sexta-feira, 20 de junho de 2025

Caiado promete indulto e apoio a anistia irrestrita em troca do apoio de Bolsonaro em 2026

Governador de Goiás se reuniu com Bolsonaro para buscar apoio para a eleição presidencial do ano que vem

           Ronaldo Caiado (Foto: Secom-GO)

Em busca de pavimentar sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), intensificou os gestos de aproximação com Jair Bolsonaro (PL). Em encontro realizado nesta quinta-feira (19), em Goiânia, Caiado articulou um movimento direto de apoio a Bolsonaro, oferecendo-lhe respaldo público e político diante dos processos que responde no Supremo Tribunal Federal (STF), relata Bela Megale, do jornal O Globo.

Segundo aliados dos dois políticos, Caiado reafirmou pessoalmente a Bolsonaro que será uma “voz constante” na sua defesa, tanto em relação à acusação de tentativa de golpe quanto às demais ações judiciais em curso. Durante a conversa, o governador também reforçou o compromisso de apoiar a ideia de uma anistia irrestrita aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e foi além: se eleito presidente, se comprometeu a conceder indulto a Bolsonaro para livrá-lo da cadeia.

O encontro, que marcou a primeira visita de Bolsonaro a Goiás desde as eleições de 2024, foi simbólico por ocorrer após um período de tensão entre os dois. Durante o pleito municipal, Caiado e Bolsonaro estiveram em campos opostos e chegaram a trocar críticas públicas. Agora, no entanto, os movimentos do governador indicam uma tentativa clara de reconciliação estratégica.

A reunião aconteceu majoritariamente a portas fechadas. De acordo com interlocutores, Caiado evocou a “antiguidade” da relação que mantém com Bolsonaro e destacou as bandeiras ideológicas que, segundo ele, ambos “carregam juntos”. O gesto foi visto por apoiadores como uma oferta de aliança baseada na lealdade e na continuidade do projeto político bolsonarista.

Entre aliados de Bolsonaro, cresce a percepção de que Caiado pode ser o nome ideal para manter o ex-presidente no centro da articulação política da direita. Parte do grupo defende que, diferentemente de outros postulantes, o governador goiano não representa uma ameaça aos planos de Bolsonaro para 2030, quando o ex-presidente poderá novamente disputar as eleições presidenciais, caso até lá tenha cumprido a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outro fator que pesa a favor de Caiado, na avaliação de bolsonaristas, é sua disposição em aceitar a influência direta de Bolsonaro na composição da chapa de 2026, especialmente na escolha do candidato a vice. Isso reduziria resistências internas e aumentaria a coesão do campo da direita em torno de um nome competitivo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Membro da ‘Abin paralela’ promoveu reunião para ‘virar eleição’ de 2022, diz PF

Segundo investigações, Alan Oleskovicz reuniu subordinados para discutir ações com potencial de impacto político para beneficiar campanha de Bolsonaro

       (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Trocas de mensagens entre servidores e um depoimento colhido pela Polícia Federal (PF) indicam que Alan Oleskovicz, coordenador-geral de Operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em 2022, sugeriu uma operação que poderia “virar a eleição” a favor do então presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia faz parte do inquérito da chamada “Abin paralela” e consta no relatório da PF, tornado público pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

As mensagens obtidas pelos investigadores mostram que, em 3 de agosto de 2022 — dois meses antes do primeiro turno das eleições —, Oleskovicz reuniu três servidores da área de contrainteligência para discutir ações com potencial de impacto político. Um dos agentes relatou o encontro a um colega por meio de aplicativo de mensagens: “[Oleskovicz] chamou 3 da equipe de CI [contrainteligência] do Doint [Departamento de Operações de Inteligência] (do último concurso) e ficou elucubrando uma operação 'que poderia virar a eleição'”.

Na ocasião, Bolsonaro aparecia atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas. A última sondagem do Datafolha antes da reunião, divulgada em 28 de julho de 2022, mostrava Lula com 47% das intenções de voto, contra 29% do então presidente.

Ainda segundo o agente, os três servidores chamados por Oleskovicz procuraram-no após a reunião para relatar o episódio, considerado grave. Em resposta à denúncia do colega, o interlocutor afirmou: “Cara, é isso. Não é à toa que [ele] é coordenador-geral. Não tenho nada contra bolsonaristas, mas ele talvez seja tipo aqueles da seita. É evangélico, conservador... Aí afunda a agência inteira com ele”.

As suspeitas ganharam corpo com um depoimento prestado por outro servidor à PF em dezembro de 2023. O agente afirmou ter ouvido o relato do caso e disse que a equipe de análise ficou “horrorizada” com a proposta. De acordo com o depoimento, Oleskovicz teria defendido, em reunião com outros departamentos, que “o trabalho de operações seria importante para ajudar na campanha do governo”.

