sábado, 22 de novembro de 2025

Decisão de Moraes que ordena prisão de Bolsonaro foi escrita às 2h32 da madrugada


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, escreveu a decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às 02h32 deste sábado (22), após a Polícia Federal relatar risco concreto de fuga, de acordo com os metadados de seu arquivo em pdf.

O magistrado baseou a medida em informações sobre a violação da tornozeleira eletrônica, a convocação de uma vigília pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e relatos de planos anteriores de evasão.
Moraes escreveu a decisão que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro às 02h32 deste sábado (22). Foto: Reprodução


A decisão estabelece prisão preventiva, sem prazo para terminar, para garantir a ordem pública. Moraes registrou que a vigília convocada na porta do condomínio do ex-presidente tinha o objetivo de impedir sua detenção.

O mandado também determinou que a medida fosse cumprida pela manhã, “com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”.

Agentes da PF chegaram ao Jardim Botânico por volta das 6h e levaram Bolsonaro para a Superintendência da corporação em Brasília. Segundo sua defesa, até as 6h40 ainda não tinha sido informada oficialmente da detenção.

A prisão não é relativa à condenação de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe, ainda pendente de recursos, mas se antecipa aos desdobramentos do processo. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por descumprir cautelares impostas anteriormente.

Além disso, o ex-presidente foi o único alvo da prisão preventiva. Nenhum dos outros condenados no mesmo julgamento, integrantes do núcleo central da trama golpista, recebeu ordem semelhante. Todos permanecem em liberdade enquanto aguardam desdobramentos processuais.

Confira a íntegra da decisão de Moraes:

Fonte: DCM

Bolsonaro tentou romper tornozeleira e usaria “vigília” de Flávio para fugir, diz Moraes

Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Sérgio Lima/Poder 360

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro neste sábado (22), descreve um episódio ocorrido horas antes da operação: às 00h08 da madrugada, segundo a Polícia Federal, o ex-presidente tentou romper sua tornozeleira eletrônica.

Para Moraes, a ação fazia parte de uma estratégia de fuga articulada a partir de um motim convocado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que na sexta-feira (21) havia chamado seus seguidores para uma “vigília” na porta do condomínio onde o pai cumpria prisão domiciliar.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado, mas a prisão decretada neste sábado não se refere ao cumprimento dessa pena. Como a condenação ainda não transitou em julgado, ele só pode começar a cumpri-la após o fim dos recursos.

A medida aplicada agora é uma prisão preventiva, prevista na legislação quando há necessidade de garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal.

Na decisão, Moraes destacou: “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.

Segundo o ministro, o risco não era apenas operacional, mas diretamente ligado ao “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, que, segundo a decisão, historicamente se apoia em mobilizações populares para buscar vantagens pessoais e pressionar instituições.

A convocação de Flávio Bolsonaro era explícita: uma suposta vigília religiosa pela “saúde” do ex-presidente e pela “liberdade do Brasil”, marcada para as 19h deste sábado.


De acordo com a decisão, porém, não havia dúvida de que a mobilização tinha potencial para se transformar em aglomeração descontrolada, com risco para moradores, agentes públicos e o próprio investigado. Ele afirmou: “A conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”.

O ministro também mencionou ações anteriores de Eduardo Bolsonaro, dizendo que o deputado “articula criminosamente e de maneira traiçoeira contra o próprio País”. Segundo Moraes, Flávio e Eduardo atuavam de forma coordenada para criar um cenário de caos que possibilitasse a fuga do pai.

“Na sequência, o outro filho do líder da organização criminosa, Flávio Bolsonaro, insultando a Justiça de seu País, pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil”, escreveu.

Ao justificar a prisão, o ministro pontuou que o tumulto esperado teria “alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu”. Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília assim que agentes chegaram ao condomínio, por volta das 6h.

