sexta-feira, 13 de junho de 2025

Polícia italiana localiza Zambelli e faz buscas. Deputada pode ser presa 'a qualquer momento'

Deputada bolsonarista está na região de Vêneto, na Itália; nome foi incluído na lista vermelha da Interpol, após ela deixar o Brasil para evitar prisão

Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

De acordo com informações divulgadas pela polícia da Itália e repassadas às autoridades brasileiras, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi localizada na região de Vêneto, no norte do país europeu, destaca a jornalista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles. Zambelli, que também possui cidadania italiana, encontra-se foragida da Justiça brasileira após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar está licenciada do mandato.

A polícia italiana já iniciou operações de busca na área mencionada com o objetivo de localizar a deputada. Ela foi sentenciada a dez anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa, por crimes de invasão qualificada de sistema informatizado e falsidade ideológica. As acusações envolvem a inserção de documentos falsificados nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na decisão que resultou na decretação da prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ressaltou que Zambelli deixou o território nacional para escapar da aplicação da pena imposta. Ele também apontou o risco concreto de reincidência criminal, destacando que, mesmo após a condenação, a deputada continuou a divulgar desinformação sobre o sistema eleitoral e a atacar as instituições democráticas. "A ré se evadiu do território nacional com a finalidade de se furtar à aplicação da lei penal", pontuou Moraes.

Além da ordem de prisão, o ministro determinou a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permite sua prisão em qualquer país e posterior extradição ao Brasil. Foram ainda bloqueados todos os seus passaportes — incluindo o diplomático — e decretada a indisponibilidade de seus bens, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves. A medida visa a garantir o pagamento das multas e uma reparação mínima de R$ 2 milhões pelos danos causados.

Moraes também ordenou o bloqueio de todas as redes sociais vinculadas à deputada. As plataformas devem preservar o conteúdo publicado e encaminhar ao STF os dados cadastrais de todas as contas. A Câmara dos Deputados, por sua vez, suspendeu o pagamento de salários e quaisquer benefícios a Zambelli, redirecionando os valores para a quitação integral da multa judicial.

Na quinta-feira (12), em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, o embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca, disse que a inclusão do nome da parlamentar na difusão vermelha da Interpol já foi aceita pela Justiça italiana, o que permite sua prisão imediata em território não considerado inviolável, como ruas ou locais públicos. "É evidente que há uma mobilização para deter a deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje [ontem], ela poderá ser presa a qualquer momento", afirmou.

Zambelli foi condenada juntamente com o hacker Walter Delgatti Neto, que recebeu pena de oito anos e três meses de reclusão. Ambos foram considerados culpados pela prática de 13 crimes de invasão qualificada de sistemas e 16 de falsidade ideológica. Entre os documentos fraudulentos inseridos no sistema, estavam mandados de prisão e alvarás de soltura forjados, inclusive um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mauro Cid é preso pela PF por articular fuga com ex-ministro Gilson Machado

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é alvo de nova prisão preventiva após plano de evasão do país, segundo a PF

            Mauro Cid (Foto: Gustavo Moreno / STF)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e réu por tentativa de golpe de Estado, foi preso nesta sexta-feira (13) pela Polícia Federal por envolvimento em uma tentativa de fuga articulada com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

De acordo com a GloboNews, Cid teria tentado deixar o país utilizando um passaporte português, supostamente viabilizado com a ajuda de Machado. A PF aponta que os dois articulavam a evasão clandestina com o objetivo de evitar o prosseguimento das investigações da Ação Penal 2.688/DF, que trata da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

A prisão de Gilson Machado foi efetuada no Recife (PE), também nesta sexta-feira. Já Cid se encontra atualmente na vila militar, de onde deverá ser transferido para uma unidade prisional do Exército.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustentou que há fortes indícios de que Machado “buscou um passaporte português para Mauro Cid com a intenção de viabilizar sua saída do país e, assim, impedir a aplicação da lei penal”. Em manifestação assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o órgão afirma: “essa atuação ocorreu possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu Mauro Cesar Barbosa Cid, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”.