Alan Oleskovicz foi indiciado por peculato e prevaricação. Também foram indiciados o ex-diretor da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o sucessor de Ramagem no comando da agência, Victor Carneiro. Procurado pela Folha, Oleskovicz não respondeu até a publicação da matéria.

Ligado politicamente ao ex-diretor Ramagem, Oleskovicz foi diretor substituto do Departamento de Operações e detinha posição estratégica na estrutura da agência. Ramagem, por sua vez, tem criticado a investigação da PF e atribui as conclusões a uma “rixa política”.

O episódio reacende suspeitas em torno de uma declaração do general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), feita em julho de 2022. Em reunião ministerial, Heleno mencionou a ideia de “montar um esquema para acompanhar o que os dois lados” estavam fazendo na campanha, sugerindo uma possível infiltração de agentes da Abin. Bolsonaro, ao ouvir a proposta, interrompeu o general e sugeriu tratar o tema em conversa reservada.

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal no último dia 10, Heleno negou a viabilidade da proposta. Disse que “não é tecnicamente possível fazer a infiltração de agentes a curto prazo” e que sua intenção era apenas evitar “ações violentas contra os candidatos”.

Após a saída de Ramagem da Abin, em abril de 2022, para disputar as eleições, a chefia da agência foi assumida por Victor Carneiro, então superintendente da Abin no Rio de Janeiro e também ligado ao grupo político de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Moraes vota por 15 anos de prisão para líder de acampamento golpista

Ministro do STF aponta "adesão consciente" de Diego Ventura a "organização criminosa armada" que atacou as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro

        Diego Ventura é apontado como um dos lideres dos atos golpistas do 8 de janeir (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação do extremista bolsonarista Diego Dias Ventura a uma pena de 15 anos de prisão. O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte. As informações são do Metrópoles.

Ventura é apontado pelas investigações da Polícia Federal como um dos principais líderes do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, antes dos ataques de 8 de janeiro de 2023. De acordo com Moraes, “as provas reunidas demonstram que o réu aderiu, de forma consciente e voluntária, à associação criminosa armada que fomentou e executou os ataques às sedes dos Três Poderes”.

O ministro destacou que, segundo o próprio réu, ele permaneceu por cerca de 50 dias no acampamento em frente ao QG do Exército, atuando na logística do grupo. Ventura admitiu que participou da arrecadação de fundos para manutenção da estrutura golpista, além de confessar que invadiu tanto o Palácio do Planalto quanto o prédio do STF, onde registrou vídeos durante os atos.

Ainda conforme a reportagem, Moraes classificou a invasão como parte de um “crime multitudinário, ou de multidão delinquente”, o que dispensa a identificação individual dos autores dos danos. Ainda segundo o ministro, a legislação penal prevê penas mais severas para as lideranças dessas ações, o que justificaria a rigidez de sua proposta de condenação.

O voto de Moraes estipula 12 anos e seis meses de reclusão pelos crimes mais graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Outros 1 ano e seis meses foram propostos por delitos de menor gravidade, como associação criminosa, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.

Além da pena de prisão, o ministro determinou o pagamento de 100 dias-multa e o ressarcimento de R$ 30 milhões como indenização por danos morais coletivos. Até o momento, Moraes foi o único a votar na ação penal que tramita na Primeira Turma do STF.

Conhecido entre bolsonaristas como “Diego da Direita Limpa Campos”, o militante ganhou notoriedade nas redes sociais ao lado de Ana Priscila Azevedo, também identificada pela PF como uma das articuladoras da tentativa de golpe e presa desde janeiro. Ventura esteve foragido após os ataques, mas foi capturado em julho de 2023, por ordem de Moraes, durante a 3ª Assembleia Nacional da Direita Brasileira, em Campos dos Goytacazes (RJ), no âmbito da Operação Lesa Pátria.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi classifica como “gravíssimo” monitoramento de deputados e senadores pelo governo Bolsonaro

Monitoramento de opositores é uma ‘prática da ditadura que Bolsonaro sempre defendeu’, disse a ministra

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), classificou como “gravíssimo” o monitoramento de 24 deputados e 4 senadores pela estrutura paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) criada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A Polícia Federal concluiu nesta semana o inquérito da “Abin paralela”, que apontou o monitoramento de adversários políticos de Bolsonaro.

“É gravíssimo saber que pelo menos 24 deputados e 4 senadores foram espionados sob as ordens do então presidente da República, o agora réu Jair Bolsonaro, incluindo os ex-presidentes da Câmara Rodrigo Maia e Artur Lira, além de integrantes da CPI da Covid. Dois ex-presidentes do STF e dois ex-governadores também foram alvo da espionagem, além de jornalistas que criticavam o governo, advogados e militantes políticos”, disse a ministra.