Fonte: DCM

Moraes determinou prisão de Bolsonaro sem algemas e exposição midiática; entenda


       Bolsonaro cercado por policiais. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (22), atendendo a um pedido da Polícia Federal. No mandado, Moraes determinou que a medida fosse cumprida no início da manhã, “observando que a medida deverá ser cumprida com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”.

A decisão, no entanto, não está relacionada ao cumprimento da pena por tentativa de golpe de Estado, mas a uma medida cautelar para garantia da ordem pública.

A PF afirmou ter identificado risco concreto após a convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro para uma vigília no condomínio onde o ex-presidente mora.

A operação foi executada por volta das 6h, quando as equipes chegaram ao local. O ex-presidente foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ficará em sala destinada a autoridades de alta posição, como chefes de Poder e ex-presidentes.

No despacho que autorizou a prisão preventiva, Moraes recordou que Bolsonaro foi condenado pelos crimes de liderar organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Jair Bolsonaro em prisão domiciliar
Jair Bolsonaro em prisão domiciliar – Reprodução
Ele integra o núcleo central da trama golpista, ao lado de ex-ministros e ex-comandantes militares, segundo decisão da Primeira Turma do STF, que o condenou por quatro votos a um.

A condenação, que ainda não transitou em julgado, resultou de um conjunto de provas consideradas robustas pela Corte. Entre elas estão a elaboração de uma minuta de decreto com teor golpista, apresentada por Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas, e a pressão exercida sobre a cúpula militar para aderir ao plano.

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Junior confirmaram que Bolsonaro discutiu alternativas à derrota eleitoral, incluindo estado de defesa, estado de sítio e operações de GLO.

Mensagens obtidas pela investigação reforçam a estratégia. Em 7 de novembro de 2022, o general da reserva Mario Fernandes enviou um recado ao então ministro Luiz Eduardo Ramos afirmando que “o decreto é real, foi despachado ontem com o presidente”. No mês seguinte, Mauro Cid, então ajudante de ordens, disse por áudio que Bolsonaro “enxugou” o decreto antes de reapresentá-lo aos comandantes.

Os ministros também consideraram que Bolsonaro tinha conhecimento dos planos contidos no chamado “Punhal Verde e Amarelo”, documento que previa ataques contra Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. A delação de Mauro Cid fortaleceu esse entendimento.

Em sua defesa, Bolsonaro confirmou ao STF que discutiu alternativas com os comandantes militares, mas alegou que tratou apenas de hipóteses “constitucionais”. Ele disse: “Se nós fôssemos prosseguir no estado de sítio ou até mesmo de defesa, as medidas seriam outras.

Na ponta da linha é que teriam outras instituições envolvidas. Agora, não tinha clima, não tinha oportunidade e não tínhamos uma base minimamente sólida para se fazer qualquer coisa”. A defesa argumenta que, no máximo, os atos seriam “preparatórios” e que deve ser aplicada a tese da “desistência voluntária”.

Após a prisão, os advogados poderão recorrer por meio de revisão criminal, alegando novas provas ou eventuais ilegalidades.

Fonte: DCM

Moraes convoca sessão virtual do STF para validar prisão preventiva de Bolsonaro

A prisão foi cumprida na manhã deste sábado (22), a pedido da Polícia Federal

8/11/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento da Ação Penal 2696 referente ao Núcleo 3 da trama golpista (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma para a próxima segunda-feira (24), com o objetivo de referendar a decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações foram divulgadas pelo UOL.

A prisão foi cumprida na manhã deste sábado (22), a pedido da Polícia Federal, e resultou na condução de Bolsonaro à Superintendência da PF em Brasília. Ele deve permanecer em uma Sala de Estado — espaço reservado a autoridades de alta patente, como ex-presidentes da República. Estruturas semelhantes já foram utilizadas anteriormente por Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.Segundo a apuração divulgada pelo UOL, a decisão de Moraes ocorre em meio à avaliação de que Bolsonaro teria violado o uso da tornozeleira eletrônica e apresentado “elevado risco de fuga” durante a madrugada anterior à prisão. O ministro apontou ainda que a convocação de uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas proximidades do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, aumentou o risco de aglomeração e de conflito, colocando em risco participantes e agentes policiais.

