segunda-feira, 28 de julho de 2025

Mauro Vieira chega aos EUA em semana decisiva para o 'tarifaço' de Trump contra o Brasil

Chanceler brasileiro viaja para agendas da ONU e pode ir a Washington se Casa Branca sinalizar disposição para negociar

     Mauro Vieira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em uma semana crucial para a diplomacia brasileira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo (27) nos Estados Unidos. De acordo com apuração da TV Globo/GloboNews, embora a agenda oficial se concentre em reuniões na sede da ONU, em Nova York, o chanceler deixou em aberto a possibilidade de seguir para Washington caso o governo norte-americano demonstre interesse em dialogar sobre as tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, informa o g1.

Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, foi justificada como retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é réu em uma ação penal que investiga sua tentativa de golpe de Estado em 2022. Trump, seu aliado político, classificou o processo como uma “caça às bruxas”, declaração que provocou reação de senadores democratas, que o acusaram de "abuso de poder" por tentar interferir nos assuntos internos da Justiça brasileira.

Diálogo condicionado a gesto da Casa Branca - Mauro Vieira indicou que sua ida aos Estados Unidos representa um gesto de disposição para o diálogo, mas condicionou qualquer deslocamento à capital americana à existência de um sinal claro da administração Trump. Caso não haja resposta até terça-feira (29), o chanceler deve retornar ao Brasil já na quarta (30), encerrando sua participação nas discussões sobre a Palestina, tema da pauta oficial na ONU.

As reuniões em Nova York acontecem entre segunda e terça-feira e envolvem lideranças internacionais engajadas na busca por uma solução diplomática para o conflito no Oriente Médio.

Senado mobilizado em Washington - Enquanto Vieira atua em Nova York, uma comitiva formada por oito senadores brasileiros já está em Washington para pressionar contra o “tarifaço”. O grupo deve permanecer na cidade até pelo menos quarta-feira (30) e tem uma agenda que inclui encontros com parlamentares norte-americanos, representantes do setor privado e organizações da sociedade civil.

Participam da missão:

Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado;
● Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores;
● Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
Marcos Pontes (PL-SP), vice-presidente do grupo parlamentar Brasil-EUA;
● Rogério Carvalho (PT-SE);
● Carlos Viana (Podemos-MG);
● Fernando Farias (MDB-AL);
● Esperidião Amin (PP-SC).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Brasil busca diálogo com EUA sobre tarifas, sem ‘contaminação política ou ideológica’, diz ministério comandado por Alckmin

Vice-presidente Alckmin busca negociações para reverter aumento de 50% em taxas sobre produtos brasileiros, anunciado por Donald Trump

    Vice-presidente Geraldo Alckmin 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governo brasileiro afirmou, por meio de nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) neste domingo (27), que mantém o diálogo com os Estados Unidos sobre as novas tarifas impostas aos produtos nacionais, mas ressalta que as negociações não têm "qualquer contaminação política ou ideológica", informa reportagem do Metrópoles.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o MDIC, tem conduzido as tratativas com os norte-americanos desde abril, quando a proposta inicial era uma tarifa de 10%. No entanto, a situação se agravou no início de julho, com a elevação abrupta do percentual. "Desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, o governo brasileiro, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem buscando negociação com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica", destacou a pasta em comunicado.

Soberania e reciprocidade

Lula tem defendido publicamente a soberania do Brasil e criticado a interferência de outros países em assuntos internos. O presidente adiantou que, se as tarifas não forem revistas, o Planalto recorrerá à Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao país adotar medidas comerciais em resposta a ações unilaterais de nações estrangeiras. "Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais", reforçou o MDIC.

Apesar dos esforços, Alckmin enfrenta obstáculos nas negociações. Até o momento, não houve avanços concretos para adiar ou reduzir as tarifas. O governo brasileiro, contudo, enfatiza a importância da relação bilateral, que completa 200 anos. "Esse histórico deve ser preservado", pontuou a nota.

