terça-feira, 19 de agosto de 2025

PF faz operação contra antigo ministério de Damares por fraude de R$ 3,8 milhões


A senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta terça (19) a Operação Kibali, voltada a investigar fraudes em licitação, peculato e associação criminosa em contratos do antigo MInistério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A pasta era comandada por Damares Alves (Republicanos-DF), atualmente senadora, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os contratos sob investigação foram firmados com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (INDSH) para a contratação de cursos de formação profissional destinados a mulheres e adolescentes, com valores que somam R$ 3,8 milhões.

Em nota, Damares alegou que a apuração teve início a partir de uma auditoria solicitada por ela à CGU em fevereiro de 2022, após identificar indícios de irregularidades durante análises e mapeamento de riscos realizados pelo ministério.

“A referida apuração foi provocada pela então ministra, que solicitou auditoria da Controladoria Geral da União, em 11 de fevereiro de 2022, por meio de ofício”, disse a senadora.

Damares Alves, então ministra dos Direitos Humanos, e Jair Bolsonaro, então presidente, em 2020. Foto: Alan Santos/PR

O relatório produzido pela CGU, divulgado pela senadora, foi elaborado com base em informações fornecidas pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH. O documento detalha as suspeitas de irregularidades nos contratos e serve como base para as investigações da PF.

Na operação desta terça, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, a investigação se iniciou a partir de documentos enviados pela CGU que indicavam possíveis fraudes em dois termos contratuais firmados entre o antigo ministério e o INDSH.

As suspeitas envolvem cursos de informática, design gráfico e informática básica. Até o momento, não há comprovação de que as aulas tenham sido efetivamente ministradas, reforçando a hipótese de desvio de recursos públicos.

Fonte: DCM

Maduro convoca 4,5 milhões de venezuelanos em resposta a ameaças dos EUA


           O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que classificou como “ameaças” dos Estados Unidos. A decisão ocorre após Washington aumentar a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do líder venezuelano e lançar uma operação militar antidrogas no Caribe.

No início de agosto, a administração do presidente Donald Trump prometeu uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que ajudassem na prisão do venezuelano. Segundo o governo americano, Maduro representa uma ameaça à segurança nacional e é considerado “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.

A recompensa inicial prometida por Joe Biden, ex-presidente do país, em janeiro deste ano. O valor, na ocasião, era de US$ 25 milhões (R$ 137 milhões).

Em pronunciamento transmitido pela TV, Maduro detalhou o plano de mobilização das milícias, afirmando que seriam “preparadas, ativadas e armadas” para cobrir todo o território nacional. O líder venezuelano destacou a importância de fortalecer milícias camponesas e operárias em fábricas e regiões estratégicas do país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Carlos Barria/Reuters

A Milícia Bolivariana, criada pelo ex-presidente Hugo Chávez, é composta por cerca de 5 milhões de reservistas e integra os cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Ela atua como apoio ao Exército na defesa da soberania nacional e em situações de segurança interna.

Durante o discurso, Maduro destacou o armamento das milícias, declarando: “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela. Mísseis e fuzis para a classe operária, para que defenda a nossa pátria”.

Vladimir Padrino Lopez, ministro da Defesa da Venezuela, rebateu as acusações de Trump e disse que elas são “tolas”. Para ele, o republicano está tentando criar um “filme de faroeste hollywoodiano”.

Fonte: DCM

Trump envia três navios de guerra à Venezuela

 

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

O governo de Donald Trump enviou três navios militares à costa da Venezuela, aumentando a tensão entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro. A informação foi divulgada pela agência Reuters, que teve acesso a fontes do governo.

Segundo essas fontes, os destróieres de mísseis guiados Aegis USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson chegarão à região nas próximas 36 horas. Cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros serão mobilizados, com apoio de submarinos de ataque e aviões espiões.

Oficialmente, o envio não tem relação direta com a recompensa oferecida pela prisão de Maduro, mas com “ameaças dos cartéis de drogas da América Latina”, que Trump classifica como organizações terroristas globais.

Nos últimos meses, navios de guerra já foram enviados à região para reforçar a segurança nas fronteiras e combater o tráfico de drogas, segundo a agência. O novo deslocamento reforça a presença militar americana no Caribe.

O destróier Aegis USS Gravely. Foto: Reprodução

Em resposta, o presidente Nicolás Maduro anunciou que pretende mobilizar 4,5 milhões homens armados para proteger o território venezuelano. “Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas. Fuzis e mísseis para a força camponesa!”, disse em transmissão na TV.

Os Estados Unidos oferecem atualmente uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação do presidente venezuelano. A recompensa inicial foi de US$ 25 milhões (R$ 137 milhões), divulgada ainda no governo de Joe Biden, em janeiro deste ano.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, rebateu as acusações americanas após o anúncio de Trump e comparou os ataques de Trump aos venezuelanos a um “filme de faroeste hollywoodiano”.

Fonte: DCM

Dino reforça que decisões de tribunais internacionais têm efeito imediato no Brasil

Ministro do STF esclarece distinção entre cortes estrangeiras e órgãos supranacionais após sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

       Flávio Dino - 26/03/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu nesta terça-feira (19) novo despacho para esclarecer a decisão em que vedou a eficácia automática de leis e ordens judiciais no Brasil, afirmando que a determinação não alcança tribunais internacionais reconhecidos pelo país.

No novo despacho, Dino escreveu que a vedação não alcança “a jurisdição obrigatória de tribunais internacionais - uma vez reconhecida pelo Brasil - e os efeitos imediatos de suas decisões”.

Salvo esse ponto específico, Dino afirmou que “em relação aos aspectos atinentes a leis estrangeiras e demais atos jurídicos estrangeiros, nada há a adicionar a título de esclarecimento, permanecendo íntegra a decisão” do dia anterior.

Na segunda (19), Dino proferiu uma decisão segundo a qual as leis, decisões judiciais e ordens executivas provenientes de países estrangeiros somente podem produzir efeitos em território nacional se forem homologadas pela autoridade competente brasileira, de acordo com os respectivos ritos de cooperação internacional.
“Trata-se de decisão que reitera conceitos básicos e seculares, destinada a proteger o Brasil - abrangendo suas empresas e cidadãos - de indevidas ingerências estrangeiras no nosso território”, escreveu Dino, nesta terça-feira.

O ministro esclareceu ainda que a decisão do dia anterior não vem inovar, mas apenas reitera o que diz a legislação e a Constituição.

“Trata-se de decisão que reitera conceitos básicos e seculares, destinada a proteger o Brasil - abrangendo suas empresas e cidadãos - de indevidas ingerências estrangeiras no nosso território”, escreveu.

A decisão de Dino protege ainda contratos firmados ou bens que estejam no Brasil. A ordem foi proferida em ação aberta pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que acionou o Supremo contra municípios brasileiros que abriram ações diretamente na Justiça do Reino Unido contra mineradoras britânicas.

O ministro escreveu que qualquer violação dessa determinação “constitui ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes, portanto presume-se a ineficácia de tais leis, atos e sentenças emanadas de país estrangeiro”.

Lei Magnitsky

A liminar de Dino foi concedida no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impõe um tarifaço contra o Brasil e sanções a ministros do Supremo, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, com base em leis norte-americanas.

Moraes foi enquadrado pela Casa Branca na Lei Magnitsky, que prevê sanções econômicas contra violadores dos Direitos Humanos. Trump acusa o ministro de impedir a liberdade de expressão e promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político, com quem mantém afinidades ideológicas.

Sem citar a lei norte-americana, Dino escreveu que a realidade tem mostrado “o fortalecimento de ondas de imposição de força de algumas Nações sobre outras”, e que por isso “na prática, têm sido agredidos postulados essenciais do Direito Internacional”.

“Diferentes tipos de protecionismos e de neocolonialismos são utilizados contra os povos mais frágeis, sem diálogos bilaterais adequados ou submissão a instâncias supranacionais”, disse o ministro.

Dino continuou afirmando que “nesse contexto, o Brasil tem sido alvo de diversas sanções e ameaças, que visam impor pensamentos a serem apenas ‘ratificados’ pelos órgãos que exercem a soberania nacional”.

Apesar de não citar as sanções econômicas contra Moraes, que têm o potencial de bloquear a utilização de cartão de créditos com bandeiras dos EUA como Visa e Mastercard, por exemplo, Dino ordenou a notificação do Banco Central Banco Central; da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).

