terça-feira, 29 de julho de 2025

Tebet diz que Brasil não conseguiu dialogar com EUA e culpa família Bolsonaro: "Trump está sendo induzido ao erro por mentiras"

Ministra informou que o governo brasileiro já tem medidas preparadas para responder ao tarifaço

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em cerimônia no Banco Central, em Brasília - 02/04/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo brasileiro sequer conseguiu abrir um canal de diálogo com Donald Trump para tentar barrar o tarifaço sobre produtos nacionais, previsto para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo ela, o governo norte-americano estaria sendo “induzido ao erro” por mentiras propagadas pela família Bolsonaro.

Em entrevista à GloboNews, Tebet declarou que a gestão de Lula “não saiu da mesa de negociação porque não conseguiu nem sequer sentar à mesa” e criticou a falta de interlocução com o governo Trump.

Com o tempo curto e a indefinição no ar, a ministra informou que o governo brasileiro já tem medidas preparadas para responder ao tarifaço, mas a execução dependerá dos próximos passos dos EUA.

"Nós temos hoje a constatação de que vamos ter que esperar o 1º de agosto, com tudo pronto, obviamente. Todas as medidas estão na mesa do presidente, a depender do seguinte: vai haver prorrogação, como houve com a China? Vão diminuir a alíquota tarifária de alguns produtos que eles não produzem lá e que impactam a inflação na mesa do americano?", disse Tebet.

O Brasil tem buscado saídas diplomáticas para evitar ou mitigar os impactos da medida, com esforços envolvendo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas, segundo Tebet, os Estados Unidos parecem priorizar negociações com blocos e países economicamente mais relevantes para sua balança comercial.

Fonte: Brasil 247 com GloboNews

Tarifaço: Lula está disposto a negociar, mas ligar para Trump “não é simples”, diz Gleisi


Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais. Foto: Ton Molina/Estadão

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está “indisposto” a negociar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as tarifas anunciadas contra o Brasil. No entanto, qualquer conversa depende de uma sinalização do governo estadunidense.

“O presidente Trump já disse que não quer conversar agora. Uma conversa entre dois chefes de Estado demanda toda uma preparação, não é uma coisa tão simples. Mas é importante dizer que o presidente Lula nunca ficou indisposto a conversar”, disse a ministra após participar da abertura de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, com representantes da União Europeia.

Durante o encontro, o presidente do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE), Oliver Röpke, destacou a importância da aproximação entre o bloco europeu e o Brasil, especialmente no atual cenário geopolítico. Sem citar diretamente o aumento de tarifas imposto pelos EUA, Röpke classificou como “inaceitável” a “chantagem econômica” sofrida pelo país, demonstrando solidariedade ao governo brasileiro.

Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução
Gleisi reforçou que a situação torna ainda mais urgente a entrada em vigor do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, já anunciado, mas ainda pendente de ratificação. Segundo ela, o acordo tem relevância não apenas econômica, mas também política.

“Trata-se de uma iniciativa que ultrapassa os interesses comerciais: é também um compromisso político com valores democráticos, com padrões sustentáveis de produção e com a integração de regiões que historicamente mantêm laços de amizade e de colaboração”, afirmou a ministra.

Questionada sobre as tratativas lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para resolver a questão tarifária, Gleisi disse que ainda não há informações oficiais sobre possíveis progressos. Enquanto isso, uma comitiva de senadores brasileiros está em Washington para tentar mediar o diálogo com autoridades americanas.

A ministra também comentou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou que, “no que depender dele”, os parlamentares brasileiros não terão acesso a representantes dos EUA. Gleisi o chamou de “traíra” e defendeu que ele perca o mandato.

Fonte: DCM

Apucarana realiza oficinas para elaboração do Plano Municipal de Saúde

 A iniciativa, realizada na semana passada, contou com a participação de profissionais de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município


Prefeitura de Apucarana promoveu quatro oficinas voltadas à elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS) para o quadriênio 2026–2029. A iniciativa, realizada na semana passada, contou com a participação de profissionais de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias e auxiliares de serviços gerais. Durante os encontros, os servidores contribuíram com sugestões e propostas voltadas à qualificação do atendimento prestado à população.

O prefeito Rodolfo Mota esteve presente em uma das oficinas. Na ocasião, ele ressaltou os avanços conquistados na área da saúde durante sua gestão. “Já liberamos aproximadamente 40 mil consultas com médicos especialistas que estavam represadas e realizamos cerca de 400 mil exames laboratoriais e de imagem. O Pronto Atendimento Infantil, uma demanda aguardada há mais de duas décadas, já atendeu três mil crianças. Atualmente, o tempo médio de espera no PAI é de 28 minutos. Com a transferência do atendimento pediátrico para a nova unidade, conseguimos também reduzir em aproximadamente uma hora o tempo de espera na UPA. São dados que demonstram o impacto positivo das nossas ações”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Dr. Guilherme de Paula, enfatizou a relevância da escuta ativa dos profissionais das UBS. “No início do ano, durante visitas a algumas unidades, mencionei que nosso objetivo era justamente esse: ouvir todos os colaboradores, compreender suas necessidades e, a partir disso, desenvolver soluções. As oficinas foram extremamente produtivas. Muitas das ideias apresentadas pelos profissionais de saúde estão alinhadas com o planejamento da atual gestão”, destacou.

O Plano Municipal de Saúde (PMS) é o principal instrumento de planejamento do município na área da saúde. Ele define as ações e metas para os próximos quatro anos, com base nas necessidades da população local e nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Vou analisar cuidadosamente todas as propostas recebidas durante as oficinas. Algumas ações poderão ser implementadas de forma rápida; outras exigirão mais tempo e planejamento. É gratificante constatar que o pensamento dos nossos profissionais está em sintonia com o propósito da gestão: cuidar das pessoas e construir um futuro melhor para Apucarana”, finalizou o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Apucarana 

VÍDEO: Após virar alvo de Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira volta a atacar Erika Hilton

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL). Foto: Reprodução

Para se afastar do embate com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) mudou o foco dos ataques e voltou a mirar na deputada Erika Hilton (PSOL-SP), após ser superado por ela na votação popular do Congresso em Foco, que elege os melhores parlamentares da Câmara.

Nikolas gravou um vídeo deitado na cama, sem camisa, e publicou nas redes sociais um discurso em tom infantil, insinuando fraude no resultado da votação, que havia lhe colocado na frente até ser ultrapassado pela deputada, que triplicou a quantidade de votos em relação ao mineiro.

O bolsonarista ainda usou de forma pejorativa o termo “deputade”, em uma referência transfóbica ao pronome neutro adotado por Erika Hilton.

“Vão falar que é coincidência eu estar em primeiro lugar, depois a ‘deputade’ que contrata maquiador virou, está em primeiro, magicamente. Congresso em Foco não precisa fazer isso, é feio, fica feio”, choramingou o deputado conhecido como “chupetinha”.


Eduardo x Nikolas

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também voltou a atacar publicamente Nikolas Ferreira. Desta vez, o “bananinha” afirmou que o deputado mineiro defende a sua prisão e a de sua família.

A declaração foi feita no perfil de Eduardo no X e ocorreu em resposta a uma publicação do blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira.

Allan questionava se Nikolas teria interagido com um perfil que se identifica como ex-bolsonarista. “Isso aconteceu mesmo? Se sim, o Nikolas é canalha”, escreveu. Eduardo respondeu em seguida: “Ela é uma pessoa abjeta, que defende a minha prisão e a de minha família. É triste ver a que ponto o Nikolas chegou.”

Não foi a primeira vez que Eduardo criticou Nikolas nos últimos dias. Na semana anterior, ele já havia demonstrado insatisfação ao acusar o colega de ser “pouco ativo” na defesa de aliados de Jair Bolsonaro (PL). “É decepcionante”, afirmou na ocasião.

Fonte: DCM

Fogo no parquinho: Malafaia dá chilique e ataca Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado


            O pastor Silas Malafaia ataca governadores bolsonaristas. Foto: Reprodução

O pastor bolsonarista Silas Malafaia partiu para o ataque contra os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Jr. (PR) e Ronaldo Caiado (GO), em meio à crise causada pelo tarifaço de Donald Trump contra o Brasil.

Em vídeo divulgado na noite de segunda-feira (28), Malafaia acusou os aliados da “direita tradicional” de omissão e traição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que os quatro governadores se recusam a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

“Não é só Lula, não. Vou falar aqui de quatro governadores: Tarcísio, de São Paulo; Zema, de Minas; Caiado, de Goiás; e Ratinho, do Paraná. Vocês já viram esses governadores alguma vez criticar Alexandre de Moraes e criticar a omissão do Supremo Tribunal Federal? Nunca! Só bravata política”, acusa.

Segundo Malafaia, o grupo evita confronto com as instituições enquanto tenta se viabilizar como alternativa a Bolsonaro em 2026.

Malafaia, que também leu trechos da carta divulgada por Trump, afirmou que a medida é uma retaliação direta ao processo movido pelo STF contra o ex-presidente e incitou os apoiadores a pressionarem os governadores: “Falar de Lula é mole. Quero ver botar o dedo na ferida”.


Os ataques de Eduardo

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também teve um chilique nas redes sociais neste domingo (27) e atacou os governadores.

Em publicação no X, o “bananinha” reagiu a falas de Ratinho Jr. durante o evento Expert XP. O governador do Paraná afirmou que “Trump não pegou o Brasil por causa de Bolsonaro” e que a relação entre os países “não pode ser afetada por uma única pessoa”.

Eduardo, então, rebateu: “Trump postou diversas vezes citando Bolsonaro, fez uma carta onde falou de Bolsonaro, fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Desculpe-me, governador Ratinho, mas ignorar esses fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros.”

O parlamentar ainda ironizou as tentativas de moderação: “Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores?”.

Em outra publicação, Eduardo voltou a mirar em Tarcísio, que também participou do evento da financeira. Sem mencionar o governador paulista diretamente, escreveu: “É hora dos homens tirarem os adultos da sala.”

Fonte: DCM

Amoêdo cobra cassação urgente de Eduardo Bolsonaro

Eduardo afirmou que trabalha para que a comitiva de senadores que tenta negociar a tarifa sobre as exportações brasileiras não encontre diálogo

      João Amoêdo (Foto: Divulgação)

O empresário e ex-candidato à Presidência da República João Amoêdo criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta terça-feira (29), após declarações do parlamentar contrárias à missão de senadores brasileiros nos Estados Unidos. A comitiva está em Washington tentando negociar a suspensão do chamado “tarifaço” — uma sobretaxa de até 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto.

“O que falta para a Câmara dos Deputados cassar o mandato desse parlamentar, que, pago com o nosso dinheiro, trabalha contra o nosso país?”, escreveu Amoêdo. A cobrança veio após o deputado afirmar, em entrevista ao SBT News, que está empenhado em minar os esforços diplomáticos da comitiva parlamentar brasileira.

“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, declarou Eduardo, referindo-se ao grupo de senadores liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. A missão inclui congressistas da base do governo e da oposição e busca interlocução com parlamentares norte-americanos tanto do Partido Republicano quanto do Democrata.

Enquanto a sabotagem do deputado gera reações no Brasil, a comitiva brasileira segue com encontros agendados com parlamentares dos EUA. De acordo com o senador Nelsinho Trad, ao menos seis congressistas norte-americanos já confirmaram participação nas reuniões. Ainda não há previsão de conversa direta com a Casa Branca, mas Trad acredita que os diálogos podem abrir portas.

Na segunda-feira (28), os senadores reuniram-se com empresários e representantes da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Participaram do encontro executivos dos setores de energia, tecnologia, farmacêutico, transporte, siderurgia e químico. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está em Washington, mas até o momento não foi convidado formalmente pelo governo Trump para abrir uma frente de negociação.

 

Fonte: Brasil 247

Venezuelanos marcham para comemorar 71 anos de Chávez e celebrar vitória eleitoral

Ex-presidente construiu legado político no país caribenho e é lembrado como liderança até os dias de hoje

Venezuelanos vão às ruas para celebrar os 71 anos de Hugo Chávez - Lorenzo Santiago

Prestar homenagens e lembrar de uma das maiores lideranças da América Latina. Foi com esse pensamento que os venezuelanos saíram as ruas nesta segunda-feira (28), data em que o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completaria 71 anos.

Para quem acompanhou a trajetória do ex-mandatário, o 28 de julho se tornou uma celebração tradicional. Esse é o caso de Luis Briceño. Hoje aposentado, ele trabalhava em uma loja de material de construção em 1992, quando conheceu Chávez. Naquele momento, o militar liderava um movimento para tentar derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez.

Apesar de derrotado, o movimento foi um ponto de virada para Briceño, que passou a seguir a política de Chávez até votar por ele pela primeira vez em 1998, nas eleições presidenciais vencidas pelo militar.

Ele afirma que um dos elementos mais importantes do ex-presidente foi resgatar de maneira simbólica e política os libertadores da Venezuela e da América.

“Hoje eu saio para comemorar mais um ano do comandante eterno que nos deixou um legado e resgatou Simón Bolivar como imagem e como referência. Sempre votei por Chávez. Ele deu outra cara e outra visão ao país. E a partir de então segui o seu legado”, afirmou ao Brasil de Fato.

Para a geração que cresceu nos anos 1990, a eleição de 1998 foi marcante por ter sido a primeira vitória de Hugo Chávez. Yvelice Marcano é chefe de rua do PSUV e votou pela primeira vez naquele ano. Ela afirma que aquele foi um ponto de virada para a Venezuela e lembrar da morte do ex-presidente como um choque para a esquerda venezuelana.

“Saímos hoje para lembrar a imagem de Chávez, que trouxe uma nova visão da Venezuela, uma nova percepção. Chávez não morreu, ele se multiplicou entre nós. Eu conheci Chávez na campanha de 1998. E ali me identifiquei com as ideias e a política proposta por ele. Foi a morte de um dos maiores da história desse país. Mas ele estará vivo nos nossos corações”, afirma.

Chávez morreu enquanto tratava um câncer em 5 de março de 2013. Briceño também se lembra do momento em que foi anunciada em rede nacional a morte do ex-mandatário. Para ele, aquele foi um baque que desorientou a militância naquele momento.

“Foi muito triste, um baque para nós. Ele trouxe uma visão nova para os venezuelanos e a morte foi como perder a referência não só como militante, mas como venezuelano. Ele foi um norte para a Venezuela e construiu toda uma institucionalidade para o país”, disse.

Celebração para eleições

A celebração para Chávez acontece um dia depois das eleições municipais que tiveram o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) como grande vencedor. A sigla fundada por ele ganhou em 285 municípios dos 235 em disputa. Ana Cristina Torreyes é professora e também acompanhou o crescimento de Chávez. Ela destaca que o pleito foi marcado por uma estratégia eficiente do governo: colocar a consulta popular das juventude no mesmo dia da disputa.

“Ontem arrasamos, ganhamos bem e vamos avançando com mais consultas para o povo. Essa é uma autêntica democracia com essa consulta. Foi parte da estratégia, porque nós chavistas sempre vamos votar por Chávez, mas com a consulta pudemos atrair mais eleitores, principalmente dos jovens”, celebrou.

O dia 28 de julho também marca um ano da reeleição de Nicolás Maduro para o terceiro mandato como presidente. O pleito presidencial foi marcado pela contestação da oposição de extrema direita, que protagonizou uma série de atos violentos no país.

Doze meses depois, a eleição municipal encerrou um ciclo que teve também uma vitória acachapante no pleito regional e Legislativo de maio.

“A vitória de ontem foi uma reafirmação de tudo que os revolucionários construíram desde Chávez. Este projeto revolucionário que agora está sendo liderado por Maduro ganhou ainda mais força agora”, disse.

Maduro celebra

A marcha começou na zona Leste de Caracas e terminou no Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, e foi acompanhada por um discurso do presidente Nicolás Maduro. Ele contou parabéns para Chávez e também celebrou as vitórias eleitorais do PSUV no último ano, especialmente a eleição dos prefeitos de cidades que antes eram administrados por opositores.

Ele lembrou das tentativas de golpes e ataques da extrema direita desde 2002, fez uma retrospectiva das eleições regionais e municipais das últimas décadas e celebrou a “porrada” que a oposição levou nessas últimas eleições.

Ainda de acordo com Maduro, o governo conseguiu desarticular todas as tentativas de ataques da oposição de extrema direita.

Em seu discurso, Maduro também reforçou a importância do desenvolvimento e do protagonismo das comunas do país. Ele destacou que os próximos anos devem ser orientados por um governo “cada vez mais popular e cada vez mais de rua e menos de escritório”. O presidente afirmou que a meta é aprofundar um governo que “seja feito a partir da base”.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Fonte: Brasil de Fato

Marcos do Val pode ser preso por fuga aos EUA; entenda

 

O senador Marcos do Val (Podemos-ES). Foto: Reprodução

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) pode ser preso por ter viajado aos Estados Unidos mesmo após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a apreensão de seu passaporte diplomático, segundo a avaliação de advogados consultados pelo Valor Econômico.

A decisão foi tomada em agosto de 2024, mas, na semana passada, o parlamentar desembarcou em Miami para visitar a Disney com a família.

Em nota, Marcos do Val alegou que não descumpriu a determinação, pois o STF apenas exigiu a entrega do passaporte, sem proibir explicitamente sua saída do país. “O STF só determinou a entrega do seu passaporte, o que não implicaria ‘automaticamente em proibição de deslocamento internacional’”, afirmou.

A justificativa, no entanto, não é aceita por especialistas. Para o doutor em Direito Constitucional pela USP, Antonio Carlos de Freitas, a comparação é clara: “Dizer que a medida se restringiria à entrega de passaporte e não à saída do país é a mesma coisa que dizer que, quando uma pessoa entrega a CNH, ela pode continuar dirigindo um veículo”.

Ele complementou: “É tão óbvio que, ao entregar a CNH, o motorista está impedido de dirigir quanto é óbvio que, ao ter a determinação de entrega de passaporte, ele está impedido de sair do país”.

Alvo da PF, Marcos do Val ganhou projeção ao revelar suposto plano golpista de grampo a Alexandre de Moraes; relembre
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A advogada Priscila Pamela também considera que houve violação da ordem judicial e que a conduta pode resultar na prisão preventiva. “Ele descumpre, sim, a determinação ao usar o passaporte, e essa conduta pode levar à revogação de medidas cautelares, para que seja decretada a prisão preventiva.”

Já o penalista Rafael Paiva avalia que uma eventual ordem de prisão não está descartada, mas pondera que o parlamentar deixou o país pelas vias regulares. “Não duvido que haja a decretação da prisão preventiva. No entanto, me pareceria abusiva, eis que a decisão cautelar do STF me pareceu confusa e o parlamentar teria deixado o país pela porta da frente.”

Nos bastidores, interlocutores do STF afirmam que Marcos do Val cometeu irregularidade ao deixar o país com um documento que deveria estar retido. Após a viagem, Moraes determinou o bloqueio das contas do senador.

A assessoria de Marcos do Val negou qualquer irregularidade. “O senador tem pautado sua conduta pública e jurídica pelo respeito absoluto às decisões judiciais e às leis da República. Reitera-se que ele nunca foi notificado de qualquer proibição de deixar o país.”

Fonte: DCM com informações do jornal Valor Econômico

Autoridades dos EUA admitem que 'se passaram um pouquinho' no tarifaço contra o Brasil, diz Haddad

Ministro relata que há sinais de maior abertura ao diálogo em Washington e defende que Brasil não deve adotar postura subserviente na crise

     Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Durante entrevista concedida a jornalistas na manhã desta terça-feira (29), na entrada do Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad (PT) afirmou que autoridades dos Estados Unidos começaram a reconhecer excessos na imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump e deve entrar em vigor em 1º de agosto.

Segundo Haddad, há uma mudança no clima político em Washington e alguns interlocutores norte-americanos têm demonstrado “maior sensibilidade” diante dos argumentos do governo brasileiro.

“Acredito que essa semana já há algum sinal de interesse em conversar e há uma maior sensibilidade de algumas autoridades dos Estados Unidos de que talvez tenham se passado um pouquinho”, afirmou o ministro.

◈ Brasil insiste no diálogo e critica unilateralismo - Haddad reforçou que o Brasil nunca deixou a mesa de negociação e continua trabalhando para viabilizar um acordo, ainda que o prazo esteja apertado. Para ele, a data marcada para início das tarifas não deve ser tratada como um 'ponto sem volta'.

Não sei se vai dar tempo até o dia 1º, mas o que importa não é essa data. Não é uma data fatídica. Pode entrar em vigor e nós nos sentarmos e rapidamente concluirmos uma negociação".

O ministro observou que a decisão do governo norte-americano foi tomada de forma unilateral, não apenas contra o Brasil, mas em relação a vários países. Na segunda-feira (28), Trump declarou que não teria tempo de negociar com todos os países individualmente e optaria por uma alíquota padrão.

◈ Articulação em várias frentes - Haddad detalhou que diferentes membros do governo brasileiro estão engajados na construção de pontes com os Estados Unidos. Ele próprio se reuniu com Scott Bessent na Califórnia, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin falou três vezes com Howard Lutnick, e o chanceler Mauro Vieira encontra-se em missão diplomática no país.

“O foco nosso é que se manifestem em relação às duas cartas que foram encaminhadas desde maio para que possamos mapear o que de fato está em jogo, o que de fato é importante para eles e para nós e endereçar uma solução”, explicou.

◈ Lula representa o Brasil e exige respeito - Questionado sobre uma eventual conversa direta entre Lula e Trump, o ministro não descartou a possibilidade, mas alertou que uma reunião entre dois chefes de Estado precisa de preparo e deve ocorrer em condições de igualdade.

“Quando dois chefes de Estado vão conversar, tem uma preparação antes para que não seja uma coisa que subordine um país a outro. [...] Tem que haver uma preparação antes para que seja uma coisa respeitosa, para que os dois povos se sintam valorizados".

Haddad também foi enfático ao rejeitar a ideia de que o Brasil deva agir com pressa ou em posição de inferioridade. Em tom crítico, condenou o comportamento da oposição e o estilo de Jair Bolsonaro (PL):

“O Bolsonaro tinha um estilo muito subserviente. Isso não está à altura do Brasil. Foi o presidente mais subserviente da história do Brasil. Precisa virar um pouquinho a página da subserviência e com muita humildade se colocar à mesa, mas respeitando os valores do nosso país".

◈ Plano de contingência e confiança no entendimento - De acordo com o ministro, o presidente Lula recebeu com tranquilidade as projeções do plano de contingência preparado pela equipe econômica. Ele reforçou que o Brasil está pronto para proteger suas empresas e seus trabalhadores, sem deixar de buscar uma solução negociada.

“O presidente manifestou muita tranquilidade ao plano de contingência. [...] Ele falou: ‘olha, não vou me fixar em data porque tenho uma relação histórica com os Estados Unidos. Me dei bem com todos os presidentes americanos com quem dialoguei. Não tem razão para ser diferente agora’".

Para Haddad, o governo brasileiro seguirá insistindo em uma abordagem baseada em respeito mútuo e racionalidade:

“O Brasil vai estar preparado para cuidar das suas empresas, dos seus trabalhadores e, ao mesmo tempo, se manter permanentemente na mesa de negociação".

Fonte: Brasil 247

Senadores do Brasil se reúnem hoje com parlamentares dos EUA para discutir tarifaço de Trump

       O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad – Foto: Reprodução


Nesta terça-feira (29), a comitiva de senadores brasileiros que está em Washington realiza uma reunião com parlamentares dos partidos Democrata e Republicano para discutir a tarifa adicional de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. O encontro ocorre em meio a uma crescente pressão de estados americanos afetados pela medida, que agora cobram respostas de seus representantes no Congresso.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), lidera a missão e afirmou que pelo menos seis congressistas norte-americanos já confirmaram presença.

“Parece que vai ter mais gente querendo falar conosco. Isso começou a ganhar dimensão lá”, afirmou. Os nomes dos participantes não foram divulgados com antecedência para evitar pressões externas.

A comitiva brasileira reúne nomes como Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e os ex-ministros Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP). Também integram o grupo os senadores Rogério Carvalho (PT-SE), Carlos Viana (Podemos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC). A viagem oficial vai até o dia 30 de julho.

Na segunda-feira (29), os parlamentares se reuniram com representantes do Brasil no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e participaram de um café da manhã com a embaixadora Maria Luiza Viotti.

O encontro também contou com a presença do ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo. Estão previstos encontros com empresários norte-americanos e brasileiros, mas nenhum integrante do governo Trump foi incluído na agenda.

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

A sobretaxa foi anunciada por Trump em carta enviada a Lula, na qual o presidente norte-americano relaciona a medida à atuação do Supremo Tribunal Federal na ação penal contra Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. Além disso, Trump também critica decisões do STF envolvendo big techs e o funcionamento do Pix, que concorre com sistemas de pagamento americanos.

Fonte: DCM

Governo Lula avalia pôr fim à obrigatoriedade da autoescola para tirar carteira de motorista

 

O presidente Lula – Foto: Reprodução

O governo Lula (PT) estuda acabar com a obrigatoriedade do curso em autoescolas para a emissão da carteira de motorista no Brasil. A proposta, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, tem como objetivo reduzir os custos e as exigências atuais da CNH, que variam entre R$ 3 mil e R$ 4 mil dependendo do estado. “É caro, trabalhoso e demorado. São coisas que impedem as pessoas de ter carteira de habilitação”, disse o ministro à Folha. O plano está pronto e será submetido ao presidente.

A medida pretende tornar as aulas facultativas. O candidato à habilitação ainda terá que ser aprovado nos exames teórico e prático, mas poderá aprender a dirigir com um instrutor autônomo ou por conta própria, em ambientes regulamentados. “A autoescola vai permanecer, mas ao invés de ser obrigatória, ela pode ser facultativa”, explicou o ministro. As mudanças poderão ser implementadas por ato do Executivo, já que a obrigatoriedade está prevista apenas em resolução do Contran.

Segundo Renan Filho, a mudança será “transformadora” e se inspira em modelos internacionais como o da Inglaterra e de alguns estados dos EUA. A proposta, se aprovada, começará pelas categorias A (motos) e B (carros de passeio).

Renan Filho, ministro dos Transportes – Foto: Reprodução


A medida também visa reduzir desigualdades. Pesquisa do ministério mostra que em cidades médias, 40% das pessoas dirigem sem habilitação, e entre as mulheres, 60% não possuem a CNH. “Na hora que a família tem o dinheiro para tirar uma carteira, normalmente, escolhem tirar a dos meninos. Isso ainda gera uma exclusão gigantesca de gênero”, afirmou. A expectativa é que a mudança ajude na inserção de mulheres e jovens no mercado de trabalho.

Renan Filho admite que haverá resistência do setor de autoescolas, que movimenta até R$ 12 bilhões por ano. A Feneauto estima que existam mais de 15 mil autoescolas ativas no país. “As empresas vão continuar. Agora, vai permanecer quem for eficiente, quem gerar um curso que tem eficiência. Mas eu sou contra sempre que o Estado obriga o cidadão a fazer as coisas”, declarou.

Hoje, para tirar a CNH, é preciso ter 18 anos, saber ler e escrever, ser aprovado nos exames médico e psicotécnico, cumprir carga horária mínima de aulas teóricas e práticas e passar nos exames do Detran. O ministro comparou o atual processo à entrada em universidade pública com cursinho obrigatório. “Quanto custaria a mensalidade do cursinho?”, questionou. Ele afirmou ainda que a proposta não gerará custo ao Tesouro Nacional.

Fonte: DCM