Enquanto as tratativas seguem, setores empresariais e econômicos monitoram com preocupação os desdobramentos, temendo impactos no comércio exterior. A Câmara de Comércio dos EUA já havia alertado que a medida pode criar um precedente negativo para as relações entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Pressão de Trump não conseguirá salvar Bolsonaro, aponta pesquisa Quaest

Maioria dos brasileiros acredita que tentativa do presidente dos EUA de intervir na política brasileira para reverter inelegibilidade será inócua

Jair Messias Bolsonaro em julgamento da denúncia do núcleo 1 da trama golpista. (Foto: Antonio Augusto/STF)

A maioria dos brasileiros não acredita que a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será suficiente para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). É o que revela a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 10 e 13 de julho com 2.004 entrevistados, 59% dos brasileiros consideram improvável que Trump consiga interferir no processo que retirou Bolsonaro da disputa eleitoral. Apenas 31% acreditam que essa reversão poderia ocorrer.

Mesmo entre os apoiadores do ex-presidente brasileiro, a desconfiança é expressiva: 45% dos eleitores de Bolsonaro afirmam não acreditar que Trump será capaz de tirá-lo da inelegibilidade. Entre os eleitores do presidente Lula (PT), o índice é ainda mais alto — 69% avaliam que a interferência do norte-americano não surtirá efeito.

A descrença generalizada ocorre apesar dos recentes movimentos de Donald Trump em defesa de Bolsonaro. No dia 9 de julho, o presidente dos EUA enviou uma carta oficial ao presidente Lula ameaçando aplicar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos. Na mesma correspondência, Trump alegava que Bolsonaro estava sendo vítima de perseguição política, justificando a adoção de retaliações comerciais.

Em declarações subsequentes à imprensa, Trump intensificou o tom, classificando o processo contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal como uma "caça às bruxas". Ele chegou a enviar uma nova carta ao ex-presidente brasileiro pedindo que os procedimentos judiciais fossem interrompidos "imediatamente".

Apesar das tentativas do republicano de usar sua posição internacional para pressionar as instituições brasileiras, a percepção majoritária no país é de que Bolsonaro permanecerá inelegível — e que nem mesmo a interferência do presidente dos Estados Unidos conseguirá alterar essa realidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Grupo que planejou matar Lula e Alckmin depõe no STF nesta segunda (28)

Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes, os “kids pretos”. Foto: Reprodução


O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (28) os interrogatórios de dez réus acusados de integrar um dos núcleos centrais da trama golpista contra o Estado Democrático de Direito. O grupo é composto por nove militares das forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo planejou ações coercitivas e violentas, incluindo um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, antes da posse, marcada para dezembro de 2022.

Os nomes dos réus incluem o general Estevam Gaspar de Oliveira, além de outros oficiais de alta patente. Eles fazem parte do chamado núcleo 3 da investigação e são acusados de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, articular um golpe de Estado, integrar organização criminosa, além de praticar dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

A fase de instrução processual avançou com os depoimentos de testemunhas na semana passada, e agora se concentra na oitiva dos réus.

Kids pretos. Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Com o término dos interrogatórios, o ministro Alexandre de Moraes abrirá prazo de cinco dias para novas diligências. Em seguida, terá início a fase das alegações finais, momento em que Ministério Público e defesas apresentarão os últimos argumentos antes da decisão da Primeira Turma do STF. Essa etapa será determinante para estabelecer as condenações e penas de cada réu, que ainda poderão recorrer dentro do próprio Supremo.

Os dez réus que integram o núcleo militar da trama golpista são investigados por planejar ataques diretos ao Estado Democrático de Direito.

O grupo é formado por militares da ativa e da reserva do Exército — conhecidos como “kids pretos”, pertencentes às forças especiais — e por um agente da Polícia Federal. São eles: general Estevam Gaspar de Oliveira; coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Marcio Nunes de Resende Júnior; tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Sérgio Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior; além do agente federal Wladimir Matos Soares.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo elaborou o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022, dias antes da posse dos eleitos.

Fonte: DCM

domingo, 27 de julho de 2025

VÍDEO – Eduardo diz que brasileiros têm de “agradecer a Deus” pela atenção de Trump


Eduardo Bolsonaro em vídeo defendendo Trump. Foto: reprodução

O deputado federal entreguista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou mais um recibo de subserviência aos Estados Unidos neste domingo (27), ao defender as sanções comerciais impostas por Donald Trump contra o Brasil. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar afirmou que “nós temos que entender que estamos em um momento crucial em que ‘graças a Deus’ o presidente da maior potência econômica e bélica do mundo está tendo atenção com o nosso país”.

As declarações ocorreram enquanto ele atacava também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se disse preocupado com os impactos econômicos das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo governo estadunidense. Durante evento promovido pela XP Investimentos, Tarcísio alertou que as medidas podem causar queda de 0,3% a 2,7% no PIB paulista e eliminar entre 44 mil e 120 mil empregos no estado.

