quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

O banqueiro apontado como fonte das matérias contra Moraes


      O banqueiro André Esteves

A guerra de poder nos bastidores da Faria Lima tem chegado aos jornais e agora envolve diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes se tornou alvo de várias matérias e acusações, originadas de apurações com base em “ouvi dizer”, com alegações sustentadas não por provas concretas, mas sim por especulações.

Segundo o jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum, a fonte dessas reportagens é o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pacutal, que via no Banco Master uma ameaça ao seu império financeiro. O Master estava oferecendo taxas exorbitantes, chegando até 140% do CDI, o que atrapalhava a expansão do BTG. A competição acirrada entre as duas instituições bancárias teria levado Esteves a pressionar o Banco Central e a Fazenda para que o Master fosse alvo de intervenção.

A primeira matéria que alimentou essas acusações foi publicada pela blogueira Malu Gaspar, do O Globo. Nela, foi sugerido que Moraes teria pressionado Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, para não interferir no Banco Master. A mesma coluna havia anteriormente divulgado um contrato do banco com a esposa do ministro, Viviane Barci, no valor de R$ 3,2 milhões mensais, um valor considerado por advogados como fora dos padrões do mercado.

Ao longo dessa guerra de bastidores, Esteves passou a acreditar que Moraes poderia se vingar dele após a intervenção no Master. E, assim, começou a circular nas mídias da Faria Lima os rumores sobre o envolvimento do ministro. A divulgação do contrato envolvendo a esposa de Moraes foi apenas o primeiro passo dessa batalha, que continuaria com novas acusações e tentativas de desgastar a imagem de Moraes.

Galípolo e Moraes. Foto: Reprodução
Enquanto isso, o Banco Central interveio no Master, o que, teoricamente, resolveria o impasse, mas Esteves não ficou satisfeito. A divulgação de uma nova matéria sobre uma possível pressão do ministro foi a última tentativa de atacar Moraes, que se tornou o centro de uma série de acusações.

Segundo o artigo, essa “caça a Xandão” não é um movimento republicano, mas sim uma estratégia arquitetada pela Faria Lima e parte da imprensa tradicional, como o PIG, o grupo que, segundo Paulo Henrique Amorim, tem manipulado informações e produzido um jornalismo cada vez mais alinhado com interesses de mercado.

À medida que os boatos e as notícias falsas se espalham, a possibilidade de Moraes ser afastado e substituído por alguém mais alinhado com os interesses do mercado financeiro se torna cada vez mais concreta. O artigo sugere que, caso o ministro saia de cena, os alvos seguintes poderão ser outros ministros do STF, como Flávio Dino, ou até o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderia ser responsabilizado por algumas ações, seguindo o mesmo modelo da Lava Jato e do Mensalão.

Essa disputa promete continuar a agitar os corredores da política e da mídia brasileira, com impactos não apenas no mercado financeiro, mas também no cenário político do país.

Fonte: DCM com informações do jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum

VÍDEO – Sóstenes explica origem dos R$ 469 mil apreendidos pela PF


      O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) – Reprodução

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) divulgou um vídeo nesta quarta-feira (24) para explicar a origem de R$ 469.700,00 apreendidos pela Polícia Federal durante a operação Galho Fraco, na semana passada. O montante foi encontrado em espécie no flat do parlamentar, que afirmou que o valor corresponde à venda de um imóvel em Ituiutaba, Minas Gerais. Sóstenes explicou que o dinheiro é “fruto da venda de um imóvel, dinheiro lícito e de origem comprovada”, e apresentou documentos para corroborar sua versão.

No vídeo, Sóstenes mostrou uma cópia da escritura do imóvel e do seu imposto de renda de 2024, no qual declarou o valor da casa. Segundo o parlamentar, ele comprou a propriedade em 2023 por um valor inferior ao da venda. Após reformar o imóvel, ele colocou à venda por R$ 690.000, mas aceitou uma proposta de R$ 500.000 à vista de um comprador. O deputado afirmou que o valor foi pago em espécie e que “tudo conforme manda a lei, nada ilegal”.

A apreensão do dinheiro foi realizada na sexta-feira (18), durante um mandado de busca e apreensão contra Sóstenes e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que também foi alvo da operação. Sóstenes reiterou que não cometeu nenhuma irregularidade e que o dinheiro é “totalmente declarado”. Ele expressou a expectativa de que o valor apreendido seja devolvido a ele após a apuração do caso.

Sóstenes e Jordy, após a operação da PF, negaram qualquer envolvimento em atividades ilegais e afirmaram ser vítimas de uma perseguição política. Ambos os parlamentares se defenderam publicamente, afirmando que as acusações são infundadas e que possuem todas as provas necessárias para comprovar a origem legal dos valores.

A investigação da Polícia Federal, que inclui mensagens extraídas de celulares, depoimentos e quebras de sigilos bancários, segue em andamento. Sóstenes, que é líder do PL na Câmara, está sendo investigado por supostas irregularidades envolvendo a origem de grandes quantias de dinheiro apreendidas em sua residência.

O caso gerou grande repercussão na política brasileira, com aliados de Sóstenes saindo em sua defesa, enquanto críticos apontam a necessidade de uma investigação mais profunda sobre os fatos.

Fonte: DCM

Brasil segue polarizado, mas com paradoxos: Lula supera Bolsonaro, mas direita supera esquerda

Pesquisa Datafolha mostra que 74% se identificam como petistas ou bolsonaristas, enquanto 57% se declaram de direita ou esquerda — com vantagem da direita

Brasil segue polarizado, mas com paradoxos: Lula supera Bolsonaro, mas direita supera esquerda (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters )

O Brasil segue mergulhado em um ambiente de forte polarização política, mas os números revelam um quadro cheio de paradoxos. Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, publicada em reportagem da Folha de S. Paulo, 74% dos brasileiros se identificam com algum dos dois principais polos políticos do país — o campo ligado ao presidente Lula e o grupo associado a Jair Bolsonaro. Nesse recorte, os petistas voltaram a ser maioria: 40%, contra 34% de bolsonaristas.

O levantamento foi realizado entre 2 e 4 de dezembro, com 2.002 entrevistas em 113 municípios, ouvindo eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Além dos dois grupos polarizados, 18% se declararam neutros, 6% disseram não apoiar nenhum dos dois, e 1% não soube responder.

Petistas voltam à dianteira após um período de empate técnico

Na rodada anterior, realizada no fim de julho, o cenário era de empate técnico: 39% se diziam mais próximos do partido de Lula e 37% alinhados a Bolsonaro. Agora, embora a variação também ocorra dentro da margem de erro, a distância deixou de configurar empate, e o grupo petista retoma a liderança numérica.

O Datafolha usa, desde dezembro de 2022, uma escala para medir essa identificação:
“considerando uma escala de 1 a 5, onde 1 é bolsonarista e 5 petista, em qual número você se encaixa?”
Quem responde 1 ou 2 é classificado como bolsonarista; quem marca 4 ou 5 entra no grupo petista; e os que respondem 3 são considerados neutros.

Segundo a própria série histórica citada na reportagem, os apoiadores de Lula foram maioria em 9 dos 11 levantamentos realizados desde então, o que reforça a estabilidade estrutural desse campo dentro da polarização.

◉ A pesquisa foi feita após a prisão e condenação de Bolsonaro

A reportagem da Folha destaca que o levantamento ocorreu em um momento politicamente decisivo: após a prisão e condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente, ainda conforme o texto, já havia sido colocado em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares e, antes da condenação, chegou a ser preso preventivamente em Brasília após tentar violar a tornozeleira eletrônica.

Enquanto isso, o presidente Lula aparece em posição confortável no horizonte eleitoral. A pesquisa, segundo a reportagem, aponta que Lula lidera as intenções de voto para a eleição de 2026 tanto no primeiro quanto no segundo turno.

◉ Quem é mais petista e quem é mais bolsonarista

Os dados revelam que a polarização não é homogênea: ela se distribui com nitidez por gênero, renda, religião, escolaridade e região.

De acordo com o Datafolha, o petismo é mais concentrado:

  •  Entre mulheres (42%)
  •  Entre aposentados (45%)
  •  Entre quem tem até o ensino fundamental (52%)
  •  Na região Nordeste (49%)
  •  Entre católicos (48%)

◉ Já o bolsonarismo prevalece:

  •  Entre homens (37%)
  •  Entre empresários (41%)
  •  Entre quem ganha de cinco a dez salários mínimos (42%)
  •  Na região Sul (41%)
  •  Entre evangélicos (47%)

◉ Polarização cresce com a idade: 84% entre eleitores acima de 60 anos

A polarização também se intensifica entre os mais velhos. Entre pessoas com 60 anos ou mais, 84% se encaixam como petistas ou bolsonaristas, sendo 46% mais próximos de Lula e 38% inclinados a Bolsonaro. Esse dado indica que, para essa faixa etária, a disputa entre os dois líderes segue estruturando a forma como se percebe a política nacional.

◉ O paradoxo central: direita supera esquerda, apesar da vantagem de Lula na polarização

É nesse ponto que surge o principal paradoxo revelado pela pesquisa. Embora o campo petista seja numericamente maior do que o bolsonarista, a identificação ideológica mostra um país mais inclinado à direita do que à esquerda.

De acordo com o levantamento, 57% dos entrevistados se definem como de direita ou esquerda, sendo:

  •  35% de direita
  •  22% de esquerda

Outros segmentos se distribuem no centro:

  •  7% centro-esquerda
  •  17% centro
  •  11% centro-direita
  •  8% não souberam responder

Ou seja: o eleitorado que se vê como “de direita” é significativamente maior do que o que se vê como “de esquerda”, mesmo em um cenário em que o grupo identificado como petista é maior do que o bolsonarista.

◉ Trânsito de votos expõe contradições ideológicas

Outro dado destacado pela reportagem reforça essa complexidade: a autodeclaração ideológica não determina de forma automática o voto.

Entre os que se disseram de esquerda, 9% afirmaram ter votado em Bolsonaro em 2022. No grupo identificado como de direita, 22% declararam ter votado em Lula. Isso indica que parte relevante do eleitorado se move por fatores que não se reduzem à identidade ideológica.

Quando o recorte é feito dentro dos grupos polarizados, esse trânsito parece menor, mas ainda presente:

  •  5% dos bolsonaristas disseram ter votado em Lula
  •  7% dos petistas afirmaram ter votado em Bolsonaro

◉ O que a pesquisa sugere sobre o Brasil de 2026

O retrato traçado pelo Datafolha sugere um Brasil em que a polarização segue predominante, mas em que as identidades políticas convivem com contradições profundas. Lula lidera o polo mais numeroso, mas o país se declara majoritariamente de direita, o que tende a manter o ambiente de tensão política e disputa simbólica em alta.

A pesquisa indica também que, apesar da centralidade de Lula e Bolsonaro como polos estruturadores, há uma camada significativa que se vê como neutra, centrista ou sem alinhamento direto, e que pode voltar a ser decisiva no jogo eleitoral.

Em resumo, o Brasil segue polarizado — mas a fotografia é mais complexa do que o simples embate entre dois líderes. Ela revela um país onde a disputa entre petismo e bolsonarismo continua determinante, mas em que o eixo ideológico direita-esquerda aponta para uma inclinação conservadora, mesmo quando o petismo aparece numericamente à frente.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Quem é Renata Mendonça, jornalista da Globo atacada pelo presidente do Flamengo


Renata Mendonça, comentarista esportiva da Globo, em evento de divulgação da cobertura da Copa do Mundo da FIFA 2022. Foto: Globo/Reprodução

A jornalista Renata Mendonça, comentarista do Grupo Globo, foi alvo de ofensas do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap. O dirigente chamou a profissional de “nariguda” durante uma apresentação de dados financeiros do clube.

Renata Mendonça atua na emissora há cinco anos e comenta partidas na TV aberta, no SporTV e no Premiere. Aos 35 anos, ela também é colunista de esporte da Folha de S.Paulo e acumula passagens por veículos como ESPN Brasil e BBC ao longo da carreira jornalística.

Além do trabalho na televisão, a jornalista é uma das fundadoras do portal Dibradoras, criado em 2015 com o objetivo de ampliar a visibilidade das mulheres no esporte. O site se consolidou como referência na cobertura de temas ligados ao futebol feminino, igualdade de gênero e condições de trabalho para atletas.

As declarações ofensivas ocorreram enquanto Bap apresentava números sobre receitas do futebol feminino do Flamengo, especialmente valores relacionados aos direitos de transmissão. Ao abordar o tema, o dirigente afirmou que há desequilíbrio na distribuição de recursos entre clubes e emissoras.

“A audiência crescente, tem relevância na TV aberta e fechada. Se compara ao futebol masculino? Não, mas não pode ser essa diferença. A TV fica com os lucros do pacote de marketing e não distribui”, disse o presidente do clube durante o evento.

BAP rebate jornalista Renata Mendonça
Na sequência, Bap fez o ataque direto à jornalista. “Tem lá a nariguda da Globo que fica falando mal da gente, que o futebol não estimula. Dá vontade de falar: ‘Filha, convence a sua empresa a botar R$ 10 milhões por ano, R$ 20 milhões por ano, em direito de transmissão. Aí, a coisa fica melhor’. Pau que dá em João, tem que bater em Maria também. Somos nós que temos que pagar as contas”, afirmou.

Após a repercussão, a Globo divulgou nota oficial repudiando a fala do dirigente. A emissora classificou o episódio como um “ataque gratuito e misógino” e reafirmou o respeito às mulheres e ao exercício de críticas que não envolvam ofensas pessoais.

Até a última atualização, Renata Mendonça não havia se manifestado publicamente sobre o episódio. O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre machismo, liberdade de crítica e as condições do futebol feminino no Brasil.

Fonte: DCM

VÍDEO – Presidente do Flamengo chama jornalista da Globo de “nariguda”

BAP rebate jornalista Renata Mendonça

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, atacou a jornalista Renata Mendonça durante uma apresentação sobre as finanças do clube, realizada na terça-feira (23). Ao comentar críticas feitas ao futebol feminino rubro-negro, o dirigente usou uma expressão ofensiva ao se referir à profissional, que atua na TV Globo.

“Tem lá a nariguda da Globo que fica falando mal da gente e tudo mais, do futebol, que não estimula (o futebol feminino). Dá vontade de falar: ‘filha, convence a sua empresa a botar R$ 10 milhões por ano, R$20 milhões por ano em direitos de transmissão que aí a coisa fica melhor”, disse BAP.

As críticas do dirigente fazem referência a um vídeo publicado em outubro por Renata Mendonça em parceria com o portal Dibradoras. O material mostrou problemas estruturais no centro de treinamento do time feminino do Flamengo, incluindo vestiários danificados, água barrenta nas pias, ausência de espaços adequados de fisioterapia e um campo de treino com dimensões inferiores às oficiais.

O conteúdo teve grande repercussão nas redes sociais ao expor as condições enfrentadas pelas jogadoras. Procurada, a CNN Brasil repercutiu o episódio, que reacendeu o debate sobre investimento, estrutura e responsabilidades no desenvolvimento do futebol feminino no país.

Fonte: DCM

Daniela Lima contraria Malu Gaspar sobre reuniões de Moraes


       A colunista Daniela Lima. Foto: Reprodução

A jornalista Daniela Lima afirmou, durante participação no canal UOL News, que as reuniões realizadas em Brasília entre o ministro STF Alexandre de Moraes e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, trataram dos impactos da Lei Magnitsky e incluíram apenas menções ao Banco Master, segundo relatos de fontes ouvidas por ela. A fala foi apresentada em contraposição a informações divulgadas pela jornalista do Globo Malu Gaspar.

Segundo Daniela Lima, “por conta da imposição da Magnitsky, o ministro lá atrás teve de trocar a bandeira do cartão de crédito dele por uma bandeira 100% formada no Brasil, a bandeira da Elo, que está ali vinculada ao Banco do Brasil”. Ela acrescentou que “temia-se que, utilizando uma bandeira que tem conexões com os Estados Unidos, o provedor do cartão de crédito fosse sancionado pelo governo americano”.

A jornalista afirmou que as dúvidas levaram instituições financeiras a buscar interlocução política. “Daniela, só o presidente do Banco Central foi acionado? Não”, relatou. Segundo ela, “os bancos acionaram o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia”, que à época presidia um grupo ligado a fintechs conectado à Febraban.

Daniela Lima disse que Maia era procurado “por ser uma pessoa que tinha trânsito com o ministro Alexandre de Moraes há muito tempo, inclusive na esfera pessoal”. Segundo o relato, as conversas giravam em torno de questionamentos como “o que que a gente faz?” e “como é que a gente organiza isso?”.

No vídeo, Daniela Lima afirmou que “foram feitas conversas” e que “sim, o Banco Master foi citado”. Ela relatou ter ouvido de uma fonte: “Daniela, eu acompanhei uma visita do Marcelo Rubens Paiva ao Banco Central”. Segundo o relato, durante o encontro, ele teria perguntado a Gabriel Galípolo: “E o Master?”.

Ainda de acordo com a jornalista, a fonte afirmou que a menção ocorreu “de uma maneira que, obviamente, não era o tema central da reunião”. Ela disse que a resposta atribuída a Galípolo foi: “Leviano insinuar que houve qualquer tipo de pedido, cobrança ou gestão em direção ao Banco Master”. Segundo o relato, “as reuniões tratavam rigorosamente da Magnitsky” e, se houve menção, “foi como assunto de interesse geral, porque só se falava disso em Brasília naquela época”.

Após a divulgação do vídeo, as contradições nas falas de Malu Gaspar passaram a circular nas redes sociais. Em uma das publicações, um usuário afirmou: “É uma delícia ver Dani Lima contrariando a Malu Gaspar e a GloboNews trazendo o que realmente aconteceu nas reuniões do Xandão com Galípolo”. Veja a repercussão:

Fonte: DCM

Moraes libera filhos de Bolsonaro a visitarem hospital


      Carlos Bolsonaro fala com jornalistas do lado de fora do hospital DF Star, em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a visita dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospital DF Star, em Brasília, onde ele está internado para a realização de uma cirurgia. A decisão foi tomada após pedido da defesa e vale para todo o período de internação.

Bolsonaro foi hospitalizado nesta quarta-feira (24) com diagnóstico de hérnia inguinal bilateral e deve passar por procedimento cirúrgico no dia de Natal. A necessidade da cirurgia foi confirmada por perícia médica da Polícia Federal, conforme informado no processo analisado pelo STF.

Inicialmente, os advogados solicitaram que o ex-vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro fossem autorizados a acompanhar o pai como acompanhantes secundários, pedido que foi negado. Diante disso, a defesa fez nova solicitação, desta vez para permitir visitas, o que acabou sendo aceito pelo ministro.

Na decisão, Moraes determinou que as visitas dos filhos poderão ocorrer durante todo o período de internação, desde que sejam respeitadas “as regras gerais estabelecidas pelo hospital DF Star para todos os pacientes”. A autorização também foi estendida a outros filhos do ex-presidente, incluindo Jair Renan Bolsonaro e Laura Bolsonaro.

Ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação
Mais cedo, Carlos Bolsonaro esteve na porta do hospital para acompanhar a chegada do pai e falou com jornalistas. “Aqui estou em um espaço público”, disse o ex-vereador do Rio de Janeiro à imprensa, em um momento em que ainda não havia autorização formal para a visita.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro já havia sido autorizada a acompanhar Bolsonaro desde a noite anterior. Segundo os advogados, a estratégia inicial era garantir ao menos a presença dos filhos mais próximos durante a internação, o que acabou sendo parcialmente atendido.

Esta será a oitava cirurgia de Jair Bolsonaro desde o atentado a faca sofrido durante a campanha presidencial de 2018. Desde então, o ex-presidente enfrenta uma série de complicações médicas e sequelas decorrentes do ataque.

Na decisão mais recente, Alexandre de Moraes reforçou as restrições já impostas. “Reitero que deverão ser observadas todas as medidas determinadas na decisão de 23/12/25, inclusive quanto à vedação de ingresso no quarto hospitalar de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos e que todas as demais visitas deverão ser previamente autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal”, escreveu o ministro.

Fonte: DCM

Moraes só deve ser investigado se houver “mínimo de materialidade”, diz o jurista Pedro Serrano


      O jurista Pedro Estevam Serrano. Foto: Paulo Pinto

O jurista Pedro Estevam Serrano afirmou que a Procuradoria-Geral da República só deve investigar o ministro do STF Alexandre de Moraes caso haja um “mínimo de materialidade” nas alegações envolvendo suposta pressão sobre o Banco Central em favor do Banco Master. A avaliação foi feita em entrevista ao UOL News.

Segundo Serrano, qualquer apuração deve observar critérios legais e cautela institucional. “A acusação posta é muito grave, de que ele [Moraes] teria feito pedido ou pressão ao Banco Central para atuar em favor de uma entidade privada, o que é um crime previsto em lei”, disse o professor de direito da PUC-SP, ao tratar do cenário hipotético descrito nas reportagens.


Até o momento, não há provas de que Moraes tenha feito pedido formal ou pressionado autoridades. O próprio ministro declarou que a conversa com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ocorreu no contexto da aplicação da Lei Magnitsky.

Ainda na entrevista, Serrano afirmou que, na ausência de indícios concretos, o procedimento adequado seria uma verificação preliminar dos fatos, sem abertura imediata de inquérito formal. “O PGR só deve investigar se tiver o mínimo de materialidade”, afirmou.

O jurista também se manifestou sobre o tema em uma publicação no X, defendendo cautela na análise do caso. “O caso do ministro Alexandre tem de ser visto com calma. Sem condenações a priori”, escreveu. Ele também afirmou que denúncias baseadas em fontes sigilosas exigem atenção redobrada e que, se as imputações não se confirmarem, haverá “imensa falta de ética e ofensa à honra e à democracia”.

Serrano acrescentou que Galípolo negou ter tratado de qualquer assunto relativo ao Banco Master com Moraes e defendeu moderação na condução do tema. “Sugiro que devemos manter atenção ao que é apurado de fato. Moderação é o que temos de seguir por hora”, escreveu o professor.

Fonte: DCM

Brasil tem 40% de petistas e 34% de bolsonaristas, mas direita supera esquerda, diz Datafolha

 

Bandeiras de apoio a Bolsonaro e a Lula agitadas por apoiadores em Brasília – Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
A polarização política segue predominante no Brasil e atinge 74% da população, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha. O levantamento indica que o grupo de eleitores alinhados ao partido do presidente Lula voltou a superar numericamente os simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 2 e 4 de dezembro, 40% dos entrevistados se identificam como petistas, enquanto 34% se dizem bolsonaristas. Outros 18% se posicionaram como neutros, 6% afirmaram não apoiar nenhum dos dois polos e 1% não soube responder. O Datafolha ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais.

O instituto utiliza, desde dezembro de 2022, uma escala para medir a polarização política. A pergunta apresentada é: “considerando uma escala de 1 a 5, onde 1 é bolsonarista e 5 petista, em qual número você se encaixa?”. Quem respondeu 1 ou 2 foi classificado como bolsonarista, e os que marcaram 4 ou 5, como petistas. Os entrevistados que escolheram o número 3 foram considerados neutros.

Na pesquisa anterior, realizada no fim de julho, o índice de polarização era de 76%, com os dois grupos tecnicamente empatados. Naquele momento, 39% estavam mais próximos do partido de Lula e 37% alinhados a Bolsonaro. Embora a variação esteja dentro da margem de erro, a nova rodada rompe o empate e recoloca os petistas como maioria.

Bandeira do PT é erguida durante ato político. Foto: Fátima Meira/Agência Enquadrar
O levantamento mais recente foi realizado após a prisão e condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Antes disso, o ex-presidente havia sido colocado em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares e chegou a ser preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília após tentar violar a própria tornozeleira eletrônica.

Lula, por sua vez, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno, segundo levantamentos divulgados ao longo do segundo semestre.

O Datafolha também traçou o perfil social dos grupos. O petismo é numericamente mais concentrado entre mulheres, aposentados, pessoas com escolaridade até o ensino fundamental, moradores do Nordeste e católicos. Já o bolsonarismo prevalece entre homens, empresários, pessoas com renda entre cinco e dez salários mínimos, moradores da região Sul e evangélicos.

Apesar da forte divisão entre petistas e bolsonaristas, a identificação ideológica é menos intensa. Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados se declaram de direita ou de esquerda, sendo 35% de direita e 22% de esquerda. Outros 7% se disseram de centro-esquerda, 17% de centro, 11% de centro-direita e 8% não souberam se posicionar.

Fonte: DCM

Governo Lula oficializa aumento de R$ 103 no salário mínimo; saiba novo valor


            O governo federal oficializou o salário mínimo de R$ 1.621 para 2026

O governo federal publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (24), o Decreto nº 12.797, que oficializa o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O aumento de R$ 103 foi confirmado em meio ao cenário de inflação e crescimento econômico, e já afetará salários e benefícios como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que serão pagos no início de fevereiro.

O novo valor do salário mínimo representa um aumento de 6,79%, e o reajuste visa garantir o poder de compra dos trabalhadores, conforme determina a Constituição Brasileira. O salário mínimo é considerado a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber no Brasil e serve como referência para 59,9 milhões de pessoas, incluindo aposentados e beneficiários do sistema de seguridade social.

A Constituição exige que o salário mínimo seja ajustado periodicamente, de modo a preservar o poder de compra da população. Além disso, o valor deve ser fixado levando em conta a inflação e as necessidades básicas dos trabalhadores, como moradia, alimentação e saúde. De acordo com o Dieese, o valor necessário para cobrir as despesas mínimas de uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.067,18, mais de quatro vezes o valor do salário mínimo atual.

O presidente Lula aparece ao lado do ministro Fernando Haddad (Fazenda)
Nos governos anteriores, o salário mínimo foi reajustado apenas pela inflação. No entanto, durante o mandato de Lula, o reajuste foi ampliado, incorporando ganhos reais para além da inflação, com o objetivo de garantir uma maior valorização do trabalhador. Esse reajuste mais generoso ocorre devido à promessa de campanha do presidente, que defendeu uma política de valorização do salário mínimo.

Para chegar aos R$ 1.621, o governo utilizou uma nova fórmula, que combina o crescimento do PIB com a inflação acumulada até novembro de 2025. O aumento é mais expressivo do que o esperado se fosse aplicado apenas a correção pela inflação. De acordo com os cálculos, um aumento de R$ 103 resulta em um impacto de cerca de R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias do governo, o que pode afetar o orçamento destinado a outras áreas.

Fonte: DCM