quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Maior que a de Bolsonaro: VÍDEO mostra cela de Anderson Torres


O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nesta quarta (27) detalhes e um vídeo da sala de Estado-Maior onde o ex-ministro Anderson Torres começou a cumprir pena. O espaço fica no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Complexo da Papuda, na área conhecida como “Papudinha”.

Torres foi condenado no núcleo central da tentativa de golpe e começou a cumprir pena na terça (25). A sala reservada ao ex-ministro tem 54,7 metros quadrados, incluindo 10 metros quadrados de área externa exclusiva.

Embora projetada para até quatro pessoas, será usada apenas por Torres, como prevê o tratamento especial para quem tem direito a sala de Estado-Maior. O espaço inclui quarto, sala, cozinha, banheiro e lavanderia, além de geladeira, TV, cama de casal e chuveiro quente.

Segundo o STF, ele receberá cinco refeições diárias e terá banho de sol na área externa, com liberdade para fazer exercícios. A estrutura do batalhão conta ainda com atendimento médico permanente, com médicos, dentistas, psicólogos e equipe de enfermagem. A Papudinha fica a poucos quilômetros de unidades públicas de saúde e de hospitais particulares.


Entre os condenados definitivos pelo STF no núcleo da tentativa de golpe, apenas Torres cumpre pena no complexo da Papuda. Ex-ministro da Justiça e, depois, secretário de Segurança do DF, ele tem direito ao regime especial por ter chefiado forças de segurança. Alexandre de Moraes determinou sua permanência no 19º BPM, enquanto Jair Bolsonaro segue detido na sede da Polícia Federal.

O Núcleo de Custódia da PM, onde está instalada a Papudinha, abriga militares com vínculo ativo, presos militares e civis que têm direito a sala especial, como advogados e autoridades. O prédio tem capacidade para 60 pessoas e, no começo de novembro, tinha 52 internos. As instalações foram reformadas em 2020 e contam com ventilação, higienização diária e acesso permitido a TV e ventilador.

Os presos têm direito a visitas duas vezes por semana, pista de caminhada, área esportiva e possibilidade de usar leitura ou trabalho para diminuir o tempo da pena. A PM afirma que o batalhão oferece condições “adequadas, seguras e humanizadas”, com atendimento médico regular e apoio espiritual diário.

Torres foi condenado por 4 votos a 1 pela Primeira Turma do STF por participar da organização que tentou impedir a posse de Lula e promover a ruptura democrática entre 2022 e 2023. Segundo a PF, ele atuou no núcleo de desinformação sobre o sistema eleitoral e no núcleo jurídico que elaborava documentos para justificar a ruptura institucional.

Fonte: DCM

As condições de Dino para liberar ida do pai de Figueiredo ao seu casamento


     O influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou nesta quinta (27) que Paulo Renato de Oliveira Figueiredo poderá receber apenas um passaporte temporário e sob condições específicas. Aos 81 anos, ele tenta autorização para viajar a Miami e assistir ao casamento do filho, o bolsonarista Paulo Figueiredo, marcado para o sábado (29).

Segundo a coluna de Guilherme Amado no PlatôBR, o documento está retido há três anos por ordem da Justiça do Rio em um processo de execução de dívidas. No pedido enviado ao STF, Paulo Renato alegou saúde “extremamente debilitada” e descreveu o casamento como “evento único e irrepetível”.

Dino reconheceu o caráter excepcional da situação, mas condicionou a emissão do passaporte à apresentação de um laudo médico atualizado, provas de cumprimento das medidas definidas pela Justiça fluminense e um comprovante de garantia ou depósito referente às dívidas.

Segundo o ministro, o documento deverá ter validade de apenas 5 dias. “A situação demanda exame cuidadoso para que a medida executiva não inviabilize, de forma desproporcional, direito pessoal”, escreveu. Ao mesmo tempo, afirmou que não se pode “negar a legítima e justa proteção dos direitos dos credores”.

“Esta anotação é especialmente relevante tendo em vista que assistimos a um aumento dos casos de processados e condenados que fogem do Brasil para os Estados Unidos. Em tal país, supostamente, encontrariam ‘proteção’ para subtrair-se à ação do Poder Judiciário. Esse constante homizio exige cautelas adicionais na avaliação deste Habeas Corpus”, escreveu Dino.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
Paulo Renato informou ao Supremo que todas as despesas seriam pagas pelo filho e que a viagem não traria impacto às dívidas em execução. Planeja embarcar nesta sexta (28) e retornar em 3 de dezembro. “O dano não é patrimonial, mas existencial e afetivo”, afirma a defesa, que aponta risco de “sofrimento moral e psicológico” caso ele não participe do casamento.