Em sua publicação, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março, não citou diretamente o governador, mas fez clara referência às suas declarações: “Desconfie de quem se mostra preocupado com a Tarifa-Moraes e não fala dos presos políticos ou crise institucional, ignorando a carta do Trump que é expressa na solução do problema”.

Tarcísio havia destacado que os setores do agronegócio seriam os mais prejudicados pelas tarifas, especialmente produtores de café, suco de laranja e frutas. O governador defendeu uma postura unificada para enfrentar a crise: “Se a gente não colocar a bola no chão, agir como adultos e não resolver o problema, quem vai perder é o Brasil”.

Esta não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro critica o governador paulista. Em ocasiões anteriores, o deputado acusou Tarcísio de ser submisso a “elites” e de ignorar o que chama de “regime de exceção” no Brasil.

Em sua mais recente manifestação, Eduardo voltou a defender que a única solução para as tarifas seria a anistia dos acusados de articular os atos de 8 de janeiro: “Estão te enganando, jogando para a plateia e prolongando o sofrimento de quem dizem defender”.

Enquanto isso, a Polícia Federal avança nas investigações sobre Eduardo Bolsonaro. Segundo apuração do colunista Lauro Jardim, do Globo, a PF já reuniu provas suficientes para concluir o inquérito que apura crimes como coação, obstrução de investigação, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

O parlamentar é considerado um dos principais articuladores das tarifas impostas pelo governo Trump, que ele justifica como pressão por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

Como rádio do interior de SP substituiu a Jovem Pan como porta-voz do bolsonarismo


O apresentador da Rádio Auriverde Alexandre Pittoli entrevista o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Nos últimos anos, a Rádio Auriverde, de Bauru (SP), transformou-se em um dos mais influentes veículos de comunicação do bolsonarismo no país. Com programação voltada para a defesa de Jair Bolsonaro (PL) e críticas ao governo atual, a emissora abriga diariamente políticos e comentaristas alinhados à direita, como os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG), além de nomes que migraram da Jovem Pan, caso de Rodrigo Constantino, Alexandre Garcia e Cristina Graeml.

O momento que melhor simbolizou essa ascensão ocorreu na sexta-feira (18), durante a cobertura em tempo real da operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente, que culminou no uso de tornozeleira entre outras medidas preventivas contra Bolsonaro.

“Fomos pegos de surpresa e iniciamos um voo sem instrumentos, o que nunca é agradável”, recorda Alexandre Pittoli, apresentador e administrador da rádio. Naquele dia, o programa News da Manhã Brasil, carro-chefe da emissora com seis horas de duração, registrou pico de 40 mil espectadores simultâneos no YouTube.

A ascensão da Auriverde como voz do bolsonarismo se deve a dois fatores principais: a migração do público da Jovem Pan após a mudança editorial desta última e a simpatia do próprio Bolsonaro pela rádio, sendo que o ex-presidente já concedeu 14 entrevistas à emissora nos últimos dois anos. O vínculo foi estabelecido por meio do senador Marcos Pontes (PL-SP), natural de Bauru.

Alexandre Pittoli e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
Fundada em 1956, a Auriverde teve por décadas uma programação convencional até a guinada à direita iniciada com um comentário de Pittoli sobre o indulto concedido por Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira. O episódio atraiu atenção inédita para a rádio e marcou o início de sua nova fase.

A emissora enfrenta desafios nas plataformas digitais. Pittoli relata que o YouTube aplicou “shadowbanning” (restrição não declarada) ao canal após conteúdos defendendo o voto impresso. “Como é que hoje tenho uma audiência e amanhã tenho menos audiência? Estou ciente de que construí no terreno dos outros, mas acho que a relação mais clara com as big techs facilitaria o meu trabalho como empresário”, afirma.

O comentarista Eduardo Borgo, vereador em Bauru pelo Novo, defende o posicionamento da rádio: “É tudo ao vivo, não tem pegadinha ou recorte.

A palavra é franqueada a Bolsonaro, como seria a outra autoridade. Queria entrevistar o Lula e algum ministro do Supremo. Eles teriam portas abertas”. Borgo também comentou as recentes tarifas impostas pelos EUA: “O tarifaço é um ato de soberania americana. Se essa for a medida para restabelecer a ordem democrática no Brasil, o que não podemos aceitar é nos tornarmos uma Venezuela”.

Fonte: DCM

Inflação de alimentos tem segunda queda seguida em julho, aponta IBGE

   Alimentos registram queda no ritmo de inflação no país. Foto: Divulgação

A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15 e divulgada pelo IBGE em 25 de julho, apresentou alta de 0,33% no mês, acima dos 0,26% registrados em junho. O avanço foi puxado, principalmente, pelo grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial, que subiu 3,01% e teve o maior impacto individual no índice (+0,15 ponto percentual).

Apesar da aceleração geral, o grupo Alimentação e bebidas apresentou recuo de 0,06%, marcando a segunda deflação consecutiva. Os produtos comprados para consumo em casa caíram 0,40%, com destaque para a batata-inglesa (−10,48%), cebola (−9,08%) e arroz (−2,69%). Esses itens contribuíram diretamente para aliviar o orçamento das famílias no supermercado.

Por outro lado, a alimentação fora do domicílio seguiu em alta, com aceleração de 0,55% em junho para 0,84% em julho. Os lanches subiram 1,46% e as refeições, 0,65%, refletindo a pressão nos preços do setor de serviços alimentares, especialmente em restaurantes e lanchonetes.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 atingiu 5,30%, acima dos 5,27% registrados no mês anterior e ainda superior ao teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. O cenário aponta para uma inflação persistente em serviços, enquanto parte dos alimentos continua a apresentar alívio nos preços ao consumidor.

Fonte: DCM

PGR pede manutenção da prisão de ex-assessor de Bolsonaro por tentativa de interferência em delação

Para o procurador-geral da República, Marcelo Câmara representa risco à investigação ao tentar influenciar depoimentos de Mauro Cid
     Marcelo Câmara. Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantenha a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A solicitação foi feita em resposta a um recurso da defesa de Câmara que tenta reverter sua prisão, decretada no mês passado. As informações são da CNN Brasil.

Câmara está preso por suspeita de tentar interferir na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A acusação surgiu a partir de uma petição enviada ao STF por seu próprio advogado, Eduardo Kuntz, na qual relatou ter mantido conversas com um perfil de Instagram que ele atribui a Mauro Cid. Nos diálogos, Kuntz sugere que Cid omita o nome de Câmara em seus depoimentos e até propõe trocar de advogado para contratá-lo.

"As capturas de tela anexadas por Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz incluem mensagens enviadas pelo procurador ao suposto perfil de Mauro César Barbosa Cid, como: 'Poxa... pede para ele falar sobre o Câmara… vc sabe que ele não fez nada de errado' e 'Aquela história da Professora… o Câmara falou que se você disser que Professora é a Madre Tereza, ele passou a informação errada (…)'", descreveu Gonet na manifestação ao STF.

Para o procurador-geral, as mensagens indicam não só conhecimento prévio de Câmara sobre as conversas, mas também um claro intento de se beneficiar delas. “Os trechos insinuam que Marcelo Costa Câmara não apenas conhecia a conversa conduzida por seu advogado, mas dela se beneficiou ao utilizá-la como argumento defensivo”, afirmou.

Gonet sustenta que há elementos de prova suficientes para manter a prisão do coronel, uma vez que sua conduta representa ameaça à instrução criminal e ao cumprimento da lei penal. “A pretensão do agravante de adquirir dados afetos a acordo de colaboração premiada então protegidos por sigilo evidenciam o concreto risco à conveniência da instrução criminal e à aplicação da lei penal”, argumentou o chefe do Ministério Público.

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos. Até o momento, o advogado Eduardo Kuntz, responsável pela petição que desencadeou a nova prisão, não respondeu aos contatos da reportagem. O espaço segue aberto para sua manifestação.

Câmara já havia sido preso entre janeiro e maio do ano passado após a Polícia Federal detectar que monitorava os passos do ministro do STF Alexandre de Moraes. À época, foi solto mediante medidas cautelares. No entanto, o novo episódio, revelado pela própria defesa, levou à sua reclusão novamente por decisão do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Racha na direita: Eduardo Bolsonaro critica Tarcísio e Ratinho Jr e cobra apoio a Jair Bolsonaro

Deputado reage a falas de governadores de direita sobre tarifa dos EUA
   Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou as críticas a antigos aliados políticos, ao rebater declarações dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR) sobre a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. A discussão gira em torno do chamado “tarifaço” imposto pelos EUA a produtos brasileiros, tema de um evento promovido pela XP Investimentos em São Paulo, na última sexta-feira (26). As informações são do jornal O Globo.

Durante suas participações no evento, os governadores cobraram mais empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar reverter a sobretaxa junto ao presidente Donald Trump, que ataca a soberania brasileira. Ambos evitaram citar Jair Bolsonaro e não fizeram menção à proposta de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro. A omissão provocou forte reação de Eduardo, que vê uma tentativa de conciliação sem enfrentar o cerne da disputa política.

Em sua conta na rede X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro compartilhou uma declaração de Ratinho Jr. durante o evento, na qual o governador afirma: "O ex-presidente Jair Bolsonaro não é mais importante que a relação comercial entre os EUA e o Brasil."

"Trump publicou posts, enviou cartas e fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Desculpe-me governador, mas ignorar esses fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros", escreveu o parlamentar.

Além disso, Eduardo reproduziu um post do deputado estadual Gil Diniz (PL-SP), aliado próximo, criticando falas de Tarcísio durante a mesma palestra. O governador paulista alertou para a perda de até 120 mil empregos em razão das tarifas e pediu que o assunto fosse tratado por “adultos”. A resposta de Diniz veio com ironia e alusão à crise dos presos políticos de 8 de janeiro. "Talvez um dia os 'adultos da sala' vão ter a coragem de nomear os verdadeiros culpados pelas tarifas e pela violenta eliminação dos direitos humanos em São Paulo e no Brasil."

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também esteve presente no evento e criticou o governo Lula pela falta de diálogo com os EUA e pelo uso do discurso de soberania nacional. No entanto, por também não mencionar Bolsonaro ou a proposta de anistia, curiosamente, não foi alvo de críticas de Eduardo.

As críticas de Eduardo Bolsonaro a Tarcísio, que já foram amenizadas no passado, voltaram a escalar após o anúncio das tarifas americanas. O deputado chegou a dizer que "faltou inteligência" ao governador paulista nas tratativas com a Embaixada dos EUA. Dias depois, afirmou que haviam conversado e se entendido.

Mas o mal-estar ressurgiu na semana passada, quando Eduardo questionou a permanência do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), ligado ao MBL, como vice-líder do governo Tarcísio na Alesp: "Por que o Tarcísio mantém como vice-líder uma pessoa do MBL, um grupo que defende a minha prisão, a prisão de meu pai, a prisão de jornalistas exilados, gente que ficou anos sem ver os filhos, como o Allan dos Santos?”

O descontentamento de Eduardo se estendeu a outros nomes da direita. O parlamentar se opôs à comitiva de congressistas brasileiros enviada aos EUA para negociar com parlamentares americanos sobre o tarifaço. Entre os participantes estão os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Tereza Cristina (PP-PI), ambos ex-ministros do governo Bolsonaro.

Eduardo classificou a missão como "desrespeitosa" e "fadada ao fracasso". Após o início das reuniões nos EUA, Marcos Pontes respondeu nas redes sociais. "Estou aqui para salvaguardar o correto entendimento das pautas da direita, defender os empregos paulistas e dos demais brasileiros, além de implementar um diálogo mais próximo entre os parlamentos do Brasil e EUA que foi prejudicado pelos discursos infelizes do presidente Lula."

Tereza Cristina, por sua vez, afirmou no dia do embarque: "Mantenho minhas convicções e sempre trabalharei para negociar e reconstruir pontes, é esse o nosso dever cívico." Segundo a senadora, sua presença na missão tem foco técnico e institucional, como vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

INSS: 1,1 milhão de aposentados serão ressarcidos até 30 de julho

Adesão ao acordo com governo pode ser feita até novembro

Prédio do INSS (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Agência Brasil - Balanço divulgado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contabiliza que, na primeira semana de ressarcimento pelos descontos indevidos feitos por entidades associativas a aposentados e pensionistas, 533 mil beneficiários já foram contemplados com o depósito em suas contas bancárias.

“E a gente já tem programado o pagamento, até dia 30 de julho, quarta-feira, de um total de 1,147 milhão de aposentados e pensionistas que foram vítimas desse golpe”, disse o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com o INSS, até o final da tarde de sexta-feira (25), foram contabilizadas 1,248 milhão de adesões, de um total de 2,295 milhões pessoas aptas a fazer o acordo proposto pelo governo federal para antecipar o reembolso.

“Nossa ideia é que esses 2,295 milhões de aposentados e pensionistas façam adesão de maneira imediata para poder receber rapidamente esse valor”, disse o presidente do instituto.

☉ Número pode subir

Este número pode subir, segundo Gilberto Waller. “Até sexta-feira, 4,8 milhões de pessoas ainda não haviam reconhecido o desconto, para dar início ao processo com 15 dias úteis previstos para a instituição [que fez a cobrança supostamente indevida] responder”, disse.

A adesão ao acordo pode ser feita até o dia 14 de novembro. Vale ressaltar que os reembolsos serão feitos na conta em que o benefício é pago, por ordem de adesão. Ou seja, quem aderir primeiro, recebe primeiro.

☉ Comunicação

“Não queremos deixar nenhuma aposentado para trás. Por isso estamos aumentando a forma de comunicação por por vários meios: pelo aplicativo do meu INSS; por avisos nas instituições financeiras. O banco já avisa no seu extrato sobre a possibilidade de você pode aderir, a esse 1,1 milhão que ainda que não aderiram”, detalhou.

Além disso, o governo federal usará também mensagens de WhatsApp. Ele, no entanto alerta que essas mensagens enviadas ao celular não terão link relativo à contestação.

“Dirá apenas que você está apto a fazer essa adesão ao acordo para receber o dinheiro de maneira rápida, integral e corrigida pelo IPCA”, explicou, alertando que se o aposentado ou pensionista receber mensagem link deve ignorá-la, pois trata-se de golpe.

“A adesão não será pelo Whatsapp. Será apenas pelo aplicativo do INSS ou em agências dos Correios”, complementou.

☉ Correios

Segundo Waller, mais de 2 milhões de pessoas já buscaram os Correios; e 1,3 milhão dos que identificaram o desconto já apresentaram a contestação, o que "representa quase 30% do nosso público total de contestações”.

Quem adere ao acordo se compromete a não entrar na Justiça para solicitar o ressarcimento.

“Caso o beneficiário já tenha uma ação ou não tenha recebido via judicial, ele ainda pode fazer a adesão ao acordo. Se ingressou com ação antes de 23 de abril, ele faz o acordo e desiste da ação. O INSS vai, inclusive, pagar 5% de honorários advocacias para o seu advogado”, acrescentou.

☉ Quem pode aderir?

Podem aderir ao acordo os aposentados e pensionistas que contestaram os descontos indevidos e não receberam resposta da entidade ou associação após 15 dias úteis.

A adesão é gratuita e, antes de assinar o acordo, os aposentados e pensionistas podem consultar o valor que têm a receber.

A adesão é feita exclusivamente pelos seguintes canais:

A central telefônica 135 está disponível para consultas e contestações, mas não realiza adesão ao acordo.

☉ Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS?

    1. Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
   2. Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um);
  3. Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo “Aceito receber”, selecione “Sim”;
   4. Clique em “Enviar” e pronto. Depois, basta aguardar o pagamento

☉ Como funciona o processo até a adesão ao acordo?

1. O beneficiário registra a contestação do desconto indevido;
2. Aguarda 15 dias úteis para que a entidade responda;
3. Se não houver resposta nesse prazo, o sistema abre a opção para adesão ao acordo de ressarcimento.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PF já pode concluir inquérito contra Eduardo Bolsonaro, dizem investigadores


O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF), segundo informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, avalia que já há provas suficientes para concluir o inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes como coação, obstrução de investigação, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

A apuração, aberta em maio a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), ganhou força após as ações e declarações do deputado nos Estados Unidos, onde está desde março.

O parlamentar é visto com um dos principais articuladores do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump aos produtos brasileiros importados pelos EUA.

Eduardo justifica suas ações como uma tentativa de forçar a promoção de anistia aos envolvidos nos atos terroristas de 8 de Janeiro, incluindo a seu pai, Jair Bolsonaro (PL). A PGR entende que essas articulações podem configurar graves violações à legislação brasileira.

Jair Bolsonaro exibe tornozeileira colocada após determinação do STF – Foto: Reprodução

Entre os crimes listados no inquérito estão coação no curso do processo, por meio de pressões externas sobre autoridades judiciais; obstrução de investigação, ao tentar impedir o avanço das apurações sobre o 8 de Janeiro; e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A pena para esses crimes pode chegar a 8 anos de reclusão, além de outras sanções.

