quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Municípios da 16ª RS confirmam adesão para receber soro antiescorpiônico

 

Fotos: Divulgação


Treze dos dezessete municípios da área de abrangência da 16ª regional de Saúde de Apucarana, acabam de assinar o termo de adesão para receber soros antiescorpiônicos e antiofídico. A entrega dos medicamentos já está sendo feita pela regional aos municípios, bem como as instruções de uso em casos de acidentes com escorpiões ou serpentes.

O tema foi amplamente discutido em recente reunião convocada pela Regional de Saúde, quando representantes dos municípios avaliaram o registro de muitos casos de acidentes com escorpiões e serpentes na região. A discussão entrou em pauta, devido a um acidente com escorpião amarelo, que resultou na morte de uma criança em Cambará.

O diretor da 16ª RS, Lucas Leugi, manifestou preocupação com o registro de muitos casos, principalmente com escorpiões. De janeiro a julho deste ano tivemos 11 notificações de acidentes com escorpiões em Apucarana. Em Arapongas foram 9 acidentes com escorpiões; e em Jandaia do Sul mais 10 casos.

Ele pontua que, felizmente, não houve óbitos na região de Apucarana, mas é preciso que todas as equipes da saúde pública dos municípios, disponham do soro antiescorpiônico e estejam orientadas e treinadas para agir com rapidez em situações de emergência”, alerta Lucas Leugi.

A partir de agora, está sendo ampliada a oferta de soros para cidades que mais distantes de Apucarana, como Grandes Rios, Borrazópolis e Faxinal, entre outras. As cidades que fizeram adesão precisam dispor de geladeiras científicas, além de técnicos treinados para atuar nestes casos.

No caso de picada de escorpião, quando a pessoa entra em contato acidental com o animal, ele ataca por se sentir ameaçado. A presença do escorpião se tornou mais frequente devido à expansão das áreas urbanas, ao desmatamento e ao aumento da produção de lixo sem o devido descarte adequado.

O soro antiescorpiônico, desenvolvido para tratar envenenamentos causados por picadas de escorpiões, é disponibilizado em hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) e também em algumas Unidades Básicas de Saúde. Na maioria dos casos, não há necessidade de utilizar o soro, mas a recomendação é sempre procurar – o mais rápido possível – atendimento médico e encaminhamento a um hospital de referência, principalmente no caso de crianças.


Fonte: Assessoria de imprensa

Brasil tem superávit comercial de US$7,075 bi em julho, acima do esperado

As exportações somaram US$32,310 bilhões no mês, uma alta de 4,8% em relação a julho de 2024

Contêineres no Porto de Santos (SP) 03/04/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$7,075 bilhões em julho, uma queda de 6,3% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, mas acima do esperado por economistas, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira.

As exportações somaram US$32,310 bilhões no mês, uma alta de 4,8% em relação a julho de 2024. As importações, por outro lado, cresceram 8,4%, totalizando US$25,236 bilhões.

Economistas consultados pela Reuters previam superávit de US$5,600 bilhões de dólares no mês.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o saldo comercial foi de US$36,983 bilhões, uma queda de 24,7% em relação ao observado no mesmo período de 2024. No período, as exportações somaram US$198,011 bilhões (+0,1%), e as importações, US$161,029 bilhões (+8,3%).

A indústria de transformação foi o setor que teve maior aumento de exportações no mês frente a julho do ano passado, de 7,4%, para US$17,577 bilhões, seguida pela indústria extrativa com alta de 3,6%, para US$7,418 bilhões. Já as exportações do setor agropecuário cresceram 0,3%, para US$7,189 bilhões.

As importações do setor de transformação saltaram 11,1% e as do setor de agropecuário avançaram 3,8%, enquanto as do setor extrativo caíram 29,2%.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters 

VÍDEO – Jornalista perde a paciência após Flávio comparar Bolsonaro a Mandela: “Se enxerga”


O jornalista Luiz Megale perde a linha ao vivo após Flávio comparar Bolsonaro com Nelson Mandela. Foto: Reprodução

O jornalista Luiz Megale perdeu a paciência ao vivo na Rádio BandNews com um post feito por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas redes sociais, no qual o senador compara seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o líder sul-africano Nelson Mandela. A reação viralizou na web.