Segundo Gleisi, a prática repete o que foi feito pela ditadura militar, defendida por Bolsonaro. “O inquérito da PF sobre a ‘Abin Paralela’ confirma que Bolsonaro adotava os métodos nefastos do estado policial, as práticas da ditadura que ele sempre defendeu e tentou impor ao país no golpe frustrado contra a posse de Lula”, completou.


Fonte: Brasil 247

Maior vazamento de logins da história expõe 16 bilhões de dados na internet

Registros podem ser usados para acessar contas em plataformas como Google, Apple, Facebook, GitHub, Telegram e até serviços estatais

(Foto: Steve Marcus/Reuters)

Uma investigação do site independente Cybernews, especializado em segurança cibernética, revelou um vazamento massivo de credenciais de acesso que já é considerado o maior da história. Conforme divulgado pelos pesquisadores, foram expostos aproximadamente 16 bilhões de registros — incluindo senhas e logins — que podem ser usados para acessar contas em plataformas como Google, Apple, Facebook, GitHub, Telegram e até serviços estatais. As informações são do g1.

O conteúdo da violação é composto por dados novos e altamente sensíveis, diferentemente de vazamentos antigos que frequentemente são recirculados entre criminosos. "O que mais preocupa é a estrutura e a atualidade desses conjuntos de dados – não são apenas vazamentos antigos sendo reciclados, são dados frescos e potencialmente exploráveis em larga escala", alertaram os especialistas.

A base de dados está fragmentada em cerca de 30 conjuntos diferentes. Cada um deles contém desde dezenas de milhões até mais de 3,5 bilhões de registros. Embora parte dos dados possa estar duplicada, o número total de vítimas segue indefinido, já que os arquivos podem se sobrepor.

Ainda conforme a reportagem, os pesquisadores também esclarecem que os dados não parecem ter origem em uma única violação, mas sim em diversas ações de roubo realizadas por diferentes programas maliciosos especializados em extrair informações sensíveis — os chamados "ladrões", ou stealers.

Ainda não há confirmação sobre o impacto direto do vazamento sobre brasileiros, mas o maior banco de dados detectado — com mais de 3,65 bilhões de registros — parece estar vinculado a populações falantes da língua portuguesa. Outro grupo de informações, contendo mais de 455 milhões de registros, tem relação com a Rússia, de acordo com a Cybernews.

Mesmo que a exposição desses dados tenha sido temporária, os analistas acreditam que o tempo foi suficiente para que agentes maliciosos tivessem acesso a eles. As informações podem ser comercializadas na dark web e exploradas em crimes como fraudes bancárias, roubo de identidade e extorsão digital.

O único vazamento já relatado anteriormente foi reportado no final de maio pela revista Wired, quando um pesquisador identificou um “banco de dados misterioso” com 184 milhões de entradas. Os demais conjuntos permaneciam desconhecidos até então.

Para os especialistas da Cybernews, o escopo e o potencial de prejuízo do incidente são alarmantes: “Isso não é apenas um vazamento — é um plano para exploração em massa”, disseram.

Diante da gravidade da situação, o Google emitiu orientações para que seus usuários troquem imediatamente suas senhas. O FBI, por sua vez, publicou um alerta recomendando cautela com mensagens de texto suspeitas contendo links.

Especialistas em segurança digital reforçam algumas medidas básicas de proteção: atualizar senhas antigas imediatamente; utilizar gerenciadores de senhas confiáveis; adotar autenticação multifator (MFA); evitar repetir senhas em diferentes serviços e estar atento a sinais de que uma conta pode ter sido comprometida.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro passa mal em eventos em Goiás e diz que “vomita 10 vezes por dia”

Ex-presidente interrompe discurso por soluços e deixa agenda em frigorífico após apenas 20 minutos

Bolsonaro concede entrevista coletiva após prestar depoimento à Polícia Federal em Brasília - 05/06/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Pouco mais de dois meses após passar por uma cirurgia intestinal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apresentar sinais de indisposição em compromissos públicos, informa o Metrópoles. Bolsonaro interrompeu um discurso na noite desta quinta-feira (19) e abandonou uma agenda na manhã desta sexta (20), ambos os episódios ocorridos em Goiás.

Durante uma solenidade na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, na noite de quinta, o ex-presidente foi interrompido por crises de soluço e chegou a se desculpar com os presentes: “Desculpa, estou muito mal. Vomito 10 vezes por dia”, afirmou.

Segundo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que o acompanhava, a orientação médica era para que Bolsonaro evitasse falar em público, como forma de preservar sua saúde.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro esteve em um evento no Frigorífico Goiás, na capital, mas permaneceu no local por menos de 20 minutos. Chegou sem dar declarações, acenou rapidamente a apoiadores e deixou o local às pressas, novamente por se sentir mal.