Outro ponto em análise é o possível atentado à soberania nacional. A PGR sustenta que a tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro país fere diretamente a autonomia do Brasil. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” após as medidas contra seu pai, o que agrava o cenário.

Especialistas ouvidos pela imprensa avaliam que, além das implicações penais, a atuação do deputado pode justificar um pedido de cassação de mandato por violar o dever de defender os interesses do país. A conduta de Eduardo é vista como uma afronta à soberania e à independência dos Poderes, pilares do sistema democrático.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

EUA: Com mulher grávida, brasileiro é preso pela imigração ao buscar filha na escola


Guilherme Cardoso com a enteada e Rachel Leidi abraçada com o brasileiro. Fotomontagem: reprodução/instagram

No dia 11 de julho, um designer brasileiro de 35 anos foi preso por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), nas Ilhas San Juan (EUA). Guilherme Lemes Cardoso e Silva é acusado de estar com o visto vencido, apesar de já ter iniciado o processo para obter o “green card” (autorização definitiva para residir no país).

A operação aconteceu quando ele saía para buscar a filha. Segundo a esposa Rachel Leidig (36), ao menos sete viaturas sem identificação esperavam em uma estrada particular. Guilherme foi imobilizado, algemado nos pulsos e tornozelos e levado de barco até o continente.

Rachel está grávida de sete meses e relata que o casal se casou em abril, após a descoberta da gestação. O pedido do visto definitivo já havia sido protocolado por um advogado antes da prisão. Formado em direito em Goiânia, Guilherme trabalha como designer e ilustrador e vive nos EUA desde 2016.

Atualmente ele está no centro de detenção de Tacoma, em Washington. Antes de ser transferido para a unidade, ficou 38 horas em uma cela provisória em Ferndale, onde, segundo a esposa, dormiu no chão e passou mal com a comida. O consulado brasileiro acompanha apenas a integridade física do preso, sem poder intervir no processo.

Rachel afirmou que só soube da prisão horas depois, quando recebeu uma ligação do próprio marido, já detido. Ela descreve a situação como um “filme de terror” e diz que tenta conciliar a gestação com a luta para contratar advogados. “Estávamos prestes a fazer o primeiro ultrassom juntos. Agora passo os dias chorando e dormindo sozinha”, relatou.

A irmã de Guilherme, a advogada Lara Cardoso (32), contou que a família recebeu a notícia com choque. Ela diz que o brasileiro construiu uma carreira sólida como ilustrador no país e era dedicado à família. A embaixada brasileira informou que não pode interferir no caso, apenas monitorar as condições do detento.

O ICE é a agência americana responsável por fiscalizar imigrantes em situação irregular. Desde 2003, a instituição realiza prisões e deportações, sendo alvo de críticas de organizações de direitos humanos, principalmente por separar famílias e deter pessoas sem antecedentes criminais.

Familiares e amigos organizam uma campanha de arrecadação para pagar os custos com advogados e ajudar Rachel, que está sem renda fixa. A meta é arrecadar US$ 25 mil. A audiência de fiança está marcada para 29 de julho, no estado de Washington – onde Guilherme segue detido.

Veja a postagem da arrecadação:

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Como sair do zero e montar uma reserva de emergência em 3 meses

Pessoa empilhando moedas representa crescimento financeiro e construção de reserva de emergência – Foto: Reprodução

Muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades para guardar dinheiro, mas especialistas afirmam que é possível montar uma reserva de emergência mesmo começando do zero. O segredo está em três pilares: planejamento, corte de gastos e disciplina. A recomendação básica é guardar, no mínimo, o equivalente a três meses de despesas fixas — ou seja, o suficiente para manter o essencial em caso de imprevistos.

O primeiro passo é mapear todas as entradas e saídas de dinheiro. Em seguida, definir uma meta mensal realista para poupar. Isso pode significar trocar o delivery por marmita, cortar assinaturas pouco usadas ou renegociar dívidas. “É preciso tratar a reserva como prioridade, e não como o que sobra no fim do mês”, orienta Nath Finanças, influenciadora de educação financeira.

Para acelerar o processo, uma dica importante é buscar fontes extras de renda, como freelas ou vendas online. Em paralelo, deixar o dinheiro poupado separado da conta principal — de preferência em uma conta remunerada como o Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária. Dessa forma, é possível montar uma reserva sólida em até três meses e garantir mais segurança financeira diante de emergências.

Fonte: DCM