comboio e a logística para retirar Bolsonaro do condomínio onde cumpre prisão domiciliar em Brasília.

Plano envolve transporte aéreo, reforço de efetivo e contingência para protestos

O plano prevê ações coordenadas para impedir confrontos e minimizar riscos. Entre os pontos avaliados estão:

  • Possíveis manifestações de apoiadores em frente ao condomínio do ex-presidente
  • Mobilização de policiais extras caso a situação exija
  • Definição do tamanho do comboio e rotas alternativas
  • Uso de transporte aéreo para acelerar a ação e reduzir exposição pública

A cúpula da PF acompanha diariamente o avanço do processo e mantém equipes prontas para execução imediata caso a ordem de prisão seja determinada por Moraes.

STF vê cenário favorável para prisão em regime fechado ainda em 2025

Ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que a prisão em regime fechado deve ocorrer até o fim de 2025, dada a baixa probabilidade de reversão da condenação e o ritmo acelerado dos trâmites. O caso deve ser encerrado ainda este ano.

Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares impostas em outra investigação, que apura articulações no exterior para tentar coagir o STF e evitar consequências pelos atos relacionados à trama golpista.

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Diretora bolsonarista de escola pública é flagrada roubando merenda no RS



A diretora Lucelene Segat da Costa, responsável pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino Demétrio Costi, em Passo Fundo (RS), foi flagrada pelas câmeras de segurança do colégio levando sacolas de alimentos do freezer do refeitório.

O episódio ocorreu em 29 de outubro de 2024, mas só veio à tona recentemente, após uma denúncia anônima revelar as imagens.

Segundo os registros, Lucelene chegou à escola por volta das 18h, acompanhada do marido, Adriano da Costa, quando o prédio já estava fechado e sem a presença de funcionários.

Nas gravações, a diretora tenta cobrir uma das câmeras com um pano de mesa, mas outros ângulos captaram a movimentação do casal dentro do refeitório. Eles permaneceram no local por cerca de 50 minutos.

Em um dos vídeos, Lucelene aparece enchendo sacolas com alimentos, enquanto o marido faz ao menos duas viagens até o carro para levar os produtos. Ela também é vista saindo com sacolas nas mãos.

De acordo com a denúncia, os itens furtados seriam carnes, pacotes de massa e arroz — alimentos destinados à merenda escolar.

Procurada pelo DCM, a diretora disse não lembrar do episódio e que após averiguar a situação não constatou nada anormal.

Passo Fundo, conhecida como “cidade educadora” do Rio Grande do Sul, é administrada há quatro gestões consecutivas pelo PSD — partido alinhado ao bolsonarismo na região.

A diretora Lucelene Segat é reconhecida apoiadora do grupo político local e defensora de pautas bolsonarista, tendo inclusive participado com depoimentos gravados em material de campanha do prefeito da cidade em período eleitoral.

Lucelene já havia sido investigada pelo Ministério Público por assédio contra servidores, mas o caso foi arquivado.

Lucelene Segat da Costa
Fonte: DCM

Presidente de estatal é demitida após posts contra Lula e fotos com Michelle


      Sabrina Soares de Araújo Góis. Foto: Divulgação

O Conselho de Administração do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, decidiu nesta quinta-feira (12) exonerar a presidente interina Sabrina Soares de Araújo Góis. Ela ocupava o cargo desde 15 de outubro, após a saída de Inácio Cavalcante Melo, que renunciou em meio a denúncias de uso indevido de verbas públicas.

Além da presidência, ela também acumulava as diretorias de Administração, Finanças e Infraestrutura Geocientífica. A decisão ocorre dias após a divulgação de postagens antigas de Sabrina, em que ela comemorava a prisão do presidente Lula em 2018 e aparecia em fotos ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

As publicações geraram desconforto político dentro da estatal. Ela é companheira de Carlos Henrique Sobral, atualmente na Secretaria Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento do Ministério do Turismo e ex-assessor de Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima.

Em nota oficial, o SGB confirmou a exoneração e anunciou que Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais, assumirá interinamente a presidência da estatal. A engenheira Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, passa a responder interinamente pelas áreas de Infraestrutura Geocientífica e Administração e Finanças.

Fonte: DCM

Chacina no Rio: MP relata execuções a curta distância e casos de decapitação entre as vítimas

O Ministério Público pontuou casos em que as lesões "destoavam das demais"

    Policiais na zona norte do município do Rio (Foto: Reuters)

O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou ter observado dois casos de "lesões atípicas" entre as 121 pessoas que morreram, no dia 28 de outubro, nos complexos da Penha e do Alemão, onde ocorreu a ação policial mais letal da história do estado.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o órgão pontuou casos em que as lesões "destoavam das demais". O MP-RJ enviou o relatório da atuação técnica da Promotoria ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Em um dos casos, o corpo apresentava característica de disparo de arma de fogo a curta distância. Na outra situação, o corpo tinha lesão por arma de fogo disparada à distância, mas também apresentava ferimento por decapitação, "produzido por instrumento cortante ou corto-contundente".