A tentativa de fuga representa, segundo a PF e a PGR, uma ameaça concreta ao andamento do processo e à aplicação da Justiça, o que motivou as prisões preventivas. As autoridades agora aprofundam a apuração sobre o alcance da rede de apoio à evasão e os vínculos entre os investigados.

Fonte: Brasil 247 com GloboNews

Alegando ameaça, senadora Soraya aciona PF e adota escolta armada

Relatora da CPI das Bets denuncia pressões e intimidações antes de divulgar relatório que pede indiciamento de 16 investigados

                         Senadora Soraya Thronicke (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, revelou ter sido alvo de ameaças e intimidações nos dias que antecederam a apresentação de seu relatório final. A denúncia foi feita em entrevista publicada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (13).

Segundo Soraya, as ameaças começaram a surgir justamente no período crítico em que concluía o parecer da comissão, que recomenda o indiciamento de 16 pessoas, incluindo empresários, donos de casas de apostas e celebridades como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra. "Recebi ameaças veladas e ligações. Levaram mensagens de que eu estava mexendo com gente perigosa, com mafiosos, tentaram me chantagear com dossiês", afirmou a senadora.

Diante do clima de intimidação, a parlamentar decidiu reforçar sua segurança pessoal e evitar qualquer risco dentro do próprio Congresso Nacional. "Não tomo mais nem água nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes", relatou.

Embora não tenha citado nomes, Soraya afirmou ter conhecimento da origem das ameaças e informou que já registrou todos os episódios em atas notariais e formalizou uma queixa junto à Polícia Federal (PF). “Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”, declarou.

Apesar de o relatório ter sido rejeitado por membros da própria comissão, Soraya garantiu que não pretende encerrar o trabalho de investigação. “Farei deste limão uma belíssima limonada. A rejeição dos membros da CPI demonstra quem está a favor dos brasileiros. A vergonha é alheia, é deles. Meu dever é levar todas as informações para a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal”, afirmou.

Nos bastidores da CPI, Soraya vinha denunciando pressões políticas e dificuldades impostas pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR), que, segundo ela, estaria atuando a mando do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. A senadora relatou ao colega Fabiano Contarato (PT) que houve convocações de última hora e sucessivas faltas dos membros da comissão com o objetivo de inviabilizar o quórum necessário e atrasar o andamento das investigações.

As tensões se agravaram após a divulgação de uma viagem de Ciro Nogueira a Mônaco, realizada em jatinho do empresário Fernando Oliveira Lima, um dos principais investigados pela CPI e apontado por Soraya como "um dos principais nomes do setor de apostas online no Brasil".

O caso acrescenta mais um capítulo às disputas e conflitos de bastidores envolvendo a CPI das Bets, que investiga irregularidades no setor de apostas esportivas e suas possíveis conexões políticas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Acordo de delação de Cid está sob risco após militar mentir ao STF sobre mensagens

Delator caiu na armadilha da defesa de Jair Bolsonaro

Mauro Cid no STF - 09/06/2025 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


Durante os depoimentos dos envolvidos na trama golpista, o advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, armou uma cilada para o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que caiu ao negar uso de redes sociais ligadas a ele.

Mensagens reveladas nesta quinta-feira (12) pela revista Veja mostram que, já como delator, Cid usava um perfil no Instagram para contar detalhes sigilosos das investigações.

Ele teria descumprido regras impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, inclusive mentindo à corte, de acordo com a reportagem. A revelação pode levar à anulação de sua delação premiada.

Ao mesmo tempo em que colaborava com a Polícia Federal, Cid compartilhava com pessoas próximas uma narrativa paralela, divergente da oficial. Nessas conversas, alegou sofrer pressões, acusou um delegado de tentar manipular suas declarações e afirmou que Moraes já teria definido a condenação de alguns réus antes do julgamento, de acordo com as mensagens.

As mensagens foram trocadas entre 29 de janeiro e 8 março de 2024, cerca de cinco meses após a homologação do acordo de delação premiada.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF sob suspeita de tentar facilitar fuga de Mauro Cid

Ex-ministro de Bolsonaro teria atuado para obter passaporte português a fim de facilitar fuga do país do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

       (Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13), em Recife (PE). A informação foi confirmada pela Polícia Federal à coluna da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

A prisão está relacionada a uma investigação que apura suposta tentativa de emissão de um passaporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), com a intenção de viabilizar sua saída do país.

De acordo com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que Gilson Machado teria participado da articulação para que Mauro Cid deixasse o território brasileiro utilizando documentação estrangeira.

Segundo o jornal O Globo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou possíveis indícios de que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto tenha agido para dificultar o andamento da Ação Penal 2.688/DF, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e Mauro Cid.

De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, há "elementos sugestivos" de que Machado buscou um passaporte português para Mauro Cid com a intenção de viabilizar sua saída do país e, assim, impedir a aplicação da lei penal. “Essa atuação ocorreu possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu Mauro Cesar Barbosa Cid, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”, escreveu Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Guarda Civil de Apucarana recebe porte de arma e armamento em cerimônia oficial

 O documento que autoriza o porte de arma de fogo foi concedido pela Polícia Federal — instituição responsável pela liberação e controle de armas no Brasil, após agentes cumprirem um ciclo de capacitação e aprovação em exame psicológico


Agentes da Guarda Civil Municipal de Apucarana (GCMA) receberam nesta quinta-feira (12/06) o documento que autoriza o porte de arma de fogo. Concedidas pela Polícia Federal — instituição responsável pela liberação e controle de armas no Brasil — as credenciais foram entregues oficialmente durante ato no Salão Nobre da Prefeitura. O ato contou com a presença do prefeito Rodolfo Mota e do secretário de Segurança, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana e Defesa Civil (Segtran), major Vilson Laurentino da Silva, além de outras autoridades políticas e de segurança. No mesmo evento, também foram repassados os armamentos que serão utilizados pelos agentes em serviço.

Criada em 2005, a Guarda Civil de Apucarana conta atualmente com 53 agentes. Antes de comentar a conquista para a corporação, o prefeito Rodolfo Mota fez questão de cumprimentar os familiares presentes. “Estou vendo esposas e filhos. Peço uma salva de palmas para essas pessoas que dão suporte emocional quando esse agente de segurança, que agora tem capacitação e autorização para portar arma de fogo, chega em casa após horas de trabalho em defesa da sociedade”, destacou o prefeito.

Sobre o armamento da GCM, Mota frisou que desenvolvimento social e econômico não se estabelece onde não há segurança pública. “Podemos propor a construção de um futuro diferente, mas, se a segurança pública não estiver presente, as demais coisas não acontecem. Já uma cidade segura se desenvolve mais rapidamente. A partir deste marco histórico — o armamento da nossa Guarda Civil — tenho a certeza de que vamos avançar muito, principalmente por meio de uma maior integração com as demais forças de segurança”, afirmou.

Mota também mencionou o aumento da violência nos últimos anos e a nova contribuição que a GCM pode oferecer no combate à criminalidade. “Em um passado recente, chegamos a ficar mais de um ano sem assassinatos, mas somente em 2024 registramos 27 homicídios. Isso não combina com Apucarana. A valorização da nossa GCM é mais um recado para a criminalidade de que somos uma cidade que se preocupa, que investe e que faz questão de ser segura”, pontuou o prefeito, agradecendo a presença das demais autoridades de segurança. “Desde o tempo em que fui repórter policial, sei como todos vocês fazem a diferença nesta cidade, colocando em risco suas vidas para cuidar das pessoas e tornar Apucarana um lugar mais feliz e seguro. É uma honra poder estar aqui ao lado de vocês nesta data tão importante, agora como prefeito”, finalizou.

A formação que possibilitou o porte de arma aos agentes incluiu instruções sobre manuseio de armamentos, regras de segurança, tiro de precisão, tiro de reação, técnicas de sobrevivência policial, abordagem, deslocamentos estratégicos e procedimentos de entrada e progressão em edificações. Segundo o secretário major Vilson Laurentino, o armamento da corporação fortalece a segurança pública local. “Vi a Guarda de Apucarana nascer. Dei aulas no curso de formação e Deus me deu esta oportunidade de estar hoje como secretário e contribuir com o processo de armamento, que é um salto importantíssimo para a segurança da cidade”, declarou.