Dino disse na decisão que não há como atribuir a Paulo Renato qualquer consequência jurídica pelos crimes que envolvem o filho. O ministro alegou que a análise deve se limitar à situação individual do idoso.

Paulo Figueiredo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua articulação golpista ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Entre as medidas buscadas pela dupla estão a retirada de vistos de ministros da Corte, incluindo de Dino.

Fonte: DCM com informações do PlatôBR

VÍDEO – Repórter do SBT é assaltada e ameaçada antes de entrar ao vivo


A repórter Fabíola Corrêa foi vítima de um assalto durante trabalho no SBT. Foto: Reprodução

A repórter Fabíola Corrêa, do SBT, foi vítima de um assalto instantes antes de entrar ao vivo no programa ‘Alô Você’, apresentado por Luiz Bacci. Ela, o cinegrafista e o motorista da equipe estavam ao lado do carro da emissora no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, quando um homem armado se aproximou exigindo celulares e senhas.

A câmera já estava ligada para a transmissão e registrou toda a abordagem, exibida pelo SBT nesta quinta-feira (27). Visivelmente nervosa, a repórter teve dificuldade para lembrar o código de desbloqueio do telefone, o que gerou novas ameaças.

“Meu Deus, como é que vou saber a senha?”, diz Fabíola em um trecho da gravação. O criminoso, segundo ela, aumentou a violência ao perceber a hesitação. “Dizia o tempo todo que ia atirar na minha cara. Mandou que eu entregasse o meu aparelho celular. Entreguei e ele apontou a arma cada vez mais perto de mim, pedindo a senha, pedindo cartão bancário, com bastante truculência, agressividade.”

Mesmo abalada, Fabíola entrou ao vivo após o crime e relatou o impacto da situação. “Estou ainda nervosa. Bate um desespero”, afirmou. A repórter explicou que, mesmo obedecendo às ordens, o assaltante mantinha as ameaças constantes, intensificando o medo da equipe.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Caminhoneiros bolsonaristas que bloquearam a Dutra são denunciados


       Bloqueio de caminhoneiros golpistas na Via Dutra, em 31 de outubro de 2022. Foto: Getty Images

O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma ação civil contra cinco caminhoneiros que participaram do bloqueio da Via Dutra em 2022, no período das mobilizações golpistas realizadas após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. Duas transportadoras também foram denunciadas por envolvimento nas manifestações.

Na ação, o MPF pede que cada um dos sete acusados pague indenizações entre R$ 5 mil e R$ 40 mil, valores definidos conforme a participação individual, o uso dos veículos e a gravidade dos danos causados. Os bloqueios ocorreram entre São José dos Campos e Jacareí, entre 31 de outubro e 2 de novembro.

Segundo a Procuradoria, três caminhoneiros eram líderes do movimento, cuja motivação foi classificada como “antidemocrática”. As manifestações pediam intervenção militar e a anulação das eleições de 2022, repetindo atos que se espalharam nacionalmente.

O MPF também cita que dois dos acusados participaram de bloqueios no mesmo trecho em 2021, em protestos contra o preço dos combustíveis e os fretes. Para o procurador Fernando Lacerda Dias, os bloqueios provocaram impactos profundos no cotidiano dos cidadãos.

Caminhoneiros bolsonarista na Via Dutra em 2022. Foto: Reprodução
Ele afirma que as interrupções geraram “inúmeros contratempos à população”, prejudicando o trânsito de mercadorias, o acesso de pacientes a emergências e até o transporte de medicamentos. “Tais consequências transcendem o mero transtorno individual, configurando um severo ataque à ordem pública e à economia nacional”, disse.

Lacerda destaca ainda que as ações produziram “frustração em massa, sensação de insegurança e instabilidade social”, ao expor a vulnerabilidade da infraestrutura logística em situações de paralisação ilegal. O MPF argumenta que os atos representaram um risco coletivo significativo.

As investigações da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostraram que, nos bloqueios de 2022, os caminhoneiros abandonaram veículos nas pistas na altura do quilômetro 161 da Via Dutra, próximo à Refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos. A obstrução completa impediu o fluxo de veículos essenciais.

Em relação aos atos de 2021, o inquérito aponta que participantes chegaram a cortar mangueiras de combustível e danificar sistemas de freios para impedir motoristas de deixar o local, ampliando os riscos e o prejuízo à circulação. As denúncias agora seguem para análise da Justiça Federal.

Fonte: DCM

Contador confirma na CPMI serviço a entidades sob suspeita de fraude Fonte: Agência Senado


O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, ouve o contador Mauro Palombo Concílio
Saulo Cruz/Agência Senado

O contador Mauro Palombo Concílio confirmou, durante depoimento à CPMI do INSS, que prestou serviço contábil para, pelo menos, quatro entidades associativas que, segundo as investigações do colegiado, desviaram mais de R$ 700 milhões na fraude de descontos indevidos de aposentados e pensionistas. O contador prestou depoimento à CPMI na condição de testemunha, nesta quinta-feira (27), munido de uma pilha de documentos, relatórios e recibos fiscais e respondeu a todos os questionamentos do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Morando nos Estados Unidos desde 2018 e dono de seis empresas ativas com atuação no Brasil — sendo três contábeis e outras três ligadas a outras atividades — Concílio declarou que teve o primeiro contato com o ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), Felipe Macedo Gomes, em dezembro de 2022.

Segundo o contador, Gomes foi responsável por indicá-lo aos demais dirigentes de associações. Ele, então, começou a prestar serviço contábil para as quatro entidades: Amar Brasil, Associação Nacional dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (Andap), Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionistas (Aasap) e Master Prev a partir de fevereiro de 2024.

Todos os contratos teriam sido efetuados a partir de contatos com outros investigados pela CPMI, como Américo Monte, Anderson Cordeiro e Igor Delecrode.

Conforme Alfredo Gaspar, somente as quatro empresas teriam sido usadas “para o roubo” de mais de R$ 700 milhões. Palombo teria sido o responsável por “montar” toda a estrutura contábil que, segundo o relator, ajudou a efetivar o esquema de lavagem de dinheiro.

— O senhor está na origem como contador das associações. Ao longo da jornada, o senhor criou as empresas para essa associação criminosa, essa associação criminosa lavou dinheiro de aposentado e pensionista. O senhor é um contador, mora nos Estados Unidos e vem quantas vezes ao Brasil por ano? Umas três vezes. E o senhor é o principal elo entre todos eles.

Mauro Palombo afirmou que não teve acesso aos acordos de cooperação técnica (ACTs) assinados pelas associações e que, por meio dos extratos bancários, a partir dos créditos oficiais do INSS no caixa das empresas e conforme os números da capacidade financeira das empresas “não tinha como ter, sequer, desconfiança de alguma coisa”. De acordo com o próprio depoente, foram cerca de R$ 2 milhões contabilizados pelo escritório envolvendo as quatro associações.

— Na minha visão contábil, eu não tenho conhecimento da ACT, porque não é um documento que deva ser registrado na contabilidade, nem tão pouco a ficha de um associado — disse ao esclarecer que não tinha acesso aos registros de crédito de cada desconto de beneficiário.

Palombo ainda informou que, a partir do primeiro contato com as entidades e o início dos serviços contábeis, foi orientado pela diretoria de cada uma delas a abrir empresas prestadoras de serviços. Além disso, ele abriu pelo menos duas empresas que tinham o objetivo específico, cada uma delas, de prestar serviço contábil exclusivo para entidades de descontos associativos, além da Contábel Nelma, sediada em São Paulo, que já vinha realizando esse tipo de atividade.

Alfredo Gaspar quis saber do depoente a razão da criação de novos escritórios de contabilidade e a razão de elas terem sido fechadas após a operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Palombo respondeu que a intenção era “ter a transparência do pagamento da associação para a contabilidade” e que, com a operação da Polícia Federal, “não fazia mais sentido” seguir com a abertura das empresas.

Estrutura contábil

O relator também apontou que o contador ainda atendia parentes de pessoas investigadas na Operação Sem Desconto. Ele citou como exemplo a mulher do ex-procurador Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, Thaisa Hoffmann. O contador confirmou que chegou a fazer declarações do Imposto de Renda para ambos e que, de acordo com os indicativos nos extratos e documentos, não considerou que havia incompatibilidade financeira.

— O senhor virou contador dos parentes dos criminosos do INSS, o senhor virou contador das organizações criminosas tidas como entidades que desviaram mais de R$ 700 milhões, o senhor virou contador de todas as empresas laranjas desses bandidos e fica muito difícil dizer que o senhor não tem nenhum envolvimento nessas organizações criminosas — complementou Alfredo Gaspar.

O relator também questionou sobre serviços contábeis prestados por Mauro Palombo ao empresário João Carlos Camargo Júnior — conhecido como “alfaiate dos famosos”. Ele é apontado pelo relator como o possível “elo principal” utilizado para lavar recursos da fraude do INSS.

O contador confirmou os serviços e informou que a MKT Soluções, empresa do "alfaiate", conforme uma das notas fiscais de pagamento apresentada por ele, recebeu pagamento de uma associação de mais de R$ 1 milhão por serviço de cartela de descontos em atendimentos dessa entidade.

— O senhor, enquanto contador, já fez quantas comunicações ao Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) relatando lavagem de dinheiro? — quis saber Alfredo Gaspar ao questionar se ele nunca chegou a desconfiar que estava no centro de um esquema de lavagem de dinheiro.

O depoente reafirmou que nunca teve desconfiança e citou não existir nenhuma legislação que obrigue o contador a fazer esse tipo de comunicação.

— Não existe nenhum padrão, nenhuma legislação, nenhum critério aonde o contador é obrigado a pegar certidão de antecedentes ou sei lá qualquer tipo de informação.

Fonte: Agência Senado

Prefeitura reforça orientações sobre uso do estacionamento rotativo digital em Apucarana

Créditos devem ser adquiridos pelo aplicativo Estacione Legal ou nos pontos credenciados


A Prefeitura de Apucarana reforça aos motoristas que a compra de créditos do estacionamento rotativo está sendo realizada exclusivamente pelo aplicativo Estacione Legal ou nos pontos de venda credenciados. O ticket de papel, no formato raspadinha, não está mais disponível.

Para facilitar a adaptação ao sistema digital, agentes de trânsito estão atendendo diretamente os usuários na Praça Rui Barbosa. O secretário municipal de Segurança, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana e Defesa Civil (Segtran), Vilson Laurentino da Silva, explica que a equipe permanecerá no local por cerca de duas semanas. “Os nossos agentes estão na Praça Rui Barbosa, auxiliando os usuários que tenham alguma dúvida ou dificuldade na hora de baixar o aplicativo ou comprar e ativar o crédito digital. Mas, de antemão, garantimos que o processo é bem simples e rápido”, afirmou.

O aplicativo Estacione Legal está disponível na Apple Store e no Google Play. Para utilizá-lo, o motorista deve baixar o app, realizar o cadastro, selecionar Apucarana, registrar o veículo e confirmar a adesão pelo e-mail em até 24 horas. A forma de pagamento — cartão ou PIX — é escolhida somente no momento de carregar os créditos.

De acordo com o secretário, a prioridade é o uso do aplicativo, mas o sistema também oferece alternativas para quem não tem acesso ao celular ou à internet. “Os usuários que, por algum motivo, não tenham acesso ao celular ou à internet, podem comprar e ativar o crédito por placa nos estabelecimentos comerciais credenciados pelo município”, detalhou. Os pontos autorizados são: Foto Fanny, Foto Nikkon (loja da Praça Rui Barbosa), Nerimar Livraria e Papelaria e Sport Center.

O rotativo digital mantém a tolerância de 10 minutos após o motorista estacionar na vaga. Depois desse período, é necessário ativar o crédito pelo aplicativo ou nos pontos credenciados. O valor cobrado é de R$ 0,80 por meia hora ou R$ 1,60 por uma hora.

Em caso de ausência de registro, o agente de trânsito emitirá uma notificação de R$ 16,00, que pode ser quitada em até cinco dias. O não pagamento resulta em multa de R$ 195,23, considerada infração grave, com cinco pontos na CNH.

O estacionamento rotativo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 13h. No primeiro e segundo sábados de cada mês, o horário se estende até 18h, acompanhando o funcionamento especial do comércio.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Ministério Público recomenda fiscalização de vagas exclusivas e guias rebaixadas em estabelecimentos de Apucarana

Empresas têm transformado recuos e acessos públicos em vagas privativas, instalando placas de exclusividade e barreiras irregulares, o que contraria a legislação e prejudica o uso coletivo das áreas


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria de Segurança Pública, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana Municipal e Defesa Civil (Segtran) e da Secretaria de Obras, iniciou nesta semana uma força-tarefa de fiscalização sobre o uso de estacionamentos exclusivos para clientes e guias rebaixadas em estabelecimentos comerciais da cidade. A iniciativa segue recomendação administrativa do Ministério Público do Paraná (MPPR), por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça, e busca assegurar o cumprimento da Resolução nº 302/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e da Lei do Sistema Viário de Apucarana (LC 10/2020).

