quinta-feira, 31 de julho de 2025

Congresso acompanha de perto desdobramento de sanções contra Moraes, diz Alcolumbre

Presidente do Senado enfatizou que o Legislativo não admite interferências externas na atuação dos Poderes

      Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A reação do Congresso Nacional às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), veio com tom firme em defesa das instituições brasileiras. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou nesta quarta-feira (30) que o Legislativo não admite interferências externas na atuação dos Poderes e ressaltou a importância de proteger a soberania nacional.

Em nota, Alcolumbre afirmou confiar no fortalecimento das instituições democráticas, com destaque ao Poder Judiciário. Ele também afirmou que o Congresso está acompanhando os desdobramentos do caso, em conjunto com o Executivo e o Judiciário.

“O Parlamento acompanha de perto cada desdobramento dessa questão, em conjunto com o Executivo e o Judiciário, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas”, escreveu.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também endossou o discurso de defesa da soberania nacional diante da medida norte-americana.

Moraes foi alvo da chamada Lei Magnitsky, usada pelos EUA para aplicar sanções financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Fonte: Brasil 247

Bancos e governo federal avaliam efeitos da sanção dos EUA a Moraes

Problema está na falta de clareza da ordem americana

       Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A decisão dos Estados Unidos de sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pegou o sistema financeiro brasileiro de surpresa e abriu uma série de incertezas jurídicas.

Desde o anúncio da medida, na tarde de quarta-feira (30), bancos brasileiros, o governo federal e o próprio STF tentam entender qual será o impacto prático da chamada Lei Magnitsky, mecanismo legal dos EUA que prevê punições financeiras contra estrangeiros acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. A sanção é apelidada de "morte financeira" da pessoa atingida.

Conforme relatado pelo Uol, o problema está na falta de clareza da ordem americana. Diferentemente de outras sanções semelhantes, o documento que atinge Moraes não traz detalhes sobre o que está, de fato, proibido. Com isso, instituições financeiras no Brasil passaram a consultar escritórios de advocacia nos EUA para interpretar a medida e avaliar riscos.

Há divergências nas análises. Enquanto alguns bancos acreditam que as restrições não se aplicam a ativos mantidos em reais dentro do Brasil, outros avaliam que a comunicação com Moraes pode ser comprometida.

Especialistas em direito têm buscado referências em outros casos de sanções aplicadas pelos EUA. Em algumas situações, a proibição foi expressa: nenhuma instituição com negócios nos EUA poderia manter vínculos com o sancionado. Em outras, os efeitos foram limitados a ativos sob jurisdição americana, sem interferência em contas locais.

Até o momento, a leitura mais comum entre juristas é que contas em reais de Moraes, mantidas no Brasil, não devem ser afetadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Eduardo Bolsonaro "dobra a aposta" contra o STF e "gesto" a Barroso e Gilmar Mendes é visto como chantagem

Ministros do Supremo rejeitam proposta de Eduardo para evitar sanções dos EUA e veem tentativa de chantagem envolvendo Moraes e Bolsonaro

   Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Uma iniciativa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para tentar excluir os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes gerou forte reação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, integrantes da Corte interpretaram o gesto como uma forma velada de ameaça e chantagem institucional.

A alegada mediação de Eduardo Bolsonaro junto à gestão do presidente norte-americano Donald Trump – responsável por sancionar Moraes por meio da chamada Lei Magnitsky – teria sido condicionada a exigências que os ministros consideram inaceitáveis. Entre elas, estão a concessão de anistia irrestrita a Jair Bolsonaro (PL) e a seus aliados, além da retirada de Moraes do STF. Ambas as demandas foram rechaçadas de forma unânime pelos magistrados.

Eduardo declarou que atuou para retirar os nomes de Barroso e Gilmar da lista de alvos das sanções, “dando mais tempo” para que os dois ministros reflitam suas posições. A fala foi lida no Supremo como um recado ameaçador. Para a maioria dos ministros, o deputado “dobrou a aposta” em uma escalada contra a Corte, buscando isolar Moraes e enfraquecer o tribunal.

A resposta institucional veio na forma de uma nota oficial, divulgada na noite de quarta-feira (30), na qual o STF condena as sanções da administração Trump e afirma que “não se desviará de cumprir a Constituição”. O texto também faz referência direta à gravidade do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro. “Foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas”, declarou o tribunal.

A investida de Eduardo Bolsonaro teve efeito oposto ao desejado. Setores do PL que atuam como interlocutores junto ao Judiciário reconhecem que a ação fracassou. A ideia de reduzir tensões entre o STF e o bolsonarismo, isolando Moraes, resultou em maior união entre os ministros e reforçou a percepção de que Jair Bolsonaro pode enfrentar punições ainda mais duras nos processos em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Perto de ser preso, Bolsonaro volta a apresentar crises de soluço

Bolsonaro estaria descumprindo recomendações médicas

           Ex-presidente Jair Bolsonaro 1807/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

Aliados próximos a Jair Bolsonaro (PL) demonstraram nova preocupação com seu estado de saúde após episódios recentes de fortes crises de soluço, que teriam dificultado sua fala em diversos momentos, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

Segundo relatos obtidos pela publicação, as crises voltaram a ocorrer na quarta-feira (30), intensificando os temores em torno da recuperação do ex-mandatário, que está em tratamento desde uma cirurgia no intestino realizada em abril deste ano — a sétima intervenção desde o evento de Juiz de Fora (MG) em 2018, durante a campanha presidencial.

Apesar de ter anunciado no início de julho que ficaria o mês inteiro em repouso, Bolsonaro não seguiu à risca a orientação médica. Nos últimos dias, sua saúde teria apresentado sinais de piora, conforme apontam seus interlocutores. Ainda de acordo com aliados, a situação se agravou após o ex-presidente ser obrigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a utilizar uma tornozeleira eletrônica.

Mesmo com o quadro clínico delicado, Bolsonaro participou de uma motociata em Brasília na quarta-feira, 29 de julho, demonstrando resistência às recomendações médicas e aos alertas de sua equipe política.

A sucessão de episódios envolvendo sua saúde tem provocado inquietação entre lideranças do PL e apoiadores mais próximos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tranquilo e bem-humorado Alexandre de Moraes sorri e reage com bom humor à sanção dos EUA ao assistir à vitória do Corinthians

Ministro do STF demonstra tranquilidade após ser alvo da Lei Magnitsky pelo governo Trump

       Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)

Horas após ser incluído na lista de sanções do governo dos Estados Unidos sob a chamada Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exibiu um estado de espírito tranquilo, bem humorado e confiante. Na noite desta quarta-feira (30), o magistrado compareceu à Neo Química Arena, em São Paulo, para assistir à vitória do Corinthians contra o Palmeiras, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Torcedor declarado do Corinthians, Moraes chegou ao estádio acompanhado da esposa e se acomodou em um dos camarotes. Foi recebido com aplausos e respondeu com sorrisos. Quando interpelado por um torcedor, respondeu com leveza: “Vai, Corinthians”. Não houve qualquer tumulto em torno do ministro.

A reação pública de Moraes contrasta com a gravidade das acusações feitas por Washington. Mais cedo no mesmo dia, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções ao ministro brasileiro com base na Lei Magnitsky — mecanismo legal criado para punir estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

As sanções incluem o bloqueio de bens e contas bancárias sob jurisdição americana, além da proibição de entrada nos Estados Unidos. O visto de Moraes e de outros sete ministros do STF, assim como o do procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia sido suspenso por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada.

Com um semblante sereno e descontraído, Alexandre de Moraes assistiu à vitória do seu time de coração e reafirmou, com gestos e atitudes, que a política internacional não o afastará de sua vida cotidiana ou de sua paixão pelo futebol.

A ida ao estádio remete à sua última aparição na Neo Química Arena, em março deste ano, quando também esteve presente na final do Campeonato Paulista, em que o Corinthians venceu o Palmeiras e conquistou o título estadual.

A aparição pública de Moraes após o anúncio das sanções pode ser interpretada como um sinal de que o ministro não pretende recuar diante da pressão internacional, tampouco se deixar abalar por medidas consideradas desproporcionais por especialistas em direito internacional. Para muitos, sua presença no estádio e sua reação bem humorada são também uma forma de reafirmar, simbolicamente, a independência das instituições brasileiras frente a pressões externas.

Fonte: Brasil 247

Confira os melhores memes sobre o recuo de Trump no tarifaço

“Tarifinho”, um dos memes criados após o recuo de Trump sobre o tarifaço. Reprodução

O termo “TACO” foi resgatado por brasileiros nas redes sociais para ironizar o recuo de Donald Trump em relação à prometida sobretaxa sobre produtos do Brasil. A sigla vem de “Trump Always Chickens Out” (“Trump sempre amarela”) e voltou a circular nesta quarta-feira (30), após os EUA decidirem não aplicar tarifas extras a itens como suco de laranja, aeronaves civis, fertilizantes e veículos.

A expressão começou a ser usada pelo mercado internacional após uma reportagem do Financial Times, quando o republicano adiou tarifas contra a União Europeia. Desde então, o termo passou a ser empregado de forma recorrente por analistas e internautas para criticar a postura de recuos frequentes do presidente norte-americano em suas medidas comerciais.

Com a recente decisão de manter produtos brasileiros isentos das tarifas prometidas, internautas brasileiros aproveitaram para retomar o termo. Confira os melhores memes:

Fonte: DCM

quarta-feira, 30 de julho de 2025

BC encerra ciclo de alta e mantém Selic em 15% ao ano


Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou nesta quarta-feira (30) o fim do ciclo de aperto monetário e decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. A decisão, que já era amplamente esperada pelo mercado, representa a primeira pausa após sete elevações consecutivas e coloca a taxa no maior patamar desde maio de 2006.

A manutenção dos juros confirma a sinalização dada pelo Copom na ata da última reunião, em 18 de junho, quando a Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual.

À época, a autoridade monetária havia indicado que pretendia “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado” e avaliar se manter a política monetária restritiva por um período “bastante prolongado” seria suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

Desde setembro do ano passado, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais, em trajetória iniciada na gestão de Roberto Campos Neto, sucedida por Gabriel Galípolo.

A inflação, no entanto, segue sendo um fator de preocupação. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Entrada do prédio do Banco Central do Brasil. Foto: Adriano Machado/Reuters

Atualmente, o IPCA acumulado em 12 meses está em 5,35%, acima do teto da meta contínua de 4,5%. Embora analistas enxerguem uma tendência de desaceleração, os dados mais recentes do IPCA-15, referente à primeira quinzena de julho, indicaram variação positiva de 0,33%, influenciada pela bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica.

Com o novo regime de metas contínuas, sempre que a inflação ultrapassa o teto por seis meses consecutivos, o presidente do Banco Central precisa apresentar uma justificativa formal ao ministro da Fazenda.

Desde que assumiu o cargo, Galípolo já teve de enviar duas cartas a Fernando Haddad explicando o descumprimento dos objetivos inflacionários. Esse instrumento de prestação de contas reforça o compromisso da autoridade monetária com a responsabilidade fiscal e com a transparência nas decisões de política econômica.

Fonte: DCM

Era do Brasil vira-lata acabou, diz a revista mais prestigiada dos EUA


        Homenagem a Trump em protesto em São Paulo

Em artigo publicado na presente edição da revista New Yorker, a mais prestigiada dos EUA, a jornalista Shannon Sims analisa os impactos políticos e simbólicos da ofensiva de Donald Trump contra o Brasil.

A colunista afirma que a tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros representa mais do que uma medida econômica: é uma retaliação direta ao julgamento de Jair Bolsonaro e um teste à autoestima nacional. “Foi como um chute inesperado no estômago do país”, escreveu.

Sims relembra o episódio em que a primeira-dama Janja interrompeu uma jornalista durante coletiva no Itamaraty e ironizou: “Cadê meus vira-latas?”. A frase, segundo ela, expôs uma ferida antiga nas relações Brasil-EUA: o chamado complexo de vira-lata, termo cunhado por Nelson Rodrigues para descrever a sensação de inferioridade e a busca obsessiva por validação estrangeira.

O artigo destaca ainda o julgamento de Bolsonaro, acusado de planejar golpe, envenenar Lula e matar o ministro Alexandre de Moraes. Trump, por sua vez, tem pressionado publicamente pela suspensão do processo, dizendo em carta que se trata de uma “caça às bruxas”.

Enquanto isso, o ex-presidente brasileiro usa tornozeleira eletrônica e participa de atos públicos, como uma motociata. Seus aliados no Congresso chegaram a hastear uma bandeira MAGA, o que a autora descreve como a imagem mais pura do vira-latismo político.

Apesar do ataque comercial, Sims aponta que o Brasil parece estar superando o complexo. Lula tem usado a crise para reforçar o discurso de soberania — chegou a usar um boné azul com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”, em paródia ao slogan de Trump.

Diz ela:

Carl Jung, o psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, é creditado pela teoria de que, assim como as pessoas podem ter complexos, os complexos também podem ter as pessoas. Segundo o pensamento junguiano, a maneira de superar um complexo inconsciente é tomar consciência dele. É isso que está começando a acontecer no Brasil. “O comportamento de Trump está unindo os brasileiros, algo que normalmente só acontece durante a Copa do Mundo”, disse Waldemar Magaldi Filho, fundador do Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa do Brasil. “Ele está, na verdade, nos colando uns aos outros por uma causa maior. Agora somos uma grande matilha de vira-latas.”

O erro de cálculo de Trump, ao agitar sua ameaça tarifária, é não perceber que os brasileiros estão hoje menos dispostos do que nunca a se curvar ao poder americano. Nos últimos anos, os brasileiros têm redescoberto sua autoconfiança. O país passou a explorar de forma extraordinária seu poder de influência por meio das redes sociais. Com uma população de 212 milhões de pessoas, os brasileiros usam redes sociais de forma intensa, passando, segundo relatos, muito mais tempo online por dia do que os usuários dos Estados Unidos. No ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que a plataforma X removesse contas que espalhavam desinformação sobre as eleições presidenciais de 2022. Quando Elon Musk se recusou, o STF baniu o X no Brasil. Um mês depois, Musk recuou e aceitou pagar uma multa: perder mais de 20 milhões de usuários brasileiros de uma só vez talvez tenha sido um preço alto demais.

E, segundo pesquisa citada pela colunista, a resposta nacional tem sido de união e apoio às instituições. Como conclui um entrevistado brasileiro: “O vira-lata pode não morder, mas não será mais maltratado.”

Fonte: DCM

Trump cogita proibir vistos a brasileiros durante Copa do Mundo de 2026


O presidente dos EUA, Donald Trump – Reprodução

A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil pode atingir em cheio os torcedores brasileiros que pretendem assistir à Copa do Mundo de 2026, sediada por EUA, México e Canadá. Segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil, o presidente Donald Trump avalia a possibilidade de suspender a concessão de vistos a cidadãos brasileiros, inclusive durante o período do torneio.

A medida seria parte de uma estratégia para aumentar o impacto de ações contra o atual governo brasileiro, segundo a análise divulgada pela CNN. O republicano também está por trás do recente tarifaço imposto ao Brasil.

Ainda conforme Lourival Sant’Anna, senadores brasileiros que viajaram a Washington nesta semana já perceberam sinais da nova política: os vistos emitidos foram significativamente mais restritivos, com prazos curtos de permanência nos Estados Unidos.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre os dias 11 de junho e 19 de julho, com 48 seleções participantes — um novo formato inédito no torneio. A Seleção Brasileira já garantiu sua vaga. Entre os países classificados também está o Irã, cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos Estados Unidos desde que Donald Trump assinou, em junho, uma proclamação que veta viagens de cidadãos de determinados países por motivos de segurança.

Imagem ilustrativa de visto dos EUA
Imagem ilustrativa do visto americano – Reprodução

Até o momento, nem a Fifa nem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciaram oficialmente sobre o risco de proibição de entrada de brasileiros durante a Copa.

A CNN apurou que a CBF já foi informada da possibilidade, mas aguarda os próximos passos para definir uma resposta. Internamente, a promessa da entidade é defender os interesses dos torcedores brasileiros, que sempre estiveram presentes em todas as edições do torneio.

A CBF também considera buscar diálogo com o Governo Federal para discutir os possíveis efeitos das sanções sobre os torcedores. Em discurso recente, o presidente da Fifa, Gianni Infantino — considerado aliado político de Trump — afirmou que os torcedores internacionais serão bem-vindos na Copa. Porém, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que os visitantes devem “voltar para casa” após os jogos.

Além da Copa do Mundo, os Estados Unidos também sediarão os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, ainda durante o mandato do republicano. A expectativa é de que a situação diplomática entre os dois países influencie diretamente na participação de brasileiros em grandes eventos esportivos nos próximos anos.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

VÍDEO: “Preocupado” com as sanções de Trump, Moraes vai a jogo do Corinthians

 

Moraes assistindo ao jogo do Corinthians. Foto: Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi filmado na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, indo assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras. O vídeo circula nas redes sociais, após a aplicação de sanções por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, com base na chamada Lei Magnitsky.

A publicação foi feita por um perfil humorístico voltado ao futebol, que ironizou a presença do ministro. A legenda do vídeo diz: “Preocupadíssimo após ser sancionado pelo governo Trump”, sugerindo sarcasmo em relação à ida de Moraes ao estádio em meio à repercussão política das sanções impostas por Washington.

A sanção, aplicada por meio de decreto, acusa Moraes de supostas violações contra direitos fundamentais no Brasil, em linha com pressões de setores ligados ao bolsonarismo nos EUA. Apesar da medida, o ministro manteve sua rotina pública e foi visto circulando normalmente no estádio do Corinthians.

Fonte: DCM

STF se pronuncia sobre sanções dos EUA a Alexandre de Moraes


       O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Reprodução

Nesta quarta-feira (30), o Supremo Tribunal Federal se pronunciou por meio de uma nota oficial sobre as sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes. O magistrado se tornou alvo da Lei Magnitsky, imposta pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump:

“Em razão das sanções aplicadas ao Ministro Alexandre de Moraes, um dos seus integrantes, o Supremo Tribunal Federal vem se pronunciar na forma abaixo:

1 . O julgamento de crimes que implicam atentado grave à democracia brasileira é de exclusiva competência da Justiça do país, no exercício independente do seu papel constitucional.

2. Encontra-se em curso, perante o Tribunal, ação penal em que o Procurador-Geral da República imputou a um conjunto de pessoas, inclusive a um ex-Presidente da República, uma série de crimes, entre eles, o de golpe de Estado.

Supremo Tribunal Federal (STF)
Supremo Tribunal Federal (STF) – Divulgação/Agência Brasil


3. No âmbito da investigação, foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas.

4. Todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente.

5. O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo.

6. O Tribunal manifesta solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes.

Brasília, 30 de julho de 2025.”

Fonte: DCM

Mauro Vieira se encontra com Marco Rubio nos EUA e diz que soberania brasileira é inegociável

Chanceler brasileiro afirmou que o governo não aceita que os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro façam parte da pauta bilateral

       Mauro Vieira (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Em meio à escalada de tensões comerciais e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu nesta quarta-feira (30) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. Durante o encontro, o chanceler brasileiro foi enfático: “soberania não se negocia”, conforme informado pelo jornalista Ricardo Abreu, da Globonews. A declaração reforça a posição do governo brasileiro de que qualquer diálogo com os EUA deve se limitar a temas comerciais e tarifários, sem aceitar interferências em questões internas.

A reunião aconteceu antes do anúncio oficial do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, que assinou uma ordem executiva estabelecendo uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como carne e café. Ainda antes da assinatura do decreto, o Brasil já buscava canais diplomáticos para reverter o endurecimento comercial. Mauro Vieira, que estava em Nova York para um evento sobre a Palestina na ONU, decidiu prolongar sua estadia nos Estados Unidos e foi a Washington.

Vieira reafirmou que o Brasil está disposto a negociar apenas em torno de questões comerciais. Segundo reportagem de Mariana Sanches, no UOL, o chanceler também destacou ao norte-americano que o Judiciário brasileiro é independente e que o governo não aceita que os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro façam parte da pauta bilateral.

Essa foi a primeira reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos. A agenda já havia sido solicitada pelo Itamaraty há duas semanas, e um emissário brasileiro chegou a sondar a viabilidade do encontro durante a permanência de Vieira em Nova York.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews e UOL

Lula responde a tarifaço com crítica e afirma: “Hoje é um dia sagrado da soberania”

Declaração ocorreu após cerimônia no Planalto, no mesmo dia em que os EUA anunciaram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta quarta-feira (30) contra a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita no Palácio do Planalto, logo após a cerimônia de sanção da lei que proíbe o uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos. A informação foi publicada pela CNN Brasil.

“Hoje é um dia sagrado da soberania”, disse Lula ao final do evento. Em seguida, acrescentou: “Eu estou saindo daqui completo, porque eu vou me reunir ali para defender outra soberania, a soberania do povo brasileiro, em função das medidas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Por que Moraes está tranquilo após ser sancionado por Trump


       Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está demonstrando tranquilidade diante das sanções impostas pelo governo estadunidense por meio da Lei Magnitsky, segundo relatos de pessoas próximas ao magistrado.

Segundo Miriam Leitão, fontes próximas ao ministro revelam que Moraes não possui contas bancárias, bens ou investimentos nos Estados Unidos, o que minimizaria o impacto prático das medidas anunciadas nesta quarta-feira (30) pelo governo Donald Trump.

O problema não seria pessoal para o ministro, que estaria demonstrando aos seus interlocutores não estar preocupado com as sanções e não pensar em reagir. O desinteresse de Moraes pela situação ficaria evidente pelo fato de seu visto estadunidense estar vencido há dois anos, sem que o magistrado tenha se preocupado em renová-lo.

As sanções, anunciadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA, incluem três medidas principais: bloqueio de quaisquer bens do ministro em território estadunidense, proibição de transações com empresas e cidadãos dos EUA, e impedimento de entrada no país.

Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

O secretário do Tesouro estadunidense, Scott Bessent, justificou a decisão afirmando que Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil.

O governo estadunidense acusa o ministro de liderar uma campanha opressiva de censura e de conduzir processos judicializados com motivação política, incluindo o caso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Esta não é a primeira medida do governo Trump contra autoridades brasileiras. No dia 18 de julho, o secretário de Estado Marco Rubio já havia anunciado a revogação de vistos para ministros do STF e seus familiares, mencionando especificamente Moraes. Na ocasião, Rubio vinculou a decisão ao processo contra Bolsonaro no Supremo, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Fonte: DCM