sexta-feira, 11 de julho de 2025

'Trump ataca qualquer país que não reconheça sua supremacia', diz Nobel de Economia após tarifaço contra o Brasil

Paul Krugman afirma que "não há nada de econômico" no ataque de Trump e vê retaliação política, que vai penalizar a indústria e os consumidores dos EUA

      Paul Krugman (Foto: Reuters)

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o economista norte-americano Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2008, criticou duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. Segundo Krugman, a medida vai além de questões econômicas e revela um uso político do poder comercial norte-americano, com motivações autoritárias.

“O Brasil teve a ousadia de insistir em julgar Bolsonaro, que Trump claramente enxerga como um espírito afim. Não há nada de econômico na carta de Trump”, declarou o economista. Em artigo recente publicado em sua página pessoal, Krugman classificou a decisão como “maligna e megalomaníaca”, ironizando que o presidente norte-americano estaria implementando um programa informal de proteção a ditadores.

☆ Retaliação política com impacto global - Krugman afirmou que não há precedentes na história dos Estados Unidos para o uso de tarifas como forma explícita de coerção política. Segundo ele, o caso brasileiro é emblemático porque escancara a tentativa de Trump de impor sua visão hegemônica ao mundo. “Acho que ele se sente ofendido por qualquer país que pareça contestar a sua visão de poder dos EUA”, disse.

Ao ser questionado sobre o impacto das relações diplomáticas no bloco dos BRICS, especialmente após o fortalecimento dos laços entre o Brasil e outros países emergentes, o economista evitou especulações sobre as intenções de Trump, mas reforçou o caráter punitivo da medida.

☆ Defesa de Bolsonaro e ataque à democracia - Krugman também reiterou sua crítica a Jair Bolsonaro (PL), apontando o apoio de Trump como mais uma evidência da afinidade autoritária entre os dois. “Bolsonaro é claramente um autoritário —e tentar reverter uma eleição que perdeu mostra que ele não aceita a democracia quando não gosta do resultado”, afirmou.

Segundo ele, o gesto de Washington visa proteger figuras que seguem um modelo antidemocrático de poder. “Trump tem atacado qualquer país que não reconheça sua supremacia”, completou.

☆ Impacto sobre consumidores e indústria dos EUA - De acordo com Krugman, a política tarifária de Trump —que atinge também produtos como cobre, essencial para a indústria— vai na contramão de qualquer estratégia para fortalecer a economia americana. “Ele está sistematicamente tornando a indústria americana menos competitiva”, alertou.

Mesmo com o peso das exportações brasileiras representando apenas 2% do PIB nacional, Krugman afirma que os efeitos podem ser significativos para setores específicos. Produtos como suco de laranja, café e açúcar —em que o Brasil é um dos principais fornecedores dos EUA— poderão encarecer no mercado americano, penalizando os consumidores.

“Pessoalmente, posso viver sem suco de laranja e açúcar, mas mexer com o café é um insulto pessoal”, ironizou.

☆ Alternativas para o Brasil e reações no mercado - Diante da agressão comercial, Krugman acredita que o Brasil possui instrumentos para responder. “Tarifas recíprocas são, de fato, uma ferramenta relativamente eficaz”, avaliou, lembrando que o país tem déficit na balança comercial com os EUA. Ele ainda sugeriu o fortalecimento de laços com outros mercados, como uma alternativa estratégica.

O economista prevê ainda que o câmbio e os termos de troca brasileiros devem sofrer impactos, mas pondera que “isso não é um choque de primeira ordem”. Para ele, a médio prazo, a postura errática de Trump pode trazer prejuízos políticos ao próprio governo. “Em algum momento, os mercados vão reagir contra essa arbitrariedade”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Brasil vive capítulo histórico da resistência democrática”, diz Gilmar Mendes

Ministro do STF destaca ataque sem precedentes às instituições, com planos de assassinato, sabotagem digital e tentativa de golpe à luz do dia

Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

Em publicação no X nesta quarta-feira (10), o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes fez um diagnóstico da conjuntura democrática brasileira, que classificou como “singular” em relação a qualquer outra democracia contemporânea.