A recorrente indisposição ocorre após uma cirurgia realizada em abril deste ano para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal após complicações que seriam relacionadas ao evento em Juiz de Fora na campanha eleitoral de 2018.

A agenda em Goiás teve início na quinta-feira com uma reunião com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), no Palácio das Esmeraldas. Ainda no mesmo dia, o ex-presidente participou da feira do agronegócio Agrovem, em Goiânia, fez uma visita à casa do senador Wilder Morais (PL-GO) e esteve em culto na Igreja Assembleia de Deus Ministério Fama. À noite, recebeu o título de cidadão de Aparecida de Goiânia, cerimônia onde ocorreu o episódio de maior mal-estar.

Segundo aliados, Bolsonaro tinha planejado almoçar nesta sexta-feira em Anápolis (GO), mas, devido ao mal-estar, seguiu direto para Brasília após o compromisso no frigorífico.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi desmente Folha sobre "gastança" e aponta juros da dívida como "motor do crescimento das despesas" do país


        Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), acusou a Folha de S. Paulo de promover desinformação ao tratar do cenário fiscal do governo Lula (PT). Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (20), Gleisi contestou diretamente a manchete do jornal que afirma que os gastos federais “crescem em ritmo de quase o dobro da receita”, o que levaria a um colapso da máquina pública em 2027.

Segundo ela, a reportagem omite informações essenciais sobre a execução orçamentária do governo federal, distorce os dados brutos e ignora os limites impostos pelo novo arcabouço fiscal. “A manchete da Folha hoje é uma enorme desinformação sobre as contas públicas. Manipula números brutos para esconder que a despesa primária do governo federal caiu de 19,6% do PIB em 2023 para 18,6% em 2024”, escreveu a ministra.

Gleisi também rechaçou o uso do termo “gastança”, dizendo ser incorreto diante do cumprimento rigoroso das metas fiscais. “É falso falar em ‘gastança’ quando o arcabouço fiscal cria limites para as despesas, que estão sendo cumpridos rigorosamente, ao contrário do que acontecia com a Lei do Teto de Gastos, que foi ignorada em todo o período de Bolsonaro e Guedes".

“O que estrangula o orçamento são os juros da dívida” - Ao aprofundar sua crítica, Gleisi destacou que os gastos que pressionam o orçamento federal têm origem nas despesas financeiras provocadas pelas elevadas taxas de juros no Brasil. “O que a manchete também esconde é que o motor do crescimento das despesas são os juros da dívida, as despesas financeiras que devem chegar a R$ 1 trilhão este ano por causa dos juros estratosféricos”, afirmou.

Ela responsabilizou diretamente os interesses do setor financeiro pelo estrangulamento orçamentário: “são os interesses do sistema financeiro que estrangulam o orçamento, e não os investimentos em educação, saúde, previdência, políticas sociais, financiamento da produção e infraestrutura para o crescimento”.

Gleisi também lembrou o esforço fiscal da gestão Lula para reequilibrar as contas públicas. “A responsabilidade e o esforço fiscal do governo presidente Lula são inegáveis, ou não teríamos reduzido o déficit primário de 2,3% para 0,09% do primeiro para o segundo ano do governo”, escreveu.
Fonte: Brasil 247

As piores frases para dizer ao seu chefe, segundo a inteligência artificial


     Homens conversando no ambiente de trabalho. Foto: Freepik

Uma pesquisa feita com diferentes ferramentas de inteligência artificial apontou que a frase “Isso não é meu trabalho” é a mais prejudicial que um funcionário pode dizer ao chefe. Mesmo quando a pessoa tem razão, a declaração passa uma imagem de falta de colaboração, resistência a novas tarefas e má vontade em trabalhar em equipe. A recomendação é buscar formas mais positivas de se posicionar diante de demandas inesperadas.

Segundo a IA, uma alternativa mais apropriada seria dizer: “Não estou familiarizado com essa tarefa, mas posso tentar ajudar no que for possível” ou “Você pode me confirmar se isso faz parte das minhas responsabilidades? Assim posso organizar melhor minhas prioridades.” Essas respostas mostram disposição e respeito à hierarquia sem comprometer os próprios limites.

Além dessa, outras frases que devem ser evitadas incluem: “Não sei”, “Sempre fizemos assim”, “Não posso”, “Estou muito ocupado” e “Não é justo”. A inteligência artificial recomenda manter uma comunicação assertiva, empática e profissional, especialmente com superiores, para preservar boas relações no ambiente de trabalho e evitar mal-entendidos

Fonte: DCM

“Porrada histórica”: Imprensa internacional repercute vitória do Botafogo sobre PSG


        Manchete do Olé, da Argentina. Foto: Reprodução

A vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain na Copa do Mundo de Clubes teve grande repercussão na imprensa internacional. O jornal argentino Olé estampou a manchete “Batacazo histórico”, traduzida como “Porrada histórica”, destacando o feito do campeão da Libertadores sobre o campeão da Champions League. Já o francês L’Équipe publicou “Derrubado de um pedestal”, ressaltando a surpresa da derrota do PSG.

