O ex-diretor-geral bolsonarista da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada de sexta-feira (26), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, enquanto tentava fugir para El Salvador com documentos falsificados.
Segundo as autoridades paraguaias, Vasques apresentou um passaporte e um documento de identidade em nome de um paraguaio chamado Julio Eduardo. No entanto, durante a inspeção, agentes de imigração perceberam que as impressões digitais e os números nos documentos não correspondiam aos de Vasques, o que levantou suspeitas.
Após a abordagem, ele confessou que os documentos não eram seus. A prisão ocorreu após o ex-diretor romper sua tornozeleira eletrônica, em Santa Catarina, no dia de Natal. Com isso, as autoridades brasileiras imediatamente alertaram os países vizinhos, incluindo Colômbia, Paraguai e Argentina, para monitorar sua possível fuga.

A Polícia Federal (PF) confirmou ainda que ele havia desaparecido de sua residência por volta das 19h do dia 24 de dezembro, e imagens de câmeras de segurança mostraram que ele havia colocado bolsas e itens pessoais em um carro locado, além de ração e outros objetos, sugerindo uma fuga iminente.
Silvinei Vasques, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, havia tentado usar a estrutura da PRF para monitorar autoridades e impedir a votação de eleitores, principalmente no Nordeste, durante o segundo turno das eleições de 2022.
Em 2023, após ser preso e libertado sob medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica, Vasques foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na Prefeitura de São José (SC). Contudo, em dezembro de 2025, ele pediu exoneração do cargo após ser novamente condenado pelo STF.
As autoridades paraguaias informaram que, ao ser preso, ele estava tentando embarcar em um voo para El Salvador com o passaporte falso. Ele foi imediatamente detido e aguarda o processo de extradição para o Brasil, onde enfrentará novas acusações relacionadas à sua fuga e tentativas de burlar a Justiça.
O ex-diretor da PRF passará por uma audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (26), onde serão definidas as próximas etapas do processo. Ele deverá ser expulso do Paraguai e entregue às autoridades brasileiras para cumprir sua condenação.
Fonte: DCM
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