A comparação, que soa como piada de mau gosto, ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que o ex-capitão usasse tornozeleira eletrônica, em 18 de julho. Na ocasião, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).

“Desculpa, cara, não compara com o Mandela. Aí já é demais. Você ultrapassa um limite de sanidade”, disse Megale. “Ainda por cima saindo do Flávio Bolsonaro, Flávio Kopenhagen Bolsonaro, Flávio Queiroz Bolsonaro. Pelo amor de Deus, cara. Se enxerga.”

E continua: “Nelson Mandela comparado com teu pai, que usava lá o apartamento para ‘comer gente’. Menos, muito menos. Vem esse mané querer comparar Nelson Mandela com Jair Bolsonaro.”


A comparação de Flávio

Em longo texto no X, o filho “01” de Jair Bolsonaro invocou Mandela, pediu “força” ao pai e disse que a proibição do ex-capitão de falar com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é “símbolo do ódio que tomou conta de Moraes”.

O senador ainda disse que a ação da Polícia Federal não levou em conta o Mandela Day, celebração que ocorre em 18 de julho para celebrar o legado de Nelson Mandela.

“O ardil é tanto que faz exatamente no início do recesso parlamentar, quando Brasília está vazia. Mas seu cálculo certamente esqueceu de levar em conta que hoje, 18/Jul, é o Mandela Day. Dia em que o mundo celebra o símbolo de resistência e luta pela liberdade!”, escreveu.

“Não é uma coincidência apenas! Até os nossos adversários sabem da sua inocência, da sua honestidade.
E todos nós sabemos que você não merecia estar passando por isso. Deus vai te honrar, pai!”, acrescentou. Por fim, ele cita um provérbio bíblico: “os humilhados serão exaltados”.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Brasil teria virado um pântano institucional sem ação de Moraes”, diz Gilmar


Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa de Alexandre de Moraes, alvo de críticas após decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, e negou isolamento do magistrado na Corte. O decano afirmou nesta quarta (6) que o país teria mergulhado em um “pântano institucional” sem a atuação do colega.

“Não há qualquer isolamento [de Moraes em relação a outros ministros]. Tenho muito orgulho de tê-lo como colega. Já disse isso várias vezes: o Brasil teria se tornado um pântano institucional não fosse a ação de Moraes. O país deve muito à atuação dele durante todo esse período — da pandemia de Covid, do TSE, com todas essas questões como as fake news. É um trabalho desafiador”, afirmou.

Gilmar ainda mencionou as investigações sobre o plano de assassinato contra figuras do alto escalão. “Agora, planeja-se a morte do Lula, do vice-presidente Alckmin e de Alexandre de Moraes. Isso acaba de ser reconhecido, confessado pelo general Fernandes. Nós estamos falando de coisas extremamente sérias”, prosseguiu.

O magistrado afirma que a Corte tem lidado com temas graves, ao citar o plano golpista do ex-presidente e seus aliados, e não com “um passeio no parque”.


Gilmar nega “desconforto” no STF

O decano também disse que não há “nenhum desconforto” entre os ministros após a decisão de Moraes e que o colega tem “toda a confiança e apoio” dos demais magistrados da Corte.

“Seria inadmissível que nós, nas nossas pretensões comerciais, aceitássemos mudanças de entendimento da Suprema Corte americana. Isso seria impensável. Da mesma forma, isso também se aplica ao Brasil”, prosseguiu.

O magistrado ainda disse que as guerras tarifárias são “normais”, mas que não podem ser usadas para forças mudanças institucionais, como avalia ocorrer nas ameaças de Donald Trump contra o Brasil. Moraes foi alvo de sanções com base na Lei Magnitsky.