Essa foi a primeira vitória de um clube sul-americano sobre uma equipe europeia na história do torneio. O gol de Igor Jesus e a atuação defensiva segura do time garantiram o resultado histórico. Antes disso, os confrontos entre os dois continentes haviam terminado em empates, como os jogos entre Palmeiras e Porto, Fluminense e Borussia Dortmund, e Boca Juniors e Benfica.

Outros veículos internacionais também repercutiram o feito. O espanhol Marca apontou que o Atlético de Madrid, rival do grupo, está em situação complicada após o resultado. Já o RMC Sport, da França, disse que “Paris está com as costas na parede”. A vitória aproximou o Botafogo das oitavas de final; agora, basta um empate contra o Atlético para garantir a classificação e a liderança do Grupo B.

Fonte: DCM

“Um dos grandes”: Messi elogia Palmeiras e prevê “jogo complicado” no Mundial

           Messi comemora gol pelo Inter Miami. Foto: Getty Images


Após a vitória do Inter Miami por 2 a 1 sobre o Porto, Lionel Messi comentou sobre o próximo desafio da equipe na Copa do Mundo de Clubes: o confronto contra o Palmeiras. O craque argentino reconheceu a força do adversário e classificou o Verdão como “um dos grandes do mundo”. Para ele, a partida será difícil, mas acredita que o time norte-americano tem condições de competir.

Com a vitória sobre o Al Ahly por 2 a 0, o Palmeiras lidera o Grupo A com quatro pontos, mesma pontuação do Inter Miami, que fica em segundo pelos critérios de desempate. No jogo contra o Porto, Messi foi decisivo: marcou um golaço de falta e garantiu a virada após o empate de Segovia.

O primeiro gol da partida havia sido do time português, em cobrança de pênalti. Palmeiras e Inter Miami se enfrentam na próxima segunda-feira, às 22h (horário de Brasília), no Hard Rock Stadium, em Miami. Um empate classifica as duas equipes para as oitavas de final.

Fonte: DCM

Velório de Francisco Cuoco será aberto ao público em São Paulo nesta sexta


      Francisco Cuoco em cena de ‘O salvador da pátria’, de 1989. Foto: Bazilio Calazans/Globo

O corpo do ator Francisco Cuoco está sendo velado nesta sexta-feira (20), em São Paulo, com cerimônia aberta ao público das 7h às 15h no Funeral Home, na região central da cidade. Cuoco morreu na quinta-feira (19), aos 91 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. O enterro será restrito à família, às 16h. Em nota, os familiares agradeceram o carinho do público e destacaram que o ator partiu de forma tranquila.

Com mais de 60 anos de carreira, Francisco Cuoco teve papéis marcantes no teatro, cinema e principalmente na televisão, onde se destacou como protagonista de novelas icônicas da TV Globo, como “Selva de Pedra”, “Pecado Capital” e “O Salvador da Pátria”.

Sua última participação na TV foi em 2023, na série “No Corre”, do “Multishow”. Nascido no bairro do Brás, em São Paulo, o ator deixa três filhos e cinco netos. A trajetória de Cuoco foi celebrada por artistas e autores, como o dramaturgo Walcyr Carrasco, que o definiu como “um ícone que inspirou gerações”.

Fonte: DCM

Simone Tebet: estratégia de longo prazo do Governo é pela justiça social

Ministra do Planejamento afirma que Estratégia Brasil 2050, traçada com ampla participação, é uma missão de Estado: "Um país tão rico não pode e não vai ter um povo tão pobre nos próximos anos"

Ministra do Planejamento participou de debate em Campo Grande (MS)

“O Brasil, que é um país tão rico, não pode e não vai ter um povo tão pobre nos próximos anos. Nós não podemos falhar com a missão de cuidar do futuro muito próximo das nossas crianças, dos nossos jovens, do nosso Estado e do nosso país.” Com essas palavras, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, abriu o seminário “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050”, realizado nesta quarta-feira (18/6), em Campo Grande (MS).

Para ela, enfrentar a desigualdade, promover o desenvolvimento sustentável e tornar o país mais competitivo exige planejamento de longo prazo, que precisa ser construído de forma técnica, participativa e suprapartidária.