“Aquilo que se escreve no Brasil hoje é um verdadeiro capítulo inédito na história da resistência democrática”, afirmou Gilmar. O ministro destacou o que considera ameaças sem paralelo à ordem institucional no país, incluindo a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, que qualificou como um episódio “orquestrado e planejado por grupos extremistas que se valeram indevidamente da imunidade irrestrita das redes sociais”.

◆ Tentativa de golpe, sabotagem digital e ameaças de morte

O magistrado enfatizou que nenhuma democracia ocidental passou por situação semelhante. “O que nenhuma outra democracia contemporânea enfrentou: uma tentativa de golpe de Estado em plena luz do dia”, escreveu. Para ele, a radicalização promovida por setores derrotados nas urnas se deu com apoio de empresas de tecnologia que, segundo denunciou, promoveram uma “colossal campanha de desinformação” para desestabilizar o debate democrático e impedir a modernização das leis que regulam o setor digital.

Outro ponto sublinhado por Gilmar Mendes foi a gravidade dos ataques dirigidos à Suprema Corte. “Nenhuma outra Suprema Corte no mundo sofreu ataques tão virulentos à honra de seus magistrados, incluindo planos de assassinato arquitetados por facções de grupos eleitorais derrotados”, declarou. A afirmação amplia o alerta institucional sobre o grau de violência política que atingiu o Judiciário brasileiro no contexto recente.

◆ Defesa constitucional como imperativo civilizatório

Para o ministro, esse cenário exige respostas firmes das instituições. “Essas singularidades definem o momento histórico da democracia combativa brasileira: quando a defesa irredutível de preceitos constitucionais se transforma em imperativo civilizatório diante de forças que ameaçam não apenas as instituições nacionais, mas o próprio conceito de Estado de Direito no século XXI”, escreveu.

A fala de Gilmar Mendes, que também já presidiu o STF, soma-se à mobilização da Corte em defesa da Constituição e das instituições democráticas, diante de ameaças que se agravaram no governo Jair Bolsonaro e que culminaram na invasão golpista às sedes dos Três Poderes no início de 2023.

Ao usar o termo “democracia combativa”, o ministro sublinha não só a excepcionalidade do momento vivido pelo país, mas também a necessidade de uma atuação firme, vigilante e articulada entre os Poderes para proteger o Estado Democrático de Direito de investidas autoritárias que atentam contra os pilares civilizatórios do século XXI.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro se curva a Trump com postura de traição nacional diante do tarifaço

Enquanto Lula reage com firmeza e defende a soberania nacional, ex-presidente minimiza agressão dos EUA e presta reverência ideológica a a Trump

         Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

Em um dos episódios mais simbólicos de submissão de um ex-presidente brasileiro a interesses estrangeiros, Jair Bolsonaro voltou a demonstrar fidelidade incondicional ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mesmo diante de um grave ataque à economia brasileira. Após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos nacionais anunciada pelo atual governo norte-americano, Bolsonaro declarou publicamente que mantém “respeito e admiração” pelos EUA e justificou o tarifaço como consequência das escolhas diplomáticas do governo Lula, aponta o jornal O Estado de S.Paulo.

Em vez de se posicionar ao lado do Brasil e criticar a retaliação injusta promovida por Trump, Bolsonaro preferiu usar o episódio para atacar o Governo Lula, afirmando que o Brasil "se afastou do mundo livre" e abandonou “compromissos históricos com a liberdade e o Estado de Direito”. Trata-se de uma declaração gravíssima, que revela a total incapacidade do ex-presidente de separar suas afinidades ideológicas pessoais dos interesses concretos da nação.

A postura de Bolsonaro contrasta fortemente com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que repudiou imediatamente a ação unilateral do governo dos Estados Unidos, classificando-a como “inaceitável”. Lula anunciou a aplicação da Lei da Reciprocidade contra os EUA e afirmou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC), buscando apoio de outros países que também foram afetados por tarifas semelhantes. Mais do que isso, Lula reforçou a necessidade de fortalecer alianças com outras economias do Sul Global e defendeu uma ordem internacional baseada na cooperação e no respeito mútuo.

Enquanto Lula atua como estadista e protege a soberania nacional, Bolsonaro reafirma sua vocação para a vassalagem. O episódio é uma demonstração explícita de traição aos interesses brasileiros. Em nome de uma aliança ideológica com Trump e da disputa política interna, Bolsonaro prefere a rendição à defesa do Brasil.

Neste momento, em que a soberania nacional é desafiada, fica claro quem se posiciona com altivez e quem se ajoelha diante dos poderosos. O povo brasileiro saberá reconhecer quem luta pelo país — e quem o entrega.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Lula anuncia mobilização internacional para enfrentar tarifaço de Trump

Líder brasileiro defende união de países contra medidas unilaterais dos EUA e promete responder com ação na OMC e reciprocidade se a diplomacia falhar

      Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

Em resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, em entrevista à TV Record nesta quinta-feira (10), que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscará uma frente comum com outras nações prejudicadas. Lula propôs a formação de um bloco de países atingidos pelas sanções tarifárias dos EUA em favor de uma reação coletiva. A ideia é transformar o caso brasileiro em um exemplo de resistência coordenada ao protecionismo de Washington, que tem prejudicado nações emergentes e enfraquecido as regras do comércio internacional.

A medida hostil do governo Trump reacende o debate sobre a autonomia comercial dos países do Sul Global e a necessidade de reformas no sistema multilateral de comércio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou em entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo a medida como “inaceitável”. Lula afirmou que a medida unilateral norte-americana é uma violação das regras do comércio internacional e uma agressão à soberania econômica do Brasil. “O Brasil não aceitará passivamente esse tipo de retaliação comercial. Vamos mobilizar todos os instrumentos legais e diplomáticos disponíveis para defender nossos interesses”, declarou.

O Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) já iniciaram consultas técnicas para elaborar a queixa junto à OMC. O governo também avalia acionar mecanismos regionais de concertação econômica, como o Mercosul e o BRICS, em busca de respaldo internacional.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) manifestaram apoio às ações do governo federal e divulgaram notas públicas repudiando as tarifas norte-americanas. O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que “o empresariado brasileiro está unido na defesa de um ambiente comercial justo e previsível, conforme preconizado pelos tratados multilaterais”.

Entidades populares também reagiram com manifestações e críticas ao governo de Trump.

Analistas ouvidos pelo Valor Econômico apontam que a medida adotada por Washington tem motivações políticas e reflete a estratégia protecionista unilateral de Donald Trump. O Brasil, por sua vez, busca manter sua postura de defesa do multilateralismo e da legalidade internacional, sem ceder a pressões de curto prazo.

A reação do Palácio do Planalto se insere em um contexto mais amplo de realinhamento geopolítico do Brasil, que tem priorizado parcerias com países do Sul Global e reiterado seu compromisso com a reforma das instituições internacionais. Em reuniões recentes do G20 e da cúpula do BRICS, o presidente Lula tem enfatizado a necessidade de uma nova governança econômica mundial baseada na equidade e no respeito mútuo.

A expectativa do governo é de que o processo na OMC seja aberto nas próximas semanas. Paralelamente, o Ministério da Fazenda acompanha os impactos econômicos da medida e avalia eventuais compensações setoriais. O Brasil exporta anualmente cerca de US$ 3 bilhões em produtos siderúrgicos aos EUA, dos quais uma parte significativa será afetada pelas tarifas.

O governo brasileiro reafirmou que seguirá dialogando com os EUA, mas que não abrirá mão de defender sua indústria e seus trabalhadores. “Nossa política externa está baseada no respeito mútuo, mas também na firmeza quando os nossos direitos são violados”, disse Lula.

A ofensiva de Trump se dá em meio a crescentes tensões com os países do BRICS e críticas abertas à proposta de criação de uma moeda alternativa ao dólar para transações comerciais entre os países do grupo. “Nós temos interesse de criar uma moeda de comércio entre os outros países. Eu não sou obrigado a comprar dólar para fazer relação comercial com a Venezuela, com a Bolívia, com a Suécia, com a China. A gente pode fazer nas nossas moedas”, reiterou Lula, sinalizando que o projeto de desdolarização do comércio sul-global está mais vivo do que nunca.

Sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula também ironizou a submissão do bolsonarismo a Trump. “Tem gente que se diz patriota, mas se ajoelha diante dos interesses estrangeiros. Nós vamos defender o Brasil com firmeza e dignidade”, afirmou. A declaração vem na esteira de críticas públicas de analistas e formadores de opinião que apontam a incoerência do discurso nacionalista de setores da direita brasileira frente à ofensiva do governo Trump contra o Brasil.

A resposta do governo brasileiro foi bem recebida por entidades industriais, agronegócio e especialistas em relações internacionais, que consideram fundamental a atuação multilateral e a união com países afetados para conter a escalada protecionista. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a retaliação americana prejudica a competitividade do setor exportador e viola princípios básicos do comércio internacional.

Movimentos sociais, sindicatos e organizações progressistas também se manifestaram em apoio à posição do governo. Em diversas cidades, entidades realizaram atos em defesa da soberania nacional e da integração regional como forma de resistência ao imperialismo econômico. A medida de Trump contra o Brasil é percebida por amplos setores como um ato de guerra comercial e agressão direta ao direito do povo brasileiro ao desenvolvimento.

O governo brasileiro sinaliza que pretende levar a questão às últimas consequências no plano diplomático e jurídico, mas também reforça a urgência de uma nova ordem econômica internacional. “Se o multilateralismo não funcionar, teremos que reforçar alianças entre os países do Sul, com base na igualdade, no respeito mútuo e na soberania”, disse uma fonte do Palácio do Planalto.

Ao fim da entrevista, Lula voltou a defender o diálogo e criticou o estilo confrontacional de Trump. “Se o presidente americano tem divergências, ele deve levar a questão a um fórum internacional, para discutir o tema civilizadamente”, concluiu.

Com essa postura, o governo brasileiro reafirma sua disposição de enfrentar pressões externas sem abrir mão dos interesses nacionais, buscando fortalecer tanto os mecanismos institucionais como os laços com países que compartilham os mesmos desafios — em nome de um comércio mais justo e de uma ordem multipolar baseada no respeito e na cooperação.

Em sintonia com o apoio da sociedade, o governo Lula se mantém firme e manda a mensagem de que o Brasil não se curvará às pressões econômicas dos EUA. externas. A aposta recai sobre a justiça internacional e a opção pela reciprocidade, reiterando uma postura de defesa da soberania e confiança no jogo diplomático.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Com aval de Trump, Flávio Bolsonaro volta a atacar o STF e defende anistia

Declaração surge após Donald Trump aplicar tarifas ao Brasil e atacar a soberania do Judiciário brasileiro no caso da tentativa de golpe

       Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro voltou a defender a anistia aos envolvidos nos atos golpistas, em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Judiciário brasileiro e a ameaça de tarifas unilaterais do republicano.

"O primeiro passo que a gente tem que discutir é, sim, uma anistia ampla, geral e irrestrita. Porque hoje o Congresso só não aprova essa grande anistia, e isso é um sentimento da maioria esmagadora do Congresso, porque há uma pressão de alguns ministros do Supremo", afirmou o senador em entrevista à CNN, nesta quinta-feira (10).

A declaração surge após, em carta a Lula publicada em sua rede social, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que adotará uma tarifa comercial unilateral de 50% sobre as importações de todos os produtos brasileiros a partir de primeiro de agosto.

A guerra tarifária dos EUA contra o Brasil é uma tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e livrar Jair Bolsonaro do julgamento pela tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247

Tarifaço de Trump fragiliza Bolsonaro, fortalece Lula e vira arma contra Tarcísio para 2026

"O projeto de Lula é taxar os super ricos, o de Bolsonaro é taxar o Brasil!”, diz o novo mote do Palácio do Planalto

Lula, Tarcísio de Freitas e o Porto de Santos (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Amanda Perobelli | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a nova medida adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode representar um divisor de águas no cenário político nacional. De acordo com o jornal O Globo, a sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros anunciada por Trump é vista pelo Palácio do Planalto como uma oportunidade estratégica para enfraquecer a retórica “patriótica” de Jair Bolsonaro (PL) — admirador declarado do mandatário norte-americano — e minar a força do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na corrida presidencial de 2026.

A medida, anunciada em carta oficial assinada por Trump e enviada ao governo brasileiro, gerou uma reação imediata do entorno de Lula. No Planalto, surgiu o slogan: “o projeto de Lula é taxar os super ricos, o de Bolsonaro é taxar o Brasil!”, rapidamente vocalizado pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). A ministra já vinha alertando para o que classificou como uma “conspiração” contra o país, referindo-se à visita do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aos Estados Unidos — que, segundo Lula, teria atuado diretamente para convencer Trump a adotar medidas econômicas retaliatórias.

O seu Tarcísio pode tirar, mas não vale tentar esconder o chapeuzinho do Trump, não. Pode ficar mostrando para a gente saber quem você é. Está cheio de lobo com pele de carneiro”, declarou Lula, em entrevista à Record, relembrando o uso do boné com o slogan “Make America Great Again” por parte do governador paulista.

⊛ Trunfo político e reação estratégica - No Planalto, a sobretaxa é interpretada como uma oportunidade inédita para contrastar a atuação de Lula com a de seus adversários da extrema direita. A estratégia é evidenciar o empenho do presidente em proteger o setor produtivo nacional, em contraposição ao alinhamento automático de Bolsonaro e seus aliados com interesses estrangeiros — mesmo quando esses resultam em prejuízos diretos ao Brasil.

A avaliação interna é de que o impacto econômico das tarifas, que entram em vigor em 1º de agosto, será monitorado com lupa. O PT pretende quantificar e divulgar as perdas de setores produtivos para reforçar o discurso de que Bolsonaro e sua família agem contra a soberania brasileira. O caso também será explorado como munição contra Tarcísio de Freitas, apontado como o nome mais viável da direita para 2026, sobretudo após sua reação classificada como “ambígua” dentro do governo.

⊛ Centrão analisa cenário com cautela - Lideranças de centro-direita como PP, MDB e PSDB, relata o jornal O Globo, avaliam que a crise provocada pelo tarifaço tem potencial para abalar as bases do bolsonarismo. Embora reconheçam que ainda há “um longo caminho” até as eleições de 2026, parlamentares desses partidos admitem que o impacto da sobretaxa pode reposicionar o debate público sobre soberania, patriotismo e interesses nacionais. Para eles, a ofensiva de Trump, supostamente articulada por Eduardo Bolsonaro, pode se tornar um divisor de águas.

A queda de influência de Jair Bolsonaro no ambiente digital e os crescentes embates judiciais que enfrenta contribuem, segundo essas lideranças, para abrir espaço à emergência de um novo nome no campo da centro-direita. Tarcísio de Freitas, embora ainda favorito nesse grupo, foi criticado pela tibieza com que tratou a taxação, que ele classificou apenas como "deletéria".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Ato da esquerda na Paulista tem mais público que o de Bolsonaro, diz USP

 

Manifestantes erguem cartaz contra Donald Trump e Jair Bolsonaro (PL) durante protesto na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Reprodução

O ato organizado por movimentos de esquerda na Avenida Paulista, em São Paulo, na última quinta-feira (10), reuniu mais pessoas do que a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 29 de junho, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, o protesto liderado por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda alcançou o pico de 15,1 mil pessoas às 19h30. Já a manifestação “Justiça Já”, organizada por Bolsonaro, atraiu 12,4 mil pessoas no seu horário de maior público.

Segundo o relatório, essa foi a primeira vez, em um intervalo próximo, que um ato da esquerda superou, em número de participantes, uma manifestação da direita na mesma região. A contagem foi feita com o auxílio de fotos aéreas capturadas por drones e analisadas com software, em parceria com a ONG More in Common.


O protesto desta quinta-feira teve como principais pautas a crítica à taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre exportações brasileiras e a defesa de mais impostos para bilionários e grandes fortunas.

Após mobilizarem as redes sociais com a campanha por “justiça tributária”, os organizadores — entre eles as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) — convocaram o ato para defender a taxação de bilionários, bancos e bets, apelidados de “BBB”.

Durante a manifestação, um boneco do presidente Donald Trump foi queimado em protesto. Os participantes também criticaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por ter apoiado uma postagem do republicano em defesa de Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump mencionou o processo judicial como justificativa para o tarifaço aplicado ao Brasil.



Em resposta, manifestantes gritaram frases como “Cala a boca, Tarcísio” e chamaram o governador de “vira-lata”.

Além da defesa da taxação dos super-ricos, outras demandas incluíram o fim da jornada de trabalho 6×1 e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil — proposta atualmente em análise na Câmara dos Deputados.

O ato começou por volta das 18h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), e ocupou as duas faixas da Avenida Paulista.

