sexta-feira, 25 de julho de 2025

Moraes é alvo de denúncia anônima na OEA por “violações de direitos humanos”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Divulgação

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), recebeu uma petição que acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de promover supostas “violações sistemáticas de direitos humanos no Brasil”.

O documento, apresentado por um cidadão que solicitou anonimato por temer represálias, aponta uma série de medidas judiciais tomadas após os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 como exemplos de abusos de autoridade.

Segundo o texto encaminhado à CIDH, o ministro Moraes teria determinado prisões preventivas em massa sem fundamentação individual e com tempo de detenção excessivo. A petição também questiona decisões proferidas sem garantir o contraditório ou a ampla defesa.

O episódio mais citado é a detenção de mais de 1.400 pessoas no dia 9 de janeiro, levadas para um ginásio da Polícia Federal, em condições descritas como insalubres, com base em critérios como geolocalização ou mera proximidade dos locais dos ataques.

Além de Moraes, o documento também menciona outras instituições e autoridades brasileiras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) é apontada como omissa em relação aos supostos abusos cometidos pelo Judiciário, enquanto o presidente Lula é acusado de manter uma postura conivente e de apoiar uma narrativa que classifica todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro como terroristas.

O presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Divulgação

O Congresso Nacional, por sua vez, seria negligente na proteção do equilíbrio entre os Poderes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também é citado na denúncia, acusado de exercer censura prévia e perseguição a jornalistas, religiosos e influenciadores digitais sob o argumento de combater a desinformação.

A petição alega que houve bloqueios de perfis e remoções de conteúdo em redes sociais por decisão judicial, frequentemente sem transparência e sem direito de defesa.

Entre os nomes citados como alvos dessas ações estão os comunicadores Allan dos Santos, Paula Schmitt e Rodrigo Constantino, além de parlamentares da oposição como Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, Bia Kicis, Damares Alves e Marco Feliciano.

O documento afirma que esses políticos enfrentam censura institucional e perseguição judicial, inclusive com conteúdo bloqueado nas redes sociais em decisões sigilosas. A petição também sustenta que há um quadro de “lawfare” no Brasil, ou seja, o uso do sistema judicial com fins de perseguição política.

Segundo o denunciante, isso fere princípios fundamentais como o devido processo legal, a liberdade de expressão e a separação entre os Poderes. O texto argumenta que o sistema jurídico brasileiro estaria atualmente “disfuncional e parcial” diante dos supostos abusos de autoridade.

Diante do cenário descrito, o autor do pedido solicitou que a CIDH adote medidas cautelares urgentes e, se necessário, leve o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Ele alega que já há registros de ameaças, retaliações e perseguições contra opositores políticos no país, motivo pelo qual pediu confidencialidade quanto à sua identidade.

Fonte: DCM

Por que EUA dependem do suco de laranja brasileiro — e como o tarifaço afeta isso


     Suco de laranja

A imposição de tarifas de até 50% sobre o suco de laranja brasileiro por parte do governo dos Estados Unidos colocou em alerta uma das cadeias produtivas mais tradicionais do agronegócio nacional. Responsável por cerca de 80% do suco de laranja consumido pelos americanos, o Brasil se tornou peça-chave na manutenção do abastecimento do produto nos EUA, sobretudo diante da crise nos pomares da Flórida.

Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a citricultura americana enfrenta um forte declínio, impulsionado pela propagação do greening — uma doença bacteriana que afeta gravemente as plantações. A queda na produção interna elevou a dependência de fornecedores externos, com Brasil e México liderando as exportações para o país norte-americano.

A nova política tarifária do ex-presidente Donald Trump, que mira vários produtos brasileiros, acentuou a preocupação de importadores nos Estados Unidos, que agora questionam a medida na Justiça. Especialistas do setor citrícola afirmam que as tarifas podem gerar desequilíbrio no mercado, afetar contratos e, a longo prazo, até provocar aumento nos preços ao consumidor americano.

Apesar da insegurança gerada pela nova tarifa, os embarques da safra 2025/26 continuam, ainda que com cautela. Indústrias dos EUA seguem recebendo as primeiras laranjas brasileiras por meio de contratos já firmados e operações de mercado spot. No entanto, novas negociações estão suspensas, à espera de definições sobre os impactos reais da medida protecionista.

Fonte: DCM

Quase 34% do comércio entre Brasil e EUA em 2024 foi entre filiais de multinacionais, diz Amcham

Comércio intraempresa cresceu 131% em favor dos EUA e envolve setores estratégicos como energia, tecnologia, saúde e indústria de transformação

Exportações brasileiras para os EUA caíram pela metade desde 2001 (Foto: Divulgação/Porto de Santos)

33,7 de todo o fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos em 2024 foi realizado entre empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico. É o que revela estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil). De acordo com a entidade, essas transações, feitas entre filiais, subsidiárias ou matrizes de grandes multinacionais, alcançaram um volume de US$ 31 bilhões no ano.

