Thiago do Nascimento Mendes, braço direito de Doca, foi detido em megaoperação com 2,5 mil agentes que deixou 64 mortos e 81 presos
Doca e Belão do Quitungo, alvos de megaoperação contra integrantes do CV no Rio (Foto: Reprodução/Portal dos Procurados)
Uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro mobilizou cerca de 2,5 mil agentes nesta terça-feira (28), resultando na prisão de Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”. Ele é apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), facção que domina o tráfico em diversas regiões da capital fluminense. As inforações são do Estado de S. Paulo.
Segundo o governo estadual, a operação teve como objetivo enfraquecer a estrutura do CV e capturar criminosos com mandados em aberto. O saldo da ofensiva foi trágico: ao menos 100 pessoas morreram — entre elas quatro policiais — e 81 suspeitos foram presos.
☉ Quem é ‘Belão do Quitungo’
Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão”, exercia papel estratégico dentro da facção. Investigado por tráfico de drogas e armas, homicídios, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa, ele era considerado o braço direito de Doca, outro nome de peso no Comando Vermelho. Ambos foram capturados no mesmo dia.
De acordo com o governo do Rio, Belão teria ordenado a invasão de um prédio na comunidade do Quitungo, na Penha, para impor cobranças ilegais aos moradores. As extorsões, que variavam em torno de R$ 700 por apartamento, teriam rendido ao grupo cerca de R$ 17 mil mensais. O esquema, segundo as autoridades, chegou a movimentar mais de R$ 500 mil e servia para financiar as atividades do tráfico local.
☉ Doca, o principal alvo
Apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como o principal líder do Comando Vermelho no Complexo da Penha, Doca também exercia influência sobre comunidades da zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) denunciou o criminoso e outros 66 comparsas por associação para o tráfico, e três deles também por tortura.
Doca é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo casos de execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Havia 34 mandados de prisão em aberto contra ele, conforme o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).
O traficante é apontado como mandante do assassinato de três médicos em outubro de 2023, na zona sudoeste do Rio. As vítimas foram mortas por engano, após um dos profissionais ser confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos.
☉ Histórico de violência
Em outro episódio, ocorrido em fevereiro de 2025, Doca foi denunciado por ordenar um ataque a uma delegacia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o MPRJ, o ataque tinha como objetivo resgatar Rodolfo Manhães Viana, o “Rato”, preso por tráfico poucas horas antes. Os criminosos usaram fuzis e granadas, feriram dois agentes e chegaram a torturar um policial para obter informações sobre o paradeiro de Rato — que já havia sido transferido para a Cidade da Polícia.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
 
 
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