O encontro marcou o encerramento da série de 16 edições promovidas em todas as regiões do país pela Secretaria Nacional de Planejamento (Seplan/MPO). A iniciativa coletou subsídios técnicos e políticos para a formulação de uma estratégia de desenvolvimento de longo prazo, que vai orientar as decisões do Estado brasileiro pelos próximos 25 anos.

Segundo a ministra, planejar o futuro do Brasil não é missão de governo, mas sim uma missão de Estado. “Esta carta náutica, ou esta bússola feita pela sociedade brasileira, que é uma política de Estado, ela vai ficar para ser atualizada. Entra governo, sai governo, é um projeto que vai permitir que a gente possa levar para o mundo a visão de Brasil que a gente quer e trazer o mundo para dentro do Brasil”, enfatizou.

Tebet apontou a Estratégia Brasil 2050 como uma resposta à ausência de políticas estruturantes de longo prazo que, ao longo de décadas, comprometeu o aproveitamento do potencial econômico e humano do país. “O Brasil não tem cultura de planejar”, lamentou. “O Brasil planeja de forma anual. Todo ano, a Câmara de Vereadores vota o orçamento da Prefeitura, o Governo do Estado, a sua LOA (Lei Orçamentária Anual), e o Governo Federal da mesma forma.”

Ela citou como exemplo a Rota Bioceânica, projeto com mais de 30 anos para conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, e lamentou a falta de continuidade nas políticas públicas. “Se lá atrás o Brasil já tivesse tido a cultura do planejamento, essa Rota Bioceânica já estava inaugurada há pelo menos 10 anos. O Brasil, o setor produtivo, o nosso comerciante, o nosso empresário, o nosso trabalhador, a nossa agricultura familiar, o nosso grande agronegócio já estariam ganhando muito mais”, comentou.

◆ Temas estratégicos

A ministra também citou temas estratégicos, como a transição demográfica, os impactos da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho, o papel das mulheres na economia e as oportunidades do mercado de carbono. “O que vai acontecer daqui a 25 anos, até antes disso? A maior parte da população brasileira vai ser uma população já da melhor idade. Então, nós vamos investir mais na educação básica, vamos investir mais na economia de cuidado, vamos precisar mais de enfermeiros e médicos, vamos precisar mais do quê? De cuidadores na área social”, ponderou.

Segundo ela, as transformações da Inteligência Artificial também exigem ação imediata, porque hoje já se diz que a IA vai mudar o mundo nos próximos dois anos. “Hoje, ela tem a capacidade de aprender com ela mesma e de nos ensinar quantos empregos nós vamos perder, qual orientação nós vamos dar para os nossos filhos que estão entrando na faculdade”, comentou.

Tebet reiterou que promover a igualdade salarial entre homens e mulheres é não apenas uma questão de justiça, mas uma oportunidade econômica. “Está comprovado que a indústria ganha, o comércio ganhará, o Brasil ganha, o país ganha quando nós igualarmos os salários de homens e mulheres na mesma atividade”, pontuou.

Além disso, mencionou o potencial econômico do mercado de carbono, com destaque para o meio rural: “Quem tem reserva legal, quem cuida, tem agricultura sustentável, quem tem o agro sustentável, seja o menor ou seja o grande, tem a oportunidade de ganhar dinheiro com a nova lei do mercado de carbono”.

◆ Plano para o país

O ex-governador e hoje deputado estadual Zeca do PT comentou que não poderia haver um lugar melhor para concluir os Diálogos da Estratégia Brasil 2050 do que o Mato Grosso do Sul. De acordo com ele, o trabalho de longo prazo no estado já resulta em geração de emprego e diversificação da base econômica, conciliando o agronegócio com o desenvolvimento da agricultura familiar, buscando o desenvolvimento harmonioso com o meio ambiente e sendo socialmente justo. “E é exatamente esse modelo que nós temos aqui hoje – que pode e deve ser aprimorado – que nós queremos para o Brasil. Um Brasil que seja capaz de crescer, de se desenvolver, de gerar emprego, de gerar riqueza, mas que seja capaz de buscar a justiça social”, afirmou.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) lembrou que o Brasil sempre foi considerado o país do futuro, mas ressaltou que esse futuro tem de ser construído agora. Ela parabenizou o governo federal e o Ministério do Planejamento e Orçamento por apresentarem “um plano de país e não um plano de governo”. “Nós precisamos trabalhar hoje, mas projetar para o futuro. E que os próximos que estiverem no cumprimento da missão de gerir este enorme país levem isso em consideração”, afirmou.

O governador Eduardo Riedel observou que o seminário é uma grande oportunidade de levantar contribuições da universidade, dos institutos e da sociedade civil organizada, com o objetivo de fazer o planejamento para o ano de 2050 com uma perspectiva sem cunho político-partidário, pensando o Brasil com mais convergências entre as linhas ideológicas. “A gente está pensando um resultado de nação”, salientou.

