segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Quase metade acredita que Flávio Bolsonaro levará candidatura até o fim, aponta Genial/Quaest

Pesquisa revela divisão do eleitorado sobre se pré-candidatura do senador é para disputar o Planalto ou negociar interesses políticos

          O senador Flávio Bolsonaro em Brasília - 7/12/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Uma pesquisa do instituto Genial/Quaest indica que 49% dos brasileiros acreditam que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) levará sua candidatura à Presidência da República até o dia da eleição. O levantamento mostra, no entanto, que uma parcela expressiva do eleitorado enxerga a pré-campanha como instrumento de negociação política.

Os dados foram divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo neste domingo, 21, e revelam que 38% dos entrevistados avaliam que Flávio Bolsonaro utiliza a pré-candidatura para negociar interesses do clã liderado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 13% disseram não saber ou preferiram não responder.

O recorte por identificação política evidencia contrastes relevantes. Entre eleitores que se declaram bolsonaristas, a percepção majoritária é de que a candidatura será levada adiante: 81% acreditam que Flávio Bolsonaro disputará o pleito até o fim, enquanto 12% avaliam que a estratégia tem como objetivo negociar. Nesse grupo, 7% não souberam responder.

Já entre eleitores identificados com o lulismo, a leitura é predominantemente oposta. Segundo a pesquisa, 57% acreditam que a pré-candidatura do senador serve para negociação política, enquanto 32% apostam que ele será efetivamente candidato à Presidência em 2026. Outros 11% não souberam ou não responderam.

Entre os eleitores que se definem como independentes, o cenário aparece mais dividido. Aqueles que acreditam que Flávio Bolsonaro seguirá até o fim da disputa somam 46%, enquanto 37% avaliam que a candidatura é usada como instrumento de negociação. Nesse segmento, 17% não souberam ou não responderam.

O levantamento foi realizado com 2.004 eleitores entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

Aliados de Lula projetam Haddad na Casa Civil em cenário de reeleição

Ideia é aproximar o ministro da Fazenda do presidente e prepará-lo como sucessor em 2030

Brasília-DF - 14/10/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Lula Marques/Agência Braasil)

Lideranças do PT já trabalham com a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumir a chefia da Casa Civil em um eventual quarto mandato do presidente Lula, numa eventuak reeleição em 2026.

De acordo com apuração do jornalista Igor Gadelha, do Metrópolés, integrantes do partido, a movimentação teria como objetivo manter Haddad ainda mais próximo de Lula no Palácio do Planalto, fortalecendo sua projeção nacional e preparando o ministro para ser apresentado como sucessor do presidente nas eleições de 2030, quando Lula não poderá mais disputar um novo mandato.

Haddad é considerado um dos quadros históricos do PT e tem trajetória consolidada em diferentes áreas da administração pública. Nos dois primeiros governos Lula, ele comandou o Ministério da Educação, cargo que ocupou até o início da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2012, deixou o MEC para disputar a Prefeitura de São Paulo.

No atual terceiro mandato de Lula, Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda, tornando-se uma das figuras centrais da política econômica do governo. Na semana passada, o ministro anunciou que deixará a pasta até fevereiro do próximo ano para coordenar a campanha de Lula à reeleição em 2026.

Apesar da projeção de parte das lideranças petistas em torno da Casa Civil, Lula teria outra estratégia para o aliado. Segundo a coluna, o presidente prefere que Haddad dispute o governo de São Paulo ou uma vaga no Senado em 2026, com o objetivo de servir como principal palanque eleitoral no estado que concentra o maior colégio eleitoral do país.

A definição sobre o futuro político de Haddad, no entanto, deve depender do cenário eleitoral e das articulações internas do PT nos próximos meses, especialmente diante da centralidade de seu papel tanto no governo quanto no projeto de reeleição de Lula.

Fonte: Brasil 247

Kassab se alia a Lula para tentar derrotar Ciro Nogueira no Piauí

Articulação entre PSD, MDB e o presidente Lula mira eleições de 2026 e ameaça reeleição do senador do PP

       Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, articulou-se com o presidente Lula para tentar derrotar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) nas eleições de 2026, quando o parlamentar buscará a reeleição ao Senado pelo Piauí. A informação foi revelada pela coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, e expõe um rearranjo político relevante no estado.