A declaração foi dada a jornalistas após evento da Esfera Brasil, em Brasília, nesta quarta (6).

Fonte: DCM

Extrema direita celebra suposto desejo de "saída" de Barroso do STF

Presidente do Supremo teria demonstrado frustração com divisões internas e pode antecipar saída da Corte

                     Luís Roberto Barroso (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

De acordo com reportagem do site Poder360, a presidência de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) chega à reta final marcada por um ambiente de tensão e frustração. O magistrado de 67 anos tem externado, mesmo que de forma discreta, seu desconforto com o atual cenário de fragmentação dentro da Corte. Ainda no comando do STF até o fim de setembro, quando será sucedido por Edson Fachin, Barroso tem atuado publicamente para suavizar a imagem de protagonismo concentrado no ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos mais sensíveis — entre eles, o que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a reportagem, pessoas próximas relatam que Barroso parece resignado diante do ambiente interno e não escondem a impressão de que ele pode antecipar sua saída do Supremo logo após deixar a presidência. Barroso é, entre os 11 ministros, quem tem maior conexão com os Estados Unidos. Possui imóvel declarado em Miami e já realizou estudos em Harvard.

Nessa linha, o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar, João Figueiredo, já havia adiantado que o ministro pode ter seu visto de entrada nos EUA cancelado em breve. Figueiredo tem articulado junto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — que deixou o Brasil — uma série de sanções contra o Brasil junto ao governo de Donald Trump.

Nesta quarta-feira (6), o influenciador de extrema direita Rodrigo Constantino, que também se encontra nos EUA, usou as redes sociais para comemorar uma possível sanção contra Barroso. “Foge não, Barroso! Você merece uma Magnitsky também”, postou o bolsonarista em referência à reportagem sobre a possibilidade do magistrado deixar a Suprema Corte.

Com o fim da presidência, Barroso deverá integrar a 2ª Turma do STF, composta atualmente por ministros com os quais mantém pouca afinidade: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça. Fachin também está nesse colegiado, mas deixará a cadeira ao assumir a presidência da Corte.

Caso Barroso opte pela aposentadoria antecipada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá indicar mais um ministro ao STF, além dos dois já nomeados em seu terceiro mandato: Cristiano Zanin e Flávio Dino. Quatro nomes despontam como possíveis sucessores, em ordem alfabética: Bruno Dantas (Tribunal de Contas da União), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Rodrigo Pacheco (senador pelo PSD-MG) e Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Apesar do silêncio público dos ministros, nos bastidores a atuação de Alexandre de Moraes também é alvo de críticas. Cinco integrantes do STF ouvidos pela reportagem demonstraram incômodo com a condução de Moraes nos casos relacionados a Jair Bolsonaro (PL).

A decisão de impor tornozeleira eletrônica ao ex-mandatário já havia causado desconforto. A decretação da prisão domiciliar ampliou a tensão, considerada por muitos no Supremo uma medida precipitada. Moraes impôs a restrição antes do julgamento definitivo, previsto para setembro, quando Bolsonaro poderá ser condenado.

Outro fator que tem gerado inquietação entre os ministros é o temor de que membros do STF venham a ser alvos de sanções da chamada Lei Magnitsky, dos Estados Unidos. A legislação prevê punições severas, como bloqueio de bens e restrições econômicas, a indivíduos acusados de violar direitos humanos ou praticar corrupção.

Fonte: Brasil 247 com informações do Poder 360

Vizinhos de Bolsonaro relatam caos por conviver no mesmo condomínio: "podia levar de uma vez para a Papuda"

Desde a noite da última segunda-feira (4), o entorno da residência passou a ser monitorado por um forte aparato policial

Bolsonaro concede entrevista coletiva após prestar depoimento à Polícia Federal em Brasília - 05/06/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Moradores do condomínio de alto padrão onde vive o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, têm manifestado insatisfação com os transtornos provocados após a decretação de sua prisão domiciliar. As reclamações foram feitas em um grupo de WhatsApp chamado “Assuntos Gerais Solar bsb”, formado por residentes do condomínio Solar de Brasília. As mensagens, reveladas inicialmente pelo UOL, mostram o incômodo crescente diante da movimentação intensa de apoiadores do ex-presidente na portaria do residencial.

