quinta-feira, 6 de novembro de 2025

MP é acionado contra prefeito de Florianópolis por barrar “indesejáveis”


     Topázio Neto, prefeito de Florianópolis. Foto: Tiago Ghizoni/Arquivo NSC

O Ministério Público e a Defensoria de Santa Catarina foram acionadas contra o prefeito bolsonarista de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), que anunciou a criação de um posto da Secretaria de Assistência Social na Rodoviária Rita Maria, com o objetivo, segundo ele, de “garantir o controle de quem chega” à capital catarinense. Em vídeo publicado nas redes sociais, Topázio afirmou que mais de 500 pessoas já foram “devolvidas pelo trabalho da assistência social” e defendeu que a medida visa manter “a ordem e as regras” da cidade.

A Defensoria Pública de Santa Catarina reagiu de forma imediata. Em nota, informou que instaurou procedimento para apurar possíveis violações de direitos e impedir eventuais práticas de remoção forçada de pessoas em situação de vulnerabilidade.

“O poder público deve manter serviços socioassistenciais acessíveis e acolhedores para orientar e proteger quem chega ao município em busca de melhores condições de vida”, afirmou o órgão.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também informou que o caso será encaminhado às Promotorias de Justiça com atribuição na área da cidadania, para adoção das medidas cabíveis. A Defensoria, por sua vez, destacou preocupação com o discurso e a abordagem do prefeito.

“O vídeo divulgado pela Prefeitura traz um discurso de estigmatização e exclusão, ao dar a entender que pessoas pobres não podem permanecer na cidade. Além de ferir a dignidade humana, isso pode representar uma violação ao direito fundamental de ir, vir e permanecer, garantido pela Constituição”, afirmou a defensora pública Ana Paula Fão Fischer, coordenadora do Núcleo de Cidadania, Igualdade, Diversidade, Direitos Humanos e Coletivos.

A instituição ressaltou que não existe qualquer controle de fronteira entre municípios e que “ninguém pode ser impedido de circular pelo território nacional por não ter emprego ou moradia”.

Segundo a Defensoria, o transporte compulsório de pessoas em situação de rua é vedado por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e por legislações municipais que regulam o benefício eventual de passagem, que só pode ser concedido quando há vontade expressa da pessoa e comprovação de vínculo familiar na cidade de destino.

De acordo com o prefeito, o posto será responsável por identificar pessoas que desembarcam na rodoviária e verificar se possuem moradia ou emprego em Florianópolis. “Se a pessoa não tiver casa nem trabalho, damos passagem de volta para a cidade de origem”, explicou.

No vídeo, Topázio aparece ao lado de um homem que, segundo ele, não tinha vínculos com a capital e foi enviado de volta à sua cidade após contato com familiares. “Não podemos impedir ninguém de tentar uma vida melhor em Florianópolis, mas precisamos manter a ordem e as regras. Quem aqui desembarca deve respeitar as nossas regras e a nossa cultura. Simples assim”, afirmou.

A fala do prefeito gerou forte reação de entidades e autoridades. Desde domingo (2), quando o vídeo foi publicado, o caso ganhou repercussão nacional. Na quarta-feira (5), Topázio voltou a se pronunciar, reafirmando sua posição e dizendo que a cidade “não quer ser depósito de pessoas em situação de rua”.

“Se a pessoa chega aqui, sem saber onde vai dormir, sem qualquer plano de vida, é óbvio que foi despachada de algum lugar. Diferente do que fazemos aqui em Floripa, a gente não despacha ninguém, a gente trata. Só mandamos de volta quando contatamos a família na outra cidade. Respeitem a nossa cidade”, disse o prefeito. “Sou pago para defender os interesses dos moradores de Florianópolis e manter a cidade como a capital mais segura do Brasil”.

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis manteve o discurso do prefeito e afirmou que o serviço tem caráter “assistencial e humanizado”. “Mantemos um serviço de assistência social na rodoviária municipal para dar suporte a todas as pessoas que chegam na cidade e precisam de alguma orientação”, disse o comunicado.

“Quando identificamos que essas pessoas chegam sem contato de trabalho ou família e percebemos que foram enviadas por outros municípios, buscamos entender os motivos e enviamos de volta à cidade de origem. É importante explicar que a assistência social sempre entra em contato com a cidade ou familiares para dar o encaminhamento correto”.