Segundo a apuração da coluna, Lula e Kassab acertaram o lançamento do deputado federal Júlio César (PSD-PI) como candidato ao Senado. A outra vaga da chapa será ocupada pelo atual senador Marcelo Castro (MDB-PI), formando uma aliança entre PSD e MDB com o apoio direto do Palácio do Planalto.

A composição da chapa cria um cenário adverso para Ciro Nogueira. De acordo com parlamentares piauienses ouvidos na articulação, pesquisas internas indicam que Júlio César aparece como um nome competitivo, ainda atrás de Marcelo Castro, mas com desempenho suficiente para pressionar o senador do PP e dificultar sua permanência no Senado.

Diante desse quadro, Ciro Nogueira passou a buscar alternativas fora do Piauí. Ciente da dificuldade para se reeleger, ele tentou se viabilizar como candidato a vice-presidente em uma eventual chapa presidencial encabeçada por Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026.

A articulação, no entanto, não avançou. Com Flávio Bolsonaro (PL) despontando como candidato ao Planalto, a preferência interna do PP para a vaga de vice recai sobre a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, o que enfraqueceu ainda mais as pretensões de Ciro.

O movimento de Kassab ao lado de Lula reforça a estratégia do governo de ampliar alianças no Congresso e, ao mesmo tempo, isolar lideranças do campo bolsonarista. No Piauí, a costura política indica uma disputa de alto nível em 2026, com potencial de redesenhar o mapa de forças no Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF diz que filho de garimpeiro ajudou Ramagem com documentos falsos nos EUA


      Celso Rodrigo de Mello e seu pai Rodrigo Cataratas. Foto: reprodução

A Polícia Federal atribui à família do garimpeiro Rodrigo Martins de Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, um papel central na fuga e manutenção clandestina do ex-deputado federal Alexandre Ramagem nos Estados Unidos. Segundo a investigação, Cataratas, a esposa Priscila de Mello e o filho Celso Rodrigo de Mello viabilizaram a estadia de Ramagem em um condomínio de luxo em Miami, na Flórida, e ainda o auxiliaram na obtenção de documentos falsos para permanecer no país.

As conclusões constam em trechos citados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que negou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a transferência para prisão domiciliar. De acordo com a PF, os documentos fraudulentos teriam como objetivo “ludibriar as autoridades dos Estados Unidos” e permitir que Ramagem obtivesse uma carteira de motorista, o que facilitaria sua permanência no exterior.

“No caso em análise, verifica-se que os investigados RODRIGO MARTINS DE MELLO, PRISCILA FREITAS DE MELO e CELSO RODRIGO DE MELLO desempenham papel de protagonismo na manutenção clandestina de ALEXANDRE RAMAGEM em Miami/EUA, porquanto estão viabilizando a sua moradia em condomínio luxo, além de estarem auxiliando o foragido a ludibriar as autoridades americanas com documentos falsos a fim de obter a chamada driver license (carteira de motorista)”, afirma a Polícia Federal no trecho reproduzido por Moraes.

Para os investigadores, a conduta indica “claro intuito de financiar a organização criminosa” investigada no inquérito da trama golpista.

Ao Globo, o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Cataratas, afirmou que a defesa só irá se manifestar após ter acesso integral aos autos.
O empresário do garimpo Rodrigo Cataratas e Alexandre Ramagem. Foto: reprodução

No último fim de semana, Celso Rodrigo de Mello foi preso em Manaus por determinação de Moraes, no âmbito da mesma investigação. Semanas antes, Cataratas havia se pronunciado nas redes sociais após surgirem informações de que teria ajudado Ramagem a deixar o país.

“(Ramagem) tem vários amigos em Roraima, e eu também sou amigo dele, certo? Ele é deputado federal, pessoal. Quando ele esteve em Roraima pela última vez não existia nenhuma condenação contra ele. Então, essa narrativa de fuga, isso é uma narrativa falaciosa, justamente para manter uma perseguição”, disse. Em seguida, acrescentou: “Todos aqui somos de direita e somos perseguidos”.