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial Civil do Paraná (17ª SDP), Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, também se manifestou. “Sempre defendi que a Guarda Civil Municipal fosse armada. Isso, agora, trará mais segurança à sociedade. Este passo é uma demonstração de compromisso de uma gestão preocupada com a segurança pública da nossa cidade”, afirmou, destacando que a partir de agora a GCM poderá se integrar mais efetivamente com as polícias Civil e Militar. “Hoje mesmo realizamos uma grande operação com pelo menos 10 alvos. Precisamos de 40 policiais. Se já tivéssemos os guardas armados, com certeza teríamos um suporte importante”, exemplificou.


Fonte: Prefeitura de Apucarana 


quinta-feira, 12 de junho de 2025

Lula chama Bolsonaro de "covardão" e diz que ex-presidente quase se "borrou" em depoimento ao STF

Durante evento em Minas Gerais, presidente criticou postura "pacífica" de Bolsonaro no STF e atacou também Nikolas Ferreira, Zema e Cleitinho

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) - 06/06/2025 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (12) durante a entrega de máquinas agrícolas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), ao comentar o interrogatório do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido na última terça-feira (10).

Sem citar nomes diretamente, Lula ironizou a postura do ex-presidente ao classificar como “desfaçatez” a conduta adotada durante o depoimento. "O ex-presidente mentia 11 vezes por dia. Vocês viram a desfaçatez dele no depoimento? Ou seja, o país não merece isso. Este país é um país de gente séria", afirmou.

A fala foi um ataque direto à maneira com que Bolsonaro se comportou durante cerca de duas horas de interrogatório na Primeira Turma do STF, onde responde como réu por tentativa de golpe de Estado.

Segundo relatos da imprensa, o ex-presidente surpreendeu ao adotar uma postura pacífica, inclusive brincando com o ministro Alexandre de Moraes e pedindo desculpas por críticas anteriores dirigidas a integrantes da Corte.

A reação de Lula foi ácida. “Você viu que ele é um covardão? Você viu o depoimento dele, né? Ele estava com os lábios secos e estava quase se borrando. É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular, falando mal dos outros”, disse o presidente, arrancando aplausos da plateia.
Ataques à oposição em Minas

O discurso de Lula também foi marcado por críticas a outros nomes da oposição em Minas Gerais. O presidente apontou diretamente contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o governador Romeu Zema (Novo) e o senador Cleitinho (Republicanos-MG), embora tenha evitado nomear Zema explicitamente.

“Gente, depois desse governador que eu não vou falar o nome, esse estado não merece um Nikolas ou um Cleitinho. Não merece. Não é possível”, declarou Lula, criticando a representação política da direita mineira.

As falas do presidente ocorreram um dia após um acalorado embate entre Nikolas Ferreira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante sessão de comissão na Câmara dos Deputados. O episódio provocou tensão entre governo e oposição no Congresso. Mais cedo, Lula já havia feito referência ao "clima ruim" na Câmara, sem mencionar nomes, mas indicando sua insatisfação com o comportamento de certos parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Datafolha mostra que recuperação do governo Lula perde fôlego: aprovação é de 28%, enquanto 40% desaprovam

Pesquisa revela dificuldade do Planalto em despertar confiança após denúncias de fraude na Previdência


A recuperação na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu fôlego, segundo nova pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12). De acordo com os dados, 40% dos brasileiros classificam sua gestão como ruim ou péssima, enquanto 28% a consideram ótima ou boa — o mesmo patamar negativo já registrado anteriormente e o mais baixo desde o início do atual mandato.

O levantamento, divulgado pela Folha de S.Paulo, mostra que o avanço observado na pesquisa de abril — quando a aprovação subiu para 29% e a reprovação recuou para 38% — foi interrompido. A principal mudança de cenário no período foi a crise envolvendo o INSS, marcada por revelações de fraudes bilionárias que atingiram em cheio a imagem do governo.


