O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução
O tenente-coronel Mauro Cid,
ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena
Cid, serão ouvidos novamente pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (17).
As oitivas fazem parte do inquérito que investiga o caso das joias sauditas
recebidas pelo governo Bolsonaro e vendidas ilegalmente nos Estados Unidos.
As audiências estão marcadas para as 15h, ocorrendo
na sede da PF em Brasília e na Superintendência no Rio de Janeiro,
respectivamente. O foco será a negociação de uma nova joia identificada em
lojas nos EUA.
Os depoimentos marcam a etapa final da
investigação, que deve ser concluída ainda em junho. A PF deve indiciar
Bolsonaro, e o Ministério Público Federal (MPF) avaliará o indiciamento para
decidir se oferece denúncia à Justiça. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se
tornará réu e ficará mais próximo da prisão.
A nova joia
A descoberta da nova joia ocorreu durante
diligências da PF nos EUA, onde representantes do ex-presidente teriam vendido
e tentado negociar outras joias. Investigadores encontraram um vídeo que mostra
a negociação da nova peça, cujo paradeiro atual é desconhecido.
Com o apoio do FBI, as diligências aconteceram em cidades como Miami,
Wilson Grove, e Nova York, onde foram coletados depoimentos de comerciantes,
documentos e imagens de segurança.
Vale destacar que o último depoimento de Mauro Cid foi
em 26 de abril, enquanto a PF, em cooperação com o FBI, investigava o caso nos
EUA. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens detalhou a negociação das joias em
joalherias americanas.
Mauro Cid, como delator em inquéritos que investigam
Bolsonaro, deve prestar esclarecimentos sempre que solicitado. Já seu pai é
investigado no caso das joias, no qual seria o responsável pelas negociações
dos bens em solo estadunidense.
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Bolsonaro já sabia
As joias foram levadas por Bolsonaro em seu avião
durante sua fuga para os EUA, pouco antes da posse de Lula em dezembro de 2023.
O general Mauro Lourena Cid teria iniciado as negociações para vender as joias
por valores milionários.
As investigações nos EUA revelaram que Bolsonaro tinha
conhecimento da ilegalidade da venda das joias e mesmo assim autorizou as
negociações. As operações de recompra, que incluíram o advogado Frederick
Wassef, demonstram que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade das ações.
Fonte: DCM
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