No vídeo, o garimpeiro afirmou que só tomou conhecimento da condenação de Ramagem pelas redes sociais, quando o ex-parlamentar já estava fora do Brasil. Em março, Cataratas publicou uma foto ao lado de Ramagem em Boa Vista.

“Tive a honra de receber em Boa Vista o deputado federal Alexandre Ramagem, grande aliado do presidente Jair Bolsonaro e defensor incansável da liberdade e da soberania nacional”, escreveu na ocasião.

A PF também apurou que Ramagem passou pela Guiana antes de chegar aos Estados Unidos, rota na qual Cataratas mantém negócios. Segundo a investigação, a entrada no país vizinho ocorreu pelo município de Bonfim, na fronteira com Lethem.

Atualmente, Rodrigo Cataratas é pré-candidato ao Senado pelo PRD. Em 2022, disputou uma vaga na Câmara pelo PL e declarou manter R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo. Seu patrimônio declarado inclui aeronaves, veículos e mais de R$ 33 milhões.

Ele também responde a ações judiciais por suspeita de envolvimento com garimpo ilegal e ataques a estruturas do Ibama e da Polícia Federal. O filho Celso já havia sido preso em 2022 por suspeita de exploração ilegal de ouro em terra indígena, mas acabou solto dias depois.

Fonte: DCM

domingo, 21 de dezembro de 2025

O que levou Lula a se aproximar de Kassab de olho em 2026


Lula ao lado de Gilberto Kassab e Otto Alencar durante articulação política sobre alianças para 2026 / Imagem: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o dirigente nacional do PSD, Gilberto Kassab, articulam uma aliança eleitoral no Piauí com o objetivo de disputar a vaga hoje ocupada pelo senador Ciro Nogueira nas eleições de 2026. O parlamentar do PP precisará concorrer à reeleição no próximo pleito.

Segundo apuração da coluna, Lula e Kassab definiram o nome do deputado federal Júlio César, do PSD, como candidato ao Senado pelo estado. A movimentação faz parte de um acordo político para fortalecer a base governista na disputa.

A outra vaga da chapa ao Senado deverá ser ocupada pelo senador Marcelo Castro, do MDB, que buscará a reeleição. Com isso, o bloco formado por PSD e MDB tende a concentrar apoio de partidos alinhados ao Palácio do Planalto no estado.

Parlamentares do Piauí avaliam que o cenário dificulta a permanência de Ciro Nogueira no Senado. Levantamentos internos indicam que Júlio César aparece como nome competitivo, embora ainda atrás de Marcelo Castro nas pesquisas locais mencionadas por aliados.

Em imagem de bastidor, o senador Ciro Nogueira (PP-PI)
Diante desse contexto, Ciro tentou viabilizar uma candidatura a vice-presidente em uma eventual chapa encabeçada por Tarcísio de Freitas, do Republicanos, nas eleições presidenciais de 2026. A articulação, no entanto, não avançou.

Com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Palácio do Planalto ganhando força dentro do PL, o PP passou a discutir outros nomes para a vaga de vice em uma eventual composição nacional.

Nesse cenário, a senadora Tereza Cristina passou a ser apontada como favorita dentro do PP para integrar uma chapa presidencial, o que reduziu ainda mais as alternativas políticas de Ciro Nogueira fora do Senado.

A articulação liderada por Lula e Kassab no Piauí integra uma estratégia mais ampla de reorganização das alianças partidárias para 2026, com foco na ampliação da base governista no Congresso e no fortalecimento de candidaturas alinhadas ao Planalto.

Fonte: DCM

Flávio Dino suspende trecho de proposta do Congresso que 'ressuscita' emendas não pagas

Previsões feitas por técnicos da Câmara dos Deputados apontaram que o valor a ser liberado seria de cerca de R$ 3 bilhões

        Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu neste domingo (21) a proposta aprovada pelo Congresso que ressuscitava emendas parlamentares não pagas pelo governo entre 2019 e 2023. Previsões feitas por técnicos da Câmara dos Deputados apontaram que o valor a ser liberado seria de cerca de R$ 3 bilhões. De acordo com a Agência Senado, os congressistas devem ser responsáveis pela alocação de R$ 50,3 bilhões, por meio das emendas.