Do total movimentado, US$ 15,9 bilhões corresponderam a importações brasileiras de produtos oriundos dos Estados Unidos, enquanto as exportações do Brasil ao país somaram US$ 15,1 bilhões. A Amcham destaca que a interdependência produtiva entre as duas economias é mais evidente em segmentos considerados estratégicos: tecnologia, energia, saúde e indústria de transformação.

“Esse número mostra o quanto as empresas dos dois países estão conectadas. As trocas entre partes relacionadas revelam cadeias de valor integradas e investimentos cruzados que fortalecem as economias do Brasil e dos Estados Unidos. Em vez de barreiras, é essencial aprofundar a cooperação”, declarou Fabrizio Panzini, diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Amcham Brasil.

◆ Superávit americano e aumento da participação intraempresa

O estudo revela ainda que, assim como no comércio bilateral total, os Estados Unidos registraram superávit nas transações realizadas entre empresas de um mesmo grupo. Entre 2023 e 2024, esse superávit cresceu 131,2%, impulsionado pela intensificação do envio de mercadorias de filiais e matrizes norte-americanas situadas no Brasil para os EUA.

Segundo a Amcham, a participação das exportações de empresas norte-americanas para suas filiais brasileiras aumentou de 35,5% em 2021 para 38,9% em 2024. Já as importações dos EUA a partir de suas filiais brasileiras também cresceram no mesmo período: passaram de 34,7% para 35,3%, saltando de US$ 11 bilhões para US$ 15,1 bilhões.

Os produtos mais comercializados nessa dinâmica foram equipamentos de transporte, itens da indústria química e petroquímica, máquinas e equipamentos, além de bens do setor eletroeletrônico.

◆ Tensão comercial às vésperas de decisão de Trump

A publicação do levantamento acontece em meio à expectativa em torno da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fixou o prazo de 1º de agosto para possível imposição de tarifas de até 50% sobre produtos importados do Brasil.

A medida, se concretizada, poderá impactar diretamente esse tipo de comércio intraempresa e representar um revés na crescente integração produtiva entre os dois países.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro ameaça Motta e Alcolumbre e comete “crime intolerável contra a democracia”, diz Gleisi

“A conspiração desse traidor da pátria com agentes de Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, afirma a ministra

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), qualificou como “crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil” a ameaça do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A ministra acusa o deputado de envolvimento em articulações com aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar o Congresso e o Judiciário brasileiro em favor de seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Gleisi, “a conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, afirmando que o grupo exige “anistia de Jair Bolsonaro e impeachment de Alexandre Moraes para suspender sanções dos EUA ao Brasil”.

A ministra salienta ainda que “perderam a eleição, nunca reconheceram o resultado, tentaram dar um golpe, assassinar o presidente eleito, e agora querem uma intervenção estrangeira no Judiciário e no Congresso do nosso país. E ainda querem se passar por vítimas”.

Na avaliação de Gleisi, as atitudes atribuídas ao deputado merecem repreensão severa: “esse crime de lesa‑pátria não pode ficar impune”.
Fonte: Brasil 247

"Bolsonaro não está sendo perseguido. Ele tentou um golpe neste país", diz Lula em resposta a Trump

"O Bolsonaro não é problema meu, é da Justiça", diz o presidente, reafirmando disposição para negociar com os EUA

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025 - Urbanização de Favelas, no âmbito do Programa Periferia Viva - Jardim Rochdale, Osasco - SP - 25/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em discurso realizado nesta sexta-feira (25) em Osasco (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu com firmeza as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que publicou uma carta em seu portal pedindo ao governo brasileiro que cessasse a suposta "perseguição" ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De forma direta, Lula afirmou que Bolsonaro "não está sendo perseguido", mas sim "julgado" pelos crimes que cometeu, incluindo a tentativa de impedir a posse legítima dos eleitos em 2022.

"O Bolsonaro não é problema meu, é da Justiça. Ele está sendo julgado com todo o direito de defesa. Ele tentou dar um golpe neste país, não queria que eu e o Alckmin tomássemos posse e chegou a montar uma equipe para matar o Lula, o Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o Alexandre de Moraes. Isso já está provado, por delação deles mesmos", afirmou o presidente brasileiro.

A resposta de Lula veio após Trump publicar uma mensagem alegando que os EUA poderiam impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros caso o governo do Brasil continuasse a "perseguir" Bolsonaro. Lula, que disse ter ficado surpreso com a carta, lamentou que o presidente norte-americano não tivesse feito um simples contato telefônico.

