sábado, 16 de agosto de 2025

Ciro pode se lançar como "anti-Lula" pelo PSDB em 2026

Ex-ministro é visto por aliados como alternativa viável à direita, com críticas direcionadas a Lula e movimentações para deixar o PDT

       Ciro Gomes com seu boné (Foto: Reprodução X)

Aliados do ex-ministro Ciro Gomes defendem que ele aproveite o impasse entre governadores da direita para se consolidar como o principal adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2026. A informação foi publicada pela Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

Na avaliação desses interlocutores, os presidenciáveis do campo conservador seguem presos à influência do ex-presidente Jair Bolsonaro e não podem se mover livremente neste momento. Já Ciro, por estar fora desse eixo, teria condições de iniciar agora a construção de um projeto presidencial com perfil oposicionista.

⊛ PSDB como plataforma para 2026

Entre dirigentes e apoiadores, é praticamente dado como certo que Ciro deixará o PDT para se filiar ao PSDB. O movimento é visto como estratégico porque os tucanos teriam mais facilidade para estabelecer pontes com partidos do Centrão, considerados decisivos em qualquer eleição nacional.

Embora procurado pela reportagem, Ciro não se manifestou sobre a possível mudança de legenda nem sobre os planos eleitorais para 2026.

⊛ Foco em Lula e cautela com Bolsonaro

Se confirmar a candidatura, a orientação é que Ciro concentre seus ataques em Lula, evitando choques diretos com Bolsonaro. A meta é ocupar a vaga da direita no segundo turno, espaço que, em 2022, ficou restrito à polarização entre petistas e bolsonaristas.

Aliados reconhecem que Ciro demorou a adotar essa postura no último pleito e, por isso, ficou fora da disputa central. Para 2026, a expectativa é que ele seja mais incisivo contra o presidente desde o início.

⊛ Disputa de narrativa e marketing político

Além das articulações partidárias, Ciro também tem buscado presença em embates simbólicos. Recentemente, participou da chamada “guerra dos bonés”, estratégia de marketing que utiliza símbolos populares para reforçar identidade política com o eleitorado.

Esse movimento revela que o ex-ministro pretende disputar não apenas no campo institucional, mas também no terreno das narrativas e da comunicação política, área em que Lula e Bolsonaro dominam o debate há anos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão

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