Desde a noite da última segunda-feira (4), o entorno da residência passou a ser monitorado por um forte aparato policial e foi tomado por buzinaços, cornetas e aglomerações de bolsonaristas. O condomínio, localizado no Jardim Botânico, região nobre da capital federal, abriga casas de alto padrão com praças, parques e sistema de segurança controlado.

“Tá uma loucura aqui fora!! Quero chegar em casa. Buzinaço, polícia, corneta, um inferno”, desabafou um dos moradores às 23h16 no grupo. Outro acrescentou: “Se armarem acampamentos, estamos ferrados, ninguém entra mais.”

A atuação da Polícia Militar também foi criticada: “Um absurdo essa hora e essa confusão. Pior ver o tanto de polícia e não dispersam”, afirmou um participante. Em resposta, outro morador comentou que a permanência do ex-presidente no local poderia ser prejudicial à própria segurança do condomínio.

O tom das mensagens passou da preocupação para a ironia. “Podia levar de uma vez para a Papuda. Ele vai pra lá mesmo, não é? Ao menos dá logo sossego pra gente e pra mais 200 milhões”, escreveu um integrante do grupo às 23h41. A mensagem foi curtida por outros sete moradores.

Jair Bolsonaro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após participar virtualmente de manifestações no domingo (3), pedindo anistia e atacando a Corte. O ex-presidente fez chamadas de vídeo em dois atos públicos: um na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e outro em São Paulo, com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Com a decisão do STF, Bolsonaro está impedido de sair de casa e só pode receber visitas previamente autorizadas pelo ministro. Ele mora com a esposa, Michelle Bolsonaro, em imóvel alugado no Solar de Brasília. Ambos trabalham atualmente no Partido Liberal (PL), comandado por Valdemar Costa Neto.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Aliado de Bolsonaro descarta impeachment de Moraes: “Impossível”


       Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e atual presidente do Progressistas, afirmou nesta quarta (6) que o Congresso Nacional não tem votos suficientes para aprovar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar diz que o cenário político atual inviabiliza a proposta.

“Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Porque é uma pauta impossível”, declarou ao portal Metrópoles. A medida necessita de 54 votos no Senado para avançar.

“Nós não temos 54 senadores para aprovar. E aqui fala uma pessoa que, durante meus 32 anos de mandato, se tornou muito pragmática. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso”, prosseguiu Nogueira.

O senador também rebateu o argumento da oposição de que já teria obtido mais de 40 assinaturas para o pedido. Ele ressaltou que a prerrogativa de abrir o processo cabe exclusivamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado”, avalia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução

Parlamentares bolsonaristas vêm ocupando as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, exigindo que Alcolumbre paute o pedido de impeachment contra Moraes.

O senador também relembrou sua atuação no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, para justificar sua avaliação. “Eu fui uma das pessoas responsáveis no impeachment da presidente Dilma, quando levei o Progressistas e os partidos de centro para vencer, quando nós tínhamos condição de vencer”, disse, indicando que não vê viabilidade semelhante no caso atual.

Ciro foi o primeiro parlamentar autorizado pelo STF a visitar Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde o início da semana. O encontro ocorreu na terça-feira (5) e teve caráter pessoal, segundo o senador.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Moraes agenda acareação entre Cid e ex-assessor de Bolsonaro no STF


Marcelo Costa Câmara e Mauro Cid, réus pela tentativa de golpe de Estado. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (6) a realização de uma acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência. O encontro está marcado para a próxima quarta-feira (13), às 11h30, na sede do STF, e tem como objetivo esclarecer contradições nos depoimentos dos dois réus sobre o monitoramento do ministro após as eleições de 2022.

A decisão atende a um pedido da defesa de Câmara, que alega ter sido “usado” por Cid em um suposto esquema de inteligência paralela.