Em sua decisão, o magistrado atendeu a um pedido de parlamentares do PSOL e da Rede. Flávio Dino optou pela determinação antes mesmo de um posicionamento do presidente Lula, que pode aprovar ou vetar a proposta aprovada pelo Congresso na última quinta-feira (17).

O ministro afirmou que a proposta “impugnada extrapola os parâmetros institucionais e as balizas fixadas em conjunto, pelos Três Poderes, para a superação das inconstitucionalidades então reconhecidas".

Entenda

As emendas são propostas individualmente pelos parlamentares, pelas bancadas estaduais e pelas comissões permanentes. Elas precisam ser aprovadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e pelo Plenário do Congresso Nacional, ambos formados por senadores e deputados federais.

Duas das três modalidades de emendas são de execução obrigatória: as individuais e as de bancadas estaduais. Isso significa que o governo tem a obrigação de destinar os recursos, ressalvados casos de impedimento técnico analisado pelos ministérios.

Ainda existem as emendas de comissão permanente, que não são impositivas. Isso significa que, além de observarem requisitos técnicos, podem ser contingenciadas pelo governo federal.

Emendas individuais

  • Indicadas individualmente por senadores e deputados federais
  • São 81 senadores e 513 deputados
  • São impositivas: o Executivo é obrigado a atender às emendas individuais que forem aprovadas no Congresso
  • Em 2025: cada senador dispõe de R$ 68,5 milhões para destinar em emendas, e cada deputado dispõe de R$ 37,2 milhões
  • 49% das emendas parlamentares são individuais
  • Metade dos recursos devem ser para a área da saúde
  • Estados e municípios também podem receber os valores:
    • Por transferência com finalidade definida
      • Aplicadas em ações já definidas pelo governo federal
      • Precisam de acordo formalizado com o estado, o DF ou município
    • Por "emenda pix"
      • Aplicadas em ações já definidas pelo governo federal
      • O valor é enviado diretamente à conta específica do estado ou do município
      • Precisam de definição de objeto, valor e beneficiário e aprovação prévia do plano de trabalho elaborado pela unidade federativa para a liberação do recurso

Emendas de bancada estadual

  • Senadores e deputados federais do mesmo estado escolhem juntos
  • São 27 bancadas estaduais, que têm entre 11 e 73 parlamentares
  • São impositivas: o Executivo é obrigado a atender às emendas de bancada que forem aprovadas no Congresso
  • Em 2025: cada bancada tem, na média, cerca de R$ 530 milhões em emendas
  • 28% das emendas parlamentares são de bancada estadual

Emendas de comissão

  • As comissões permanentes do Senado, da Câmara e do Congresso Nacional podem determinar ações a serem realizadas pelo poder público
  • São 51 comissões, como de Constituição, Justiça e Cidadania ou de Educação e Cultura:
    • 30 comissões na Câmara dos Deputados
    • 16 comissões no Senado Federal
    • 5 comissões mistas
  • São discricionárias: o Executivo não é obrigado a atender às emendas de comissão que forem aprovadas pelo Congresso
  • Em 2025: cada comissão tem, em média, R$ 225 milhões em emendas
  • 23% das emendas parlamentares são de comissão
  • Metade dos recursos devem ser para a área da saúde

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Senado

Médicos detalham cirurgia de Jair Bolsonaro e recomendam internação hospitalar

Nota médica informa correção de hérnia bilateral e procedimento para tratar soluços persistentes

Ex-presidente Jair Bolsonaro durante prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Os médicos responsáveis pelo acompanhamento de Jair Bolsonaro (PL) divulgaram neste domingo uma nota detalhando a cirurgia à qual ele será submetido após exames clínicos e de imagem confirmarem o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral. Segundo o comunicado, o procedimento exigirá internação hospitalar para a realização das intervenções médicas programadas.

Segundo o jornal O Globo, a nota - assinada pelo cirurgião geral Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique - explica que os exames identificaram a projeção de parte do intestino para fora da parede abdominal durante a chamada manobra de Valsalva, que aumenta a pressão interna do abdômen.