Os nomes não foram divulgados, mas o caso de decapitação é o de Yago Ravel Rodrigues Rosário, 19 anos. O corpo foi encontrado decapitado em uma área de mata da serra da Misericórdia. A cabeça de Yago foi encontrada pendurada entre dois galhos de uma árvore.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Menos da metade dos agentes da Core usaram câmeras em chacina no Rio

Apenas 57 dos 128 policiais da unidade de elite atuaram com câmeras corporais na ação nos complexos do Alemão e da Penha

Corpos foram levados por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


Menos da metade dos integrantes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), unidade de elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro, utilizou câmeras corporais durante a chacina realizada há duas semanas nos complexos do Alemão e da Penha. Dos 128 agentes que participaram da ação, apenas 57 estavam equipados com o dispositivo, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta terça-feira (12).

O dado foi revelado pelo coordenador da Core, delegado Fabrício Oliveira Pereira, em depoimento prestado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) na segunda-feira (11). A transcrição da oitiva foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), junto com outros documentos sobre a atuação do MP-RJ na investigação da chacina.

De acordo com o delegado, a unidade dispõe de 100 câmeras corporais, mas 32 delas estavam indisponíveis por falhas técnicas no dia da operação. “A gente teve 57 policiais com câmeras e 32 a própria empresa disse que, no dia, estavam indisponíveis por um problema deles, da empresa”, afirmou Pereira.

O coordenador relatou ainda que parte dos policiais não conseguiu retirar os equipamentos por dificuldades operacionais. “Os que não estavam utilizando câmeras, eles relataram que encontraram problemas para retirar. A empresa alega que apenas 32 estavam indisponibilizadas, mas a verdade é que houve um problema operacional”, explicou. Segundo ele, “em determinado momento começou a dar problema. O policial tentava e não conseguia. Aí ficou naquilo, vai pro outro, não conseguia”.

Pereira reconheceu que falhas desse tipo já haviam ocorrido “pontualmente”, mas destacou que nunca em escala tão ampla. O delegado também justificou que o contingente empregado na operação foi muito maior do que o habitual, o que teria sobrecarregado a logística de distribuição dos equipamentos.

Durante o depoimento, o coordenador da Core afirmou ainda que não há confirmação de mortes causadas por agentes da unidade. Segundo ele, alguns policiais encontraram quatro corpos, mas não é possível afirmar que as mortes tenham sido provocadas por membros da Core.

Fonte: Brasil 247 com informações divulgadas pelo jornal O Globo

Gonet é reconduzido à Procuradoria-Geral da República até 2027

O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: Edilson Rodrigues

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (12), por 45 votos a 26, a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. Atual chefe da PGR desde dezembro de 2023, ele permanecerá no comando da instituição por mais dois anos, até o fim de 2027. A votação secreta foi conduzida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que convocou um esforço concentrado para garantir o quórum durante a realização da COP30, em Belém (PA).

Mais cedo, Gonet havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por 17 votos a 10, após uma sabatina que durou cerca de seis horas. Na ocasião, respondeu a perguntas sobre temas como a anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, o papel da PGR em investigações sobre o crime organizado e as relações com a Justiça Eleitoral. Ele afirmou que a Procuradoria “não tem cores nem bandeiras partidárias” e que “o procurador-geral não julga ninguém, apenas leva o relato de fatos apurados à avaliação do Judiciário”.



Na primeira indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2023, Gonet foi aprovado com margem mais ampla: 65 votos a favor e 11 contrários no plenário. Agora, apesar da aprovação mais apertada, o nome do procurador foi mantido após intenso debate entre governistas e oposicionistas.

Durante a sabatina, Gonet classificou o debate sobre anistia como uma “polêmica do ponto de vista jurídico” e afirmou que a decisão cabe ao Congresso Nacional. Ele também defendeu a atuação da PGR em processos que apuram o plano de golpe de Estado após as eleições de 2022 e negou qualquer atuação “discricionária” nas investigações.

Parlamentares da oposição criticaram as denúncias apresentadas pela PGR relacionadas aos inquéritos sobre os ataques de 8 de janeiro. Mesmo assim, o relatório da CCJ foi mantido e encaminhado ao plenário, onde a recondução foi aprovada por maioria.

Além da votação de Gonet, o Senado também confirmou nesta quarta-feira indicações para o Superior Tribunal Militar (STM), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Com a aprovação, Gonet seguirá à frente da PGR até o final de 2027, com a missão de conduzir pautas sensíveis e manter o diálogo entre os Poderes.