“Transações, operações, cancelamentos de contratos, bloqueios de ativos, transferências para o exterior (ou oriundas do exterior) por determinação de Estado estrangeiro, em desacordo aos postulados dessa decisão, dependem de expressa autorização desta Corte, no âmbito da presente ADPF”, escreveu Dino.

O ministro da escreveu ainda que qualquer cidadão brasileiro que se sinta prejudicado por imposição internacional pode acionar o Supremo diretamente, em busca de proteção.

Dino convocou ainda uma audiência pública sobre o tema, cujo cronograma ainda deve ser divulgado.

Fonte: Brasil 247

Brasil abre mercado da Indonésia para carne bovina com osso, miúdos e outros

Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, com cerca de 283 milhões de habitantes, e seu mercado é considerado estratégico para a proteína animal

       Pedaços de carne em açougue (Foto: Ricardo Moraes / Reuters)

Reuters - Os governos do Brasil e da Indonésia acordaram os requisitos sanitários para permitir a exportação de carne bovina com osso, miúdos bovinos, produtos cárneos e preparados de carne brasileiros para o país asiático, informou em nota o Ministério da Agricultura nesta terça-feira.

A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, com cerca de 283 milhões de habitantes, e seu mercado é considerado estratégico para a proteína animal, ressaltou o ministério.

"O consumo de carne bovina no país vem crescendo nos últimos anos, impulsionado pelo aumento da renda da população e pela expansão da classe média urbana", afirmou.

Em 2024 a Indonésia importou US$ 4,2 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, especialmente dos complexos sucroalcooleiro e da soja, fibras e produtos têxteis.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 402 aberturas de mercado desde o início de 2023, segundo o ministério.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lei Magnitsky: BB está preparado para lidar com 'temas sensíveis' de regulamentações globais, em meio à tensão no mercado

O Banco do Brasil ressaltou atuar "em plena conformidade" à legislação brasileira

Banco do Brasil em Uberaba (MG) - 4/7/2022 (Foto: REUTERS/Leonardo Benassato/Arquivo)

O Banco do Brasil afirmou nesta terça-feira (19) que está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais, após questionamento da agência Reuters sobre a aplicação da Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na véspera, o ministro Flávio Dino, também do STF, determinou em decisão judicial que cidadãos brasileiros não podem ser afetados em território nacional por leis e decisões estrangeiras relacionadas a atos que tenham sido realizados no Brasil.

"Com mais de 80 anos de atuação no exterior, a instituição acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparada para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais", afirmou o BB em nota nesta terça-feira.

O BB ressaltou atuar "em plena conformidade" à legislação brasileira, e às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro.

"O Banco sempre acompanha esses assuntos com atenção e conta com assessoramento jurídico especializado para garantir atuação alinhada às melhores práticas de governança, integridade e segurança financeira", acrescentou.

Fonte: Brasil 247


Justiça italiana mantém prisão de Zambelli após atuação da AGU; entenda

Deputada licenciada do PL-SP seguirá presa em Roma enquanto aguarda processo de extradição; perícia médica avaliará alegações de saúde

Carla Zambelli (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Justiça italiana decidiu manter a prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), rejeitando o pedido da defesa para que a pena fosse convertida em prisão domiciliar. A decisão, publicada na última sexta-feira (15) e revelada em nota da AGU nesta terça-feira (19), foi tomada após audiência no Tribunal de Apelações de Roma no dia 13 e levou em consideração documentos e argumentos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Segundo a AGU, a defesa da parlamentar havia questionado a prisão sob três pontos principais: a suposta falta de condições de saúde adequadas para permanecer no cárcere italiano, a inexistência de pedido internacional de prisão válido e a ausência de solicitação formal de extradição. O tribunal, no entanto, acatou integralmente as manifestações do governo brasileiro e afastou as contestações da defesa.

◉ Difusão Vermelha da Interpol reconhecida como válida

Um dos principais argumentos da defesa era a alegação de que a Difusão Vermelha da Interpol não teria valor vinculante como mandado internacional. A Corte rejeitou essa interpretação, afirmando que a prisão de Zambelli ocorreu em conformidade com o mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), posteriormente incorporado à Difusão Vermelha, considerada suficiente para sustentar a prisão provisória no âmbito de diversos tratados, incluindo o acordo de extradição entre Brasil e Itália.

O tribunal também reconheceu como legítimos os documentos enviados pelas autoridades brasileiras, que solicitaram formalmente às autoridades italianas, por meio da Interpol, a localização e prisão da deputada.

◉ Saúde será analisada em nova audiência

O único ponto ainda em aberto diz respeito às condições de saúde de Carla Zambelli. A Justiça italiana determinou a realização de uma perícia médica oficial, já realizada nesta segunda-feira (18). O laudo será debatido em nova audiência marcada para 27 de agosto, quando o tribunal avaliará se a deputada seguirá em prisão cautelar ou se poderá cumprir a medida em regime domiciliar por motivos médicos.

◉ Condenação no Brasil

Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão pelos crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Após a decisão da Corte, deixou o Brasil e foi localizada em Roma, onde acabou presa em julho, após cooperação entre autoridades brasileiras e italianas.

Segundo a AGU, a decisão italiana desta semana confirma a "solidez da atuação da AGU, em coordenação com o Ministério da Justiça e Segurança e Pública e o Ministério das Relações Exteriores, além do cumprimento rigoroso do Tratado de Extradição Brasil-Itália".

Fonte: Brasil 247

STJ nega pedido de liberdade e mantém prisão do influenciador Hytalo Santos

Ministro Rogério Schietti aponta gravidade das acusações e risco de destruição de provas no processo

      Hytalo Santos (Foto: Reprodução)

O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta terça-feira (19) manter a prisão preventiva do influenciador digital paraibano Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. O casal é investigado por suspeita de exploração sexual e econômica de menores, além de trabalho infantil irregular. As informações são do g1.

Segundo Schietti, a ordem de prisão expedida pelo Tribunal de Justiça da Paraíba está devidamente fundamentada e baseada em indícios de crimes graves. Entre as acusações, estão a produção e divulgação de conteúdo sexualizado envolvendo adolescentes, o que, de acordo com o ministro, configura um quadro de extrema gravidade.

A defesa havia solicitado a soltura do casal, alegando irregularidades na prisão e sustentando que os depoimentos que serviram de base para a decisão judicial não foram submetidos ao contraditório. Além disso, negou qualquer intenção de fuga por parte dos investigados.

O ministro, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que o STJ só poderia rever prisões ilegais — o que não se aplicaria ao caso. Ele destacou ainda o risco à investigação. “Nesse contexto, que aponta para a exposição reiterada e inadequada de crianças e adolescentes, bem como para a tentativa de destruição de provas relevantes à apuração dos fatos, não é possível constatar a plausibilidade jurídica do pedido de soltura”, escreveu o0 magistrado na decisão, de acordo com a reportagem.

Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram detidos na última sexta-feira (15), em uma residência localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Após a prisão, o casal foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista, e deverá ser transferido para a Paraíba, onde o processo segue em sigilo.

Reportagens anteriores revelaram relatos de ex-funcionários que descrevem uma rotina controlada, com festas, jornadas de trabalho intenso e restrições impostas a adolescentes. As acusações contra o casal incluem tráfico de pessoas e exploração sexual infantil, o que amplia a gravidade do processo em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

São Paulo recebe o Atlético Nacional nas oitavas da Libertadores; confira onde assistir

Após empate sem gols na Colômbia, Tricolor joga no Morumbi às 21h30

São Paulo x Vitória (Foto: Créditos: Rubens Chiri / São Paulo FC)

O São Paulo recebe o Atlético Nacional nesta terça-feira, (19), no Morumbi, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. A bola rola às 21h30 (de Brasília) e a decisão será transmitida apenas pelo serviço de streaming Paramount+.

☉ Confronto aberto
O primeiro jogo, disputado em Medellín, terminou 0 a 0. Dessa forma, quem vencer avança diretamente às quartas de final. Em caso de novo empate, a vaga será definida nos pênaltis.

☉ Arbitragem
A arbitragem será argentina, com Maximiliano Ramírez no apito, auxiliado por Cristian Navarro e Pablo González. No comando do VAR estará Silvio Trucco.

☉ Prováveis escalações
• São Paulo: Rafael; Cédric, Ferraresi, Alan Franco, Sabino e Enzo Díaz; Bobadilla, Marcos Antônio e Alisson; Luciano e André Silva. Técnico: Hernán Crespo.

• Atlético Nacional: David Ospina; Andrés Román, Arias, Tesillo e Camilo Cándido; Campuzano, Juan Zapata e Edwin Cardona; Hinestroza, Marlos Moreno e Alfredo Morelos. 
Técnico: Javier Gandolfi.

☉ O que está em jogo
Invicto há 16 partidas na competição, o São Paulo conta com a força de jogar em casa para tentar confirmar a vaga. O Morumbi será palco da decisão, onde o clube não perde um confronto eliminatório de Libertadores desde 2016, justamente contra o Atlético Nacional.

Se passar, o Tricolor enfrentará nas quartas de final o vencedor do duelo entre LDU e Botafogo.

☉ Serviço do jogo

  • São Paulo x Atlético Nacional – oitavas da Libertadores
  • Data e horário: 19/8, terça-feira, às 21h30 (de Brasília)
  • Local: Morumbi, São Paulo
  • Transmissão: Paramount+ (exclusivo)
Fonte: Brasil 247

Motta recebe Edinho Silva, presidente do PT, em reunião fora da agenda oficial em Brasília

Encontro entre o presidente da Câmara e o líder petista reforça articulação do PT com o Centrão para 2026

       Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu na manhã de segunda-feira (18) o novo presidente nacional do PT, Edinho Silva, na residência oficial em Brasília, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

O encontro não constou na agenda oficial de Motta e ocorreu de forma reservada, apenas entre os dois líderes. Segundo aliados, o presidente da Câmara classificou a visita como um gesto de cortesia, destacando que mantém uma relação de amizade com Edinho desde os tempos do governo Dilma Rousseff (PT), quando o petista comandava a Secretaria de Comunicação Social (Secom).

◉ Estratégia de articulação para 2026

De acordo com a publicação, a iniciativa da reunião partiu de Edinho Silva, que vem adotando como prioridade aproximar-se de dirigentes do Centrão para consolidar apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição em 2026. Na conversa, Edinho relatou que está estruturando a direção nacional do partido e organizando as executivas estaduais.

Além de Motta, o novo presidente do PT já planeja encontros com líderes de outras siglas, como MDB, União Brasil e PSD, de Gilberto Kassab. Alguns desses dirigentes participaram do jantar que comemorou sua posse, realizado em uma mansão no Lago Sul, área nobre da capital federal.

◉ Lula também busca aproximação

A movimentação de Edinho ocorre em paralelo às articulações do próprio presidente Lula. Nas últimas semanas, o chefe do Executivo tem intensificado reuniões com representantes de partidos do Centrão, entre eles PSB, MDB, União Brasil e PSD. O objetivo do Planalto é medir o grau de adesão dessas legendas ao projeto de reeleição em 2026, reforçando a governabilidade no Congresso e ampliando a base de sustentação política.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo vão à Europa ampliar ataques ao Brasil

Não satisfeitos com as sanções impostas pelos EUA ao país, dupla quer jogar a Europa contra o Brasil

        (Foto: Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo já têm uma data marcada para iniciar uma ofensiva política internacional contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo revelou Igor Gadelha, do Metrópoles, a dupla pretende desembarcar na Europa em 12 de setembro, exatamente no dia em que termina o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no inquérito do golpe.

De acordo com Figueiredo, o itinerário inicial deve contemplar compromissos em Espanha, Bélgica e Itália. “Estamos dependendo da agenda do Eduardo, mas a previsão é de viajarmos dia 12”, declarou o jornalista.

◉ Planos e cautelas do deputado

Eduardo Bolsonaro já havia antecipado que pretendia viajar à Europa para denunciar Moraes. No entanto, o parlamentar deixou claro que antes precisa se certificar de que não figura em uma eventual lista de procurados da Interpol, o que poderia inviabilizar sua entrada no continente.

Durante a entrevista, Eduardo enfatizou que a missão da viagem será internacionalizar as falsas acusações contra o ministro do STF: “A gente vai conseguir fazer o mesmo movimento: denunciar as violações de direitos humanos do Alexandre de Moraes”, afirmou ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

◉ Contexto político

A ofensiva de Eduardo e Figueiredo ocorre em um momento de forte pressão sobre Jair Bolsonaro, réu no Supremo por sua participação em uma trama golpista após as eleições de 2022. A estratégia de buscar apoio internacional reflete a tentativa da ala bolsonarista de tensionar ainda mais a relação entre os seguidores bolsonaristas e o Judiciário brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lei Magnitsky expõe dilema de bancos brasileiros diante de decisão de Dino

Grandes instituições financeiras temem impasse entre ordens do STF e sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos

      Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que determinou que todo bloqueio de ativos ou contas de brasileiros deve passar pela autorização da Corte, gerou forte apreensão entre executivos dos maiores bancos do país. A informação foi publicada pela coluna da jornalista Malu Gspar, no jornal O Globo.