◉ Exames confirmaram hérnia inguinal bilateral

De acordo com os médicos, os achados clínicos e de imagem levaram à indicação de tratamento cirúrgico específico. “Diante dos achados clínicos e de imagem, ele será submetido ao tratamento cirúrgico denominado herniorrafia inguinal bilateral”, afirma a nota divulgada pela equipe médica.

O ex-mandatário está preso desde 22 de novembro na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.

◉ Procedimento inclui tratamento para crises de soluço

Além da cirurgia para correção da hérnia, os médicos informaram que está programada a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável pelo movimento do diafragma. O procedimento tem como objetivo controlar crises persistentes de soluço que não responderam ao tratamento medicamentoso.

“Considerando a presença de soluços persistentes e refratários ao tratamento medicamentoso instituído, está programado, durante o período de internação hospitalar, a realização de bloqueio anestésico do nervo frênico, com a finalidade de atenuar as crises de soluços”, informaram os médicos na nota.

◉ Cirurgia foi autorizada após perícia da Polícia Federal

A nota não informa a data exata da cirurgia nem o tempo previsto de internação, mas confirma que Bolsonaro permanecerá hospitalizado para a realização dos dois procedimentos. A intervenção médica foi autorizada na última sexta-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, após perícia da Polícia Federal apontar a necessidade da cirurgia.

O laudo pericial concluiu que o procedimento deve ser realizado “o mais breve possível”, embora em “caráter eletivo”. Com base nessa avaliação, o ministro considerou que não havia urgência imediata e determinou que a defesa sugerisse uma data para a realização da cirurgia.

Os peritos também indicaram que o ex-mandatário apresenta uma lesão em um nervo do tronco decorrente de procedimento cirúrgico anterior, condição associada às crises frequentes de soluço. Segundo o relatório, a correção dessa área lesionada é necessária para interromper o quadro clínico.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO: A ligação de Jair Bolsonaro a Zezé Di Camargo


        O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o cantor Zezé Di Camargo – Reprodução/Redes Sociais

Uma videochamada feita por Jair Bolsonaro (PL) ao cantor Zezé Di Camargo veio a público após declarações recentes do artista sobre a visita do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes à sede do SBT. Segundo apuração da coluna de Fabia Oliveira no Metrópoles, a ligação ocorreu em 2022, quando Bolsonaro ainda exercia o mandato presidencial.

No vídeo, Zezé Di Camargo aparece em uma lancha, acompanhado de amigos, enquanto conversa de forma descontraída com Bolsonaro. O então presidente faz comentários em tom informal sobre a situação, e o cantor afirma que está “entre amigos”, buscando tranquilizar o interlocutor durante a chamada.

Além de Bolsonaro, participam da conversa o senador Magno Malta e um ministro não identificado. Ao final do diálogo, Zezé deseja “boa sorte”, agradece o contato e encerra a chamada com cumprimentos dirigidos aos demais participantes, em tom cordial.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Neymar promete fazer o “impossível” para ganhar a Copa de 2026: “alô, Ancelotti, ajuda nós!”

"Vocês podem me cobrar", afirmou o atacante

      Neymar Jr. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O jogador Neymar prometeu “fazer o impossível” para buscar o hexacampeonato da seleção brasileira e mandou um recado ao técnico Carlo Ancelotti.

“Vamos fazer o impossível para trazer a Copa para o Brasil. O possível e o impossível. Em julho, vocês podem me cobrar. Alô, Ancelotti, ajuda nós!”, disse o camisa 10 do Santos, neste sábado (20), no palco do show do cantor Thiaguinho, em São Paulo.

No Santos, o camisa 10 conviveu com lesões. O jogador disputou 28 partidas, com 11 gols e quatro assistências. O contrato com o clube acaba em dez dias, e as partes negociam uma renovação por mais seis meses.

Carreira

        ● Clubes

Revelado pelo Santos, em São Paulo, o atacante também jogou no Barcelona, da Espanha, e pelo Paris Saint-Germain, da França, antes de chegar ao Al-Hilal, da Arábia Saudita.

O período mais vitorioso pelo clube catalão ocorreu na temporada 2014/2015. Naquele ciclo, Neymar integrou o elenco que levantou troféus de grande relevância, como a Liga dos Campeões da Europa, a La Liga e a Copa do Rei, além do título da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, conquistado em 2015.

No Paris Saint-Germain, onde atuou entre 2017 e 2023, o jogador acumulou mais de dez conquistas. Entre elas estão títulos do Campeonato Francês, da Copa da França, da Copa da Liga Francesa e da Supercopa da França, consolidando sua passagem como uma das mais expressivas da história recente do clube. No futebol saudita, com o Al-Hilal, Neymar também alcançou sucesso ao vencer o Campeonato Saudita na temporada 2023/2024.

        ● Seleção brasileira

Vestindo a camisa da seleção brasileira, Neymar conquistou a Copa das Confederações, em 2013, e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016. O atacante disputou ainda três edições da Copa do Mundo, nos anos de 2014, 2018 e 2022, e permanece elegível para integrar o elenco brasileiro no Mundial de 2026.

Fonte: Brasil 247

Após perder mandato, Eduardo Bolsonaro avalia pedir passaporte de apátrida

Ex-parlamentar afirma que pode perder passaporte diplomático após cassação do mandato pela Câmara dos Deputados

       Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que corre o risco de ficar sem passaporte brasileiro após a perda do mandato na Câmara dos Deputados. Falando diretamente dos Estados Unidos, ele declarou que, ao deixar oficialmente o cargo, poderá ser impedido de emitir um passaporte comum, o que o obrigaria a devolver o documento diplomático que utiliza atualmente. Segundo Eduardo Bolsonaro, haveria uma orientação direcionada às embaixadas e consulados brasileiros para restringir a emissão do documento.

“Fiquei sabendo que há uma ordem a todas as embaixadas e consulados brasileiros para que eu não possa ter o passaporte comum. Assim sendo, dentro de 30 ou 60 dias, assim que eu perder meu mandato e for notificado, tenho que devolver o meu passaporte diplomático”, afirmou o ex-parlamentar em entrevista ao SBT News, sem informar a origem dessa informação.

◉ Críticas a Alexandre de Moraes

Na entrevista, Eduardo Bolsonaro atribuiu a possível restrição a uma ação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Vou ficar sem passaporte brasileiro em mais uma tentativa de Alexandre Moraes de minar o meu trabalho. Mas eu já adianto que estou ‘vacinado’, conheço as estratégias dele”, declarou.

◉ Possibilidade de passaporte de apátrida

Mesmo diante da possibilidade de perder o documento brasileiro, o ex-parlamentar afirmou que não pretende interromper suas atividades no exterior. “Em princípio, estou sob risco de perder o passaporte brasileiro. Isso não me impediria de fazer outras saídas internacionais porque tenho outros meios para fazê-lo. Ou quem sabe até correr atrás de um passaporte de apátrida. Vamos ver como é que isso acontece”, disse. O passaporte de apátrida é um documento de viagem concedido a pessoas que não são reconhecidas como nacionais por nenhum país.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o início do ano. Ele se mudou para promover uma intensa campanha junto a integrantes do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visando interferir no resultado do julgamento de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três de prisão por tramar um golpe de Estado.

◉ Atuação internacional após saída da Câmara

Eduardo Bolsonaro também afirmou que sua projeção internacional não estaria vinculada ao cargo parlamentar. “As pessoas não me recebem porque tenho diploma de deputado federal na parede. Elas me recebem porque há muitos anos eu gasto dinheiro do meu próprio bolso rodando o mundo”, declarou. Segundo ele, os contatos seguem ativos, especialmente em ambientes conservadores, com entrevistas concedidas em inglês e espanhol.

◉ Decisão da Mesa Diretora da Câmara

Na quinta-feira (18), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarou a perda do mandato de Eduardo Bolsonaro por ausência não justificada em sessões deliberativas. Ele acumulou 53 ausências não justificadas em um total de 106 sessões deliberativas realizadas até o dia 8 dezembro. Na mesma decisão, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também teve o mandato cassado no âmbito da ação penal sobre a trama golpista.

Eduardo Bolsonaro deixou o Brasil em julho e vive nos Estados Unidos desde março, quando pediu licença de 120 dias alegando perseguição política. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que o mandato parlamentar não pode ser exercido fora do território nacional. “Com o cumprimento das faltas, estamos publicando hoje, por meio da Mesa da Câmara, o prazo para que ele possa, em cinco sessões, apresentar a sua defesa”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Lula tem reuniões bilaterais com presidentes do Panamá e Uruguai

Presidente estava em Foz do Iguaçu durante cúpula do Mercosul

Presidente Lula durante sessão Plenária da Cúpula de Presidentes e Chefes de Delegação do Mercosul (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a reunião de cúpula do Mercosul, neste sábado (20) em Foz do Iguaçu (PR), para realizar também reuniões bilaterais com os presidentes do Panamá e do Uruguai, informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

O primeiro encontro foi com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que está no Brasil pela segunda vez este ano, depois de ter feito uma visita oficial em agosto.

Após a reunião, Lula confirmou em suas redes sociais que aceitou convite para ir ao país da América Central em 28 de janeiro, para o Fórum Econômico Internacional da América Latina e Caribe.

Segundo a publicação, Lula e Mulino conversaram sobre os resultados da visita feita em agosto. Entre as duas reuniões, o Panamá assinou contrato para a compra de aviões da brasileira Embraer, enquanto o Brasil aderiu ao Tratado sobre a Neutralidade do Canal do Panamá.

O acordo que prevê a preservação da soberania panamenha sobre a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico já foi assinado e encaminhado ao Congresso por Lula.

Uruguai

Antes de deixar Foz de Iguaçu, na tarde de hoje, Lula teve uma reunião particular com o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi. Segundo informações oficiais, os dois discutiram a iminente licitação para a dragagem da hidrovia Uruguai-Brasil, bem como a expectativa do início da construção de uma nova ponte entre os dois países em 2026.

“O presidente Lula, de sua parte, indicou a disposição do Brasil de assinar, em breve, um acordo para o estabelecimento do Centro Brasil-Uruguai de Pesquisa e Inovação em Ciências da Vida”, informou a Secom.

Após a cúpula do Mercosul e as reuniões bilaterais, Lula embarcou de volta para Brasília, no fim da tarde.

Fonte: Brasil 247

Emendas Pix encolhem no Orçamento de 2026 após cerco do STF

Regras mais duras do Supremo e ano eleitoral redirecionam recursos para saúde e assistência social

        Flávio Dino (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Roque de Sá/Agência Senado)

O volume de recursos destinados às chamadas emendas Pix deve diminuir em 2026 após uma série de medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar a transparência e o controle sobre esse tipo de repasse. Deputados e senadores reduziram o montante previsto para a modalidade diante do aumento das exigências técnicas e do risco de bloqueios judiciais.

Segundo O Globo, o Orçamento de 2026 prevê R$ 6,9 bilhões em emendas Pix, abaixo dos R$ 7,3 bilhões inicialmente indicados em 2025. A redução interrompe uma trajetória de crescimento acelerado registrada nos últimos cinco anos, período em que essa modalidade de transferência direta somou mais de R$ 25 bilhões distribuídos a estados e municípios.

● Endurecimento das regras

O avanço expressivo das emendas Pix chamou a atenção do STF, já que a modalidade permite transferências diretas aos cofres locais, com menor burocracia em relação às emendas tradicionais. Em resposta, o ministro Flávio Dino determinou o bloqueio de repasses, promoveu alterações nas regras e ordenou uma revisão detalhada dos valores já destinados.

No ano passado, os pagamentos chegaram a ser suspensos e só foram liberados após a imposição de condições como a apresentação de planos de trabalho detalhados e a abertura de contas específicas para o recebimento dos recursos. O ministro também ampliou as exigências de rastreabilidade, obrigando estados, municípios e o Distrito Federal a adotar padrões semelhantes aos da União, com divulgação detalhada dos dados de execução.