De acordo com denúncias encaminhadas ao Ministério Público, diversos estabelecimentos vinham transformando recuos e acessos públicos em vagas privativas, instalando placas de exclusividade e obstáculos para impedir o uso coletivo dos espaços, o que fere a legislação de trânsito e restringe o direito dos demais cidadãos. Os locais identificados em situação irregular estão sendo notificados para se adequarem. O secretário da Segtran, major Vilson Laurentino da Silva, explica que o Departamento Municipal de Trânsito é responsável pela autorização e fiscalização do rebaixamento de guias, conforme as normas do CONTRAN, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e das leis municipais. “A legislação vigente permite o rebaixamento de apenas 30% da testada do lote, exclusivamente para acesso ao interior do terreno. Em caso de rebaixamento total, é ilegal impedir o estacionamento de qualquer pessoa, seja cliente ou não”, reforça o secretário.

A recomendação do MPPR teve origem em denúncias de condutores que foram impedidos de estacionar em áreas onde o rebaixamento da guia não atendia às especificações legais. “A demanda, iniciada em maio deste ano, resultou na abertura de um procedimento administrativo com orientações a serem cumpridas. Por isso estamos nesta fase de diálogo com os empresários, para que façam os ajustes necessários conforme a legislação vigente” informa o major Vilson. Ele destaca ainda que a equipe de engenharia da Secretaria de Obras está à disposição dos proprietários para prestar todas as orientações técnicas.

O secretário também enfatiza que, quando há rebaixamento total da guia para uso de vagas no recuo, fica proibida a destinação do espaço para estacionamento privativo — seja por meio de placas como “exclusivo para consumidores/clientes” ou pela colocação obstáculos como correntes e cones, antes, durante ou após o horário de funcionamento. “Estamos em etapa de orientação, mas o descumprimento das normas resultará em autuação por parte do município”, alerta.

Na recomendação administrativa, a promotora de Justiça Fernanda Lacerda Trevisan Silvério ressalta que, ao criar estacionamento de recuo e fixar avisos de exclusividade para consumidores, as vagas deixam de cumprir sua função pública, prejudicando a coletividade. “Assim, qualquer condutor, cliente do estabelecimento ou não, pode e deve acessar o estacionamento de recuo e utilizá-lo pelo tempo necessário. O estabelecimento pode criar vagas exclusivas para clientes, desde que a entrada e saída atendam integralmente aos espaçamentos previstos na Lei do Sistema Viário de Apucarana, garantindo a permanência do estacionamento público paralelo ao passeio”, afirma a promotora.

Reunião com profissionais da área – O secretário municipal de Obras, engenheiro civil Mateus Franciscon Fernandes, explica que, além de orientar os proprietários de estabelecimentos, a prefeitura também dialoga com profissionais responsáveis pelos projetos. “A Secretaria de Obras e o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) já se reuniram com engenheiros, arquitetos, técnicos em edificações e topógrafos, apresentando o padrão de calçadas e reforçando que sejam observadas todas as normas aplicáveis. Também recomendamos que orientem seus clientes sobre a vedação de alterações posteriores à aprovação do projeto sem prévia consulta técnica”, relata.

Após as orientações, acrescenta o secretário, foi informado que a Secretaria de Obras realizará fiscalizações in loco, em conjunto com o setor de Postura do Município. “Casos em que forem constatadas guias rebaixadas com vagas exclusivas, barreiras, correntes ou dispositivos semelhantes resultarão em notificação imediata para adequação”, conclui.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Defesa diz que Bolsonaro não fez “contato visual” com celular de Nikolas


Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) usa celular durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/TV Globo

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou ao ministro Alexandre de Moraes que “não houve contato visual” entre o ex-presidente e o celular usado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante visita realizada na semana passada. O esclarecimento foi enviado após imagens da TV Globo mostrarem o parlamentar usando o aparelho.

Os advogados afirmaram que o ex-presidente “sempre cumpriu” as medidas cautelares impostas pelo STF e que, durante todo o período em prisão domiciliar, não usou nem teve acesso a celulares, “direta ou indiretamente”. A manifestação não menciona a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, registrada na véspera da vigília convocada por apoiadores e citada como um dos fundamentos da prisão preventiva.

Na manifestação enviada a Moraes, a defesa de Bolsonaro reforçou que tudo ocorreu de forma transparente e visível. “Tratou-se, inequivocamente, de encontro realizado às claras […] sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal”, escreveu a equipe jurídica.

A visita ocorreu com autorização do Supremo. No vídeo divulgado pela emissora, Bolsonaro aparece na área externa de sua casa enquanto Nikolas segura o celular e movimenta o aparelho durante a conversa. No dia seguinte, o ex-presidente foi preso preventivamente.


Depois do flagrante, Moraes determinou que a defesa explicasse o episódio em até 24 horas. “Intimem-se os advogados regularmente constituídos de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 24 horas, se manifestem acerca da entrada e utilização de celular na visita realizada por Nikolas Ferreira”, escreveu o ministro.

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) enviou notícia-crime ao STF contra Nikolas, afirmando que ele teria instigado ou auxiliado Bolsonaro em uma possível tentativa de evasão. “A conduta descumpre ordem judicial e aponta para possível instigação ou auxílio ao plano de evasão”, disse.

Nikolas reagiu nas redes, afirmando que não sabia da proibição e classificando a intimação como “teatro para intimidar”. Segundo ele, “a visita ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar” e o celular teria sido usado apenas para fins pessoais. Criticou ainda o Supremo, dizendo que “criminosos usam celular na cadeia” sem cobranças equivalentes.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Abandonado: PL corta salário de Bolsonaro e o afasta do partido


      Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

O Partido Liberal decidiu suspender o salário e todas as atividades partidárias de Jair Bolsonaro após a confirmação de sua condenação no Supremo Tribunal Federal. A medida atinge diretamente o vínculo político que o ex-presidente mantinha com a sigla desde 2023, quando assumiu o posto de presidente de honra.

Até então, Bolsonaro recebia cerca de R$ 42 mil mensais do PL, valor pago com recursos do Fundo Partidário. No comunicado interno, o PL atribuiu a decisão à suspensão dos direitos políticos do ex-presidente. O texto afirma que, por força da legislação eleitoral, o partido é obrigado a paralisar suas funções.

Infelizmente, por decorrência da lei (Lei 9096/95 – REspEl n° 060026764; AGR-RO 060023248) e em razão da suspensão dos direitos políticos do nosso Presidente de Honra, Jair Bolsonaro, as respectivas atividades partidárias de nosso líder estarão igualmente suspensas, inclusive a sua remuneração, enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP 2668”, diz o documento.

A medida ocorre poucos dias depois de o STF decretar o trânsito em julgado da ação que condenou Bolsonaro no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Com a decisão definitiva, ele ficou impedido de exercer funções político-partidárias, impactando diretamente seu papel dentro da legenda comandada por Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro preso na sede da PF. Foto: Divulgação
A discussão sobre o pagamento do salário já circulava internamente no PL. Em setembro, quando a Primeira Turma do STF formou maioria pela condenação, Valdemar pediu à equipe jurídica uma avaliação sobre a continuidade dos repasses ao ex-presidente. Naquela ocasião, o entendimento foi de que não havia impedimento para manter o pagamento, posição que mudou após o trânsito em julgado.

O status de presidente de honra do PL foi concedido a Bolsonaro em março de 2023, antes de seu retorno ao Brasil. A função, embora simbólica, foi acompanhada de um salário de R$ 46 mil mensais sugerido pela direção da sigla.

A remuneração se somava a duas aposentadorias: R$ 41 mil como ex-deputado federal e R$ 12 mil referentes à pensão como capitão do Exército. A continuidade deste último benefício também está em risco.

O STF determinou que a decisão condenatória seja comunicada ao Superior Tribunal Militar, responsável por avaliar a manutenção ou não da patente militar de Bolsonaro. Caso o STM decida pela expulsão, o ex-presidente perde o direito à pensão e passa a ser classificado como “morto ficto”, transferindo o benefício para a esposa, Michelle Bolsonaro, e para a filha Laura, de 15 anos.

Fonte: DCM

Crime organizado lava dinheiro nos EUA e importa armas americanas, diz Haddad

Esquema envolve operações com empresas offshore, constituídas em Delaware

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF - 24/09/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (27) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que inclua o tema do crime organizado nas negociações entre Brasil e Estados Unidos, após operação identificar que o país norte-americano tem sido usado para atos ilícitos do crime organizado brasileiro.

Falando com repórteres na sede da pasta, Haddad afirmou que fundos nos EUA foram criados para lavar dinheiro e simular investimentos estrangeiros no Brasil, acrescentando que a Receita Federal também identificou o desembarque de contêineres com armas irregulares provenientes do país norte-americano.

“Levamos ao presidente Lula a necessidade de, nas negociações, que estão sendo bem-sucedidas, incluir a pauta da lavagem de dinheiro e da exportação ilegal de armas para o Brasil”, afirmou.

Nesta quinta-feira, foi deflagrada uma megaoperação, batizada de Poço de Lobato, que tem a participação de autoridades das três esferas de governo.

De acordo com a Receita, o esquema envolve operações com empresas offshore, constituídas em Delaware, nos Estados Unidos, estado que permite a criação de companhias com anonimato e sem tributação local.

Segundo Haddad, há indícios de que dezenas de empresas e fundos foram constituídos em Delaware para montar operações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de empréstimos irregulares, com posterior redirecionamento do dinheiro a atividades no Brasil “entre aspas, de forma lícita”, segundo ele.

“É uma operação de triangulação internacional gravíssima”, disse, ressaltando que ações da Polícia Federal sobre o tema devem envolver recuperação de ativos no exterior, criminalização de não residentes e mobilização da Interpol. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Congresso derruba vetos de Lula a mudanças que flexibilizam lei de licenciamento ambiental

Reversão dos vetos presidenciais fragiliza proteção ao meio ambiente e expõe desgaste entre Planalto e Congresso

      Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Menos de uma semana após o encerramento da COP30, realizada em Belém, o Congresso Nacional derrubou, nesta quinta-feira (27), parte dos vetos aplicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à lei de licenciamento ambiental, intensificando a crise entre o Executivo e o Legislativo.

Ainda restam vetos a serem analisados separadamente, por solicitação do PT e do Psol. A derrubada dos vetos contou com o apoio direto do presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que, pouco antes da votação, defendeu a flexibilização da legislação ambiental. As informações são da Folha de S. Paulo.

◍ Governo justificou vetos para evitar retrocessos ambientais

Em agosto, Lula vetou 63 pontos da proposta por considerar que eles enfraqueciam o sistema de licenciamento ambiental. Nesta quarta-feira (26), dia anterior à votação, o governo divulgou nota afirmando que os vetos tinham o objetivo de proteger o meio ambiente em todos os biomas, bem como a saúde da população brasileira. O texto também alertava que a derrubada poderia gerar efeitos imediatos e de difícil reversão.

Sete vetos, relacionados à Licença Ambiental Especial (LAE), foram deixados de fora da votação. A LAE, capitaneada por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), segue em análise em uma medida provisória apresentada pelo governo em agosto como forma de atender parte das demandas do Congresso. Na mesma ocasião, o Executivo encaminhou um novo projeto de lei para rediscutir pontos considerados sensíveis.

◍ LAE prioriza projetos considerados estratégicos

A Licença Ambiental Especial cria um mecanismo que permite ao governo federal classificar determinados empreendimentos como estratégicos, acelerando seu processo de licenciamento. A expectativa é que essa modalidade agilize iniciativas de interesse nacional, como a exploração da Foz do Amazonas, já autorizada em outubro.

◍ Reversão acentua desgaste político entre Planalto e Congresso

A derrubada dos vetos ocorreu em meio a um ambiente de forte tensão. Na véspera, tanto Hugo Motta (Republicanos-PB) quanto Alcolumbre não compareceram ao ato de sanção da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, gesto interpretado como sinal de afastamento do governo. A relação se deteriorou ainda mais após o rompimento entre o presidente da Câmara e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). A escolha de Jorge Messias para o STF, contrariando interesses de Alcolumbre, também desencadeou retaliações no Senado.

Integrantes do governo avaliam que a derrota logo após a COP30 tem peso simbólico negativo, especialmente porque o Planalto tentou construir uma solução negociada com medida provisória e novo projeto.

◍ Parlamentares divergem sobre impactos da decisão

Durante a sessão, de acordo com a reportagem, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) classificou a derrubada dos vetos como um passo rumo à judicialização e advertiu que a medida pode expor o Brasil à vergonha internacional. Em sentido oposto, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), comemorou o resultado e disse que o governo levou uma lavada.

◍ Autonomia federativa gera debate sobre segurança jurídica

Um dos principais argumentos do Congresso durante a tramitação foi o de ampliar a autonomia de estados e municípios para definir suas regras de licenciamento. Especialistas, porém, alertam que o texto aprovado aumenta a insegurança jurídica ao permitir normas concorrentes entre diferentes entes federativos.

A alternativa apresentada pelo governo Lula busca preservar a autonomia local, mas condicionada a diretrizes nacionais capazes de evitar conflitos e garantir padrões mínimos de proteção ambiental.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Irmão de Michelle alega “cansaço” e deixa governo Tarcísio após prisão de Bolsonaro


      Diego Torres Dourado e sua irmã, Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Logo após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, pediu exoneração do cargo de assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A saída deve ser oficializada no Diário Oficial nos próximos dias. Ele afirmou a pessoas próximas que deixa o cargo para organizar projetos de comunicação e contribuir na estruturação da campanha de Tarcísio em 2026.

Diego nega qualquer desgaste com o governador e diz que a decisão vem de avaliações anteriores em que já cogitava deixar o posto por cansaço. No governo Tarcísio desde janeiro de 2023, ele recebia salário bruto de R$ 22,6 mil e atuava na área de redes sociais.

Segundo um interlocutor de Tarcísio, neste momento Diego também “precisa dar apoio à irmã”, e a saída do governo lhe dará mais autonomia para ajudar Michelle, seja em uma eventual disputa ao Senado pelo Distrito Federal ou até na composição de uma chapa presidencial.

Em nota, Diego disse: “Após três anos de dedicação como assessor especial do governador Tarcísio, tomei a decisão de deixar o cargo. Saio com sentimento de dever cumprido e gratidão ao governador, de quem guardo profunda admiração e respeito”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Diego Torres Dourado e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Foto: Reprodução

Trajetória política

Diego iniciou a carreira como militar da Aeronáutica e, no governo Bolsonaro, passou a ocupar cargos civis no Ministério da Defesa e no Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, com salário de R$ 5,6 mil.

Em 2021, avançou para postos mais altos: foi nomeado assistente parlamentar da 1ª Secretaria do Senado, com salário de R$ 13,5 mil.

A chegada ao governo paulista ocorreu no início da gestão Tarcísio, em janeiro de 2023. Na época, questionado sobre a nomeação, o governador afirmou: “Ele é um rapaz super do bem, trabalhador, honesto, que me ajudou muito durante a campanha e participou dela desde o início”.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

PF mira novas pistas sobre fuga após apreender celular da mulher de Ramagem

 

O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e sua esposa, Rebeca. Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) intensificou a investigação sobre a fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos depois de apreender o celular e o computador de sua mulher, Rebeca Ramagem, no momento em que ela deixava o Brasil pelo aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo a Miami.

Os aparelhos são agora a principal fonte para reconstruir o plano de saída do país e identificar quem ajudou, financiou e continua sustentando o ex-diretor da Abin no exterior, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Ramagem foi condenado a 16 anos de prisão pela trama golpista e teve sua prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na terça-feira (25). Ele fugiu ainda durante o julgamento do núcleo crucial, que também condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais de seu governo.

Ao descobrir a fuga, há três semanas, a PF passou a rastrear a rota percorrida pelo deputado: ele chegou a Roraima na noite de 9 de setembro, cruzou a fronteira com a Guiana por Bonfim e seguiu até Lethem, onde apenas um rio separa os dois países. No dia 11, embarcou para Miami usando passaporte diplomático de parlamentar.

Rebeca e as filhas viajaram posteriormente. A chegada da família aos EUA foi publicada pela própria Rebeca no Instagram, em um vídeo que teria sido gravado no último dia 17. Ela também divulgou, nesta quarta-feira, outra gravação feita dentro do avião em que relata ter sido alvo de “uma busca” da PF.

“Durante o procedimento, tivemos todas as nossas malas retiradas do voo e revistadas”, escreveu, dizendo que as filhas entraram em pânico. “O constrangimento, o medo e a covardia que vivenciamos não podem ser descritos.”


Investigadores tentam entender dinâmica da fuga e do apoio no exterior

Com os aparelhos agora sob análise, a PF espera identificar quem deu suporte logístico para que Ramagem deixasse o Brasil e se estabelecesse na Flórida. Os investigadores apuram, entre outras questões, se houve financiamento externo e quem estaria bancando a manutenção do deputado nos Estados Unidos.

Rebeca, procuradora do Estado de Roraima, permanece vinculada ao órgão e está oficialmente de férias até sexta-feira. Segundo dados do Portal da Transparência, ela recebe remuneração mensal de R$ 46 mil.

Nas redes sociais, ela se apresenta como “advogada, delegada e procuradora”, embora não exerça mais função policial e não seja alvo de ação judicial.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo