Com novas medidas impostas a Bolsonaro, casos de investigados que violaram tornozeleiras e desafiaram o STF voltam à tona
A imposição de medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o uso de tornozeleira eletrônica, reacendeu a discussão sobre o descumprimento de ordens judiciais por envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Diversos investigados romperam o equipamento de monitoramento e chegaram a ser considerados foragidos, revelando fragilidades na fiscalização. As informações são do Metrópoles.
Um dos casos mais recentes é o de Paulo Augusto Bufarah, de 55 anos, identificado entre os vândalos que depredaram a Praça dos Três Poderes. Foragido após romper a tornozeleira e sair do radar das autoridades, ele foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 26 de junho deste ano, logo após retornar da Argentina, onde se escondia.
O ex-comandante da Polícia Militar do DF, Klepter Rosa Gonçalves, teve prisão substituída por monitoramento eletrônico, mas, segundo o STF, deixou de usar a tornozeleira em abril. Seus advogados alegaram que o aparelho “estava carregando” e que “o monitorado tomou providência imediata para regularização da carga do equipamento”.
Outros casos chamam a atenção pela ousadia e pelo teor das justificativas. A advogada Edith Christina Medeiros Freire, de 57 anos, e o blogueiro Marinaldo Adriano Lima da Silva, de 23, romperam as tornozeleiras em abril. De acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba, Edith está “evadida desde 30/8/2024”. Já Marinaldo, ao entrar em contato com a coluna de Paulo Cappelli, disse ter retirado o equipamento por medo: “Na minha comunidade, as pessoas acham que quem usa tornozeleira é traficante. Tive medo de morrer”. Outro episódio que repercutiu nas redes sociais foi protagonizado pelo radialista Roque Saldanha, que, em novembro de 2024, publicou um vídeo quebrando a tornozeleira e ofendendo diretamente o ministro Alexandre de Moraes: “Enfia a tornozeleira no c”*, declarou. Ele foi preso cerca de um mês depois, em Colatina (ES).
Também está foragida Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, estudante de medicina da USP, que deixou de usar a tornozeleira em maio. A Justiça do Ceará notificou Moraes, e, até o momento, ela segue em paradeiro desconhecido.
Vitório Campos da Silva, acusado de depredar o gabinete da primeira-dama Janja da Silva, teve o equipamento com falhas nos dias 19 e 23 de março e 7 de abril. A defesa nega que ele tenha descumprido a medida e atribui o problema à instabilidade da conexão de internet na região onde vive.
Em São Paulo, quatro investigados sumiram do monitoramento em fevereiro: Natalia Teixeira Fonseca, Lindolfo de Oliveira, Dirce Gonçalves dos Santos e Lucenir Bernardes da Silva. O Tribunal de Justiça local informou ao STF após pedido de relatório quinzenal.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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