● Saúde e assistência social ganham prioridade

Paralelamente, uma nova obrigação legal alterou o comportamento dos parlamentares. A partir de 2026, o governo federal deverá pagar até julho ao menos 65% das emendas individuais destinadas à Saúde e à Assistência Social. Essa regra levou a um aumento de cerca de R$ 2 bilhões nas indicações para essas áreas.

Em 2025, o total de emendas individuais foi de R$ 24,6 bilhões. Para 2026, o valor deve alcançar aproximadamente R$ 26,6 bilhões, crescimento de 7%. Na Saúde, o aumento chega a 13%, totalizando R$ 14,8 bilhões, enquanto na Assistência Social o salto é de 38%, alcançando R$ 995 milhões.

● Medo de bloqueios afasta parlamentares das emendas Pix

O deputado Danilo Forte (União-CE), que já foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), avalia que o endurecimento das regras afastou parlamentares das emendas Pix. “Houve uma queda clara nas indicações de emendas Pix, muito por medo. As exigências aumentaram demais, e muitos parlamentares preferiram não indicar para não correr risco. O dinheiro está lá, mas a insegurança afastou as indicações, o que é um sinal ruim para a execução do ano que vem”, afirmou.

Um exemplo dessa mudança de estratégia é o deputado Duarte Júnior (PSB-MA). Em 2025, ele indicou R$ 18 milhões em emendas Pix para o Maranhão. Para 2026, não destinou nenhum recurso nessa modalidade, direcionando os R$ 40 milhões integralmente para a Saúde. “Quem já teve experiência com transferência especial sabe que o recurso pode ser usado para outro propósito, e o parlamentar só fica sabendo depois. E aí o julgamento acontece no tribunal do Facebook, que não tem contraditório e aplica penas perpétuas”, disse.

● Ano eleitoral pesa nas decisões orçamentárias

Para a diretora de programas da Transparência Brasil, Marina Atoji, o calendário eleitoral tem peso decisivo nas escolhas do Congresso. Em 2026, toda a Câmara dos Deputados e dois terços do Senado estarão em disputa. “O Congresso vem sempre encontrando brechas, ou caminhos, para a liberação de emendas e tem a prerrogativa de fazer essas alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Para 2026, isso ganha mais gravidade, porque é ano eleitoral”, afirmou.

● STF amplia fiscalização e investigações

O cerco do STF às emendas Pix se intensificou nos últimos meses. Em dezembro de 2025, Flávio Dino determinou que a Polícia Federal investigue cerca de R$ 72,3 milhões em repasses após auditoria da Controladoria-Geral da União identificar um quadro generalizado de irregularidades na execução desses recursos.

Além disso, o ministro ordenou a elaboração de um plano de auditoria específico para as emendas de 2026, com mapeamento regional e foco em áreas sensíveis, como saúde e infraestrutura, reforçando o monitoramento para o próximo ciclo orçamentário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula cobra pente-fino em ministérios e exige alinhamento total ao governo

Lula e os ministros de seu governo – Ricardo Stuckert /PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, durante a reunião ministerial da última quarta-feira, que seus 38 auxiliares façam um pente-fino nas equipes dos ministérios. A orientação é exonerar servidores e cargos de confiança que não estejam totalmente alinhados ao governo. Com informações da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

A decisão ocorre às vésperas do início do ano eleitoral. Lula deixou claro que não pretende manter na estrutura federal pessoas que possam, nos próximos meses, apoiar ou pedir votos para adversários na disputa pelo Palácio do Planalto.

A reunião ministerial ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença dos titulares das 38 pastas. Segundo relatos de participantes, Lula fez cobranças diretas sobre a atuação política e administrativa das equipes, reforçando a necessidade de disciplina interna e compromisso com as diretrizes do governo federal.

Durante o encontro, o presidente também abordou a agenda prioritária para os próximos meses, com foco na execução de programas já anunciados e na entrega de resultados antes do calendário eleitoral. A orientação foi para que os ministérios acelerem ações em andamento e evitem desgastes públicos que possam atingir o governo.

Além disso, Lula alertou sobre o uso da máquina pública em disputas políticas. O presidente reforçou que não aceitará ambiguidade dentro da Esplanada e que espera lealdade institucional de auxiliares e assessores, sobretudo em um período considerado sensível do ponto de vista político.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo