A decisão contraria determinação do presidente da Câmara, Hugo Motta
Deputado federal Sóstenes Cavalcante, que protocolou o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Em uma movimentação que contraria a orientação da presidência da Câmara dos Deputados, o Partido Liberal (PL) agendou reuniões em duas comissões da Casa para votar moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As sessões estão previstas para esta terça-feira (22), às 10h, mesmo durante o recesso parlamentar de julho, que oficialmente suspende as atividades legislativas até 4 de agosto. As informações são da CNN Brasil.
O PL, que atualmente comanda a Comissão de Relações Exteriores e a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, decidiu manter os trabalhos dos colegiados com o objetivo de demonstrar solidariedade a Bolsonaro, alvo de medidas cautelares impostas desde a última sexta-feira (18). Dentre as restrições determinadas pela Justiça, estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com embaixadores, diplomatas, investigados no mesmo processo e o veto ao uso de redes sociais.
A decisão do partido contraria nota divulgada recentemente pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que reafirmou a suspensão das atividades legislativas. "O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, informa que o recesso parlamentar de julho está confirmado, conforme previamente estabelecido. Durante esse período, não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões permanentes da Casa", afirma o comunicado.
Apesar da discordância, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), defendeu a legalidade das reuniões e minimizou um possível atrito com o presidente da Casa. "Para nós é muito importante votar as moções de louvor ao Jair Bolsonaro. Os presidentes [das comissões] são autônomos, eleitos e as comissões estão convocadas", declarou.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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