Fonte: DCM

Bolsonaro está “meio aéreo” e sozinho antes do julgamento da prisão, dizem aliados

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Reprodução

Aliados próximos afirmam que Jair Bolsonaro (PL) tem passado os dias isolado e com a saúde fragilizada antes do julgamento que pode confirmar sua prisão em regime fechado. Segundo relatos, o ex-presidente sofre com crises de soluço, ânsia de vômito e aparenta estar “meio aéreo” e recluso em casa, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Aliados também reclamam do “abandono de quem deve muitos votos” e dizem que o ex-capitão tem recebido pouca atenção de antigos apoiadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta sexta-feira (7) o julgamento dos recursos contra a condenação de 27 anos e três meses de prisão imposta a Bolsonaro por liderar a trama golpista de 2022.

O julgamento será em plenário virtual e inclui outros sete condenados, como Mauro Cid, Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Anderson Torres. A expectativa é que o processo termine até dezembro, com o início do cumprimento das penas ainda neste ano.

Moraes avalia local de cumprimento da pena

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, será o responsável por definir onde Bolsonaro cumprirá a pena, caso a condenação seja mantida. Na última semana, sua chefe de gabinete, Cristina Kusahara, realizou uma vistoria no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, acompanhada da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF.

A visita incluiu inspeções em áreas de segurança máxima, como o bloco Fox do PDF 1, destinado a presos de alta vigilância e com celas adaptadas para detentos vulneráveis ou com prerrogativa especial — perfil que se enquadraria ao ex-presidente.

Moraes faz reuniões no Rio para discutir Operação Contenção | Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Eduardo Bolsonaro volta a atacar Tarcísio: “Candidato que Moraes quer”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) – Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a criticar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a possibilidade de candidatura presidencial em 2026. Segundo ele, Tarcísio seria “o candidato do sistema” e representaria interesses do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em vídeo publicado no YouTube, Eduardo declarou: “O Tarcísio é o candidato do sistema. É o cara que o Moraes quer, que gostaria que fosse eleito porque ele ainda viria com apoio de Jair Bolsonaro. O meu pai foi posto em prisão domiciliar, com tornozeleira, esculachado e sem rede social por conta deste projeto”. O parlamentar permaneceu nos Estados Unidos desde o início deste ano.

Eduardo também citou uma entrevista do ex-ministro José Dirceu (PT) para reforçar críticas ao governador paulista. No trecho compartilhado, Dirceu afirma que Tarcísio “não é um líder” e que sua eleição ocorreu com a força do eleitorado conservador. Eduardo declarou que o governador depende do voto bolsonarista.

Em participação no podcast Market Makers, Eduardo afirmou existir um projeto para “enterrar Bolsonaro e o bolsonarismo, e colocar à frente um candidato ‘pintado de direita’”. Ele declarou que não coloca Tarcísio “na mesma prateleira” de um petista, mas disse que o governador não está alinhado à sua posição dentro do jogo político.

O deputado afirmou ainda que Tarcísio busca apoio do centro e, em alguns momentos, abre espaço para a esquerda. Segundo Eduardo, a possível eleição do governador não significaria vitória da direita. Ele citou conexões do governador com o mercado financeiro e trânsito na Faria Lima como pontos positivos, mas declarou que, “com todo respeito, Tarcísio não me serve”.

Por fim, Eduardo disse ter sido “abafado internamente” ao apresentar sua intenção de concorrer em 2026. Ele afirmou que “tem muita gente” o excluindo de pesquisas e declarou que, caso lance um projeto para o país, fará um “estardalhaço” e levará “aos quatro cantos do país uma visão diferente do PT”.

Fonte: DCM

“Débora do Batom” deixa prisão domiciliar sem autorização e alega que passou mal


A golpista Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do batom”. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Sem autorização, a cabeleireira Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom” e condenada pelos atos de 8 de janeiro, deixou a residência onde cumpre prisão domiciliar em Paulínia, no interior de São Paulo, na noite desta segunda-feira (3). De acordo com o Núcleo de Monitoramento de Pessoas, “foi possível constatar que no dia 03/11/2025, às 20h38, o(a) monitorado(a) em questão incorreu na violação: área de inclusão (domiciliar), a qual permaneceu até 04/11/2025, às 03h07”.

O relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes registra que o núcleo entrou em contato com familiares após constatar o deslocamento, sendo informado que Débora apresentava dores e estava em atendimento. Segundo o documento, “a Débora passou mal e encontrava-se em atendimento no Hospital Municipal de Paulínia”. Os profissionais solicitaram exames de urina, sangue e raio-X, que confirmaram infecção urinária.

O monitoramento registra ainda que, no retorno, houve uma parada em farmácia por aproximadamente 20 minutos. Segundo o texto, “durante o trajeto de retorno à sua residência, realizou uma parada em uma farmácia por aproximadamente 20 minutos”. Moraes ainda não se manifestou. Caso a justificativa não seja aceita, Débora poderá ser levada a um presídio do estado para cumprir a pena de 14 anos determinada pelo STF.

Fonte: DCM

Belém recebe Cúpula dos Líderes na abertura da COP30

Encontro inicia debates estratégicos sobre clima antes da abertura oficial da COP e busca orientar negociações sobre florestas, energia e financiamento

     Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Cúpula dos Líderes da COP30 começa oficialmente nesta quinta-feira (6), em Belém (PA), reunindo mais de 50 chefes de Estado e de governo em um encontro que inaugura a etapa política da Conferência do Clima da ONU. Pela primeira vez, a reunião de alto nível ocorre antes do início formal da COP, que terá suas negociações concluídas entre 10 e 21 de novembro.



Organizada pela Presidência brasileira, a cúpula busca, segundo o Itamaraty, oferecer “direção política” aos negociadores, sem caráter deliberativo. “A cúpula não é deliberativa. O que é deliberativo é a COP. Não há ideia de documento final na cúpula, isso será da conferência”, explicou o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente.

A dinâmica inédita — antecipar a participação dos líderes — pretende liberar mais tempo para que, nas próximas duas semanas, diplomatas se concentrem nos temas mais complexos da agenda climática. Em outras edições, como Glasgow (2021) e Dubai (2023), os discursos dos líderes ocorreram apenas após a abertura oficial.

◈ Três mesas temáticas e o lançamento de um fundo global

Durante dois dias, a Cúpula dos Líderes terá pronunciamentos na plenária e três sessões de alto nível. Na primeira, dedicada a florestas e oceanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar oficialmente o Tropical Forests Forever Fund (TFFF), um mecanismo internacional de financiamento para a preservação de florestas tropicais.

O fundo terá estrutura semelhante à de um investimento global de renda fixa, com a meta de captar cerca de R$ 625 bilhões (US$ 125 bilhões). O modelo prevê alavancagem financeira por meio da emissão de títulos de baixo risco, com aplicação em ativos sustentáveis. O diferencial entre o retorno obtido e o custo do fundo será destinado a remunerar países que conservam suas florestas — com pagamento anual por hectare preservado e destinação mínima de 20% dos recursos para povos indígenas e comunidades tradicionais.

A segunda sessão focará na transição energética, com ênfase nas metas até 2030. Entre os compromissos em discussão estão triplicar a capacidade global de energias renováveis e duplicar a eficiência energética. Deve ganhar espaço o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis (Belém 4x), coalizão liderada por Brasil, Itália e Japão que quer quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035, incluindo hidrogênio verde, biogás e combustíveis sintéticos.

A última mesa fará um balanço dos dez anos do Acordo de Paris, avaliando as metas já apresentadas e o que deve ser incorporado nas novas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) para 2035. O debate incluirá o Roteiro Baku–Belém, elaborado pelas presidências da COP29 e da COP30, que propõe mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 com foco em reconfigurar o financiamento climático global.

◈ Presenças de peso e ausências significativas

Ao todo, são 143 delegações confirmadas. Entre os participantes estão o presidente da França, Emmanuel Macron; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; além do presidente do Conselho Europeu, António Costa, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O príncipe William participará representando o rei Charles III. Países como Quênia, Noruega e Jamaica também enviarão seus chefes de governo.

Donald Trump, que não enviará representantes de alto escalão, não estará presente. Xi Jinping também não participará, mas irá enviar delegação técnica. A Argentina optou por não integrar o encontro.

◈ Peso político, não deliberativo

Apesar da expectativa em torno da presença dos líderes, a Cúpula não produz decisões formais. Sua função é medir o ambiente político e antecipar as posições que devem marcar as rodadas de negociação. Diplomatas tratam o encontro como um “termômetro”, capaz de indicar até onde países desenvolvidos e em desenvolvimento estão dispostos a avançar em adaptação, mitigação e financiamento.

Os discursos de abertura serão feitos por Lula e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que deve enfatizar que a COP30 precisa marcar o “ponto de virada” entre promessas e implementação.

◈ Belém no centro das atenções

O evento ocorre no Parque da Cidade, espaço que abrigará também as zonas azul e verde da COP30. A escolha de Belém — no coração da Amazônia — reforça o simbolismo de realizar uma conferência global sobre clima na região que concentra a maior floresta tropical do planeta e que é central para a regulação climática.

A Cúpula dos Líderes termina na sexta-feira (7), mas suas discussões servirão de base para orientar as negociações formais que dominarão Belém nas próximas semanas — em um dos momentos mais decisivos da política climática internacional da última década.

Fonte: Brasil 247

'Manter Selic em 15% prejudica o Brasil', protesta Gleisi

Para a ministra, “nada justifica uma decisão tão descasada da realidade” por parte do Banco Central

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (6), ela afirmou que a decisão é “prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas”.

A declaração foi feita após o Copom do Banco Central (BC) anunciar, na noite de quarta-feira (5), a manutenção da Selic pelo terceiro encontro consecutivo. Segundo Gleisi, “nenhuma economia do mundo pode conviver com juros reais de 10%” e “nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos e das necessidades do país”.


A Selic permanece, portanto, no maior patamar desde julho de 2006, quando a taxa estava em 15,25% ao ano. O Copom elevou os juros sete vezes seguidas desde setembro do ano passado e, nas reuniões de julho e setembro, optou por mantê-los inalterados. Com o novo congelamento, o Brasil registra uma taxa real de juros de 9,74%, a segunda maior do planeta.

Em comunicado divulgado após a reunião, o Banco Central justificou a decisão afirmando que a estratégia de manutenção prolongada é a mais adequada para assegurar a convergência da inflação à meta de 3%. “O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, informou o texto oficial.

Fonte: Brasil 247

Vice da CPMI do INSS acusa colega do PSB de ameaçá-lo de morte

Duarte Jr. afirma que Edson Araújo o ameaçou após discurso sobre fraudes no INSS e pediu proteção à Câmara

      Deputado federal Duarte Jr. (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Duarte Jr. (PSB-MA), registrou um boletim de ocorrência na Polícia Legislativa nesta quarta-feira (5) contra o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA). O parlamentar acusa o colega de partido de ameaça de morte, após pronunciamento feito durante as investigações sobre fraudes em benefícios previdenciários.

De acordo com o jornal O Globo, as supostas ameaças teriam sido enviadas do celular da mãe de Araújo. Duarte Jr. relata que as mensagens surgiram logo após seu discurso na CPI, no qual citou o suposto envolvimento do deputado estadual em um esquema investigado pela Polícia Federal.

☆ Conflito interno no PSB e operação da PF

Edson Araújo ocupa o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), uma das entidades investigadas na Operação Sem Desconto. A ação da Polícia Federal apura fraudes contra aposentados entre 2019 e 2024, envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com sindicatos e associações.

Segundo Duarte Jr., a reação de Araújo foi motivada por sua fala na CPMI. “Ele me enviou três ameaças claras. Foi uma reação ao discurso que eu fiz na CPI na segunda-feira. O nome do deputado aparece no relatório da PF. Ele recebeu R$ 5 milhões da CBPA”, declarou o vice da comissão, de acordo com a reportagem..

☆ Troca de mensagens e ameaças diretas

Em uma das mensagens obtidas pela reprotagem, Araújo teria chamado Duarte Jr. de “palhaço, irresponsável e incompetente”, acrescentando: “nós vamos nos encontrar”. Ao questionar se aquilo era uma ameaça, Duarte recebeu como resposta: “tô porque”. Em seguida, ao perguntar o que ele faria, recebeu a resposta: “você vai saber”.

Diante da situação, o deputado federal solicitou escolta policial para si e sua família ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Duarte argumentou que as ameaças representam uma tentativa de intimidação e configuram grave risco à integridade física de sua família.

☆ CPMI prepara convocação de Edson Araújo

Durante a sessão da CPMI realizada na segunda-feira (3), os parlamentares ouviram o presidente da CBPA, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, que chegou a ser preso por falso testemunho e liberado após pagar fiança. Na ocasião, Duarte Jr. questionou diretamente sobre a relação de Araújo com os repasses investigados.

Segundo o deputado, a CPMI deve aprovar a convocação de Edson Araújo nesta quinta-feira (6) para prestar depoimento. Também está prevista a oitiva do ex-ministro do Trabalho e da Previdência de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, acusado de ter recebido recursos de envolvidos no esquema durante a campanha eleitoral. Até o momento, Edson Araújo não se pronunciou publicamente sobre as acusações.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula e chefe da União Europeia se reúnem e acordo comercial deve ser assinado em dezembro

A liderança alemã também afirmou que a Europa “está 100%” disposta para fazer da “COP30 no Brasil um sucesso”

     Lula e Ursula von der Leyen (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se encontraram nesta quarta-feira (5) em Belém (PA), onde o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, aprovado em dezembro de 2024, deve ser assinado no dia 20 de dezembro.

Em postagem publicada pelo Instagram, a alemã Ursula von der Leyen afirmou que a Europa “está 100%” disposta para fazer da “COP30 no Brasil um sucesso”. O evento acontecerá entre os dias 10 e 12 de novembro na capital paraense.

O chanceler disse a jornalistas que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou sua certeza de que o acordo será assinado em dezembro, no estado do Rio de Janeiro.

No início de setembro, após uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, o presidente Lula manifestou a expectativa de que o acordo entre Mercosul e União Europeia fosse assinado no final deste ano, segundo comunicado do Palácio do Planalto.

A UE e o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo para criar o maior acordo comercial da história da UE em dezembro passado, cerca de 25 anos após o início das negociações 

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula deve sancionar isenção do IR até dia 11, diz Gleisi

Para ministra, vitória é do povo trabalhador brasileiro

Brasília - 05/11/2025 - Sessão do Senado para votar projeto de lei (PL 1.087/2025) (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil
Após o Senado aprovar o projeto de lei que isenta quem ganha acima de R$ 5 mil, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar a legislação, na terça (dia 11), assim que retornar a Brasília. Lula está na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA).

“Tão importante quanto isentar quem ganha até 5 mil reais, é tributar quem ganha muito nesse país”, afirmou a ministra. Ela citou que cerca de 141 mil pessoas que ganham acima de R$ 600 mil por ano pagam em média uma carga efetiva de 2,5%. “Nós estamos elevando essa carga de maneira progressiva a 10%. Isso se chama justiça tributária.”

Ela celebrou ainda que, pela primeira vez, os dividendos recebidos serão tributados. “Esse é um grande passo. É histórico do ponto de vista de se buscar a justiça tributária no Brasil”.

Gleisi entende que ainda é necessário avançar na tributação de renda e de patrimônio. “A gente comemora essa vitória, que não é uma vitória do governo, mas do povo trabalhador brasileiro”.

Correção de injustiças

O relator do projeto no Senado, Renan Calheiros, defendeu a proposta e destacou que a decisão seria histórica para o país.
“O projeto do imposto zero é um dos mais importantes e mais aguardados dos últimos anos.”

Renan apontou que a proposta do Executivo corrige injustiças e contribui para o bem-estar social “ao promover a justiça tributária, diminuir a carga de tributos que incide sobre a baixa renda e aumentar a carga incidente sobre os super ricos”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Lula afirma que isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil é um passo histórico para o Brasil

Mais cedo, o Senado aprovou por unanimidade o PL do governo federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aclamado por apoiadores (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quarta-feira (5) a aprovação, pelo Senado, por unanimidade, de seu projeto de lei (PL) que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até 5 mil reais por mês.

Lula qualificou a decisão do Congresso como histórica e afirmou que seu governo está ao lado do povo brasileiro. A medida, segundo o presidente, "reconhece o esforço de todos que ajudam a construir o Brasil".

Mais cedo nesta quarta-feira, em uma vitória para seu governo, o PL que isenta quem ganha até 5 mil reais por mês foi aprovado pelo Senado. O texto foi encaminhado à sanção presidencial de forma imediata, pouco mais de um mês após a Câmara dos Deputados também aprovar o PL por unanimidade.

Por @LulaOficial, no X: Hoje é um dia histórico. Demos um passo decisivo para um país mais justo, com um sistema tributário que torna a contribuição mais equilibrada e reconhece o esforço de todos que ajudam a construir o Brasil.

Com a aprovação de nosso projeto de Lei pelo Congresso Nacional, com imposto zero para quem recebe até 5 mil reais e desconto para quem ganha entre 5 mil e 7.350 reais, milhões de pessoas que vivem de seu trabalho não precisarão mais pagar o IR ou terão imposto reduzido, garantindo mais dinheiro no bolso. Quem ganha muito vai contribuir com a sua justa parte.

O nome disso é justiça tributária.

Agradeço ao presidente Davi Alcolumbre, ao relator Renan Calheiros e a cada um dos líderes que conduziram o processo de aprovação do projeto no Senado, após sua aprovação na Câmara. Por unanimidade, nos dois casos.

Uma vitória da democracia e da justiça social. É o Governo do Brasil do lado do povo brasileiro.
Fonte: Brasil 247

Gleisi articula com Motta para frear projeto que equipara facções a terroristas

Ministra da Secretaria de Relações Institucionais busca apoio na Câmara para adiar votação do texto que associa facções criminosas ao terrorismo

      Gleisi Hoffmann (Foto: Brito Junior/SRI)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), intensificou as articulações políticas para impedir o avanço do projeto de lei que equipara facções criminosas a grupos terroristas. Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, Gleisi e sua equipe entraram em campo para tentar evitar que a proposta fosse votada nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Na quarta-feira (5) a ministra telefonou para o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e também para outros líderes partidários. O objetivo foi convencer o comando da Casa a adiar a análise do texto, considerado polêmico pelo governo federal. A pressão surtiu efeito: o presidente da Câmara dos Deputados interveio e pediu a suspensão temporária da tramitação do projeto.

☆ Interlocução direta com a CCJ

Após o contato com Gleisi, Hugo Motta conversou com o presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), e solicitou que ele segurasse o andamento da proposta. Azi acatou o pedido e afirmou que pretende aguardar a decisão do comando da Câmara sobre os próximos passos.

☆ Governo é contra o projeto

Em declarações recentes, Gleisi Hoffmann deixou clara a posição do governo sobre o tema. “O governo é terminantemente contra essa proposta que tenta equiparar as facções criminosas a grupos terroristas”, afirmou a ministra, reforçando que a discussão exige cautela e um debate aprofundado entre os parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil segue para sanção


O relator da proposta, Renan Calheiros, entre Randolfe Rodrigues e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
Carlos Moura/Agência Senado


O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5.000 mensais e reduz alíquotas para salários de R$ 5.000,01 a R$ 7.350. Para compensar os cofres públicos pela perda de arrecadação, a proposta (PL 1.087/2025) aumenta a taxação de altas rendas, a partir de R$ 600.000 anuais. Votado pelo Plenário com urgência, o texto segue para sanção da Presidência da República.

Os senadores apoiaram o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que mantém a versão aprovada na Câmara dos Deputados, apenas com ajustes de redação. O projeto, de autoria da Presidência da República, chegou ao Congresso em março deste ano.

Após a aprovação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, exaltou a cooperação entre os parlamentares de ambas as Casas e o governo como uma “vitória da boa política”.

— Tramitou de forma célere e responsável. Graças a esse esforço conjunto, garantimos que o benefício entre em vigor já em janeiro de 2026 — disse Davi, sob aplausos dos senadores.

Dez emendas foram apresentadas em Plenário para alterar o texto, segundo Renan. O relator rejeitou as sugestões por “reduzir a receita” governamental sem compensação. Além disso, mudanças no conteúdo da proposta atrasariam a sanção da futura lei, pois o texto teria que voltar para análise dos deputados, explicou.

Para Renan, a medida é “uma das mais aguardadas dos últimos anos”. Atualmente, a isenção do IR alcança apenas quem ganha até R$ 3.076 (dois salários mínimos).

— Vai beneficiar perto de 25 milhões de trabalhadores e será compensado pelo aumento da carga sobre 200 mil “super-ricos”. Quem tem menos, paga menos; quem tem mais, paga mais — disse o relator.

O aumento do tributo afetará apenas quem recebe mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano, incluindo dividendos. A cobrança será gradual, com alíquota máxima de até 10% sobre os rendimentos. Aqueles que já pagam essa porcentagem ou mais do que isso não serão cobrados.

Pelo texto aprovado, continuarão isentos de IR investimentos financeiros relacionados ao mercado imobiliário e do agronegócio, como letras de crédito e fundos de investimento imobiliário e do agronegócio.

Emprego

A forma que o Estado cobra e isenta IR desincentiva as empresas brasileiras, na opinião do senador Weverton (PDT-MA).

— Ainda temos um grave problema: os especuladores ainda ganham muito mais do que os empreendedores. É preciso que a gente comece dentro da reforma tributária a fazer esse tipo de correções.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que profissionais liberais podem ser prejudicados, caso não estejam enquadrados no regime tributário do Simples Nacional. Ele afirmou que apoia o projeto, mas criticou o relatório, por não alterar o que considera distorções na proposta.

— São advogados, médicos, produtores culturais... Isso é um confisco. É o Estado ganhando mais dinheiro com o empreendimento do que o próprio empreendedor.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) criticou a manutenção da cobrança sobre rendimentos recebidos de previdência privada que sofrem dificuldades financeiras.

Para o senador Jayme Campos (União-MT), o IR não deveria incidir sobre nenhuma renda de aposentadoria.

Destaques retirados

Três emendas de plenário seriam votadas à parte para serem incluídas no texto, por meio dos chamados destaques. O pedido foi do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que retirou os requerimentos de destaque. As emendas eram sobre:
  • tributação sobre profissionais liberais — como médicos e advogados — que, segundo Portinho, são tributados injustamente tanto como pessoa física como pessoa jurídica;
  • tributação sobre lucros e dividendos enviados ao exterior, para ocorrerem apenas sobre beneficiários pessoas físicas residentes em outros países;
  • prazos sobre a tributação sobre lucros e dividendos.

Novo projeto


Portinho retirou os destaques sob compromisso de os temas serem tratados no PL 5.473/2025, que agregará as cerca de 150 emendas rejeitadas por Renan.

Visto como um projeto complementar ao da isenção do IR, o PL 5.473/2025 eleva as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidentes sobre alguns tipos de instituições financeiras, com destaque para a majoração da tributação das chamadas fintechs. Também aumenta de 12% para 24% a participação governamental na arrecadação líquida das apostas de quota fixa, as bets.

Relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o texto deve ser votado até terça-feira, disse Renan em coletiva de imprensa após a aprovação do projeto de isenção do IR na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) elogiou a solução de Renan para acelerar a aprovação do projeto da isenção do IR. Para ela, as emendas buscavam postergar a aprovação de uma proposta importante, que é uma forma de redistribuição de renda:

— Esse dinheiro não vai fazer falta em nada [para os mais ricos], mas vai significar mudança de vida sobretudo para mulheres donas de casa que são chefes de família.

Fonte: Agência Senado

MP Eleitoral denuncia Pablo Marçal por injúria e difamação contra Datena

Promotoria aponta que declarações tinham objetivo eleitoral e atacavam a honra do jornalista

    José Luiz Datena e Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Jornal da Record)

O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou nesta quarta-feira (5) o empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal por injúria e difamação. A denúncia, divulgada pelo g1, afirma que Marçal teria feito falsas acusações e ofensas contra o apresentador José Luiz Datena durante a disputa eleitoral de 2024.

Segundo a Promotoria, os ataques ocorreram principalmente em publicações no Instagram de Marçal e em entrevistas, em setembro do ano passado, quando ambos estavam na corrida pela Prefeitura da capital. Para o MPE, as declarações teriam sido utilizadas como estratégia de campanha, com potencial de influenciar a percepção do eleitorado ao atingir diretamente a reputação do adversário.

O promotor eleitoral Cleber Masson aponta que Marçal fez acusações graves contra Datena, chamando-o de “agressor de mulheres”, “assediador sexual” e “comedor de açúcar”. Em outra publicação, afirmou que o jornalista teria “comprado o silêncio de uma menina” em um suposto caso de assédio sexual.

Além das postagens, a denúncia menciona uma entrevista de 20 de setembro de 2024, na qual Marçal voltou a atacar o jornalista ao dizer que ele teria “feito um contorcionismo jurídico” para evitar responsabilização em outro suposto episódio de assédio sexual.

Para o Ministério Público, as falas enquadram-se nos crimes de injúria e difamação, agravados pelo contexto eleitoral e pela ampla divulgação em redes sociais. A Promotoria sustenta que as acusações não apresentavam respaldo em fatos comprovados e tinham como finalidade desgastar politicamente o adversário direto.

O MPE também pediu que a Justiça fixe um valor mínimo de indenização por danos morais a ser pago a Datena caso Marçal seja condenado. O processo segue agora para avaliação do Judiciário, que decidirá se aceita ou não a denúncia.