"Se o presidente Trump tivesse ligado para mim, certamente eu explicaria para ele o que está acontecendo com o ex-presidente. Mas ele foi induzido a acreditar em uma mentira", disse. "Se o presidente Trump morasse no Brasil e tivesse feito aqui o que fez no Capitólio, ele também estaria sendo julgado."

☆ Lula reafirma soberania do Brasil: "Quem manda aqui é o povo brasileiro" - Ao longo do discurso, Lula defendeu a autonomia da Justiça brasileira e reiterou que ninguém está acima da lei. Segundo ele, o povo brasileiro é quem define os rumos da nação — não pressões externas ou articulações internacionais.

"Neste país, quem manda é o povo brasileiro, e o povo está esperando que se faça justiça. Se o Bolsonaro for inocente, ele vai ser livre. Agora, o que eu acho é que ele precisaria ter um pouco de respeito", declarou.

O presidente também lembrou sua própria experiência com o sistema judicial, referindo-se ao período em que esteve preso após condenações da Operação Lava Jato — hoje anuladas. Ele afirmou que, mesmo diante de uma "mentira" que o levou à prisão por 580 dias, nunca deixou de acreditar na justiça e recusou um acordo que previa o uso de tornozeleira eletrônica:

"Não troco minha dignidade pela minha liberdade. Não vou colocar tornozeleira porque não sou pombo-correio e minha casa não é cadeia."

☆ Relações com os EUA e críticas à desinformação - Lula aproveitou a ocasião para destacar os 201 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e expressou sua disposição para o diálogo. No entanto, disse que há limites claros que precisam ser respeitados. Um deles é a soberania nacional, inclusive no que se refere à regulação das plataformas digitais:

"Na carta, ele [Trump] diz que não aceita que a gente vá punir ou regular as big techs. E nós vamos fazer, porque eles têm que respeitar a legislação brasileira. Não pode ficar promovendo ódio, contando mentira, tentando destruir a democracia."

Segundo Lula, a atuação de empresas digitais deve obedecer às leis brasileiras, especialmente no combate à desinformação e ao discurso de ódio.

☆ Superávit americano e cobrança de reciprocidade - O presidente também refutou o argumento de que os Estados Unidos estariam em desvantagem comercial em relação ao Brasil. Lula apresentou dados que demonstram o contrário:

"Este ano exportamos US$ 40 bilhões e eles para nós US$ 47 bilhões. Eles têm superávit. Só nas empresas de dados, todos os dados brasileiros estão nas mãos dos americanos. Se você pegar serviços e comércio, eles têm superávit em 15 anos de US$ 410 bilhões. Então quem deveria estar reclamando éramos nós."

Ele ainda reforçou que o Brasil está aberto à negociação, mas exige respeito mútuo. "Ninguém pode dizer que o Lula não está negociando. Não só estou negociando como estou colocando meu vice para ser meu negociador. Estamos tranquilos, discutindo. Queremos ouvir de verdade o que vai acontecer e aí vamos tomar nossas posições", disse.

☆ Críticas ao uso político da bandeira nacional - Lula também condenou a atuação de políticos brasileiros que, segundo ele, utilizam símbolos nacionais de forma oportunista para atacar a democracia. Sem citar diretamente o nome de Eduardo Bolsonaro, o presidente mencionou o ex-deputado que teria ido aos EUA pedir intervenção estrangeira:

"Estão pedindo para o presidente dos Estados Unidos aumentar a taxa das coisas que nós vendemos para eles para poder libertar o pai. Ou seja, trocando o Brasil pelo pai. Que patriota é esse? Isso é pior que Silvério dos Reis."

Fonte: Brasil 247

Moraes bloqueia contas de Marcos do Val após senador viajar para os EUA com passaporte diplomático

Parlamentar deixou o país apesar de ter o passaporte comum retido por ordem do STF e disse ter avisado autoridades sobre viagem de férias

Marcos do Val (Foto: Geraldo Magela - Agência Senado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (25) o bloqueio de contas bancárias e instrumentos financeiros do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que viajou aos Estados Unidos mesmo após ter o passaporte retido por decisão judicial.

De acordo com o despacho obtido pela publicação, Moraes ordenou a suspensão de todos os cartões de crédito e débito em nome do senador, além do bloqueio das chaves Pix e de quaisquer investimentos registrados em seu nome. Os bancos receberam o prazo de 24 horas para cumprir a determinação.

