quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

O banqueiro apontado como fonte das matérias contra Moraes


      O banqueiro André Esteves

A guerra de poder nos bastidores da Faria Lima tem chegado aos jornais e agora envolve diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes se tornou alvo de várias matérias e acusações, originadas de apurações com base em “ouvi dizer”, com alegações sustentadas não por provas concretas, mas sim por especulações.

Segundo o jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum, a fonte dessas reportagens é o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pacutal, que via no Banco Master uma ameaça ao seu império financeiro. O Master estava oferecendo taxas exorbitantes, chegando até 140% do CDI, o que atrapalhava a expansão do BTG. A competição acirrada entre as duas instituições bancárias teria levado Esteves a pressionar o Banco Central e a Fazenda para que o Master fosse alvo de intervenção.

A primeira matéria que alimentou essas acusações foi publicada pela blogueira Malu Gaspar, do O Globo. Nela, foi sugerido que Moraes teria pressionado Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, para não interferir no Banco Master. A mesma coluna havia anteriormente divulgado um contrato do banco com a esposa do ministro, Viviane Barci, no valor de R$ 3,2 milhões mensais, um valor considerado por advogados como fora dos padrões do mercado.

Ao longo dessa guerra de bastidores, Esteves passou a acreditar que Moraes poderia se vingar dele após a intervenção no Master. E, assim, começou a circular nas mídias da Faria Lima os rumores sobre o envolvimento do ministro. A divulgação do contrato envolvendo a esposa de Moraes foi apenas o primeiro passo dessa batalha, que continuaria com novas acusações e tentativas de desgastar a imagem de Moraes.

Galípolo e Moraes. Foto: Reprodução
Enquanto isso, o Banco Central interveio no Master, o que, teoricamente, resolveria o impasse, mas Esteves não ficou satisfeito. A divulgação de uma nova matéria sobre uma possível pressão do ministro foi a última tentativa de atacar Moraes, que se tornou o centro de uma série de acusações.

Segundo o artigo, essa “caça a Xandão” não é um movimento republicano, mas sim uma estratégia arquitetada pela Faria Lima e parte da imprensa tradicional, como o PIG, o grupo que, segundo Paulo Henrique Amorim, tem manipulado informações e produzido um jornalismo cada vez mais alinhado com interesses de mercado.

À medida que os boatos e as notícias falsas se espalham, a possibilidade de Moraes ser afastado e substituído por alguém mais alinhado com os interesses do mercado financeiro se torna cada vez mais concreta. O artigo sugere que, caso o ministro saia de cena, os alvos seguintes poderão ser outros ministros do STF, como Flávio Dino, ou até o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderia ser responsabilizado por algumas ações, seguindo o mesmo modelo da Lava Jato e do Mensalão.

Essa disputa promete continuar a agitar os corredores da política e da mídia brasileira, com impactos não apenas no mercado financeiro, mas também no cenário político do país.

Fonte: DCM com informações do jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum

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