quinta-feira, 31 de julho de 2025

VÍDEO: Deputado golpista arma barraco em defesa de Trump na Jovem Pan

 

O comentarista Fabio Piperno e o deputado federal bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS). Foto: Reprodução

O deputado federal bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS) armou um barraco em defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após se irritar com uma pergunta feita pelo comentarista Fabio Piperno durante o programa “3 EM 1”, da Jovem Pan, na quarta-feira (30).

“O senhor é um apoiador de longa data das ideias do presidente Trump. O senhor, inclusive, esteve presente à posse dele… Então, gostaria de saber se o senhor está arrependido de ter apoiado o presidente Trump e se o senhor aprova a elevação das tarifas aos produtos brasileiros”, questionou Piperno.

Van Hattem reagiu com indignação: “Eu esperava mais seriedade de sua pergunta e não esse ar de deboche”. O parlamentar não respondeu diretamente sobre o apoio a Trump, mas fez questão de atacar o comentarista: “Eu acho que a Jovem Pan pode tratar melhor os seus convidados por meio de perguntas feitas de forma mais séria”.

Em seguida, disse que nunca foi apoiador incondicional do norte-americano e se definiu como liberal contrário a taxações. “Eu sou contra a política de taxações… Eu fui crítico da política de taxação de Donald Trump”, afirmou.

Apesar da negativa, o bolsonarista foi flagrado dançando com aliados durante a comemoração da posse de Trump. No vídeo, ele é chamado para o centro da pista pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália. Os dois aparecem dançando ao som de “Balada”, do cantor bolsonarista Gusttavo Lima.



Van Hattem, medroso, desviou o foco da pergunta original e passou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula, o PT e até Joe Biden, acusando-os de perseguirem conservadores. “O que o Alexandre de Moraes fez contra cidadãos americanos agrediu a Constituição americana”, disse.

“O Biden financiou organizações para interferir no processo eleitoral brasileiro… O escândalo do USA está aberto”, completou o bolsonarista, em tom conspiratório, sugerindo interferência internacional no Brasil.

O bate-boca terminou com o clima ainda mais tenso entre os dois. Após ser acusado de apoiar a anistia para golpistas do 8 de janeiro, Van Hattem deu chilique: “O senhor não vai fazer fake news ao vivo, não vai mentir ao meu respeito, não vai me difamar e não vai dizer que eu defendi ato golpista. O senhor se retrate”.

Fabio Piperno, por sua vez, recusou: “Eu não vou me retratar com o senhor, porque o senhor defende anistia pra golpista. Pra quem estava lá acampado. Pra quem ficou setenta dias acampado”.

Assista abaixo:


Fonte: DCM

Fiesp lamenta tarifas a produtos brasileiros exportados para os EUA

Entidade diz que não há razões para justificar a medida

       Fiesp (Foto: Egil Fujikawa/Wikimedia)

Agência Brasil - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lamentou a oficialização da cobrança de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. A medida foi assinada nesta quarta-feira (30) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em nota, a Fiesp lamenta a imposição da tarifa de 50% sobre uma parte das exportações brasileiras para os EUA, "sem razões econômicas que a justifiquem".

“Acreditamos que o continuado diálogo entre as autoridades dos dois países levará à eliminação da sobretaxa e ao aproveitamento das inúmeras oportunidades em benefício de nossas populações”, diz ainda o comunicado divulgado pela principal entidade representativa das indústrias de São Paulo.

O texto acrescenta que a Fiesp trabalhará junto ao governo pela adoção de medidas eficazes para reduzir os impactos econômicos das tarifas sobre as empresas brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Eduardo Bolsonaro "queima" Tarcísio com Trump e tenta isolar governador nos EUA

Deputado articula desgaste de Tarcísio de Freitas junto à Casa Branca por recuo no apoio ao tarifaço e disputa interna pela sucessão de Jair Bolsonaro

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro (Foto: Reprodução )

A tensão entre os principais nomes do bolsonarismo voltou a escalar, agora com foco nos bastidores da diplomacia entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, integrantes da comitiva do Senado brasileiro que esteve em Washington identificaram uma operação articulada pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para minar a imagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), junto ao governo do presidente estadunidense Donald Trump.

