sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Servidor da CGU que agrediu mulher já havia dado carteirada em gerente de supermercado no DF

David já havia sido condenado em 2019 por intimidar e ofender o gerente de um supermercado

O auditor David Cosac Júnior, 50 anos, agrediu verbalmente e ameaçou o gerente de um supermercado em Águas Claras. O caso aconteceu em 2017 (Foto: Reprodução)

O auditor da Controladoria-Geral da União (CGU) David Cosac Júnior, de 50 anos, voltou ao centro das atenções após ser flagrado em vídeo agredindo uma mulher e uma criança de 4 anos no Distrito Federal. A nova denúncia reacendeu um histórico de comportamentos agressivos do servidor público. As informações foram divulgadas originalmente pelo Metrópoles.

Documentos judiciais mostram que David já havia sido condenado em 2019 por intimidar e ofender o gerente de um supermercado em Águas Claras, em um episódio ocorrido dois anos antes. Na ocasião, uma divergência de preços em dois produtos provocou o início da confusão, segundo consta no processo

A demora para corrigir o valor irritou o servidor, que passou a elevar o tom com os funcionários. Quando o gerente tentou intervir e pediu que David se deslocasse para outro caixa, o auditor reagiu com hostilidade, chutando repetidamente o carrinho de compras e causando tumulto no local.

Mesmo após a solução do problema, o comportamento de David se agravou. O gerente relatou que o auditor gritou “em alto e bom som” que ele “não era homem”, além de chamá-lo de “zé ruela” e “vagabundo” diante de clientes e trabalhadores do mercado. O servidor também insistiu em saber o horário de saída do funcionário, dizendo que poderiam “resolver a questão” fora do estabelecimento — gesto interpretado como uma ameaça de agressão física.

O processo registrou ainda que David mencionou diversas vezes ser funcionário da CGU, atitude classificada como demonstração de “despreparo e soberba”, segundo os autos. O caso foi encaminhado à 21ª Delegacia de Polícia e terminou em acordo judicial, com pagamento de indenização de R$ 800 ao gerente.

A repercussão do episódio de 2017 voltou à tona após o vazamento, na última terça-feira (23/12), de um vídeo em que David aparece agredindo uma mulher e uma criança no estacionamento de um prédio residencial. A gravação, revelada pela colunista Mirelle Pinheiro, mostra golpes e empurrões praticados pelo servidor por volta das 19h40 do dia 7 de dezembro.

Moradores que testemunharam a cena acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), mas o auditor não foi preso. Desde então, o caso motivou uma série de medidas administrativas. A Justiça proibiu David de se aproximar da criança agredida, enquanto a CGU anunciou providências internas e o presidente Lula determinou a expulsão do servidor.

Os desdobramentos das investigações seguem em andamento, e novas medidas podem ser tomadas a partir da análise das imagens e dos depoimentos colhidos pela Polícia Civil.

Fonte: Brasil 247

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