A Polícia Federal interpretou o ato como um potencial fator de desordem e possível tentativa de mobilizar apoiadores para interferir na fiscalização das medidas cautelares impostas ao ex-presidente.A defesa de Jair Bolsonaro afirmou, por meio de nota, que ainda não teve acesso integral ao pedido da Polícia Federal encaminhado a Moraes e declarou que busca informações sobre os fundamentos jurídicos da prisão preventiva.

A análise da Primeira Turma do STF na próxima segunda-feira será determinante para confirmar ou não a decisão individual de Moraes. Até lá, Bolsonaro permanece sob custódia na PF, enquanto o processo avança em um dos momentos mais tensos do cenário político e jurídico recente.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Bolsonaro é preso preventivamente na sede da PF em Brasília


     Jair Bolsonaro atrás de grades. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22), em Brasília, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou sua prisão preventiva a pedido da Polícia Federal.

A medida não está ligada ao cumprimento de pena, mas sim a uma ação cautelar adotada para garantir a ordem pública. Bolsonaro foi detido por volta das 6h, e o comboio da PF chegou à Superintendência da corporação às 6h35, onde o ex-presidente permanece em uma sala de Estado, espaço reservado para chefes de Poder e autoridades de alta patente.


A Polícia Federal informou, em nota oficial, que cumpriu o mandado expedido pelo STF. A decisão ocorreu um dia depois de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em apoio ao pai. Para a PF, o ato representava risco à segurança de participantes e agentes policiais, o que reforçou a necessidade da prisão preventiva. A defesa do ex-presidente afirmou que, até as 6h40, “ainda tinha sido informados” da detenção.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto. À época, o ministro Alexandre de Moraes determinou a medida por descumprimento de cautelares impostas anteriormente.

Segundo Moraes, o ex-presidente utilizou redes sociais de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

A nova prisão não tem relação direta com a condenação de 27 anos e 3 meses imposta pelo STF em setembro, pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A sentença ainda não transitou em julgado e segue em fase de recursos. A detenção preventiva deste sábado é paralela a esse processo e decorre da análise do comportamento recente do ex-presidente e de seus apoiadores.

Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro tenta reverter o regime inicial fechado estabelecido na condenação e, na sexta-feira (21), pediu a Moraes que substitua a pena por prisão domiciliar humanitária. Os advogados afirmam que o ex-presidente apresenta “quadro clínico grave”, sofre de “múltiplas comorbidades” e que uma eventual transferência ao sistema prisional traria “risco concreto à vida”.

Fonte: DCM

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Novas imagens podem ajudar defesa de deputado em processo de cassação

O novo vídeo divulgado sugere que o petista agiu em legítima defesa, ao reagir ao soco, o que pode caracterizar legítima defesa



Novas imagens que antecedem a deplorável troca de socos entre o deputado Renato Freitas e um homem ainda não identificado vieram à tona e devem ajudar a defesa do petista nos processos de cassação apresentados ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa.

Um novo vídeo que circula nas redes sociais mostram o parlamentar inicialmente discutindo com o homem. Em um determinado momento, eles trocam empurrões. A primeira agressão física, ainda de acordo com as imagens até aqui divulgadas, parte do homem não identificado que desfere um soco que atinge a cabeça de Renato Freitas de raspão.

A partir daí, o parlamentar parte para cima do homem, dá dois chutes antes de ser golpeado com um soco no rosto — que resulta na fratura do nariz.

Horas depois da briga pública, que começou na rua Rio Branco e terminou no cruzamento da Vicente Machado, no Centro de Curitiba, Renato Freitas teve de ser atendido num hospital da cidade. Depois do atendimento médico, ele concedeu uma entrevista dizendo que reagiu à uma agressão — primeira verbal, por racismo, e depois física.