A disputa entre os dois candidatos, marcada por trocas de críticas ao longo da campanha, já havia sido alvo de ações no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Caso a denúncia avance, Marçal poderá responder criminalmente pelos ataques feitos durante a campanha municipal.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PF 'neutraliza' 31 drones em áreas sensíveis da COP30

Balanço parcial mostra que o sistema de monitoramento já identificou 316 aeronaves remotamente pilotadas (ARPs) irregulares

     Policial federal com arma anti-drone durante a COP30 (Foto: Divulgação / PF)


A Polícia Federal intensificou as ações de combate a drones não autorizados durante a COP30, em Belém (PA). O balanço parcial divulgado nesta quarta-feira (5) mostra que o sistema de monitoramento já identificou 316 aeronaves remotamente pilotadas (ARPs) irregulares e neutralizou 31 tentativas de sobrevoo em áreas sensíveis da conferência.

As informações foram publicadas pelo portal do Governo Federal, com base em dados da Comunicação Social da Polícia Federal no Pará. As operações são conduzidas pelo Centro Integrado de Controle de Aeronaves Remotamente Pilotadas e Contramedidas (CIC-ARP/CM), que conta com o apoio das Forças Armadas e de outros órgãos de segurança pública.

☉ Áreas sensíveis sob vigilância constante

Os principais pontos de atenção incluem o Aeroporto Internacional de Belém, o Parque da Cidade, os portos de Outeiro e Miramar, além dos trajetos do presidente da República e da comitiva oficial.

A tecnologia empregada pela PF permite detectar drones a até 10 quilômetros de distância e neutralizá-los em um raio de 2 quilômetros, utilizando bloqueadores de sinal (jammers) e sistemas de controle remoto capazes de interromper ou assumir o comando das aeronaves.

☉ Tecnologia e prevenção de riscos

As medidas visam prevenir riscos à aviação civil e à segurança institucional, além de coibir o uso de drones para atividades ilícitas. A PF reforça que a pilotagem irregular configura infração administrativa e crime, sujeito a sanções civis, penais e administrativas.

Entre as exigências para o uso regular de drones estão: homologação da Anatel, cadastro no Sisant (ANAC), autorização do SARPAS (DECEA), seguro RETA obrigatório, manual de voo e avaliação de risco operacional (ARO) com validade de 12 meses.

☉ Proibição de voos nas áreas da conferência

A pilotagem de drones está proibida nas regiões de segurança da COP30 e nas proximidades de locais estratégicos, como o Aeroporto Internacional de Belém, Parque da Cidade, Porto Miramar e Porto Outeiro.

A Polícia Federal mantém o monitoramento permanente e continuará adotando medidas de neutralização sempre que necessário. Segundo o órgão, os resultados parciais demonstram a eficácia do aparato tecnológico e o comprometimento das instituições parceiras na proteção do espaço aéreo e na garantia da segurança de todos os participantes da conferência.

Fonte: Brasil 247

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Renan Calheiros afirma que taxação de 200 mil super-ricos garantirá isenção a 25 milhões de brasileiros

Relator do PL do Imposto de Renda no Senado leu seu relatório, favorável, no plenário da Casa. Ele rejeitou cerca de 150 emendas e criticou a Câmara

   O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o senador Renan Calheiros (Foto: Saulo Cruz/Ag. Senado)

O plenário do Senado analisa nesta quarta-feira (5) o relatório do senador Renan Calheiros sobre o projeto de lei (PL), do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pede a rejeição de cerca de 150 emendas introduzidas nos debates ao longo do dia de hoje na Casa Alta, que aprovou mais cedo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a proposta.

Renan afirmou ser necessário rejeitar as cerca de 150 emendas propostas por conta da possibilidade de retorno do projeto à Câmara dos Deputados. Ele não poupou críticas à Casa Baixa:

“Se tentássemos sanear os problemas, voltaria à Câmara. O novo resgate seria impagável, colocando o projeto em risco de morte. Por isso, minha decisão, movida pela justiça social, foi optar pelo mal menor, e evitar o mal maior para a população”, disse Calheiros, destacando que o projeto garante a isenção a dezenas de milhões de brasileiros, enquanto taxa uma pequena parcela dos super-ricos.

Segundo ele, o texto prevê a taxação "de 200 mil super-ricos, beneficiando perto de 25 milhões de trabalhadores e trabalhadoras".

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou posteriormente que as emendas foram rejeitadas pelos senadores.

Fonte: Brasil 247