◆ Responsabilidade com gerações futuras

Para o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), planejar é um ato de responsabilidade com as gerações futuras. “Aqueles que não planejam estão condenando as próximas gerações a viver num mundo de desigualdade, de pobreza. Um mundo sem soluções. Então, o curto prazo importa e nós estamos aqui todos os dias para debater o curto prazo, mas sem tirar os olhos dos grandes desafios que a sociedade nos impõe”, afirmou.

Segundo a ministra Simone Tebet, para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades, há três grandes questões que precisam ser levadas em conta: uma agenda suprapartidária de Estado, com ampla participação social; indicadores e metas para cada serviço público e cada linha de ação de todos os níveis de governo; e parcerias público-privadas.

A missão, segundo ela, é erradicar a miséria, diminuir a pobreza e dar condições sociais para que os jovens, pela educação, possam ter um futuro digno. “É preciso começar a preparar hoje o Brasil que queremos no futuro”, incentivou.

◆ Versão final

A Estratégia Brasil 2050 está em fase de elaboração e vai consolidar um documento de referência para o planejamento de longo prazo do país. Os seminários regionais foram finalizados com o seminário Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050 – Campo Grande (MS) desta quarta-feira.

Os estudos, documentos técnicos e materiais de apoio já estão disponíveis no site oficial da Estratégia Brasil 2050. A versão final deve ser consolidada no segundo semestre deste ano, com base em estudos técnicos e contribuições da consulta pública, aberta até o fim de maio.

Assista na íntegra


Fonte: Agência Gov

Dólar em queda reduz pressão sobre inflação e IPCA pode fechar 2025 abaixo de 5%

Alta da Selic para 15% atrai capital estrangeiro, fortalece o real e barateia alimentos e bens industriais, segundo economistas

       (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Após a sétima alta consecutiva da taxa Selic, que chegou a 15% ao ano — o maior nível desde 2006 —, o dólar continua em queda e já acumula desvalorização de 12% em 2025. Segundo reportagem do O Globo, esse movimento, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro atraído pelos juros altos, tem contribuído para conter a inflação. Com a valorização do real, os preços de alimentos, combustíveis e bens industriais recuaram, e o mercado já revisa para baixo as projeções do IPCA, que pode fechar o ano abaixo de 5%.

A expectativa do Boletim Focus desta semana aponta inflação de 5,25%, mas alguns analistas apostam em números ainda menores. Para o economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, a taxa pode encerrar 2025 em 4,8%. “As condições externas estão ajudando. Isso abre espaço para uma inflação mais baixa”, afirmou. Ele destaca que a valorização do real já refletiu no IPCA de maio, com queda nos preços de bens duráveis.

O câmbio mais favorável se soma a fatores internos como safra recorde, clima benigno e maior oferta de alimentos, o que tem segurado os preços nos supermercados. Frango, ovos, carnes, frutas e até o azeite devem registrar queda ou aumentos mais suaves. A LCA prevê deflação de 0,32% na alimentação no domicílio em junho, enquanto Cunha projeta inflação anual de 6,5% para esse grupo.

Os bens industriais também tendem a subir menos em 2025. Segundo Fábio Romão, da LCA 4Intelligence, a valorização do real reduz o repasse cambial, fazendo a inflação do setor recuar de 4,3% para 3,8%. Itens importados como eletroeletrônicos, roupas, videogames e alimentos com forte componente externo, como trigo e leite em pó, também devem registrar reajustes mais modestos.

Apesar desse alívio, a inflação de serviços preocupa. O Banco Central justificou a alta da Selic citando a resiliência da economia e a pressão no mercado de trabalho. Romão prevê que esse setor feche 2025 com inflação de 6,2%. “Essa é a pulga atrás da orelha. É isso que preocupa o Banco Central”, disse, estimando que os juros só comecem a cair em março de 2026.

Por fim, bancos como XP e Itaú revisaram suas projeções para o ano. A XP espera IPCA de 5,5%, com deflação nos alimentos em junho e alta moderada dos bens industriais. Já o Itaú projeta inflação de 5,3% e dólar a R$ 5,65 em dezembro, reforçando o impacto positivo do câmbio sobre os preços no país.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Cheia do Guaíba ameaça Porto Alegre e deve durar até segunda-feira

Volume vindo dos rios Jacuí e Taquari eleva nível das águas. Santa Catarina e Paraná têm alerta de “grande perigo” para temporais nesta sexta

       Rio Guaíba (Foto: Alex Rocha / Prefeitura de Porto Alegre)

As fortes chuvas que atingem o Sul do Brasil nesta semana já provocam consequências em Porto Alegre, onde o nível do lago Guaíba voltou a subir e deve permanecer elevado pelo menos até a próxima segunda-feira (24), segundo informação da MetSul Meteorologia divulgada pelo jornal O Globo.

Na tarde desta quinta-feira (19), a medição no Cais Central da Avenida Mauá — ponto de referência para monitoramento de enchentes na capital gaúcha há 150 anos — registrou o Guaíba em dois metros. O volume crescente é resultado da chegada de grandes quantidades de água vindas dos rios Jacuí e Taquari. A situação pode se agravar ainda mais neste sábado (21), com a possibilidade de ventos fortes sobre a Lagoa dos Patos, o que tende a represar as águas e elevar o nível do lago com maior rapidez.

◉ Temporais marcam o início do inverno no Sul - Enquanto isso, os estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná também enfrentam alerta para chuvas intensas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) manteve os avisos de “grande perigo” para a sexta-feira (20), data que marca o início oficial do inverno no Brasil. Segundo o órgão, os temporais devem atingir a faixa central da região Sul.

A meteorologista do Inmet, Andrea Ramos, explica que a mudança no tempo ocorre devido à perda de força de um bloqueio atmosférico que atuava sob forma de crista. “O bloqueio atmosférico que estava atuando em forma de crista, em Santa Catarina e no Paraná, perde a força e o retorno da chuva volta, com características de pancadas de chuvas, trovoadas e rajadas de vento”, afirmou Andrea.

◉ Frio avança no Rio Grande do Sul - No Rio Grande do Sul, a chuva continua nesta sexta, com maior intensidade prevista para o nordeste do estado. Segundo Andrea, uma massa de ar frio começa a avançar pelo sul do estado. “A massa de ar frio começa uma incursão pelo sul do RS, havendo a diminuição da temperatura, mas sem previsão de geada. Essa condição acontece somente no sábado (21)”, destacou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Brasil inicia identificação de cidadãos em Israel para possível missão de repatriação


Sem confirmação oficial de repatriação, embaixada pede preenchimento de formulário. FAB afirma que pode agir se o presidente Lula autorizar

Incêndio causado por ataques iranianos nesta terça-feira, 17/06/2025, em Tel Aviv, capital de Israel (Foto: Reprodução/X)

Diante da crescente tensão entre Israel e Irã, que têm se bombardeado diariamente nos últimos dias, a embaixada do Brasil em Tel Aviv deu início ao processo de identificação de cidadãos brasileiros interessados em deixar o território israelense, informa o g1 com base em nota publicada pela própria embaixada em suas redes sociais nesta sexta-feira (20).

De acordo com o comunicado, “de modo a permitir a identificação e a localização atualizadas de brasileiros que se encontram em Israel e que tenham intenção de deixar o país, a embaixada solicita que seja preenchido o formulário [publicado na rede social da embaixada]”. Até o momento, no entanto, não há confirmação de que uma operação de repatriação será realizada.

Segundo dados de 2023 do Ministério das Relações Exteriores, aproximadamente 14 mil brasileiros viviam em Israel. Esse número foi parcialmente reduzido após operações de retorno promovidas pelo governo brasileiro desde o início das ofensivas militares israelenses contra o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano.

Apesar da ausência de um plano formal, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou ao Congresso Nacional que está preparada para executar a repatriação, caso receba ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em documento enviado ao Legislativo, a FAB afirma que “está em condições” de operar uma missão de evacuação. A responsabilidade pela articulação logística, nesse caso, ficaria a cargo dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.

O agravamento da crise já provocou o retorno ao Brasil de delegações políticas que se encontravam em solo israelense. Com o fechamento do espaço aéreo do país, a saída foi viabilizada por uma complexa articulação diplomática envolvendo os governos de Israel, Jordânia e Arábia Saudita. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, chegou a telefonar para seu homólogo jordaniano, Ayman Safadi, garantindo a travessia de brasileiros por terra até Amã, capital da Jordânia.

Em casos em que a rota de saída incluía a Arábia Saudita, coube à embaixada brasileira em Riade providenciar os vistos de entrada para permitir o deslocamento dos cidadãos até o aeroporto saudita, de onde embarcaram rumo ao Brasil.

A embaixada de Israel em Brasília, por sua vez, declarou que está oferecendo suporte a essas autoridades brasileiras para garantir uma saída segura. A representação diplomática também mantém diálogo com a embaixada do Brasil em Tel Aviv para a coordenação das ações.

O Ministério das Relações Exteriores reforçou a orientação de que brasileiros evitem viagens para Israel e Irã. Segundo o alerta consular, a recomendação se baseia em uma “escalada das tensões” na região. Para os brasileiros que já se encontram nesses países, a orientação é clara: sair de casa apenas quando houver segurança, seguir rigorosamente as instruções das autoridades diplomáticas brasileiras e manter a documentação em dia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1