Apesar de oscilarem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, os números refletem estagnação ou leve reversão na percepção popular. Para o Planalto, o fato de os índices não terem piorado ainda mais diante do escândalo é visto como um alívio parcial.

A crise eclodiu em 23 de abril, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto e revelou que cerca de R$ 6 bilhões foram desviados por meio de descontos indevidos em aposentadorias, beneficiando entidades ligadas a políticos. O governo tentou atribuir o esquema à gestão de Jair Bolsonaro (PL), já que a fraude teve início em 2019.

Escândalo levou à exoneração do ministro da Previdência

A reação inicial foi considerada desorganizada, com a exoneração do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e troca de acusações entre setores do Executivo. A crise teve impacto direto em bases populares tradicionalmente ligadas a Lula, que sentiram a gravidade do escândalo rotulado como “roubo de velhinhos”.

Entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, a reprovação recuou de 36% para 33%, enquanto a aprovação subiu de 30% para 32%. Já entre os que têm ensino superior, a queda foi mais brusca: a avaliação positiva caiu de 31% para 25%.

No recorte que mede diretamente a aprovação do desempenho do presidente — independentemente da classificação ótima, boa ou ruim — 50% dos entrevistados afirmam desaprovar Lula, ante 46% que o aprovam. Os percentuais são praticamente os mesmos da pesquisa anterior (49% e 48%, respectivamente), sinalizando estabilidade dentro da margem de erro.

A pesquisa foi realizada nos dias 10 e 11 de junho, com 2.004 eleitores em 136 municípios. O índice dos que avaliam o governo como regular ficou em 31%, e 1% não soube responder.

Fonte: Agenda do Poder

VÍDEO – Senador dos EUA é algemado e preso em audiência com secretária de Trump

Senador Alex Padilla sendo detido por agentes do Serviço Secreto dos EUA. Foto: AFP


O senador democrata Alex Padilla foi retirado à força de uma coletiva de imprensa e algemado na manhã desta quinta-feira (12). A cena de violência aconteceu enquanto a secretária de Segurança Nacional do governo de Donald Trump, Kristi Noem, discursava sobre operações de imigração em Los Angeles, nos Estados Unidos.

A cidade da Califórnia é o ponto central de protestos contra operações da Serviço Imigração e Alfândega (ICE), que vêm ocorrendo há dias e se espalharam para as principais cidades do país. Padilla foi retirado do local após dizer a Kristi Noem: “Você insiste em exagerar”. Pelo menos dois homens identificados como agentes do Serviço Secreto abordaram o democrata e o empurraram para fora da sala.

Antes de ser retirado, Padilla foi ouvido dizendo: “Eu sou o senador Alex Padilla e tenho perguntas para a secretária”. Ele foi algemado e mantido de bruços no chão de um corredor, enquanto Noem continuou seu discurso para jornalistas e autoridades presentes.

Vídeos mostram o momento em que Padilla é liberado das algemas e se levanta. Questionado sobre o ocorrido, o senador respondeu: “Teremos bastante tempo para suas perguntas após a coletiva”.


Pouco antes da interrupção, Noem criticou a liderança local: “Não vamos embora. Vamos libertar a cidade da liderança opressora do prefeito e do governador”.

Após a confusão, o escritório de Padilla emitiu um comunicado sobre o episódio. Ele estava no local para uma reunião com o general Gregory Michael Guillot, comandante do Comando Norte dos EUA, que supervisiona operações da Guarda Nacional.

“O senador Padilla estava exercendo seu dever de fiscalizar as operações do governo federal em Los Angeles e na Califórnia. Ele tentou fazer uma pergunta à secretária Noem e foi removido à força por agentes, jogado no chão e algemado”, disse o comunicado.

Já o Departamento de Segurança Nacional (DHS) afirmou em publicação no X que agentes do Serviço Secreto pensaram que Padilla “era um agressor”.

“O senador Padilla optou por um teatro político desrespeitoso e interrompeu uma coletiva ao vivo sem se identificar ou usar o pin de segurança do Senado, enquanto se dirigia à secretária Noem”, argumentou o DHS. “Ele foi repetidamente orientado a recuar e não cumpriu as ordens. Os agentes agiram de forma apropriada”.