Fonte: DCM

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O slogan adotado por Lula na guerra contra Trump

 

O presidente Lula com a bandeira do Brasil. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou nesta quinta-feira (10) o discurso em defesa da soberania nacional em resposta à taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em publicação nas redes sociais, Lula destacou a mensagem “Brasil soberano”, que surgiu nas redes sociais, acompanhada da declaração: “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”.

A medida protecionista de Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, foi justificada em carta ao governo brasileiro como retaliação ao que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Lula rebateu as acusações e afirmou que qualquer ação unilateral será respondida com base na Lei de Reciprocidade Econômica.



Em entrevista à Record TV, o presidente foi enfático: “Se ele vai colocar 50% de taxa em nós, nós vamos cobrar 50% dele”. A declaração reforça a posição já expressa em nota oficial, na qual o Planalto classificou como “falsa” a alegação de Trump sobre déficit comercial dos EUA com o Brasil, citando superávit estadunidense de US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos.

“O que mais vai valer é o seguinte: nós temos a Lei da Reciprocidade, que foi aprovada no Congresso. Não tenha dúvida que primeiro nós vamos tentar negociar, mas se não tiver negociação a Lei da Reciprocidade será colocada em prática”, afirmou o presidente.

O tom das declarações presidenciais parece dirigido não apenas a Trump, mas também a Bolsonaro e seu filho Eduardo, que celebraram publicamente a medida tarifária como resposta aos processos judiciais. “Quem tem que gostar e respeitar o Brasil é o brasileiro”, afirmou Lula, em clara referência aos opositores.

Fonte: DCM

Brasil sobrevive sem EUA, não abre mão da reciprocidade e vai tentar negociar, diz Lula em resposta a Trump

A guerra tarifária dos EUA contra o Brasil é uma tentativa de pressionar o STF e livrar Jair Bolsonaro do julgamento pela tentativa de golpe de Estado

Lula em entrevista à Record - 10/07/2025
Lula em entrevista à Record - 10/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (10) que o Brasil conseguirá sobreviver sem o fluxo atual de comércio com os Estados Unidos, não abrirá mão da reciprocidade econômica e tentará negociar com os EUA diplomaticamente.

As declarações foram divulgadas pela Agência Gov e se baseiam na entrevista concedida por Lula à emissora Record, nesta quinta. A reação surge após, em carta a Lula publicada em sua rede social, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que adotará uma tarifa comercial unilateral de 50% sobre as importações de todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

A guerra tarifária dos EUA contra o Brasil é uma tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e livrar Jair Bolsonaro do julgamento pela tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com declarações divulgadas pela Agência Gov

APUCARANA: Festa julina celebra conclusão de cursos e reforça apoio a mulheres assistidas pela Secretaria da Mulher



Com comidas típicas, música e clima de confraternização, a Secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família promoveu, na tarde desta quinta-feira (10/7), uma animada festa julina em sua sede. O evento reuniu as mulheres assistidas pelo Centro de Atendimento à Mulher e pelo Centro de Oficinas Mulher Cidadã, que participaram da celebração acompanhadas de seus filhos.

A festa marcou o encerramento dos cursos profissionalizantes oferecidos pela pasta no primeiro semestre de 2025. De acordo com a primeira-dama e secretária da Mulher e Assuntos da Família, Karine Mota, as capacitações têm como foco a promoção da autonomia financeira das participantes.

“Encerramos ontem o curso de Costura e Moda Criativa. Novas turmas terão início no final de julho, tanto no período da manhã quanto da tarde. Além desse, também oferecemos cursos de culinária, como de produção de docinhos e de finalização de bolos. Com essas formações, incentivamos as mulheres a gerar renda extra para suas famílias e, em casos de violência doméstica, a conquistar independência financeira dos maridos ou companheiros”, explicou a secretária.

O prefeito Rodolfo Mota também esteve presente na festividade. Em discurso, destacou a importância do momento para as famílias e compartilhou avanços recentes da gestão.

“É uma alegria estar com vocês. Hoje é o primeiro dia das férias escolares, por isso vejo tantas mães acompanhadas de seus filhos. Pela manhã, recebi um relatório que mostra que, desde sua inauguração, há dez dias, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) já realizou 1.500 atendimentos. Somente na última segunda-feira (7/7), foram atendidas 212 crianças. Com isso, o tempo de espera na UPA foi reduzido em cerca de uma hora. A Prefeitura investirá aproximadamente R$ 4 milhões por ano para manter o PAI, e esse investimento já está dando resultado”, afirmou o prefeito.

A Secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família segue com inscrições abertas para seus cursos e serviços de apoio. Interessados podem obter mais informações pelo telefone (43) 3422-4479 ou diretamente na sede, localizada na Rua Castro Alves, 1629, Jardim América.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Danilo Gentili ataca família Bolsonaro nas redes sociais: “Vermes”

 

O apresentador e comediante Danilo Gentili. Foto: Divulgação

O apresentador e comediante Danilo Gentili gerou repercussão nas redes sociais nesta quinta-feira (10) ao publicar críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro e à família Bolsonaro, a quem se referiu como “vermes”, em sua conta no X. Ele acusou o parlamentar de viver “na Disney de MAMATA” e afirmou que “para Eduardo Bolsonaro é fácil comemorar a taxa no Brasil”, sugerindo que o deputado nunca trabalhou.

Além de atacar Eduardo, Gentili direcionou críticas à família Bolsonaro, afirmando que eles “sabotaram o combate à corrupção” para proteger o senador Flávio Bolsonaro. O comediante também afirmou que a família estaria prejudicando o país para “livrar o covarde mentiroso Jair Bolsonaro”, se referindo ao ex-presidente.

Em 22 de janeiro, o vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 de Jair Bolsonaro, registrou uma queixa-crime contra Danilo Gentili após o apresentador do SBT tê-lo xingado com palavras de baixo calão.

Fonte: DCM

Estrela brasileira dos anos 2000 vira presidente de time de futebol


Kelly Key nas instalações do Kiala FC. Foto: reprodução

A cantora Kelly Key, ícone dos anos 2000 com hits como “Baba Baby”, agora é presidente do Kiala FC, clube de futebol formador de jovens atletas em Angola. O time, que já conquistou títulos nas categorias sub-17 e sub-19 em 2024, tem na artista brasileira a primeira mulher a comandar um clube de futebol no país.

“Ser a única mulher na presidência não é sobre vaidade. É sobre visão! É sobre ocupar um lugar onde disseram que não era pra mim”, declarou Kelly Key em suas redes sociais. A cantora divide a gestão do projeto com seu marido, Mico Freitas, e enfatiza uma liderança construída com trabalho: “Eu sigo. Firme. Presente. E no centro do campo. Porque liderança não se impõe, se constrói”.

O Kiala FC tem ganhado destaque não apenas pelo ineditismo de ter uma mulher no comando, mas também por suas parcerias estratégicas. Recentemente, o clube fechou uma colaboração com o Flamengo, abrindo portas para intercâmbios e desenvolvimento de talentos angolanos.

Fonte: DCM

China condena tarifa de Trump contra o Brasil e classifica medida como “abuso”

 

Os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula, durante encontro no Grande Palácio do Povo, em março de 2023. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo da China criticou duramente a decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em pronunciamento oficial nesta quinta-feira (10/7), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, afirmou que Pequim se opõe ao uso excessivo do conceito de segurança nacional como justificativa para medidas unilaterais e declarou que “o abuso de tarifas não interessa a ninguém”.

O posicionamento da China ocorre após o presidente Donald Trump anunciar a nova taxa, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, alegando supostos prejuízos econômicos aos EUA e criticando o julgamento de Jair Bolsonaro no Brasil. A medida foi vista como retaliação política, já que o ex-presidente brasileiro responde a ações penais no STF por tentativa de golpe de Estado e foi declarado inelegível pelo TSE em 2023.


 

A chancelaria chinesa reiterou sua defesa de um comércio internacional equilibrado e condenou práticas protecionistas. Segundo Pequim, guerras comerciais não produzem vencedores e prejudicam a estabilidade global. O governo Lula tem buscado apoio internacional contra a medida americana, considerada uma violação das regras da OMC.

A China e o Brasil mantêm relação estratégica dentro do grupo Brics. Durante a cúpula do bloco realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, Trump teria monitorado as discussões e ameaçado impor tarifas a países alinhados à aliança. Na mesma ocasião, fez acenos públicos a Bolsonaro, o que reforça a leitura de que a ação visa pressionar o governo brasileiro em meio ao avanço dos processos contra o ex-presidente.

Fonte: DCM