terça-feira, 18 de novembro de 2025

“Processo deve estar muito robusto", diz Haddad sobre liquidação do Banco Master

Ministro afirma que liquidação do Banco Master e prisão de Vorcaro refletem rigor da ação conduzida pelo Banco Central

      Ministro Fernando Haddad (Foto: Jorge Silva/Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar diretamente a liquidação extrajudicial do Banco Master e a prisão de Daniel Vorcaro, proprietário da instituição, mas sinalizou que a decisão tomada pelo Banco Central (BC) decorre de um processo consistente. As declarações foram feitas na entrada do Ministério da Fazenda, em Brasília.

Haddad afirmou que o tema é de responsabilidade exclusiva do BC. Ao ser questionado, o ministro adotou cautela, mas destacou a solidez da atuação da autoridade monetária. "Não vou comentar porque é um assunto do Banco Central, mas vocês acompanharam todo o processo. Enfim, o Banco Central é o órgão regulador do sistema financeiro, e eu tenho certeza que, pra ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto", disse.

"Ele [Banco Central] que tem as informações todas, eu penso que o Banco Central vai dando as informações na medida do andamento do processo de liquidação. O que cabe a fazenda é dar suporte as consequências desse ato, se houver", completou.

A decisão do BC, anunciada na terça-feira (18), encerrou abruptamente as negociações entre o Banco Master e o Grupo Fictor, que havia manifestado interesse em assumir o controle da instituição. A liquidação extrajudicial foi determinada pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e inclui também a Master SA Corretora de Câmbio, que passa a operar sob o mesmo regime.

O órgão regulador nomeou a EFB Regimes Especiais de Empresas como responsável por conduzir o processo, atribuindo à entidade amplas funções administrativas e operacionais durante a fase de liquidação.

A situação do Banco Master já vinha despertando preocupação no mercado financeiro desde setembro, quando o Banco Central rejeitou a proposta do Banco de Brasília (BRB) para a aquisição da instituição. Entre os pontos que chamaram atenção do regulador estava o modelo de negócios do Master, que incluía a emissão de títulos cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) com rendimentos muito acima dos padrões do setor.

Fonte: Brasil 247

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