O DHS informou ainda que Noem e Padilla se reuniram por 15 minutos após o incidente, mas detalhes do encontro não foram divulgados.

Kristi Noem, secretária de Segurança Nacional dos EUA. Foto: reprodução

Conflitos na Califórnia

Autoridades estaduais e locais da Califórnia têm se confrontado com o governo federal sobre as operações da ICE e a federalização da Guarda Nacional e dos fuzileiros navais em resposta aos protestos contra as ações de imigração.

As operações fazem parte do plano de deportações em massa do ex-presidente Donald Trump, um dos pontos centrais de sua campanha. A ativação de militares em Los Angeles sem consulta prévia às autoridades locais deve ser questionada judicialmente nesta quinta-feira, em audiência marcada para as 13h30 em San Francisco.

Padilla, primeiro latino a representar a Califórnia no Senado, foi eleito em 2022. Sua família imigrou do México para Los Angeles nos anos 1960.

Imigrantes protestam contra o ICE nos EUA. Foto: reprodução

Fonte: DCM

Embaixador do Brasil na Itália diz que Zambelli pode ser presa a qualquer momento


Carla Zambelli, bolsonarista foragida da Justiça. Foto: reprodução


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está sujeita a ser detida a qualquer momento em território italiano, conforme declarou o embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, em entrevista à GloboNews. O alerta ocorre após a validação, pelas autoridades italianas, do pedado de inclusão da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.

“Evidente que há uma mobilização para deter deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, afirmou Mosca. Segundo ele, a polícia italiana já atua para localizar Zambelli, considerada foragida da Justiça brasileira.

O embaixador ainda explicou que, embora não haja um mandado de busca e apreensão, a deputada pode ser detida em qualquer local público. “Ela não pode ser presa dentro do que é considerado um domicílio dela, como uma casa ou um hotel”, disse. No entanto, um mandado de prisão provisória para fins extradicionais, decorrente do pedido brasileiro à Interpol, já foi reconhecido pela Justiça italiana.

Mosca destacou que a legislação italiana permite a extradição de cidadãos ítalo-brasileiros, com base em um tratado bilateral. “Nossa cooperação penal e jurídica é muito eficaz. Temos 14 pedidos de extradição de brasileiros, sendo quatro de ítalo-brasileiros. Em 2025, tivemos a extradição de um”, afirmou. A decisão final, no entanto, cabe às autoridades italianas.

O pedido formal de extradição foi encaminhado ao governo italiano nesta quinta-feira (12). Agora, o processo tramitará na Justiça local, e Zambelli terá direito à defesa. O embaixador estimou que o trâmite pode levar menos de um ano.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Após a condenação, ela deixou o Brasil pela Argentina, seguiu para os EUA e depois para a Itália, onde permanece.

Licenciada do mandato por 127 dias, Zambelli afirmou ao blog da jornalista Natuza Nery que não quer ser considerada foragida e busca se “regularizar” na Itália. Ela alega ter deixado o Brasil para se proteger de suposta perseguição política.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

VÍDEO – Policiais xingam delegado de “arrombado” e se esquecem de apagar áudio


A 5ª Delegacia de Polícia, em Brasília. Foto: Reprodução


Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) enviaram um vídeo a um delegado e xingaram o superior, mas se esqueceram de apagar o áudio do conteúdo. No arquivo, ele é chamado de “filho da puta” e “arrombado” pelos policiais.

O vídeo gravado mostrava traficantes comercializando drogas na região central de Brasília. O conteúdo com o flagrante seria usado para orientar uma abordagem e dar provas à acusação contra o grupo. O registro ocorreu após uma confusão entre agentes da PM.

Segundo a coluna Na Mira no Metrópoles, os policiais e um dos delegados de plantão na 5ª DP divergiam sobre a prisão de suspeitos. Eles tentaram apresentar um homem detido por tráfico de drogas sem a presença dos entorpecentes e tiveram que gravar o flagrante.