Durante seu interrogatório, o coronel negou qualquer envolvimento em planos golpistas e afirmou que as informações repassadas sobre os deslocamentos de Moraes tinham como único objetivo ajustes na agenda de Bolsonaro e uma tentativa de aproximação com o ministro.

As contradições no caso

Marcelo Câmara, preso preventivamente desde maio, é apontado pela Polícia Federal como coordenador de um núcleo que monitorou Moraes entre outubro e dezembro de 2022. Em seu depoimento, no entanto, ele afirmou que “se sentiu usado” por Mauro Cid, sugerindo que os dados sobre os passos do ministro podem ter sido utilizados para outros fins sem seu conhecimento.

“Não era a minha intenção. Nosso objetivo ao receber essas solicitações do Cid era de ajustes de agenda e porque queríamos uma aproximação com o ministro”, declarou Câmara ao STF. O coronel negou qualquer ligação com a minuta do golpe ou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como alvo autoridades como Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Fellipe Sampaio/STF

Apesar das alegações, as investigações da PF revelaram mensagens comprometedoras entre Câmara e Cid, incluindo uma em que o coronel detalha a rota que Moraes faria para a cerimônia de diplomação de Lula em 12 de dezembro de 2022. Em outra conversa, no dia 15 do mesmo mês, Câmara se refere à posse de Lula como “posse do ladrão” ao informar os movimentos do ministro.

Questionado sobre as mensagens, recuperadas pela PF após terem sido apagadas, Câmara insistiu que não se tratava de monitoramento ilegal. “Se alguém quiser falar que o que eu fiz foi monitoramento, acho que é um erro. Mas ainda assim não foi feito para cometer nenhuma ilegalidade”, afirmou.

O coronel, no entanto, não soube explicar com clareza a origem das informações sobre Moraes. Segundo ele, não havia um “informante” fixo, e os dados seriam deduzidos com base em eventos públicos e no trabalho dos cerimoniais.

“Muitas vezes eu não conseguia a informação. É muito comum cerimonial, agenda e segurança estarem juntos. A gente começa a conhecer, mas não significa que aquele cara era um informante”, argumentou.

Câmara também foi questionado sobre uma mensagem em que comenta que uma minuta “não seguiu porque poderia não ter amparo jurídico”. Ele alegou que se referia a uma reportagem sobre o assunto e não ao documento em si, reforçando que nunca teve acesso a qualquer plano golpista.

Fonte: DCM

Braga Netto pede soltura após prisão domiciliar de Bolsonaro, mas Moraes nega


     O general Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou mais um pedido de soltura apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro. Réu por tentativa de golpe de Estado, ele está preso preventivamente desde dezembro de 2024, sob a acusação de ter atuado para atrapalhar as investigações em curso.

A solicitação mais recente, protocolada no dia 29 de julho, foi negada por Moraes com base em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também se manifestou contra soltura.

Os advogados do general argumentaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro, também réu no mesmo processo, recebeu medidas cautelares alternativas à prisão e, por isso, ele deveria ter tratamento semelhante com base no princípio da isonomia.

Moraes afirmou que as circunstâncias dos dois casos são distintas e que “os fundamentos para a manutenção da custódia cautelar são específicos às condutas do requerente”. Segundo o ministro, há indícios claros de participação direta de Braga Netto na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, o que justifica sua permanência em prisão preventiva.

Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A decisão também destacou que não cabe aplicar automaticamente o mesmo tipo de medida cautelar a diferentes réus, mesmo que estejam envolvidos no mesmo processo. Moraes apontou que as ações atribuídas ao general exigem uma resposta do que a aplicada a Bolsonaro.

A PGR, por sua vez, sustentou que cada acusado deve ser tratado de acordo com as peculiaridades de sua conduta e com o grau de risco envolvido. “Não há dever, por parte do juízo, de dispensar exato tratamento a todos os envolvidos”, afirmou o parecer do órgão.

A simples comparação entre medidas impostas a diferentes réus, segundo a procuradoria, não é suficiente para alterar a decisão já vigente.

Fonte: DCM

Em meio à crise entre os Poderes, PL leva "pacote da paz" ao STF, que reage: "Vivem num mundo fora do esquadro"

PL propõe anistia aos golpistas do 8 de janeiro e mudança no foro privilegiado. Ministros do STF rechaçam tentativa de blindar Jair Bolsonaro

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

Integrantes do PL, partido comandado por Valdemar Costa Neto e que abriga Jair Bolsonaro, procuraram ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar um plano político apelidado de “pacote da paz”. A proposta incluía dois pontos principais: anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e a reformulação do foro privilegiado, com o objetivo de tirar do STF a competência inicial para julgar autoridades.

Segundo reportagem da jornalista Andréia Sadi, do g1, a articulação partiu do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, do líder da legenda na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e do senador Rogério Marinho. O grupo levou pessoalmente a proposta a ministros do Supremo, alegando que era necessário “desafogar” a Corte e descentralizar o julgamento de parlamentares, encaminhando os processos primeiro para Tribunais Regionais Federais (TRFs), depois para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de chegarem ao STF.

A recepção dos magistrados, no entanto, foi negativa. De acordo com a apuração, um dos ministros reagiu com irritação e afirmou: “vocês estão vivendo num mundo fora do esquadro”. A frase resume a percepção de que a proposta não se sustentaria nem juridicamente, nem politicamente. Apesar da resistência explícita dos integrantes da Corte, os parlamentares do PL insistem na defesa do projeto e deixaram claro que não pretendem recuar.

Atualmente, o foro por prerrogativa de função assegura que crimes cometidos por determinadas autoridades — como presidente da República, deputados, senadores e ministros do STF — no exercício do cargo, sejam julgados diretamente em tribunais superiores. O entendimento mais recente da própria Corte estabelece que, mesmo após o fim do mandato, se o crime estiver relacionado à função, o processo deve continuar tramitando no Supremo.

A investida da legenda ocorre em meio ao agravamento da situação jurídica de Jair Bolsonaro (PL), que passou a cumprir prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (4). O magistrado também determinou que o ex-mandatário fosse proibido de receber visitas e recolheu seus celulares, em razão de nova violação de medidas cautelares.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaristas se acorrentam no Congresso para obstruir a agenda legislativa: 'só saio daqui morto' (vídeo)

Lideranças pró-governo interpretam protestos no Congresso como tentativa de golpe, após a prisão domiciliar de Bolsonaro; Magno Malta viraliza

   Magno Malta em protesto pró-Bolsonaro no Congresso Nacional (Foto: Reprodução/Vídeo via X)

Bolsonaristas seguem impedindo os trabalhos na Câmara e no Senado na tentativa de garantir a absolvição de Jair Bolsonaro, réu na trama golpista e preso em regime domiciliar, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Senadores bolsonaristas chegaram a se acorrentar no Congresso. Eles prometem obstruir a pauta legislativa, após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro.

O senador Magno Malta (PL-ES) disse que só se retiraria do plenário "morto", conforme vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira (6). Confira:


A ofensiva da extrema direita foi rechaçada pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Além disso, de acordo com a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), as instituições devem reagir com firmeza: "As instituições não podem se curvar perante mandantes golpistas e seus cúmplices e devem ser cada vez mais firmes na defesa inegociável da democracia. Sem Anistia!"

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica obstrução da oposição no Congresso: ‘querem o país refém do Bolsonaro’

Ministra das Relações Institucionais acusa oposição de travar pautas de interesse público para pressionar por anistia a Jair Bolsonaro

       Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), acusou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro de prejudicar o país ao usar o Congresso Nacional como instrumento de pressão contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). A crítica foi feita por meio de publicação nas redes sociais, nesta quarta-feira (6), em resposta à obstrução promovida por parlamentares da oposição.

Congressistas contrários ao governo federal iniciaram, na terça-feira (5), uma ofensiva para paralisar votações nas duas Casas Legislativas. A tática tem como objetivo forçar os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a se posicionarem contra a decisão do STF que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro. Os oposicionistas também exigem que sejam adotadas medidas institucionais em reação ao Supremo.

Gleisi reagiu duramente à movimentação da oposição, classificando-a como uma tentativa de chantagem política em defesa de interesses pessoais. “O povo brasileiro não pode carregar nas costas o peso de Jair Bolsonaro. Primeiro, conspirou com um governo estrangeiro, fazendo o presidente dos EUA impor pesadas taxas às exportações brasileiras, comprometendo nossos empregos, empresas e a economia do Brasil em troca de pressão para sua anistia. Agora, seus apoiadores no Congresso Nacional, com o mesmo objetivo, impedem votações importantes para os trabalhadores e as famílias do Brasil: isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, PEC da Segurança, isenção da conta de luz pra quem consome até 80 kW, só para ficar em alguns exemplos”, criticou.

A ministra defendeu o funcionamento regular das instituições e criticou o uso do Legislativo como mecanismo de barganha. “Este país tem Constituição, leis, poderes independentes e um povo altivo. Não pode ficar refém de Bolsonaro”, completou.

 

Fonte: Brasil 247

Cresce irritação de Motta e Alcolumbre com ocupação bolsonarista no Congresso e ameaças de Eduardo Bolsonaro

Presidentes do Senado e da Câmara consideram que a tentativa de impor a agenda legislativa por meio de pressões e ameaças é inaceitável

      Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), demonstraram forte insatisfação com o grupo de parlamentares bolsonaristas que ocupou as mesas diretoras das duas Casas do Congresso Nacional nesta terça-feira (5). Os manifestantes afirmaram que só deixariam o local após a inclusão na pauta de votação do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Segundo interlocutores dos presidentes das duas Casas ouvidos pelo jornalista Valdo Cruz, do g1, a indignação de Alcolumbre e Motta aumentou depois que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou as ameaças. Em entrevista à jornalista Bela Megale, de O Globo, o filho de Jair Bolsonaro (PL) declarou que, caso não sejam pautados o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023, os presidentes das Casas correm o risco de sofrer "sanções" por parte do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Eduardo, que deixou o Brasil, tem articulado uma série de sanções contra o Brasil junto a autoridades do governo estadunidense.

Ainda conforme a reportagem, Alcolumbre e Motta consideram que a tentativa de impor a agenda legislativa por meio de pressões e ameaças é inaceitável. De acordo com aliados próximos, ambos classificaram a ocupação das mesas como um ato “arbitrário” e uma afronta direta à autoridade institucional do Congresso. “Não será pela base da força que eles vão fazer o Congresso funcionar a favor deles. É com negociação e com votos”, afirmou um interlocutor dos dois presidentes.

A avaliação interna é de que a oposição bolsonarista não possui votos suficientes para aprovar tais pautas — e que, portanto, precisa convencer outros setores do parlamento para avançar com suas demandas. “Eles não têm maioria e tentam governar pelo constrangimento”, teria resumido outro aliado.

Como resposta imediata, tanto Alcolumbre quanto Motta decidiram suspender as sessões legislativas do dia e convocaram reuniões de líderes partidários — o presidente do Senado fez apelo público por “serenidade e bom senso”, enquanto Motta confirmou a convocação de sessão de líderes para esta quarta-feira (6). Em meio ao clima de tensão, Hugo Motta também fez declarações públicas na Paraíba, sua base eleitoral, conclamando os parlamentares a respeitarem as decisões judiciais e, se necessário, recorrerem delas pelos meios legais.

Para conter possíveis novas invasões, as entradas dos plenários do Senado e da Câmara foram reforçadas com seguranças, permitindo acesso apenas a parlamentares devidamente identificados. A medida busca evitar que o ato se repita nos próximos dias e acirre ainda mais o ambiente no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e do jornal O Globo