Segundo dirigentes de três grandes instituições consultados pela reportagem, a medida tem efeito imediato limitado em relação às sanções já aplicadas contra o ministro Alexandre de Moraes no âmbito da Lei Magnitsky. Isso porque, de acordo com eles, a maior parte das restrições financeiras ao magistrado já teria sido executada. O temor, no entanto, está no impacto futuro sobre o sistema financeiro nacional.

“Vamos supor que venham novas sanções. Se o Supremo autorizar, ok, ficamos quites com o Brasil e com o exterior. Mas se o Supremo disser, não faça, o que vai acontecer?”, indagou um banqueiro. “Um banco que descumpre as sanções Ofac não tem como sobreviver”.

◎ Risco de impasse

As sanções do Ofac (Office of Foreign Assets Control), braço do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, são reconhecidas globalmente e implementadas de forma automática pelas instituições financeiras. Elas atingem não apenas contas bancárias, mas também contratos comerciais e linhas de crédito.

O dilema dos bancos está no risco de descumprir a ordem do Supremo e sofrer retaliações internacionais, ou, ao contrário, seguir as sanções externas e enfrentar questionamentos no Brasil. “Cumprir a determinação de Dino pode ter efeitos desastrosos para os negócios, e não cumprir também”, avaliou um executivo ouvido pela reportagem.

◎ Impacto além dos bancos

O problema não se restringe às instituições financeiras. Empresas brasileiras que mantêm contratos com prestadores de serviços estrangeiros ou que dependem de financiamento internacional também se comprometem automaticamente a cumprir as sanções do Ofac. Caso contrário, podem ter acordos suspensos em outros países, independentemente de decisões tomadas pela Justiça brasileira.

Diante do novo cenário, departamentos jurídicos de grandes bancos passaram o dia discutindo estratégias para mitigar riscos. A principal proposta em análise é solicitar ao STF que detalhe como será a aplicação prática da decisão de Dino e em que casos específicos a Corte deverá ser consultada.

◎ Questões práticas

Um dos executivos levantou a dúvida sobre como tratar sanções contra criminosos internacionais, que também entram na lista da Magnitsky. “Vamos supor que um integrante do PCC queira abrir uma conta num banco nacional, mas ele está proibido pela lei Magnitsky. Teremos que perguntar ao ministro Dino?”, questionou.

Enquanto aguardam esclarecimentos, os bancos preferem não se manifestar publicamente. O entendimento predominante é que o episódio abre uma disputa complexa entre a soberania das decisões brasileiras e a pressão das normas financeiras globais, deixando o setor em estado de alerta.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Malafaia quer apoio de Trump contra investigação da Polícia Federal

Pastor Samuel Rodriguez, próximo ao presidente dos EUA, foi informado da investigação. Eduardo Bolsonaro atua para levar caso a Washington

Jair Bolsonaro e Silas Malafaia (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A investigação da Polícia Federal que envolve o pastor-empresário Silas Malafaia começa a ganhar contornos internacionais. Segundo revelou Bela Megal, em O Globo, líderes religiosos próximos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já foram comunicados sobre a inclusão do pastor brasileiro no inquérito.

Um dos nomes centrais nesse movimento é o reverendo Samuel Rodriguez, pastor evangélico latino que liderou a oração na posse de Trump em 2017. Rodriguez mantém interlocução direta com o presidente norte-americano em seu atual mandato, participando inclusive de reuniões no Salão Oval em 2025. Ele é considerado um dos principais canais de articulação de evangélicos latinos com Trump.

O entorno de Malafaia avalia que, a partir desse contato, a informação sobre a investigação chegará a Trump, que poderia se envolver em sua defesa. Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou vídeos em apoio ao pastor e tem atuado para que as autoridades dos EUA sejam informadas sobre o caso.

Malafaia passou a ser formalmente investigado em inquérito aberto em maio, que apura supostas ações contra autoridades como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e agentes públicos, além de articulações em busca de sanções internacionais contra o Brasil. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Em reação à Lei Magnitsky, ministros do STF cogitam bloquear ativos de empresas dos EUA no Brasil

Suprema Corte vê decisão de Dino como primeiro passo e avalia medidas mais duras se crise com Washington se aprofundar

       Flávio Dino (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A decisão do ministro Flávio Dino, que obrigou os bancos brasileiros a consultarem o Supremo Tribunal Federal (STF) antes de bloquear contas ou ativos de cidadãos nacionais por ordens de governos estrangeiros, não foi um gesto isolado. Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, a medida integra um conjunto de alternativas que os ministros da Corte discutem para responder à escalada de pressões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Judiciário brasileiro.

◉ "Não somos teleguiados", diz ministro do STF

Nos bastidores, ministros admitem que a iniciativa de Dino foi apenas a primeira resposta. Há discussões internas sobre uma medida mais drástica: bloquear ativos ou contas de empresas norte-americanas que atuam no Brasil. Por ora, essa hipótese é apenas cogitada, mas já foi mencionada em diferentes conversas reservadas.

A indignação aumentou após reuniões com banqueiros, reveladas em reportagens recentes. Os ministros ficaram irritados não apenas com o vazamento dos encontros, mas sobretudo com a percepção de que os representantes do sistema financeiro consideram inevitável seguir as sanções impostas por Washington.

“Acham que somos teleguiados e que não podemos fazer nada, que não temos como reagir”, afirmou um ministro da Corte. Outro questionou: “Os americanos também não têm empresas no Brasil? Acham que elas estão imunes?”. As declarações foram entendidas como uma sinalização de que o STF estuda retaliar Trump mirando diretamente nos interesses de multinacionais instaladas no país.

◉ O impacto da lei Magnitsky no Brasil

A tensão se agravou com a aplicação da chamada Lei Magnitsky, usada pelo governo Trump para punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. O ministro Alexandre de Moraes foi alvo direto dessas medidas, o que acendeu o alerta no Supremo.

Em uma reunião considerada tensa, Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin ouviram de banqueiros que descumprir as sanções norte-americanas seria inviável, devido ao risco de exclusão do sistema financeiro internacional. O argumento foi recebido com ceticismo pelos magistrados, que reforçaram a necessidade de mostrar firmeza diante da ofensiva de Washington.

◉ Próximos passos da Corte

A decisão de Flávio Dino foi interpretada como um recado claro: o STF não ficará passivo diante das pressões externas. Caso o confronto entre Trump e Moraes continue escalando, a Corte avalia ampliar as medidas, impondo barreiras que afetariam diretamente empresas dos Estados Unidos no Brasil.

Embora ainda não haja definição sobre como isso seria operacionalizado, ministros reforçam que a resposta poderá ser proporcional à ofensiva de Washington, deixando claro que o Supremo dispõe de instrumentos concretos para reagir.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula convoca reunião ministerial ampliada para alinhar governo no segundo semestre

Encontro em Brasília deve ocorrer em 26 de agosto e pode marcar a apresentação do novo slogan que substituirá “União e reconstrução”

Presidente Lula durante reunião com ministros e integrantes do governo (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende reunir todos os ministros em Brasília na próxima semana para uma reunião ministerial ampliada, informa Igor Gadelha, no Metrópoles. O encontro está programado para 26 de agosto e terá como foco alinhar as ações prioritárias do governo para o segundo semestre de 2025, quando faltará pouco mais de um ano para as eleições.

☆ Prioridades do governo e novo slogan

De acordo com auxiliares do Planalto, Lula quer reforçar com a equipe ministerial as metas que deverão guiar a gestão no período pré-eleitoral. Além disso, a reunião deve servir de palco para a apresentação do novo slogan do governo, que será conduzida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. O mote escolhido substituirá o atual lema “União e reconstrução”, lançado no início da gestão.

☆ Segundo encontro ampliado no ano

Esta será a segunda reunião ministerial ampliada de 2026. A primeira ocorreu em 20 de janeiro, ocasião em que até mesmo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, teve espaço para discursar e apresentar balanços da estatal. A expectativa é que o novo encontro siga no mesmo formato, com espaço para apresentações estratégicas de diferentes áreas do governo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles