Advogado-geral da União diz que aliados de Bolsonaro fingem ignorar responsabilidade do clã em prejuízos econômicos ao país
O advogado-geral da União, Jorge Messias, criticou duramente neste fim de semana a postura dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PR), que participaram de um evento econômico em São Paulo para defender a união da direita nas eleições de 2026. Em publicação nas redes sociais, Messias acusou os líderes estaduais de omitir o papel da família Bolsonaro na crise econômica que ameaça o país, especialmente no contexto das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos sob o governo Donald Trump.
“Reunidos há poucos dias num evento econômico para discutir preocupações sobre o tarifaço do Trump, governadores de direita apregoaram pacificação e unidade para enfrentar a ameaça. No entanto, fingem ignorar que os sérios prejuízos que as sanções econômicas podem causar ao povo brasileiro foram traiçoeiramente fomentadas pela família Bolsonaro, clã político apoiado por esses mesmos governadores”, escreveu Messias.
A declaração ocorre após o encontro dos três governadores no evento Expert XP, que reuniu empresários e investidores no sábado (26), em São Paulo. Durante o debate, os líderes criticaram a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltaram a articulação da direita visando as eleições de 2026. Jorge Messias rebateu esse discurso, reafirmando o compromisso do governo federal com a defesa da economia nacional: “O povo brasileiro pode contar com o Governo do presidente Lula, que está trabalhando para impedir essa crise e proteger os empregos, o agronegócio e as empresas nacionais.”
No evento, Ronaldo Caiado (União Brasil) oficializou sua pré-candidatura à Presidência e afirmou: “A primeira medida que eu vou tomar é extremamente simpática, que é derrotar o Lula, essa é a primeira medida [...] nós vamos ganhar essas eleições.”
Tarcísio de Freitas (Republicanos) também reforçou a coesão do grupo: “O projeto nacional está acima de todas as vaidades, então eu prego, sim, a união. A gente tem que mudar o rumo do Brasil.” Ele ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, terá papel ativo em 2026: “Se engana quem pensa que uma liderança como Jair Bolsonaro vai ficar de fora desse processo, seja na condição que for, porque ele vai participar desse processo.”
Já o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), completou: “Aquele que tiver a alegria de ir pro segundo turno, vai ter a competência de juntar todo esse time aqui pra apresentar um novo projeto ao Brasil.”
Bolsonaro está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e é réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento em trama golpista após as eleições de 2022.
Fonte: Brasil 247
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