A medida ocorre um dia após o parlamentar deixar o país com destino a Orlando, na Flórida, partindo de Manaus. Ele está nos EUA com a família para um período de férias, apesar de o Supremo ter negado formalmente o pedido de autorização para a viagem. A solicitação foi rejeitada pelo próprio Moraes, que já havia determinado o bloqueio do passaporte de do Val, confirmado em fevereiro deste ano pela Primeira Turma do STF.

O parlamentar é alvo de investigação da Polícia Federal por supostamente integrar um grupo que teria agido para intimidar autoridades e prejudicar o andamento de apurações conduzidas pela corporação. Em operação recente, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência, em Vitória (ES), mas não encontrou o passaporte.

Segundo o portal UOL, o senador utilizou o passaporte diplomático para realizar o embarque, o que foi confirmado por ele em nota à imprensa. “Não há bloqueio no passaporte diplomático”, afirmou o senador, que alegou ter comunicado previamente às autoridades sobre sua viagem de férias. Ele negou qualquer irregularidade: “Minha viagem é regular”.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal IstoÉ

VÍDEO – Eduardo Bolsonaro chantageia Motta e Alcolumbre


Eduardo Bolsonaro em entrevista à Oeste. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ameaças aos representantes do Congresso nesta sexta-feira (25) ao sugerir que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-MG), poderiam sofrer sanções do governo dos Estados Unidos caso não aprovem projetos de interesse da extrema-direita brasileira. As ameaças foram feitas durante entrevista ao programa “Oeste com Elas”, da revista de extrema-direita Oeste, no YouTube.

O parlamentar, que fugiu para os EUA em março, relacionou diretamente a possível aprovação do projeto de anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro com as recentes medidas comerciais anunciadas por Donald Trump contra o Brasil.

“Relembro aqui que quando Rodrigo Pacheco [ex-presidente do Senado] perdeu visto, foi porque não pautou nenhuma das dezenas de pedidos de impeachment na sua mesa. Fez parte desse aparato que sustentou regime brasileiro”, afirmou Eduardo.

Eduardo foi explícito ao mencionar os atuais presidentes do Legislativo: “Davi Alcolumbre, ele não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Tem possibilidade de não ser sancionado, não acontecer nada com visto dele, se não der respaldo ao regime. E também Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados, tem a novidade da lei da anistia”.


O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro que considera a anistia aos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes como condições para evitar medidas mais duras dos EUA: “Se o Brasil não conseguir pautar anistia, se Brasil não conseguir, ainda que num segundo passo, o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”.

As declarações do parlamentar fazem referência à Lei Magnitsky, mecanismo estadunidense que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos. Essa legislação tem sido apontada por bolsonaristas como possível base para punições contra autoridades brasileiras que consideram adversárias.

Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar e aliado de Eduardo nos EUA, reforçou as ameaças: “Pelo que sei, foram preservados por enquanto, inclusive a pedido do Eduardo Bolsonaro. Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre”.

Fonte: DCM

Brasil prepara política para minerais estratégicos e enfrenta pressão dos EUA por acesso às reservas

Governo Lula desenvolve programa para agregar valor a recursos como lítio e grafita, enquanto Washington tenta usá-los como moeda de troca

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Vale do Jequitinhonha. Parque de Eventos de Minas Novas, Minas Novas - MG. 
Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está finalizando uma nova política nacional para minerais críticos, com foco na soberania estratégica e no fortalecimento da indústria brasileira. A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que também apontou o crescente interesse do governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, no acesso a essas reservas minerais — especialmente diante da iminente imposição de sobretaxas a produtos brasileiros.

A iniciativa brasileira, chamada internamente de Mineração para Energia Limpa (MEL), vem sendo articulada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e prevê estímulos para ampliar o mapeamento geológico do território nacional, facilitar o financiamento de novos projetos e garantir maior participação de pequenas empresas no setor. Uma das medidas em análise é a autorização para emissão de debêntures incentivadas — títulos com benefícios fiscais — voltadas à produção e ao beneficiamento desses minerais.

Entre os recursos em foco estão lítio, cobre, grafita, silício, terras-raras, nióbio e vanádio, fundamentais para setores estratégicos como energia renovável, mobilidade elétrica, defesa e tecnologia de ponta. O Brasil detém algumas das maiores reservas globais, mas ainda participa com baixa expressão na produção mundial desses materiais. Segundo o Guia para o Investidor Estrangeiro em Minerais Críticos 2025, elaborado pelo próprio MME, o país possui, por exemplo, 26,4% das reservas de grafita, mas responde por apenas 4,56% da produção global. No caso das terras-raras, tem 19% das reservas, mas apenas 0,02% da produção.

O alerta sobre a assimetria entre potencial e realidade foi reforçado por Jorge Boeira, engenheiro de minas e analista da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI):

“Nesse contexto, os minerais podem, sim, ser usados como moeda de troca em negociações internacionais, mas com uma condição importante: o Brasil precisa definir com clareza qual seu projeto de desenvolvimento para esses recursos.”

Para Boeira, transformar o potencial mineral em vantagem geopolítica exige uma estratégia nacional robusta, que vá além da simples exportação de matérias-primas.

“Não se trata apenas de vender minério bruto, mas de negociar inserção qualificada em setores de ponta da economia global. Se o país conseguir construir políticas que associem a exportação desses minerais ao fortalecimento da sua indústria — por exemplo, exigindo contrapartidas em transferência de tecnologia, investimentos em beneficiamento e manufatura de materiais avançados localmente ou parcerias em inovação — então esses recursos deixam de ser apenas commodities e passam a ser instrumentos estratégicos.”

A movimentação de Washington sobre o tema foi direta: na quarta-feira (24), o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, procurou representantes do setor mineral brasileiro para manifestar o interesse americano no acesso aos recursos estratégicos. A abordagem ocorre em paralelo à tensão causada pela decisão dos EUA de aplicar uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto — o que acendeu o sinal de alerta sobre o possível uso dos minerais críticos como moeda de troca nas tratativas comerciais.

Há ainda um pano de fundo político: o presidente Trump tem reiterado que a relação comercial com o Brasil prejudica os EUA e se queixa da atuação do Judiciário brasileiro em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também tem criticado regras brasileiras sobre plataformas digitais. A Casa Branca insinua que a resolução das tarifas poderia vir acompanhada de concessões em temas como a exploração mineral, algo que o governo Lula rejeita, mantendo-se restrito à esfera comercial.

O programa MEL busca justamente criar um ambiente em que o Brasil não apenas explore, mas beneficie e industrialize seus minerais, posicionando-se com mais peso nas cadeias produtivas globais. Como o subsolo é propriedade da União, e sua exploração depende de concessões federais, o país detém uma ferramenta poderosa para definir os termos de acesso aos seus recursos.

Com potencial abundante e uma nova política em construção, o Brasil tenta transformar sua geologia em vetor de desenvolvimento, evitando repetir o histórico ciclo de exportação de bens primários com pouco valor agregado. A disputa por minerais estratégicos — em um cenário global cada vez mais marcado por tensões e transições tecnológicas — coloca o país diante de uma encruzilhada entre dependência e soberania industrial.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas pelo jornal O Globo

Senadores dos EUA acusam Trump de abuso de poder por tarifaço contra o Brasil e por defender Bolsonaro


Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

Onze senadores democratas enviaram nesta quinta-feira (24) uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticando as tarifas de 50% impostas às importações do Brasil. Eles acusam o republicano de usar a economia americana para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando a medida de “claro abuso de poder”.

No texto encaminhado à Casa Branca, os parlamentares afirmam que Trump está tentando interferir no sistema judicial brasileiro para favorecer um aliado pessoal, o que colocaria em risco empresas e empregos nos Estados Unidos. “Interferir no sistema legal de uma nação soberana estabelece um precedente perigoso, provoca uma guerra comercial desnecessária e coloca cidadãos e empresas americanas em risco de retaliação”, escreveram.

A carta lembra que os EUA têm superávit comercial com o Brasil desde 2007 e que a justificativa usada pelo governo Trump não tem base econômica. Os senadores dizem ainda que retaliações do Brasil aumentariam os custos de produtos consumidos pelas famílias americanas. O país importa mais de US$ 40 bilhões por ano do Brasil — sendo US$ 2 bilhões apenas em café — e o comércio bilateral sustenta cerca de 130 mil empregos nos EUA.

Jair Bolsonaro e Donald Trump – Foto: Reprodução

Os parlamentares também alertam que o episódio pode empurrar o Brasil ainda mais para a órbita da China. “Uma guerra comercial com o Brasil também aproximaria o país da República Popular da China em um momento em que os EUA precisam combater agressivamente a influência chinesa na América Latina”, escreveram.

Eles citam investimentos recentes da China em infraestrutura no Brasil, como projetos portuários e ferroviários, e afirmam que a postura de Trump enfraquece a imagem dos EUA na região, além de fortalecer a presença de Pequim.

Na carta, os senadores pedem que Trump reconsidere as tarifas e foque em reforçar as relações econômicas com a América Latina, promover eleições democráticas e conter a expansão da influência chinesa.

Assinam o documento: Tim Kaine, Jeanne Shaheen, Adam B. Schiff, Richard J. Durbin, Peter Welch, Kirsten Gillibrand, Mark R. Warner, Catherine Cortez Masto, Michael F. Bennet, Jacky Rosen e Raphael Warnock.

Fonte: DCM

Agressão de Trump ao Brasil é uma das maiores interferências na América Latina desde a Guerra Fria, diz The Economist

Revista britânica denuncia interferência dos EUA como "chocante agressão" na América Latina e destaca reação de Lula

      Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

A revista britânica The Economist classificou, em matéria publicada nesta quinta-feira (24), como uma "chocante agressão" o pacote de sanções adotado pelos Estados Unidos contra o Brasil, sob a liderança do presidente Donald Trump. As medidas incluem a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras e a suspensão dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a publicação, trata-se de uma das ações mais intrusivas de Washington na América Latina desde o fim da Guerra Fria. “Raramente desde o fim da Guerra Fria os Estados Unidos interferiram tão profundamente em um país latino-americano”, destaca o periódico.

A revista observa que Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são "inimigos ideológicos", destacando ainda que os aliados do republicano criticam de forma recorrente as investigações conduzidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre desinformação nas redes sociais. No entanto, a revista sustenta que o estopim para a ofensiva teria sido a cúpula do BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. “O gatilho para o ataque de Trump parece ter sido a cúpula do BRICS, um grupo de países emergentes, que o Brasil sediou”, apontou.

Um outro ponto destacado pela revista é o fato de Donald Trump ser um aliado de jair Bolsonaro (PL). O presente dos EUA condenou o que chama de “caça às bruxas” contra o ex-mandatário brasileiro, que responde a uma ação penal no STF por participar de um suposto plano de golpe de Estado. Nesta semana, o STF adotou medidas rigorosas contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e restrição de acesso às redes sociais. Para a revista, tais reações também foram “agressivas”.

A The Economist sustenta que a estratégia de Trump está tendo um efeito contrário ao desejado. “Se atrair a ira de Trump deveria fortalecer a direita brasileira antes das eleições gerais do ano que vem, o plano está saindo pela culatra”, diz o texto. Segundo a publicação, a aprovação de Lula, que vinha em declínio, voltou a subir, e o presidente agora lidera com folga entre os potenciais candidatos para a disputa de 2026. “Brasileiros de todos os tipos estão apoiando Lula”, afirma a revista.

A matéria também relata que o Congresso brasileiro, sob maioria conservadora, teria se alinhado ao Planalto diante da crise diplomática e discute a aplicação de tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos.

O impacto econômico das sanções deve recair, segundo a reportagem, principalmente sobre setores exportadores localizados em redutos bolsonaristas, como os produtores de café, carne e suco de laranja. “O impacto provavelmente recairá desproporcionalmente sobre empresas sediadas em regiões que são redutos de Bolsonaro”, avaliou.

A revista também chama atenção para a reação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tradicionalmente aliada de Bolsonaro, que condenou o caráter político das tarifas impostas pelos EUA. Em tom defensivo, o ex-presidente brasileiro teria tentado se desvincular da ação do governo Trump, afirmando que as tarifas “não têm nada a ver conosco”.

A ofensiva de Trump inclui ainda ataques diretos ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central. A The Economist destaca o impacto positivo da ferramenta na democratização do acesso a serviços financeiros no Brasil e aponta o desconforto gerado nas gigantes americanas do setor.

“O Pix estimulou a concorrência no setor bancário brasileiro, antes decadente”, assinala a reportagem, ressaltando que empresas como Visa e Mastercard vêm perdendo espaço desde a sua implementação.

Embora reconheça que parte das críticas americanas às práticas comerciais brasileiras “têm mérito”, a revista pondera que essa não seria a real motivação de Trump. “O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, com forte apoio estatal à sua indústria”, admite. No entanto, o texto revela que desde maio o governo Lula tenta abrir diálogo com a Casa Branca para discutir um possível acordo comercial — sem sucesso até agora.

Fonte: Brasil 247 

Lula envia flores e Janja comparece ao velório de Preta Gil no Theatro Municipal do Rio

Com agenda em São Paulo, presidente não compareceu à cerimônia, mas foi representado pela primeira-dama na despedida da cantora nesta sexta-feira

Janja e Margareth Menezes compareram ao velório de Preta Gil (Foto: Reprodução/TV Globo)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, prestaram homenagem à cantora Preta Gil, falecida no último domingo (20), com o envio de uma coroa de flores ao velório realizado nesta sexta-feira (25) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Lula também telefonou para o pai da artista, o músico Gilberto Gil, manifestando pessoalmente suas condolências. A ministra da Cultura, Margareth Menezes também acompanhou a cerimônia. As informações são do Metrópoles.

Impossibilitado de comparecer devido a compromissos oficiais em São Paulo, Lula foi representado por Janja, que chegou ao local logo no início da cerimônia, às 9h da manhã. O velório da artista permanecerá aberto ao público até as 13h, permitindo a presença de amigos, fãs e admiradores que quiseram se despedir. Após o velório, a família participa de uma cerimônia restrita de cremação, programada entre 15h e 17h, atendendo a um desejo manifestado por Preta Gil em vida.

No mesmo dia da morte da cantora, o Palácio do Planalto divulgou uma nota oficial destacando o impacto da perda de Preta Gil: “Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”

A cantora faleceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental contra um câncer no intestino desde o início de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

APUCARANA: Prefeitura inova, capacita servidores em Inteligência Artificial e moderniza a gestão pública


A Prefeitura de Apucarana está investindo na capacitação dos servidores com um curso de Inteligência Artificial (IA). A formação reúne funcionários de todas as secretarias e, nesta etapa, serão capacitados cerca de 60 servidores. O objetivo é dar mais agilidade, eficiência, clareza e inovação ao serviço público.

“Estamos investindo na qualificação dos nossos servidores para que Apucarana seja referência em gestão pública. A inteligência artificial está chegando para auxiliar, agilizar e dar mais clareza às rotinas administrativas, sem substituir o trabalho humano. A ideia é facilitar a vida do servidor e oferecer um atendimento mais rápido à população”, afirma o prefeito Rodolfo Mota.

Segundo o secretário municipal da Fazenda, professor Rogério Ribeiro, o curso é introdutório e busca apresentar aos servidores os conceitos básicos da IA e suas aplicações no cotidiano. “Levantamos o nível de conhecimento da equipe sobre a IA e vimos que 36% nunca haviam utilizado a ferramenta. Com esse curso, estamos dando os primeiros passos para aperfeiçoar as rotinas com o uso da IA, com foco em eficiência e produtividade”, explica.

Ribeiro destaca que a IA será usada como apoio, e não como substituição. “Ela poderá ajudar, por exemplo, na revisão e clareza de ofícios e documentos, no cruzamento de dados da fiscalização tributária, na geração de relatórios e no atendimento ao cidadão com assistentes virtuais. Estamos, inclusive, em fase de contratação da SARA, uma IA desenvolvida pela IPM, que irá facilitar o acesso a informações e serviços da Prefeitura”, informou.

Ainda de acordo com o secretário, a iniciativa se soma a outros cursos de capacitação promovidos pela gestão municipal. Somente na Secretaria da Fazenda, já são dez capacitações realizadas este ano, tanto em outras cidades quanto em Apucarana. “Isso mostra o compromisso da gestão com a atualização, qualificação e valorização dos servidores, principalmente diante de grandes desafios como a reforma tributária”, pontua Ribeiro.

Curso ensina aplicações práticas nas rotinas administrativas

O curso Aplicações Práticas da Inteligência Artificial na Gestão Pública está sendo ministrado no laboratório de informática da Unespar/Fecea. De acordo com a professora Simone Rezende, responsável pelo treinamento, o conteúdo do curso é dividido em dois módulos: teórico pela manhã e prático à tarde.

O curso, com carga de oito horas, apresenta os fundamentos, a evolução da IA, seu funcionamento e as possibilidades de aplicação na administração pública. Na parte prática, os servidores aprendem a usar ferramentas como ChatGPT, Canva, Gamma e outras que aumentam a produtividade nas rotinas administrativas. Como envolve teoria e prática, o curso reúne turmas menores. Além desta sexta-feira, haverá treinamentos com outros grupos também nas próximas duas semanas, nos dias 1º e 8 de agosto.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Secretaria da Mulher celebra a formatura de 142 alunos em cursos profissionalizantes



Na noite de ontem (24/7), a Secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família (SEMAF) promoveu a formatura de 142 alunos que concluíram cursos profissionalizantes no primeiro semestre de 2025. A cerimônia aconteceu no salão nobre da Prefeitura de Apucarana e contou com a presença de diversas autoridades, professores, familiares e amigos dos formandos.

A primeira-dama do município e secretária da SEMAF, Karine Mota, destacou que foram oferecidos 15 cursos profissionalizantes, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Entre as opções, estavam: Preparo e Decoração de Bolos, Lógica da Programação, Doces de Páscoa, Preparo de Salgados, Alongamento de Cílios, Modelagem e Hena para Sobrancelhas, Manicure e Pedicure, Produção de Tortas Doces e Salgadas, Preparo de Pizza, Preparo de Pães Artesanais, Corte de Cabelo com Técnicas e Tendências, Costura, Moda e Modelagem (com turmas nos períodos da manhã e da tarde), e Costura Criativa (manhã e tarde).

“Estou muito feliz com a formatura de nossos alunos. Espero que levem para a vida tudo o que aprenderam e continuem a aprimorar esses conhecimentos a cada dia. A Secretaria da Mulher estará sempre de portas abertas para recebê-los e apoiá-los em suas trajetórias”, afirmou a primeira-dama.

O prefeito Rodolfo Mota ressaltou as diversas oportunidades de capacitação profissional oferecidas pelo município, todas gratuitas e de alta qualidade. “Em Apucarana, só não aprende uma profissão quem não quer. No mês passado, formamos 40 profissionais por meio da carreta do Programa Qualifica Paraná, da Secretaria de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda. Em julho, outra turma está sendo capacitada na carreta, recebendo bolsa de estudos no valor de R$ 1.008,00. Até o final do ano, outras duas carretas deverão chegar à nossa cidade. Além disso, esta semana assinei um contrato de R$ 40 mil para a aquisição de mais cursos, que serão ministrados pelo SENAC, e outro de quase R$ 400 mil para a oferta de quinze cursos pelo SENAI”, destacou o prefeito.


A cerimônia de formatura também foi marcada pela diversidade de idades e histórias de vida dos alunos. Hivana Cláudia Lemes, de 16 anos, participou do curso de Pães Artesanais e declarou: “Eu gosto muito de cozinhar e, por isso, fiz o curso. Essa é uma área que me interessa e, se tiver oportunidade, vou seguir carreira”.
Guilherme de Abreu, de 18 anos, formou-se em Lógica de Programação. “Eu gosto muito de tecnologia e é uma área que está crescendo muito. Pretendo seguir carreira. O curso demorou alguns meses e, agora, estou muito feliz de receber o diploma,” comemorou.

Maria Nilde Rosário, de 64 anos, concluiu o curso de Costura, Moda e Modelagem. “Eu aconselho todas as pessoas a fazerem esse curso porque, além de aprender, a gente também conhece novas pessoas. É maravilhoso. A calça que estou usando hoje, fui eu quem fiz,” contou, orgulhosa de seu trabalho.

Karine Mota, primeira-dama e secretária da SEMAF, anunciou que novas turmas terão início a partir da próxima semana. “Se você tem interesse em participar de algum curso, entre em contato conosco pelo telefone (43) 3422-4479 ou pelo e-mail secmulher@apucarana.pr.gov.br”, finalizou.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Eduardo Bolsonaro orienta ataques a Nikolas e irrita agro e Centrão por postura nos EUA

Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou sua postura radical e passou a atacar aliados dentro do próprio campo bolsonarista. Afastado da Câmara desde o início do ano, o deputado orienta ataques ao colega Nikolas Ferreira (PL-MG) e tenta impedir que senadores negociem o tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil, previsto para entrar em vigor em 1º de agosto. Com informações do UOL.

O filho “03” de Jair Bolsonaro (PL), aparentemente, se considera o único autorizado a tratar da sobretaxa com os Estados Unidos, assumindo para si o papel de “substituto do Itamaraty”.

Ele desautorizou publicamente a missão de oito senadores brasileiros, incluindo os ex-ministros de Bolsonaro Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), que embarcaram para os EUA para reuniões com congressistas e entidades do setor produtivo. A iniciativa, segundo ele, seria um “gesto de desrespeito” ao ex-presidente americano.

Além de tentar minar a missão oficial, Eduardo voltou sua artilharia contra Nikolas Ferreira. O “bananinha” reclamou da falta de apoio no episódio da tornozeleira eletrônica imposta a Bolsonaro e cobrou um posicionamento mais firme de Nikolas sobre o tarifaço.

Centrão e Agro

Líderes do Centrão passaram a ignorar Eduardo. O presidente de um partido do bloco reagiu com desdém ao ser questionado sobre o deputado: “Vamos falar de gente séria”.

Outro dirigente afirmou que o projeto presidencial de Eduardo fracassou por causa da crise com os EUA: “Ele parou de ser levado a sério”. Parlamentares afirmam que sua atuação contribuiu diretamente para o agravamento das sanções e o desgaste internacional.

O agronegócio também está insatisfeito. Deputados da bancada ruralista dizem que Eduardo está apenas atrapalhando e acusam o deputado de colocar empregos e negócios em risco ao tentar blindar Bolsonaro, em troca do prejuízo ao setor produtivo.

Até dentro do PL há insatisfação. Parlamentares avaliam que, por causa do deputado, o partido passou a ser visto como força contrária ao país, agindo em nome de um acordo informal que evitaria a condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos corredores do Congresso, há quem diga que Eduardo Bolsonaro já não é mais “candidato ao Planalto, e sim à cadeia”.

Fonte: DCM