O petista relata que atravessava a rua com uma amiga quando o homem teria “jogado” o carro para cima deles — numa atitude de intimidação. Renato Freitas diz que começou a encarar o motorista que retrucou o que ele estava olhando. A partir daí, na versão do deputado, ele foi vítima de racismo.

E a discussão acabou terminando na troca de socos — agressão iniciada pelo homem. Não há, porém, até aqui, imagens que mostram a discussão ainda no carro.

Mas estas novas imagens que vieram à tona devem ajudar Renato Freitas a escapar dos processos de cassação do mandato protocolados no Conselho de Ética. Especialistas na área do Direito, ouvidos pelo Blog Politicamente, argumentam que os vídeos até aqui divulgados sugerem que o petista agiu em legítima defesa, ao reagir ao soco.

Se confirmada esta versão, a tese de quebra de decoro parlamentar pode ser descaracterizada.

O mais recente vídeo, no entanto, não encerra o caso. O homem, que ainda não foi identificado, não apresentou sua versão da lamentável briga no meio da rua. E câmeras de segurança dos muitos comércios da redondeza podem trazer novos detalhes do caso e até derrubar versões até aqui apresentadas. Ou seja, a história pode estar longe de ter um fim.

Fonte: Blog Politicamente

Brasil vê redução de tensão com EUA e pressiona por fim completo das sanções

Integrantes da diplomacia brasileira afirmam que a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo alvo de uma “caça às bruxas” perdeu espaço

Kuala Lampur, Malásia - 26/10/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático-ASEAN (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O governo brasileiro avalia que a crise diplomática aberta com os Estados Unidos desde julho começa a ser superada, sobretudo após o anúncio do recuo parcial das tarifas de 40% impostas sobre produtos agrícolas nacionais. A informação foi publicada originalmente pela CNN Brasil. Em meio ao alívio inicial, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende intensificar a pressão por uma retirada completa das sanções — tanto as tarifas comerciais remanescentes quanto as medidas aplicadas diretamente a autoridades brasileiras.

Essas sanções foram impostas pelo governo Donald Trump sob a justificativa de que ocorria no Brasil uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje em prisão domiciliar e condenado, em setembro, a 27 anos e três meses de regime fechado por tramar uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota eleitoral. Como lembrou a CNN, Washington havia revogado vistos de ministros do STF e de integrantes do governo brasileiro e aplicado a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes e à sua esposa.

⊛ Diplomacia vê “fator Bolsonaro” superado

Integrantes da diplomacia brasileira afirmam que a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo alvo de uma “caça às bruxas” perdeu espaço nas conversas recentes com Washington. Segundo interlocutores do Itamaraty ouvidos pela CNN, Lula e sua equipe tiveram oportunidade de explicar o andamento das investigações e reafirmar que o ex-presidente teve direito a um julgamento regular, o que teria contribuído para diminuir resistências do governo americano. Em razão disso, avalia-se não haver mais justificativa para manter medidas como a suspensão de vistos e a sanção Magnitsky.

Ao anunciar o tarifaço de 40% em julho, Trump havia mencionado Bolsonaro na carta enviada a Lula. No entanto, ao retirar parte da sobretaxa na quinta-feira (20), o presidente dos EUA evitou citar o ex-mandatário brasileiro. Desde o encontro rápido entre Lula e Trump nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em setembro, o republicano não voltou a publicar mensagens sobre Bolsonaro, tampouco o secretário de Estado, Marco Rubio.

A única exceção ocorreu durante a reunião de mais de uma hora entre Lula e o americano na Malásia, quando Trump, perguntado pela imprensa, afirmou: “Sempre gostei dele, me sinto mal. Ele está passando por momentos ruins”.

⊛ Recuo parcial visto como gesto inicial

De acordo com fontes do Itamaraty, o anúncio de quinta-feira é considerado o primeiro passo efetivo desde a retomada do diálogo entre os dois governos. A retirada das tarifas para parte dos produtos agrícolas foi lida como um gesto político relevante, ainda que insuficiente. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o país seguirá negociando “com vistas à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da pauta comercial bilateral”.

A avaliação interna do governo é que Lula conseguiu abrir um canal político direto com Trump, o que ajudou a arrefecer tensões construídas ao longo do ano. A CNN já havia informado que a negociação sobre o tarifaço vinha sendo tratada no mais alto nível entre Brasília e Washington.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro pede a Moraes para receber 16 aliados; veja quem são

O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Foto: Divulgação

A defesa de Jair Bolsonaro encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes um pedido para ampliar o número de pessoas autorizadas a visitá-lo durante a prisão domiciliar. O ex-presidente está em casa desde 4 de agosto, por determinação do STF, e aliados afirmam que a possibilidade de transferência para o regime fechado continua em avaliação no tribunal.

O documento protocolado pelos advogados solicita a liberação de 16 visitantes próximos ao ex-mandatário. A lista reúne parlamentares do PL, figuras que atuaram em sua gestão e nomes ligados ao entorno político que ainda acompanham Bolsonaro de forma ativa.

A defesa argumenta que as visitas têm caráter pessoal e não interferem nas restrições impostas pela Corte. Entre os pedidos de liberação estão os deputados Sóstenes Cavalcante, Júlia Zanatta e Bia Kicis, todos do PL. O senador Carlos Portinho também foi incluído.

O grupo reúne aliados que vinham frequentando eventos com o ex-presidente antes da prisão e que mantêm atuação nas pautas defendidas pela sigla.

Bolsonaro recebendo Nikolas Ferreira em sua casa. Foto: Divulgação
O ex-desembargador Sebastião Coelho, que tem feito manifestações públicas em apoio ao ex-presidente, aparece na lista. O padre Kelmon, que ganhou projeção durante a campanha de 2022, também teve o nome solicitado para integrar o rol de visitas autorizadas.

O pedido inclui ainda o jornalista Tiago Pavinatto, o deputado Onyx Lorenzoni, o dirigente do PL Antônio Machado Ibiapina e os deputados Gilvan Aguiar Costa, Giovani Cherini e Lenildo Mendes. Todos são considerados próximos do núcleo político bolsonarista.

Outros nomes presentes são o almirante Flávio Augusto Viana Rocha, que ocupou a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos no governo Bolsonaro, e Bruno Bierrenbach Bonetti, secretário do PL. A defesa também pede a entrada de Abilio Brunini, prefeito de Cuiabá, além do jornalista Augusto Nunes da Silva.

Moraes ainda não se manifestou sobre a solicitação. Em decisões anteriores, o magistrado restringiu o acesso ao ex-presidente enquanto analisa possíveis violações às medidas impostas pelo STF. Enquanto aguarda a resposta do Supremo, Bolsonaro recebeu nesta sexta-feira (21), a visita do deputado Nikolas Ferreira, que já havia sido autorizado a entrar na residência.

Fonte: DCM

Vaca brasileira bate recorde e é avaliada em R$ 54 milhões


      A vaca Donna Fiv Ciav. Foto: Divulgação

Um leilão realizado em Foz do Iguaçu (PR) estabeleceu um novo recorde mundial para o preço de uma vaca de elite. A nelore Donna Fiv Ciav teve 25% de seus direitos vendidos por R$ 13,5 milhões, o que projeta um valor total de R$ 54 milhões. O negócio ocorreu no Cataratas Collection, promovido pela Casa Branca Agropastoril e RS Agropecuária, e contou com a participação da Nelore Huff, do cantor Murilo Huff.

O recorde anterior, de R$ 27 milhões, pertencia à vaca Parla Fiv AJJ, mãe de Donna. A nova valorização multiplica por mais de três a projeção feita no ano passado, quando um terço dos direitos da matriz foi negociado por R$ 5,16 milhões durante a Expozebu.

Donna, de dez anos, lidera o ranking nacional da raça e é considerada referência genética pelo criatório. A Nelore Huff adquiriu os 25% em parceria com a Nelore Traia Veia, juntando-se ao grupo proprietário que inclui Casa Branca, Agropecuária Mata Velha e Nelore LMC. Murilo Huff tem ampliado seus investimentos no setor e já havia comprado, neste ano, a matriz Íris 8 Fiv da Valônia, avaliada em R$ 17 milhões.

O mercado de gado de elite vive um ciclo de negócios milionários. Animais como Carina FIV do Kado e Viatina-19 FIV da Mara Móveis também atingiram valores acima de R$ 20 milhões. Eventos como a Expozebu e a Expogenética registraram recordes de faturamento, reforçando a alta do setor em 2024.

Fonte: DCM

A rota de fuga de Ramagem para os EUA

     Alexandre Ramagem. Foto: Divulgação

A Polícia Federal já monitorava os movimentos do deputado Alexandre Ramagem antes de virem a público as primeiras informações indicando que ele estava em Miami. Agora, a corporação concentra esforços em reconstruir a rota de fuga do parlamentar, condenado pelo STF a 16 anos e 1 mês de prisão em regime fechado.

Segundo investigadores, Ramagem deixou o Brasil de forma clandestina, desrespeitando determinação judicial que proibia qualquer deslocamento internacional. De acordo com apuração da PF, a principal linha de investigação aponta que o deputado pode ter saído por Boa Vista, em Roraima, seguindo em direção aos Estados Unidos “provavelmente pela Venezuela ou Guiana”.

A informação surge após a prisão ter sido decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido da própria PF. A decisão, tomada antes mesmo do protocolo oficial, está sob sigilo. No acórdão que condenou Bolsonaro, Ramagem e outros acusados, Moraes determinou que todos permanecessem no país e entregassem os passaportes.

A defesa afirma ter sido informada apenas nesta semana de que o deputado deixou o Brasil. Em nota, o advogado Paulo Cintra disse que, diante da ausência de comunicação prévia por parte do cliente, não fará comentários “por ora” sobre a fuga ou seus desdobramentos.

     Alexandre Ramagem e sua esposa em Miami. Foto: Reprodução

Enquanto isso, Ramagem foi localizado pelo site PlatôBR em um condomínio de luxo em Miami, onde circulava acompanhado da esposa. A Câmara dos Deputados informou que não autorizou qualquer missão oficial do parlamentar no exterior.

Segundo registros da Casa, Ramagem apresentou dois períodos de afastamento médico: de 9 de setembro a 8 de outubro e depois de 13 de outubro a 12 de dezembro. O uso desses atestados, porém, não permite viagens internacionais sem autorização expressa, o que não ocorreu.

A condenação do deputado foi baseada em uma série de elementos reunidos pela PF e pelo Ministério Público, entre eles mensagens trocadas com Jair Bolsonaro no período pós-eleitoral.

No voto que o levou à prisão, Moraes destacou uma conversa em que Ramagem, então diretor da Abin, afirmava ao ex-presidente que a urna eletrônica “já se encontra em total descrédito perante a população”. Para o ministro, esse tipo de mensagem evidenciava a atuação do grupo para deslegitimar o sistema eleitoral.

Fonte: DCM

Empresários ligados ao Banco Master são soltos após três dias presos em SP


    Prédio do Banco Master. Foto: Divulgação

Dois empresários investigados na operação Compliance Zero foram liberados após três dias detidos na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. André Felipe de Oliveira Seixas Maia e Henrique Souza e Silva Peretto haviam sido alvo de prisão temporária, medida que integra a etapa inicial das investigações sobre movimentações financeiras suspeitas envolvendo o Banco Master.

De acordo com o advogado de André, ambos foram soltos por volta da meia-noite e seguiram “direto para suas residências” na capital paulista. Em nota, a defesa declarou estar “nos inteirando do processo e totalmente à disposição para esclarecimento da Justiça”.

Os dois empresários têm vínculos diretos com empresas apontadas como parte do esquema. André dirige a Tirreno, empresa criada em novembro do ano passado e considerada peça central na operação financeira sob suspeita. Henrique é sócio de outra companhia investigada.

A apuração indica que o Banco Master teria comprado e revendido ao BRB R$ 12,2 bilhões em direitos creditórios da Tirreno, operação que, segundo o Ministério Público Federal, ocorreu “sem realizar qualquer pagamento” pela aquisição dos créditos.

Enquanto os dois deixam a prisão, cinco executivos permanecem detidos preventivamente, entre eles o dono do banco, Daniel Vorcaro. Também seguem presos Luiz Antônio Bull, Alberto Felix de Oliveira Neto, Augusto Ferreira Lima e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, que se entregou após ser considerado foragido.

Por se tratarem de prisões preventivas, não há prazo para soltura. Parte dos investigados já tenta obter habeas corpus, mas até agora sem decisão favorável. A Polícia Federal defendia que os executivos fossem transferidos para o sistema prisional estadual, alegando que não teria estrutura para manter presos preventivamente por tempo indeterminado.

O dono do banco Master, Daniel Vorcaro. Foto: Divulgação

Porém, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, decidiu que eles permanecerão na Superintendência da PF em São Paulo. A decisão corre sob sigilo e, segundo apuração do UOL, levou em conta pedidos das próprias defesas.

A operação Compliance Zero ganhou força após os procuradores identificarem indícios de fraude na revenda dos créditos da Tirreno ao BRB. A transação de R$ 12,2 bilhões, “R$ 6,7 bilhões pelas carteiras e R$ 5,5 bilhões em prêmio”, segundo o MPF, ocorreu entre janeiro e maio de 2025.

O BRB teria feito o pagamento “imediato”, mesmo sem confirmação da existência dos créditos. Para os investigadores, isso configura um forte indício de irregularidade. Outra suspeita levantada pela força-tarefa envolve a ausência de “coobrigação” na operação.

Isso significa que, em caso de inadimplência dos devedores originais, o BRB ficaria com todo o prejuízo, enquanto o Master não teria nenhuma responsabilidade. Esse tipo de revenda, sem garantia, é considerado altamente atípico em operações desse porte e acendeu o alerta nas autoridades.

Segundo o parecer do Ministério Público Federal, as movimentações ocorreram justamente quando avançava a operação de compra do Master. A transferência dos valores foi feita “sem documentação e em violação às normas regulatórias, para evitar a quebra do banco privado antes da conclusão da análise pelo BACEN [Banco Central do Brasil]”.

O órgão afirma ainda que o BRB teria agido em conjunto com o Master. “Há indícios veementes da prática do crime de gestão fraudulenta dos gestores do BRB em conluio com os Diretores do Banco Master”, diz um trecho da investigação.

Fonte: DCM com informações do UOL

VÍDEO – “Tá maluco?”: advogado dá bronca em empresário na CPI do INSS

O empresário João Carlos Camargo Júnior, conhecido como “alfaiate dos famosos”, e seu advogado, Ticiano Figueiredo, na CPMI do INSS. Foto: Reprodução


O advogado de um depoente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquerito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) se revoltou com seu cliente durante um deslize na sessão. O empresário João Carlos Camargo Júnior, conhecido como “alfaiate dos famosos”, prometeu dizer a verdade em depoimento e levou uma bronca do defensor, Ticiano Figueiredo.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) leu o juramento e questionou se o empresário prometia dizer a verdade. Em resposta, Camargo Júnior fez sinal de positivo com a cabeça e disse “sim”. Seu advogado, fora dos microfones, deu uma bronca: “Tá maluco, porra?”.

Na sequência, ele interrompeu a leitura do presidente do colegiado e pediu para seu cliente esclarecer a resposta. Camargo Júnior decidiu ficar em silêncio durante boa parte do depoimento por possuir um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário é apontado por parlamentares como “elo principal” para a lavagem de dinheiro da “Farra do INSS”, que desviou benefícios de aposentados e pensionistas.

Fonte: DCM

Deputado do PSOL propõe alterar lema da bandeira do Brasil; entenda


O deputado Chico Alencar. Foto: Divulgação

O deputado Chico Alencar (PSOL) apresentou na Câmara um projeto de lei que propõe modificar o lema da Bandeira do Brasil. A iniciativa inclui a palavra “Amor” na inscrição central, que passaria de “Ordem e Progresso” para “Amor, Ordem e Progresso”.

A mudança afeta a legislação que trata dos símbolos nacionais e determina ajustes no dispositivo que define as características gráficas da bandeira. Na justificativa, o parlamentar afirma que o lema adotado desde 1889 refletiu apenas parte da frase positivista original.

Segundo ele, a versão inscrita no símbolo nacional omitiu o trecho que antecede o enunciado — “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Chico Alencar defende que recuperar a formulação completa devolve fidelidade à concepção descrita por Teixeira Mendes, responsável pela criação do lema republicano.

O projeto sustenta que a inserção da palavra “Amor” recompõe o pensamento positivista proposto no fim do século XIX, quando se definiu o desenho da bandeira que substituiu o antigo pavilhão imperial. A ideia, segundo o deputado, é atualizar a legislação para refletir a expressão integral e seu contexto histórico.

Fonte: DCM

“Saúde profundamente debilitada”: defesa de Bolsonaro pede pena em prisão domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro na casa onde cumpre prisão domiciliar, em Brasília. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo


A defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente cumpra em casa a pena de 27 anos e 3 meses imposta pela Corte no processo da trama golpista. A solicitação foi apresentada nesta sexta (21) com novos laudos médicos que, segundo os advogados, demonstram que o estado de saúde dele impede o cumprimento da pena em regime fechado.

Os advogados solicitaram que Bolsonaro permaneça em prisão domiciliar integral, com monitoramento eletrônico e restrições definidas pelo Supremo. Pediram também autorização para que ele possa deixar a residência apenas para tratamentos médicos, com comunicação prévia ou explicação posterior em casos de urgência. A defesa argumenta que a medida tem caráter humanitário e excepcional.

Segundo o documento, Bolsonaro tem “saúde profundamente debilitada” por conta de infecções pulmonares, esofagite e gastrite, além de um câncer de pele e das complicações decorrentes do atentado sofrido durante a campanha de 2018.

O documento ainda diz que o envio de Bolsonaro à prisão representaria “risco concreto e imediato à integridade física e à própria vida” e que “um mal grave ou súbito não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando'”.

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/TSE

Bolsonaro foi condenado em setembro por tentativa de golpe de Estado, mas ainda não iniciou o cumprimento da pena porque a fase recursal permanece aberta. O primeiro embargo de declaração já foi negado pela Primeira Turma e a defesa tem até domingo para apresentar novos embargos.

Moraes, no entanto, pode considerar que novos recursos tenham apenas o objetivo de adiar o início da execução penal. Nesse caso, ele pode declarar o processo encerrado e determinar que Bolsonaro comece a cumprir imediatamente a pena definida pelo Supremo.

A solicitação de prisão domiciliar se baseia na alegação de que Bolsonaro necessita manter acompanhamento clínico contínuo e que isso só seria possível se ele permanecer em casa. Os advogados afirmam que o tratamento seria inviável em um presídio comum.

Fonte: DCM