Fonte: DCM

AP 2696: concluídas as sustentações orais das defesas dos réus do Núcleo 3

O julgamento será retomado na próxima terça-feira (18), às 9h, com voto do relator e dos demais integrantes da Primeira Turma

Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, nesta quarta-feira (12), a etapa de sustentações orais das defesas dos réus na Ação Penal (AP) 2696, referente ao chamado Núcleo 3 da tentativa de golpe. O grupo é composto por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (18), às 9h, com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Na sessão de hoje, foram apresentados os argumentos dos advogados de quatro réus: Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Jr., Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares. As sustentações tiveram início ontem, em ordem alfabética, com as defesas de outros seis acusados. Saiba mais.

Confira, abaixo, um resumo das manifestações apresentadas na manhã de hoje:

Rodrigo Bezerra de Azevedo

O advogado Jeffrey Chiquini da Costa sustentou que o tenente-coronel é inocente das acusações de liderar ações clandestinas para monitorar e “neutralizar” autoridades públicas, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A defesa afirmou que não teve acesso integral aos autos e que alguns documentos fornecidos seriam editáveis e inconsistentes, o que comprometeria a validade das provas.

Segundo Chiquini, o tenente-coronel não participou das fases de planejamento, monitoramento ou execução do suposto crime. Outro ponto contestado é o uso das chamadas ERBs (Estação Rádio-Base), registros de localização por rede celular, que embasam a investigação. Nesse ponto, o advogado apresentou registros de passagens áreas, mensagens de celular, comprovantes de trabalho e pedidos em aplicativos de entrega de comida que demonstrariam que Azevedo estava em Portugal e em Goiânia nos dias dos fatos investigados. Segundo a defesa, posteriormente, Azevedo usou um celular descartado por terceiros. Por fim, foi exibido um vídeo do delator Mauro Cid afirmando que o tenente-coronel não participou das reuniões investigadas.

Ronald Ferreira de Araújo Junior

O advogado João Carlos Dalmagro Júnior pediu que a Primeira Turma acolha a tese da Procuradoria-Geral da República (PGR) para desclassificar o crime de incitação das Forças Armadas contra os Poderes atribuído ao tenente-coronel. Segundo ele, a própria denúncia classificou a conduta do réu como “peculiar”. Por fim, solicitou que o processo seja encaminhado à Justiça Penal Negocial, o que permitiria a celebração de um acordo e evitaria uma eventual condenação.

O advogado Lissandro Sampaio, que dividiu o tempo da defesa com Dalmagro, reiterou que o tenente-coronel não integra as Forças Especiais e, portanto, não participou da reunião de 28/11/2022, quando teriam sido elaboradas estratégias e ações dos chamados “kids pretos”. Também afirmou que Ronald Ferreira não participou da elaboração da carta dos oficiais destinada a pressionar o comando do Exército a aderir ao golpe. Os advogados admitiram, contudo, que Araújo trocou mensagens com outro militar sobre a carta, mas alegaram que sua preocupação era com a preservação da imagem das Forças Armadas.

Sérgio Cavaliere

O advogado Igor Laboissieri Vasconcelos Lima pediu coerência em relação aos fatos imputados a seu cliente e solicitou que a Turma o absolva ou considere a desclassificação dos crimes imputados ao tenente-coronel. Laboissieri afirmou que Sérgio Cavaliere trabalha em área administrativa e não integra as Forças Especiais do Exército, ou seja, não é um “kid preto” treinado para operações táticas, conforme trata o Núcleo 3.

Segundo o advogado, Cavaliere estava em Resende (RJ) em 28/11/2022 e não participou da reunião dos agentes das forças especiais em Brasília nem assinou ou concordou com os termos da carta elaborada naquela data para pressionar o Alto Comando do Exército. Por fim, afirmou que seria injusto seu cliente ter a mesma condenação que a de outros réus que tinham postos estratégicos e atuaram para monitorar e planejar matar autoridades.

Wladimir Matos Soares

O advogado Sérgio Willian Lima dos Anjos afirmou que o agente da Polícia Federal não conhece nem tem nenhum vínculo com réus ou testemunhas do processo, jamais participou de reuniões e não teve contato com os militares investigados. Também alegou que Wladimir não é citado em minutas ou planilhas.

A defesa rebateu a acusação de que o policial estaria infiltrado em hotel da região central de Brasília para monitorar autoridades e obter informações estratégicas. Citou depoimento em que o chefe de segurança do hotel confirma que Wladimir coordenava um grupo de proteção do local e atuava de forma oficial e regular. De acordo com o advogado, havia uma ordem formal para a atuação de Wladimir, que estava devidamente incluído na relação da equipe. Essa missão teria ocorrido de 28/12/2022 a 5/1/2023, e, nos ataques de 8 de janeiro, Wladimir já estava de férias em Salvador (BA), conforme comprovante de compras num shopping da cidade.

Fonte: STF