Os xingamentos foram motivados pela confusão com o delegado. No vídeo enviado para a análise do superior, um deles sugere “mandar uma foto do saco”. Veja:

Fonte: DCM

VÍDEO – Moraes detona “modelo de negócio agressivo e perverso” das big techs


O ministro Alexandre de Moraes durante julgamento sobre o Marco Civil da Internet. Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, detonou as big techs durante a votação sobre o Marco Civil da Internet, nesta quinta (12). A Corte retomou a análise do caso, que já tem maioria a favor de ampliar a responsabilização de plataformas digitais por conteúdos de terceiro, na tarde de hoje.

“Nós temos que nos perguntar se as big techs podem impor a todos os países, inclusive ao Brasil, o seu modelo de negócio agressivo e perverso, contrário à Constituição Federal, contrário à legislação brasileira, tão somente porque ela é multinacional ou internacional”, disse o magistrado.

Favorável à responsabilização das plataformas por posts de usuários, o ministro questionou os modelos adotados pelas big techs e disse que elas não são “depositárias neutras de conteúdos alheios”, mas promovem, direcionam e lucram com publicações.

Ele ainda relembrou do ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília e citou a chamada “Festa da Selma”, expressão usada por bolsonaristas para burlar o monitoramento nas redes sociais. Para Moraes, não podemos “aceitar crimes nas redes sociais sob a falsa alegação de liberdade de expressão”.


O Supremo tem discutido o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define que as empresas só deverão indenizar usuários ofendidos por conteúdos de terceiros se descumprirem ordem judicial para remover publicações.

Os ministros formaram maioria nesta terça (11) para alterar o regime de responsabilização das redes sociais por conteúdos de usuários. Com a mudança, as plataformas terão que fiscalizar e remover publicações criminosas do ar, mesmo sem notificação do Judiciário.

Dias Toffoli e Luiz Fux (os dois relatores de processos relacionados ao tema), Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Gilmar Mendes votaram a favor de manter a responsabilização. Somente André Mendonça se manifestou contra a alteração. Restam os votos de Kassio Nunes Marques, Edson Fachin e Cármen Lúcia.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Tem deputado que só fala bobagem”, diz Lula após briga de Nikolas e Haddad


O presidente Lula durante discurso em Mariana (MG) nesta quinta (12). Foto: Reprodução

O presidente Lula reclamou do “clima ruim” na Câmara dos Deputados após briga do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que fizeram provocações e fugiram da audiência. A declaração foi dada durante evento de anúncio de investimentos pelo acordo de reparação da Bacia do Rio Doce, nesta quinta (12), em Mariana (MG).

“Estamos vivendo momento muito desagradável no mundo, há certa raiva no ar, há um certo desconforto entre a humanidade, muita intriga, ódio e xingamento. Mesmo na Câmara o clima é muito ruim. Tem deputado que não quer falar, só quer pegar celular, olhar na cara dele, falar uma bobagem e passar pra frente. As pessoas estão aprendendo a viver de mentiras”, disse o petista.

A briga entre os deputados e o ministro ocorreu nesta quarta (11), durante audiência conjunta das Comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle. Nikolas e Jordy criticaram o governo Lula e disseram que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha resultados econômicos melhores.

A dupla, no entanto, fugiu do debate após as provocações e Haddad esclareceu que Bolsonaro só conseguiu o índice positivo após “calote, torrar patrimônio público e tomar dinheiro de governadores”. Ele ainda detonou Jordy e Nikolas pela fuga, apontando que eles só queriam “aparecer”.

“Fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, perguntou só para aparecer. Pessoas falaram, agora tenha maturidade. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazer ele mudar de ideia”, afirmou na ocasião.

O presidente Lula foi acompanhado por ministros, como Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), além de deputados e senadores de Minas Gerais, como Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente da Casa Legislativa.

Na abertura do evento, o prefeito Juliano Duarte (PSB) foi vaiado e Lula interrompeu sua fala para pedir respeito. “Eu queria que os companheiros que estão se manifestando contra, deixem acabar o ato. Quando começar campanha política, faça sua campanha, seja contra. Mas hoje não”, disse o petista.

Fonte: DCM