O pano de fundo é a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, medida apoiada inicialmente por Tarcísio, que recuou diante da pressão do agronegócio e da indústria paulista. Esse reposicionamento, no entanto, teria provocado forte irritação no entorno de Trump. Segundo dois senadores que participaram da missão diplomática, Tarcísio passou a ser tratado nos EUA como “traidor” de Jair Bolsonaro (PL), sob influência direta de Eduardo, que age para consolidar seu nome como herdeiro político do pai.

Ainda de acordo com a reportagem, um aliado próximo ao deputado, ressaltou que o mal-estar está relacionado aos recuos do governador e às críticas públicas que fez ao tarifaço. Tarcísio chegou a apagar um vídeo de sua posse como apoiador de Trump, onde aparecia com o boné “Make America Great Again”. Mais tarde, defendeu publicamente a busca por uma solução negociada com o governo estadunidense.

“Essa história de tarifaço foi um tiro no pé pro Tarcísio e pros governadores, quem vai apoiar isso? O Eduardo começa a se posicionar contra o Tarcísio para tentar manter o patrimônio do pai, mas não vai conseguir”, afirmou, sob condição de anonimato, um dos parlamentares que esteve na capital dos EUA.

As exportações de São Paulo para os EUA correspondem a 19% do total do estado, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A guerra interna ganhou corpo desde o anúncio do tarifaço por Trump em 3 de julho. Em resposta às investidas de Tarcísio por uma saída diplomática, Eduardo Bolsonaro chegou a chamá-lo de “servil” e o acusou de “desrespeitá-lo” ao se reunir com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

Jair Bolsonaro tentou intervir no embate e orientou o filho a aliviar as tensões com Tarcísio. Eduardo e chegou a fazer gestos públicos de aproximação nas redes sociais, mas as divergências em torno da atuação contra o Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo a respeito da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, seguem latentes.

A trégua durou pouco. Na última semana, o deputado voltou a ironizar declarações de Tarcísio durante evento da XP Investimentos, onde o governador defendeu a abertura de diálogo para mitigar os efeitos das tarifas.

Assessores de Tarcísio confirmaram à reportagem, que já perceberam a movimentação orquestrada por Eduardo para isolá-lo no cenário internacional. Apesar das críticas, o governador tem adotado discurso público de distanciamento da disputa presidencial. “Eduardo colocou na cabeça dele que ele é o candidato a presidente. Todo esse movimento é porque ele tem certeza disso”, confidenciou um interlocutor próximo ao governador.

Em entrevista à Veja em junho, Eduardo Bolsonaro admitiu pela primeira vez a intenção de concorrer ao Planalto caso Jair Bolsonaro continue inelegível até 2030, como determinou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde então, tem reiterado esse desejo em falas nos EUA e transmissões ao vivo nas redes sociais. Seu aliado Steve Bannon, ideólogo da extrema direita dos EUA, tem apresentado o parlamentar como o “próximo presidente do Brasil” no podcast War Room.

Já Tarcísio reafirma a intenção de buscar a reeleição em São Paulo. Apesar disso, tem sido pressionado por setores do mercado financeiro e da elite empresarial para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)em 2026. Esses movimentos, aliados à sua postura moderada, incomodam setores do bolsonarismo mais radical. A presença em eventos como a Brazil Week em Nova York e o silêncio diante de ataques ao STF liderados por Jair Bolsonaro são vistos por aliados do ex-mandatário como sinal de infidelidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Congresso acompanha de perto desdobramento de sanções contra Moraes, diz Alcolumbre

Presidente do Senado enfatizou que o Legislativo não admite interferências externas na atuação dos Poderes

      Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A reação do Congresso Nacional às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), veio com tom firme em defesa das instituições brasileiras. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou nesta quarta-feira (30) que o Legislativo não admite interferências externas na atuação dos Poderes e ressaltou a importância de proteger a soberania nacional.

Em nota, Alcolumbre afirmou confiar no fortalecimento das instituições democráticas, com destaque ao Poder Judiciário. Ele também afirmou que o Congresso está acompanhando os desdobramentos do caso, em conjunto com o Executivo e o Judiciário.

“O Parlamento acompanha de perto cada desdobramento dessa questão, em conjunto com o Executivo e o Judiciário, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas”, escreveu.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também endossou o discurso de defesa da soberania nacional diante da medida norte-americana.

Moraes foi alvo da chamada Lei Magnitsky, usada pelos EUA para aplicar sanções financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Fonte: Brasil 247

Bancos e governo federal avaliam efeitos da sanção dos EUA a Moraes

Problema está na falta de clareza da ordem americana

       Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A decisão dos Estados Unidos de sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pegou o sistema financeiro brasileiro de surpresa e abriu uma série de incertezas jurídicas.

Desde o anúncio da medida, na tarde de quarta-feira (30), bancos brasileiros, o governo federal e o próprio STF tentam entender qual será o impacto prático da chamada Lei Magnitsky, mecanismo legal dos EUA que prevê punições financeiras contra estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. A sanção é apelidada de "morte financeira" da pessoa atingida.

Conforme relatado pelo Uol, o problema está na falta de clareza da ordem americana. Diferentemente de outras sanções semelhantes, o documento que atinge Moraes não traz detalhes sobre o que está, de fato, proibido. Com isso, instituições financeiras no Brasil passaram a consultar escritórios de advocacia nos EUA para interpretar a medida e avaliar riscos.

Há divergências nas análises. Enquanto alguns bancos acreditam que as restrições não se aplicam a ativos mantidos em reais dentro do Brasil, outros avaliam que a comunicação com Moraes pode ser comprometida.

Especialistas em direito têm buscado referências em outros casos de sanções aplicadas pelos EUA. Em algumas situações, a proibição foi expressa: nenhuma instituição com negócios nos EUA poderia manter vínculos com o sancionado. Em outras, os efeitos foram limitados a ativos sob jurisdição americana, sem interferência em contas locais.

Até o momento, a leitura mais comum entre juristas é que contas em reais de Moraes, mantidas no Brasil, não devem ser afetadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Eduardo Bolsonaro "dobra a aposta" contra o STF e "gesto" a Barroso e Gilmar Mendes é visto como chantagem

Ministros do Supremo rejeitam proposta de Eduardo para evitar sanções dos EUA e veem tentativa de chantagem envolvendo Moraes e Bolsonaro

   Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Uma iniciativa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para tentar excluir os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes gerou forte reação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, integrantes da Corte interpretaram o gesto como uma forma velada de ameaça e chantagem institucional.

A alegada mediação de Eduardo Bolsonaro junto à gestão do presidente norte-americano Donald Trump – responsável por sancionar Moraes por meio da chamada Lei Magnitsky – teria sido condicionada a exigências que os ministros consideram inaceitáveis. Entre elas, estão a concessão de anistia irrestrita a Jair Bolsonaro (PL) e a seus aliados, além da retirada de Moraes do STF. Ambas as demandas foram rechaçadas de forma unânime pelos magistrados.

Eduardo declarou que atuou para retirar os nomes de Barroso e Gilmar da lista de alvos das sanções, “dando mais tempo” para que os dois ministros reflitam suas posições. A fala foi lida no Supremo como um recado ameaçador. Para a maioria dos ministros, o deputado “dobrou a aposta” em uma escalada contra a Corte, buscando isolar Moraes e enfraquecer o tribunal.

A resposta institucional veio na forma de uma nota oficial, divulgada na noite de quarta-feira (30), na qual o STF condena as sanções da administração Trump e afirma que “não se desviará de cumprir a Constituição”. O texto também faz referência direta à gravidade do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro. “Foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas”, declarou o tribunal.

A investida de Eduardo Bolsonaro teve efeito oposto ao desejado. Setores do PL que atuam como interlocutores junto ao Judiciário reconhecem que a ação fracassou. A ideia de reduzir tensões entre o STF e o bolsonarismo, isolando Moraes, resultou em maior união entre os ministros e reforçou a percepção de que Jair Bolsonaro pode enfrentar punições ainda mais duras nos processos em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Perto de ser preso, Bolsonaro volta a apresentar crises de soluço

Bolsonaro estaria descumprindo recomendações médicas

           Ex-presidente Jair Bolsonaro 1807/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

Aliados próximos a Jair Bolsonaro (PL) demonstraram nova preocupação com seu estado de saúde após episódios recentes de fortes crises de soluço, que teriam dificultado sua fala em diversos momentos, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

Segundo relatos obtidos pela publicação, as crises voltaram a ocorrer na quarta-feira (30), intensificando os temores em torno da recuperação do ex-mandatário, que está em tratamento desde uma cirurgia no intestino realizada em abril deste ano — a sétima intervenção desde o evento de Juiz de Fora (MG) em 2018, durante a campanha presidencial.

Apesar de ter anunciado no início de julho que ficaria o mês inteiro em repouso, Bolsonaro não seguiu à risca a orientação médica. Nos últimos dias, sua saúde teria apresentado sinais de piora, conforme apontam seus interlocutores. Ainda de acordo com aliados, a situação se agravou após o ex-presidente ser obrigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a utilizar uma tornozeleira eletrônica.

Mesmo com o quadro clínico delicado, Bolsonaro participou de uma motociata em Brasília na quarta-feira, 29 de julho, demonstrando resistência às recomendações médicas e aos alertas de sua equipe política.

A sucessão de episódios envolvendo sua saúde tem provocado inquietação entre lideranças do PL e apoiadores mais próximos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tranquilo e bem-humorado Alexandre de Moraes sorri e reage com bom humor à sanção dos EUA ao assistir à vitória do Corinthians

Ministro do STF demonstra tranquilidade após ser alvo da Lei Magnitsky pelo governo Trump

       Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)

Horas após ser incluído na lista de sanções do governo dos Estados Unidos sob a chamada Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exibiu um estado de espírito tranquilo, bem humorado e confiante. Na noite desta quarta-feira (30), o magistrado compareceu à Neo Química Arena, em São Paulo, para assistir à vitória do Corinthians contra o Palmeiras, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Torcedor declarado do Corinthians, Moraes chegou ao estádio acompanhado da esposa e se acomodou em um dos camarotes. Foi recebido com aplausos e respondeu com sorrisos. Quando interpelado por um torcedor, respondeu com leveza: “Vai, Corinthians”. Não houve qualquer tumulto em torno do ministro.

A reação pública de Moraes contrasta com a gravidade das acusações feitas por Washington. Mais cedo no mesmo dia, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções ao ministro brasileiro com base na Lei Magnitsky — mecanismo legal criado para punir estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

As sanções incluem o bloqueio de bens e contas bancárias sob jurisdição americana, além da proibição de entrada nos Estados Unidos. O visto de Moraes e de outros sete ministros do STF, assim como o do procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia sido suspenso por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada.

Com um semblante sereno e descontraído, Alexandre de Moraes assistiu à vitória do seu time de coração e reafirmou, com gestos e atitudes, que a política internacional não o afastará de sua vida cotidiana ou de sua paixão pelo futebol.

A ida ao estádio remete à sua última aparição na Neo Química Arena, em março deste ano, quando também esteve presente na final do Campeonato Paulista, em que o Corinthians venceu o Palmeiras e conquistou o título estadual.

A aparição pública de Moraes após o anúncio das sanções pode ser interpretada como um sinal de que o ministro não pretende recuar diante da pressão internacional, tampouco se deixar abalar por medidas consideradas desproporcionais por especialistas em direito internacional. Para muitos, sua presença no estádio e sua reação bem humorada são também uma forma de reafirmar, simbolicamente, a independência das instituições brasileiras frente a pressões externas.

Fonte: Brasil 247

Confira os melhores memes sobre o recuo de Trump no tarifaço

“Tarifinho”, um dos memes criados após o recuo de Trump sobre o tarifaço. Reprodução

O termo “TACO” foi resgatado por brasileiros nas redes sociais para ironizar o recuo de Donald Trump em relação à prometida sobretaxa sobre produtos do Brasil. A sigla vem de “Trump Always Chickens Out” (“Trump sempre amarela”) e voltou a circular nesta quarta-feira (30), após os EUA decidirem não aplicar tarifas extras a itens como suco de laranja, aeronaves civis, fertilizantes e veículos.

A expressão começou a ser usada pelo mercado internacional após uma reportagem do Financial Times, quando o republicano adiou tarifas contra a União Europeia. Desde então, o termo passou a ser empregado de forma recorrente por analistas e internautas para criticar a postura de recuos frequentes do presidente norte-americano em suas medidas comerciais.

Com a recente decisão de manter produtos brasileiros isentos das tarifas prometidas, internautas brasileiros aproveitaram para retomar o termo. Confira os melhores memes:

Fonte: DCM

quarta-feira, 30 de julho de 2025

BC encerra ciclo de alta e mantém Selic em 15% ao ano


Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou nesta quarta-feira (30) o fim do ciclo de aperto monetário e decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. A decisão, que já era amplamente esperada pelo mercado, representa a primeira pausa após sete elevações consecutivas e coloca a taxa no maior patamar desde maio de 2006.

A manutenção dos juros confirma a sinalização dada pelo Copom na ata da última reunião, em 18 de junho, quando a Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual.

À época, a autoridade monetária havia indicado que pretendia “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado” e avaliar se manter a política monetária restritiva por um período “bastante prolongado” seria suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

Desde setembro do ano passado, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais, em trajetória iniciada na gestão de Roberto Campos Neto, sucedida por Gabriel Galípolo.

A inflação, no entanto, segue sendo um fator de preocupação. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Entrada do prédio do Banco Central do Brasil. Foto: Adriano Machado/Reuters

Atualmente, o IPCA acumulado em 12 meses está em 5,35%, acima do teto da meta contínua de 4,5%. Embora analistas enxerguem uma tendência de desaceleração, os dados mais recentes do IPCA-15, referente à primeira quinzena de julho, indicaram variação positiva de 0,33%, influenciada pela bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica.

Com o novo regime de metas contínuas, sempre que a inflação ultrapassa o teto por seis meses consecutivos, o presidente do Banco Central precisa apresentar uma justificativa formal ao ministro da Fazenda.

Desde que assumiu o cargo, Galípolo já teve de enviar duas cartas a Fernando Haddad explicando o descumprimento dos objetivos inflacionários. Esse instrumento de prestação de contas reforça o compromisso da autoridade monetária com a responsabilidade fiscal e com a transparência nas decisões de política econômica.

Fonte: DCM

Era do Brasil vira-lata acabou, diz a revista mais prestigiada dos EUA


        Homenagem a Trump em protesto em São Paulo

Em artigo publicado na presente edição da revista New Yorker, a mais prestigiada dos EUA, a jornalista Shannon Sims analisa os impactos políticos e simbólicos da ofensiva de Donald Trump contra o Brasil.

A colunista afirma que a tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros representa mais do que uma medida econômica: é uma retaliação direta ao julgamento de Jair Bolsonaro e um teste à autoestima nacional. “Foi como um chute inesperado no estômago do país”, escreveu.

Sims relembra o episódio em que a primeira-dama Janja interrompeu uma jornalista durante coletiva no Itamaraty e ironizou: “Cadê meus vira-latas?”. A frase, segundo ela, expôs uma ferida antiga nas relações Brasil-EUA: o chamado complexo de vira-lata, termo cunhado por Nelson Rodrigues para descrever a sensação de inferioridade e a busca obsessiva por validação estrangeira.

O artigo destaca ainda o julgamento de Bolsonaro, acusado de planejar golpe, envenenar Lula e matar o ministro Alexandre de Moraes. Trump, por sua vez, tem pressionado publicamente pela suspensão do processo, dizendo em carta que se trata de uma “caça às bruxas”.

Enquanto isso, o ex-presidente brasileiro usa tornozeleira eletrônica e participa de atos públicos, como uma motociata. Seus aliados no Congresso chegaram a hastear uma bandeira MAGA, o que a autora descreve como a imagem mais pura do vira-latismo político.

Apesar do ataque comercial, Sims aponta que o Brasil parece estar superando o complexo. Lula tem usado a crise para reforçar o discurso de soberania — chegou a usar um boné azul com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”, em paródia ao slogan de Trump.

Diz ela:

Carl Jung, o psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, é creditado pela teoria de que, assim como as pessoas podem ter complexos, os complexos também podem ter as pessoas. Segundo o pensamento junguiano, a maneira de superar um complexo inconsciente é tomar consciência dele. É isso que está começando a acontecer no Brasil. “O comportamento de Trump está unindo os brasileiros, algo que normalmente só acontece durante a Copa do Mundo”, disse Waldemar Magaldi Filho, fundador do Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa do Brasil. “Ele está, na verdade, nos colando uns aos outros por uma causa maior. Agora somos uma grande matilha de vira-latas.”

O erro de cálculo de Trump, ao agitar sua ameaça tarifária, é não perceber que os brasileiros estão hoje menos dispostos do que nunca a se curvar ao poder americano. Nos últimos anos, os brasileiros têm redescoberto sua autoconfiança. O país passou a explorar de forma extraordinária seu poder de influência por meio das redes sociais. Com uma população de 212 milhões de pessoas, os brasileiros usam redes sociais de forma intensa, passando, segundo relatos, muito mais tempo online por dia do que os usuários dos Estados Unidos. No ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que a plataforma X removesse contas que espalhavam desinformação sobre as eleições presidenciais de 2022. Quando Elon Musk se recusou, o STF baniu o X no Brasil. Um mês depois, Musk recuou e aceitou pagar uma multa: perder mais de 20 milhões de usuários brasileiros de uma só vez talvez tenha sido um preço alto demais.

E, segundo pesquisa citada pela colunista, a resposta nacional tem sido de união e apoio às instituições. Como conclui um entrevistado brasileiro: “O vira-lata pode não morder, mas não será mais maltratado.”

Fonte: DCM

Trump cogita proibir vistos a brasileiros durante Copa do Mundo de 2026


O presidente dos EUA, Donald Trump – Reprodução

A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil pode atingir em cheio os torcedores brasileiros que pretendem assistir à Copa do Mundo de 2026, sediada por EUA, México e Canadá. Segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil, o presidente Donald Trump avalia a possibilidade de suspender a concessão de vistos a cidadãos brasileiros, inclusive durante o período do torneio.

A medida seria parte de uma estratégia para aumentar o impacto de ações contra o atual governo brasileiro, segundo a análise divulgada pela CNN. O republicano também está por trás do recente tarifaço imposto ao Brasil.

Ainda conforme Lourival Sant’Anna, senadores brasileiros que viajaram a Washington nesta semana já perceberam sinais da nova política: os vistos emitidos foram significativamente mais restritivos, com prazos curtos de permanência nos Estados Unidos.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre os dias 11 de junho e 19 de julho, com 48 seleções participantes — um novo formato inédito no torneio. A Seleção Brasileira já garantiu sua vaga. Entre os países classificados também está o Irã, cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos Estados Unidos desde que Donald Trump assinou, em junho, uma proclamação que veta viagens de cidadãos de determinados países por motivos de segurança.

Imagem ilustrativa de visto dos EUA
Imagem ilustrativa do visto americano – Reprodução

Até o momento, nem a Fifa nem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciaram oficialmente sobre o risco de proibição de entrada de brasileiros durante a Copa.

A CNN apurou que a CBF já foi informada da possibilidade, mas aguarda os próximos passos para definir uma resposta. Internamente, a promessa da entidade é defender os interesses dos torcedores brasileiros, que sempre estiveram presentes em todas as edições do torneio.

A CBF também considera buscar diálogo com o Governo Federal para discutir os possíveis efeitos das sanções sobre os torcedores. Em discurso recente, o presidente da Fifa, Gianni Infantino — considerado aliado político de Trump — afirmou que os torcedores internacionais serão bem-vindos na Copa. Porém, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que os visitantes devem “voltar para casa” após os jogos.

Além da Copa do Mundo, os Estados Unidos também sediarão os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, ainda durante o mandato do republicano. A expectativa é de que a situação diplomática entre os dois países influencie diretamente na participação de brasileiros em grandes eventos esportivos nos próximos anos.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

VÍDEO: “Preocupado” com as sanções de Trump, Moraes vai a jogo do Corinthians

 

Moraes assistindo ao jogo do Corinthians. Foto: Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi filmado na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, indo assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras. O vídeo circula nas redes sociais, após a aplicação de sanções por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, com base na chamada Lei Magnitsky.

A publicação foi feita por um perfil humorístico voltado ao futebol, que ironizou a presença do ministro. A legenda do vídeo diz: “Preocupadíssimo após ser sancionado pelo governo Trump”, sugerindo sarcasmo em relação à ida de Moraes ao estádio em meio à repercussão política das sanções impostas por Washington.

A sanção, aplicada por meio de decreto, acusa Moraes de supostas violações contra direitos fundamentais no Brasil, em linha com pressões de setores ligados ao bolsonarismo nos EUA. Apesar da medida, o ministro manteve sua rotina pública e foi visto circulando normalmente no estádio do Corinthians.

Fonte: DCM